Sobre o dia-a-dia e XWP

Por:

Por Cris “Barda” Penoni

 

 

   Alguém aí já parou para contar quantas vezes reconheceu Xena em qualquer outra coisa? Sabe aquela vez que você estava assistindo uma novela e percebeu que um personagem era igualzinho ao Joxer? Ou você andava pela rua e viu um sujeito que era a cara do Ares? E aquele dia que você ouviu uma música e pensou “Nossa, é tudo a ver com aquele episódio…”?

   Esse tipo de coisa acontece muito comigo. Ultimamente eu estou assistindo muito à série Buffy, the Vampire Slayer. E é impressionante o número de vezes que eu me deparo com coisas que me fazem exclamar “isso tem tudo a ver com XWP!”. Um dia, a Willow estava reclamando que a Buffy a tratava como apenas uma ajudante. Isso não lembra um certo alguém? Eu posso tentar não comparar com XENA, mas é inevitável. As situações, os personagens… Às vezes, até mesmo episódios inteiros me fazem pensar: Xena, Xena, Xena!

   E as músicas! Perdi a conta das que eu acho que têm alguma coisa a ver com a série. Halo, da Beyoncé é muito FIN/Pós-FIN, e Thinking of you, da Katy Perry, tem tudo a ver com Return of Callisto. E Pure Morning, do Placebo? Com aquele verso, “A friend in need is a friend indeed”, vocês esperariam que eu pensasse em que? Uma única frase com o nome do episódio final de XWP e com o nome do primeiro episódio das Subtext Virtual Seasons? Eu não pensar em Xena numa hora dessas é impossível. E até em música religiosa eu acho alguma coisa que tenha a ver com XWP!

   Não sei se só eu sou assim ou se todo mundo aqui também é. A verdade é que Xena se tornou uma parte fundamental na minha vida. Não passo um dia sem soltar uma frase inspirada em Xena (se querem um exemplo, quando eu acabo de acordar, geralmente o primeiro pensamento que eu tenho é “acordando e levantando!”). E aquela vontade de mandar tudo pro fundo do Tártaro quando eu me canso da rotina? Vem logo o pensamento “é hoje que eu fujo da minha Potédia no meio da noite”.

   Todas essas coisas dão exemplos de como XWP afeta as pequenas coisas do dia-a-dia. Porque é algo que está intrínseco em quem se tornou Xenite. E eu não falei nas coisas maiores. Passar a acreditar no amor, na amizade, nas pessoas, em mim mesma. Não foram essas as lições que tive assistindo XWP? Não me tornei uma pessoa melhor? Encontrei duas heroínas para serem minhas inspirações. Diante das situações difíceis, muitas vezes eu paro e penso “O que Xena e Gabrielle fariam?”. E a resposta que eu recebo – de mim mesma – é sempre a mesma: fariam tudo o que pudessem!

   Acho que quem chegou nesse ponto não tem mais como se desvincular da série. É óbvio que vai mudar a forma de encarar as aventuras da Princesa Guerreira. Porque nosso ponto de vista muda mesmo com a passagem do tempo, de acordo com as nossas experiências. Mas abandonar XWP? Não. Eu acho que a gente nunca vai deixar o nosso Xenitismo morrer.

 

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