O Senhor dos mares mais temido dos Piratas

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Bad Boy nº 05                                                                              

  por Aryane Mello

 

Ele é feio, nojento e parece um polvo. Mas no fundo, no fundo, nosso bad boy tinha um coração igual ao seu e ao meu, antes do destino transformá-lo em algo grotesco e medonho.

Davy Jones, na verdade, é uma lenda REAL contada por marujos. Na triologia Piratas do Caribe, ele foi incorporado na trama adquirindo algumas características da sua lenda e mais outras informações, que o tornam um personagem mais completo, porém fictício.

Diz a lenda que Davy Jones caiu de amores pela Deusa no Mar, Calypso (não é Calisto, viu? ), mas para viver essa paixão, ele ficou incumbido de cuidar das almas que morriam no mar. Obedecendo a essa ordem da Deusa, ele poderia encontra-la na terra apenas uma vez a cada dez anos. Aí, vamos combinar que não há quem aguente e Jones acabou tirando seu coração ( de verdade mesmo) e trancando dentro de um baú.

 

                                      “Você só tinha um coração para me oferecer…”

Depois disso, ele combinou com a corte de armar uma pra cima da Deusa e prendê-la em sua forma humana. Presa e enlouquecida de raiva, a ex Deusa lançou sobre ele uma maldição na qual o navio Holandês se transformaria em metade homem, metade peixe e quem conseguisse abrir o baú de Davy Jones e encontrasse o Baú, poderia controla-lo.

Assim, ele trata de guardar bem a chave do baú consigo e é dono do navio mais temido de todos os mares.

Quando Davy encontra algum marinheiro a beira da morte, ele oferece um adicional de cem anos de vida em troca de serviços no navio, mas com as condições de ser tornar meio peixe. Se a pessoa não aceitar, ele o assassina sem dó.

Jones não controlava apenas o mar, ele É o próprio mar. E o pesadelo de todos os piratas e navegantes de águas salgadas.

 

 

Alguém aí se lembra de uma capitã de um barco que se apaixonou por um Romano famoso e teve seu coração machucado, a levando a tomar outro rumo na vida?

Xena se transformou em uma assassina por causa de César, assim como Davy Jones. Ambos machucados pela mágoa e a busca de vingança eterna. Ainda bem que a Princesa Guerreira foi salva por uma Barda de Potédia loirinha e tagarela.

 

Davy Jones aparece nos filmes: Piratas do Caribe: O Baú da Morte e Piratas do Caribe: No fim do Mundo

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Um Pirata charmoso, mulherengo e com muitas habilidades.

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por Aryane Mello

 

Boy Power nº 05                                                                     

 

Jack Sparrow, digo, Capitão Jack Sparrow é uma criação  Ted Elliott e Terry Rossio, e interpretado pelo ator Johnny Delícia Depp.

É difícil encontrar um Xenite que nunca assistiu nenhum dos filmes da Triologia “Piratas do Caribe” ou a nova produção “Piratas do Caribe: Navegando em Terras Misteriosas”, lançada em 2011, com a Penélope Delícia Cruz.

 Quem ainda não assistiu NENHUM filme e por isso não conhece o nosso BP da edição nº 39, deveria tomar vergonha nas fuças e ir contemplar uma das maiores aventuras cinematográficas já feitas pelo cinema americano.

Jack, honestamente, é uma mistura de Bad Boy com Boy Power. Isso deve se ao fato dele sempre colocar seus interesses em primeiro lugar e passar por cima do próprio caráter (e por cima de outras pessoas também). Mas, na maioria das vezes, não é algo notavelmente grave e sempre acabamos perdoando ele no final das contas, devido ao extremo carisma impregnado no personagem.

A história do capitão é o que dá a ele o nobre encargo de Boy Power da nossa revista.

Na época dos Deuses antigos, Jack comandava um navio completamente dentro das normas da Companhia das Índias Orientais, chamado Wicked Wench. E ele trabalhava para Cutler Beckett, que obrigava os capitães a fazer tráfego de escravos, o que o nosso BP ferozmente se recusou a fazer, libertando todos os presos na África. Quando Beckett descobriu a manobra, mandou queimar o navio de Sparrow e o declarou como pirata.

Foi aí então que Jack assumiu o papel de fora-da-lei honrosamente, tornando-se um capitão muito bem sucedido e jurou nunca ser comandado por mais ninguém.

 

Depois de um tempo, ele pede a Davy Jones (o nosso Bad Boy dessa edição, leia aqui para entender melhor as falcatruas dele: http://www.revistaxenite.com.br/?p=2261) para emergir o seu Navio no fundo do mar e o nomeia de Pérola Negra (o famoso navio com velas negras).

Com seu navio devidamente batizado e com uma tripulação a bordo, Jack começou a caçar tesouros aqui e ali, passeando também pela ilha de Tortuga, onde arranjou vários rolos com mulheres e sempre que volta lá, leva milhares de tapas na cara de cada uma delas.

Ainda antes do Primeiro filme, a tripulação de Jack faz um motim e larga o capitão em uma ilha deserta, apenas carregando uma pistola – com uma única bala – após alguns dias, ele consegue trocar sua liberdade com uns mercadores que transportavam Rum (a ambrosia dos Piratas). 

Saindo da ilha, ele almeja buscar vingança do seu inimigo Hector Barbossa, que foi quem bolou todo o plano do motim. E a bala ainda continua na pistola, para matá-lo assim que tiver oportunidade.

 

No meio de tantas fugas, “galinhagens” e conquistas de tesouros, Jack Sparrow nos ganha com seu sarcasmo, seu modo de olhar a vida sempre com uma ironia saindo da garganta e principalmente, nos deixa deslumbrados com sua esperteza ao sempre sair ileso das situações mais loucas em que um Pirata pode entrar.

Assim como Gabrielle, ele usa as palavras como suas aliadas e o jogo de cintura de sempre levar tudo como se fosse uma brincadeira e não corresse risco de vida em momento algum, o que nos remete à Callisto, que sempre agiu da mesma forma em diversas situações, brincando com Xena quando sua vida estava realmente em perigo.

Agora, corram pra locadora e assistam os quatro filmes escandalosamente magníficos de Piratas do Caribe! Tomei precauções para não escrever nenhum spoiler, ou seja, tem muita coisa pra conferir!

 

“O mundo continua o mesmo, só há menos razões para se viver.”

– Jack Sparrow (Piratas do Caribe: No Fim do Mundo)

 

 

 

 

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Curso de estrutura de roteiros | Aula 6

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Aprendendo linguagem cinematográfica com Xena

SSenaT

Aula 6 – Estruturas Narrativas – I

 

1 – A jornada do Herói

Segundo Joseph Campbell, em seu livro “A Jornada do Herói”, é possível estruturar qualquer história de aventuras a partir de um roteiro básico. Para confirmar esta teoria basta separar e identificar determinadas situações constantes presentes em quase todas as histórias de ação, estes elementos constituem a “Jornada do Herói”.

 

Aqui vamos tomar duas histórias de exemplo que em princípio são totalmente díspares, mas que possuem integralmente a estrutura da Jornada do Herói: “Star Wars – A New Hope” e “Bob Esponja, o filme”, além de apontar algumas cenas do seriado XWP, onde estes elementos também estão presentes.

1 – O Mundo Comum

Geralmente nas histórias de aventuras a “Jornada do Herói” começa apresentando o protagonista ou o Herói em seu Mundo Comum até o momento da primeira virada quando ele é deslocado em direção ao Mundo Especial da Aventura.

 

– Em “Star Wars”, encontramos o Jovem Luke Skywalker vivendo numa vida monótona na fazenda dos seus tios no meio do deserto em um planeta esquecido até o momento que ele é impulsionado ao Mundo da Aventura numa guerra galáctica contra o Império;

– No filme “Bob Esponja, o Filme”, inicialmente vemos Bob vivendo feliz na Fenda do Bikini na expectativa de conquistar uma promoção no seu emprego. Porém, ele não a consegue e o seu mundo feliz desmorona;

– Geralmente a maioria dos episódios de XWP começa com as duas amigas na estrada em uma situação do cotidiano. Elas estão caminhando ou caçando ou tomando banho de rio etc., até o momento em que algo de anormal acontece.

2 – O chamado ao Mundo da Aventura

Neste momento, ao Herói é apresentado um Chamado à Aventura, um desafio de grande risco. Geralmente ele é praticamente expulso do Mundo Comum.

 

– Em “Star Wars”, o chamado acontece quando Luke e Ben Kenobi vêem o holograma da princesa Leia pedindo ajuda;

– Já em “Bob Esponja”, o Sr. Siriqueijo, chefe de Bob, cai numa intriga preparada pelo seu inimigo Plankton sendo injustamente acusado de ter roubado a coroa do Rei Netuno. Revoltado com o chefe pela sua não-promoção Bob Esponja retorna à lanchonete para tomar satisfações. Mas acaba comprometendo-se em salvar a vida do seu chefe;

– Em XWP toda vez que Xena e Gabrielle estão na estrada e encontram bandidos ou algum mensageiro (Arauto) vindo de algum reino distante elas então são convidadas a entrar no Mundo da Aventura.

3 – Recusa ao chamado

Geralmente nas comédias românticas, no momento do chamado o Herói ou o Anti-herói costumam relutar em deixarem-se envolver. É bem normal que qualquer pessoa normal sinta medo ao ser chamado à aventura, então é necessário que ocorra algum fato ou influência para que ele supere o medo. Pode ser um encorajamento do Mentor ou algum fato inesperado que cutuque com os seus brios.

 

– Em principio, Luke tinha dúvidas de viajar com Bem para ajudar a princesa Leia, até o momento em que ele se depara com os corpos dos seus tios mortos pelas tropas do Império. A partir deste momento ele não hesita mais em partir daquele planeta;

– Bob Esponja, ao perceber a enrascada que estava se envolvendo, tenta fugir da aventura, porém ele é encorajado pela sereia Mindy, filha do Rei Netuno e seu amigo Patrick Estrela;

– Em XWP, Xena normalmente não demonstra medo algum no momento do chamado, porém, pelo menos em “Here She Comes… Miss Amphipolis” – XWP, ela inicialmente recusa-se a participar de um concurso de beleza (um mundo então totalmente estranho a ela) para tentar evitar que algum crime ocorra. Também podemos exemplificar com o momento em que Gabrielle recusa o título de Rainha Amazona para mais tarde aceitá-lo quando ela se sente pronta.

4 – O encontro com o Mentor

A relação entre o Mentor e o Herói é um dos temas mais comuns na mitologia. Representa o vínculo entre pai e filho, mestre e discípulo, Deus e o ser humano. Um dos mais famosos mentores é o Mago Merlin do Rei Arthur. A função do Mentor é preparar o Herói para enfrentar o desconhecido quando ele atravessar o primeiro limiar. Geralmente o Mentor ensinar, fornece armas e instrumentos ou concede poderes místicos. Um Herói pode ter vários Mentores.

 

– Em “Star Wars” o Mentor é o cavaleiro Jedi Ben Kenobi, ele principia Luke no caminho da Força;

– No filme de Bob Esponja, Mindy cumpre a função de ser o Mentor quando ela fornece aos Heróis um saco de vento para poderem retornar e mais adiante falsos bigodes para que eles acreditem que se tornaram homens de verdade;

– Em XWP, Inicialmente Xena teve em Alti a sua mentora nos conhecimentos da magia negra, mais tarde, encontrou em Lao Ma a mentora do conhecimento dos poderes da mente e do autoconhecimento. Por sua vez, Gabrielle viu em Adan o seu “mestre” de Ioga e mais tarde em Eli a figura do seu mestre no Caminho da Paz e do Amor. Entretanto, pode-se considerar que no decorrer de toda série, Xena é a sua grande mentora.

5 – A travessia do primeiro limiar

Quando o Herói se compromete com sua aventura penetra no Mundo Especial ao efetuar a travessia do primeiro limiar. Este é o momento em que a aventura realmente tem início, é o primeiro Ponto de Virada (Plot Point). A partir desse ponto ele não tem mais como retroceder.

 

– Em “Star Wars”, é o momento em que Luke e Ben partem na Falcon Milenium;

– Quando Bob Esponja e Patrick partem da Fenda do Bikini eles se deparam com armadilhas, águas vivas venenosas e uma taberna de homens maus;

– Em “Paradise Foud” – XWP quando Xena e Gabrielle estão em uma caverna e caem em um buraco elas descobrem que penetraram em um local muito belo e misterioso e não sabem como sair dele.

6 – Testes e desafios, aliados e inimigos

No momento em que o Herói entra no mundo especial ele encontra novos desafios, enfrenta testes, faz aliados e luta contra inimigos. Estes fatos podem se repetir várias vezes durante a história. Nesses momentos o Herói é testado, há inimigos por toda parte e eventualmente ele pode recorrer à ajuda de aliados em alguns momentos da história.

 

– Em “Star Wars” pode ser o momento em que Luke e Ben vão à taberna em busca de um piloto (Han Solo e Jubaka) para levá-los a Alderan. Também e enfrentam inimigos na taberna e participam de uma batalha no espaço, penetram na estrela da morte para salvar a princesa Leia;

– Enquanto que Bob Esponta e Patrick têm que enfrentar diversos obstáculos, eles encontram uma taberna cheia de sujeitos maus e têm que provar que não são garotinhos bobos. Além de serem perseguidos por um terrível vilão assassino que tenta impedi-los de cumprir a sua missão;

– Em XWP podemos destacar dezenas de momentos como este. Um deles poderia ser quando em “The Dirty Half Dozen” quando Xena invade um castelo, auxiliada por diversos “companheiros”, cada qual com sua parcela de contribuição segundo os seus talentos e especialidades.

7 – Entrando na Caverna Oculta

Aqui o Herói chega à fronteira de um lugar perigoso onde está o objeto de sua busca. Pode ser o quartel general de seu maior inimigo. A Caverna Oculta é o ponto mais ameaçador do Mundo Especial. Quando o Herói entra nesse lugar temível, ele atravessa o Segundo Limiar. Entrar na Caverna significa entrar no território do inimigo e enfrentar o perigo supremo.

 

– Em “Star Wars”, a nave de Han Solo é atraída pela Estrela da Morte e os heróis não tem outra opção senão a de estar dentro dela;

– Bob Esponja e Patrick, mesmo sem os seus bigodes enfrentam o risco de entrar em um tenebroso vale cheio de monstros para chegar ao seu objetivo;

– Em XWP, entre muitos momentos, poderíamos destacar a cena de “Motherhood” em que Xena convence que Aphrodite as transporte ao Monte Olimpo para que ela pudesse negociar diretamente com a deusa Athena as vidas de Gabrielle e Eve.

8 – A Provação suprema – A morte do Herói

A provação suprema é o momento mais crítico nas histórias. O Herói enfrenta a possibilidade da morte. Na provação suprema, ele tem que morrer para renascer em seguida.

 http://img.photobucket.com/albums/v663/maryanne89/Abril%202012/6-9.jpg

–  Em “Star Wars” seria o momento em que Luke, Han e Leia ficam presos no compactador de lixo e quase são esmagados, ou quando Ben morre;

– Já em “Bob Esponja”, Os Heróis são capturados por um escafandrista que pensam ser um ciclope que os coloca sob uma forte luz para secar. Eles aos pouco vão secando e morrendo;

– Em XWP quase não se pode contar nos dedos as várias vezes em que Xena e Gabrielle morreram ou quase morreram e voltaram do mundo dos mortos.

9 – A ressurreição do Herói

O Herói deve “renascer” e, assim, purificar-se antes de voltar ao mundo comum. Essa etapa é uma espécie de exame final do Herói, para ver se realmente aprendeu as lições. Ele se transforma graças a esse momento de morte e renascimento. A Ressurreição é o último momento de perigo para o Herói e, por isso, deve ser o mais forte, o momento que o leva mais próximo da morte. Após essa etapa, o Herói geralmente adquire uma nova personalidade, menos egoísta, mais experiente e sábio. Ele deve deixar para trás toda a impureza, todo o trauma do mundo especial e guardar para si somente a experiência e a sabedoria adquiridas.

 

– Em “Star Wars”, quando é percebido que o Jedi Obe Wan morreu fisicamente porém permanece vivo em outro plano ainda podendo influir na mente do jovem Luke ou na cena em que a sua nave quase é destruída por Dart Vader, porém Solo salva-o no último momento;

– Bob Esponja e Patrick estão praticamente todos ressecados, porém a força do “amor” entre eles fala mais forte e conseguem escapar da morte certa. Uma última gota de lágrima vinda de ambos corre pelo fio elétrico e causa um curto-circuito na luz que provoca um pequeno incêndio que ativa um splinder que molha os Heróis fazendo-os retornar à vida;

– Em “Chakran” – XWP, quando Xena retorna a vida, por estar totalmente purificada ela se esquece de parte do seu passado, principalmente dos fatos da sua vida de guerreira. Mais tarde ela conquista um chakran mais poderoso e recupera todas as suas habilidades e, mais adiante, adquire o poder de matar deuses.

10 – O caminho de volta e o último combate

O caminho de volta é onde começa o terceiro ato da história. O Herói ainda está no Mundo Especial e corre perigo. As forças do mal se reorganizam e preparam um último ataque, a batalha final.

 

Em “Star Wars”, Luke, Leia e Hans Solo são perseguidos pela força do Império depois de fugirem da Estrela da Morte e ainda terão que enfrentar novas batalhas para deter o Império;

– Bob Esponja e Patrick retomam a Fenda do Bikini de carona nas costas de um nadador, porém ainda são atacados pelo terrível vilão matador e ainda terão que enfrentar mais uma tramóia do Plankton;

– Em XWP, depois de salvar a bebê Eve dos deuses, Xena e Gabrielle acabam sendo congeladas em uma caverna do Monte Etna por uns 25 anos. Quando elas acordam descobrem que ainda têm que resgatar a filha da Xena das garras de Ares e mais adiante enfrentar da ira dos demais deuses.

11 – O Elixir ou o Antídoto

O Herói retorna ao Mundo Comum, mas toda a jornada não tem o menor sentido se ele não trouxer consigo a cura final. O Elixir é um determinado poder adquirido pelo Herói na jornada. Muitas vezes, o Elixir é simplesmente um amor reconquistado, a liberdade de viver ou a volta para casa com uma boa história para contar. Geralmente nos contos fantásticos é aquele momento mágico em que o Herói executa uma ação e o mundo dominado pelo mal se liberta; as nuvens negras somem tornando o dia mais claro; as árvores secas começam a florescer e tudo fica mais verde, os pássaros cantam e a felicidade retorna a terra do Herói, pois o poder do mal desapareceu.

 

– É quando Luke usa o poder da Força para detonar a Estrela da Morte restaurando o equilíbrio de forças entre o Império e a dos rebeldes;

– Bob esponja salva a vida do seu chefe, porém Plankton ainda tinha uma carta na manga. Ele escraviza mentalmente todos os habitantes da Fenda do Bikini com baldes-capacetes, inclusive o Rei Netuno. Mas em um inusitado show de rock Bob Esponja e Patrick conseguem destruir todos os baldes-capacete, assim, libertando todos os seus amigos;

– Em “Prometheus – XWP”, é quando Xena e Hércules conseguem libertar o titã e o conhecimento do fogo e o dom de curar ferimentos retorna à humanidade.

12 – A recompensa

Após sobreviver à morte, derrotar o dragão e salvar a princesa, o Herói e o espectador têm motivos para celebrar. Ele então pode se apossar do tesouro que veio buscar, sua recompensa. Pode ser uma arma especial, um símbolo como o Santo Graal, ou ainda simplesmente o ganho de experiência, uma superação, mais sabedoria ou reconhecimento.

 

– No final de “Star Wars”, os Heróis, diante das tropas rebeldes, são condecorados pela princesa Leia;

– Finalmente Bob Esponja e Patrick encontram na loja do ciclope a coroa do Rei Netuno que uma vez recuperada salvará o Sr. Siriqueijo;

Ao longo da série, Xena e Gabrielle encontram ou resgatam diversos tesouros, mas recusam a ficar com eles ou ganhar recompensas, porém Xena demonstrar sempre buscar o poder do conhecimento de novas técnicas de luta, estes ela as conserva para si ampliando o seu leque de habilidades. No Céu ela consegue purificar a sua alma dos pecados no fogo para se tonar arcanjo e mais tarde adquire o poder de matar deuses.

Exercício

Um bom exercício é escolher um bom filme de aventura; qualquer um: “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “O quinto elemento”, “Kill Bill”, “Toy Story”… Qualquer um. Certamente nestes filmes poderemos identificar a presença de todos ou da maioria dos passos da “Jornada o Herói”, definidos por Campbell.

2 – Efeitos de montagem

Clichês

O roteiro deve sempre buscar surpreender o público com o inusitado mesmo que ele esteja contado uma história velha. Devemos evitar os clichês (cenas padronizadas) e bordões (falas de efeito) e a melhor maneira de evitá-los é conhecê-los. Porém, podemos tornar uma cena inusitada quando pegamos um clichê e o alteramos para um desfecho inesperado.

 

Em “Scary Movie 1” a fútil Buffy duvida que o assassino seja real e acaba ela mesma se ferindo para provar que não está levando a cena clichê a sério e mesmo com a cabeça arrancada continua a debochar do serial-killer.

Não devemos deixar que o espectador siga à frente da história. Isso ocorre quando a cena é tão óbvia e ele já sabe o que vai acontecer. A história deve “esperá-lo na esquina”. Roteiro que não surpreende o autor dificilmente surpreenderá o público.

Usar a técnica de ideias antagônicas ou as chamadas cenas “contra corrente” em roteiro pressupõe criatividade. Aristóteles já dizia: “O efeito dramático vem daquilo que não é provável.”

Paródias e referências

 

Cenas de paródias são bem comuns nas comédias. Muitos filmes como “Todo mundo em Pânico”, “Não é mais um besteirol americano”, “Corra que a polícia vem aí” basicamente são quase que integralmente montados em cenas de paródias que reproduzem comicamente cenas célebres de outros filmes.

Cenas de referencias buscam apenas homenagear, como o próprio nome já diz, fazem referencias a fatos históricos, literários ou à cenas, cômicas ou não, que levam o público a mentalmente interagir fazendo-os lembrar das cenas originais em filmes clássicos, da literatura ou mesmo nas histórias e bíblicas.

O seriado XWP é repleto de cenas de referências. Muitos episódios são referenciais à histórias bíblicas como: Davi e Golias, o sacrifício de Abraão, os Reis Magos etc. Também existem referencias à histórias Shakespearianas e à cenas de filmes clássicos como: “Indiana Jones”, “Miss Simpatia”, “Golpe de Mestre”, “Cleópatra”, “Um Conto de Natal” etc.

Subtextos (entrelinhas)

 

É uma mensagem que efetivamente não é claramente visualizada ou declarada na cena, mas de alguma forma pode ser percebida pelo público. Uma cena pode passar uma determinada mensagem ou sinal em um gesto, uma troca de olhares entre os personagens, em um som denunciador de fundo, na construção do ambiente etc.

Muito se comenta dos muitos subtextos ao longo da série XWP que denunciam o envolvimento homoafetivo entre as duas heroínas; e de fato eles estão lá mesmo para quem quiser aceitá-los. Entretanto, como geralmente os subtextos podem não ser percebidos integralmente pela maioria dos espectadores sempre pode ficar a dúvida de alguém se o roteirista teve ou não a intenção de passar determinada mensagem em determinada cena. Entretanto, podem existir alguns subtextos que só existem mesmo na cabeça dos alguns espectadores.

Muitas vezes, o uso de subtextos é uma forma eficaz de passar conceitos driblando a censura política, religiosa ou social. Certamente quando os produtores de XWP perceberam que a trama poderia ser enriquecida levando as duas heroínas a vivenciarem uma relação amorosa eles também anteciparam que poderiam ter sérios problemas na divulgação do seu produto devido à provável censura por parte dos exibidores e patrocinadores. Ainda mais que a série era prevista para atingir o público infanto-juvenil e não adulto. Parece que tornar a relação delas ambígua de início usando apenas subtextos foi o caminho escolhido para contornar o puritanismo americano. Mais tarde, quando a série se consagrou nas últimas temporadas a relação entre as duas tornou-se mais explícita e os subtextos passaram a ser quase que desnecessários.

Mensagem subliminar

 

Poucas pessoas se dão conta disso, mas em todos os filmes de animação 3D da Dreamworks existe pelo menos uma cena com uma lua crescente, referente ao logo da produtora; e que em todos os filmes de animação 3D da Pixar/Disney existe pelo menos uma cena com um carro com o foguete do Pizza Planet no teto.

Estas inserções atuam como mensagens subliminares que é a fugaz presença de determinado elemento ou signo numa cena de forma semi-oculta com o intuído de passar discretamente determinada mensagem aos espectadores. Ex.: Numa recente propaganda do governo apresentava a presidente Dilma discursando enquanto simultaneamente a voz do Lula corria em off numa tonalidade bem baixa falando exatamente as suas mesmas frases. Na cena seguinte já era Lula quem falava e a voz de fundo em off bem baixo era a da Dilma. Este recurso tentava passar ao povo subliminarmente a ilusão que Dilma e Lula eram como se fossem uma mesma pessoa em pensamentos e atitudes.

Efeito Kuleshov – plano metafórico

 

É como introduzir metáforas visuais na cena com a justaposição de planos com o intuito de criar uma nova significação, inexistente nos planos isolados. O termo foi criado a partir de um experimento do cineasta russo Lev Kuleshov (1899-1970) em que um mesmo plano de um ator com expressão neutra era alternado com planos carregados de diferentes significações afetivas (uma mulher na cama = “sedução”; uma pessoa morta = “tristeza”; prato de sopa = “fome”), que pretendiam “induzir” a interpretação dos espectadores, fazendo-os acreditar que a expressão do ator haveria mudado. O poder do Efeito Kuleshov foi bastante utilizado no inicio do século XX por teóricos e cineastas russos como Sergei Eisenstein e Dziga Vertov. Em seu primeiro filme. “A Greve”, Eisenstein exibe imagens de animais sobrepostas a dos personagens para ressaltar o caráter de cada um. (macaco, rato, porco, mocho etc.) Os Nazistas também se valeram desta teoria ao executarem filmes de propaganda anti-semitas que mostravam imagens de judeus sobrepostas com imagens de centenas de ratazanas para provocar a antipatia do povo germânico à raça considerada inferior pelos nazistas.

Meta-linguagem

Às vezes os roteiristas fazem certo jogo com a platéia. No meio da trama eles criam uma pausa e mostram o processo dos bastidores da encenação. É aquele momento em que os cameramen, os diretores e produtores aparecem no meio da história. Neste momento o mundo da ficção é invadido pelo mundo real. A meta-linguagem não transmite apenas a mensagem fala também sobre o veículo em que a mensagem está sendo emitida.

No final de quase todos os filmes de Jackie Chan, no momento dos créditos, são exibidas cenas “bloopers” (cenas engraçadas de falhas de produção). Elas não entraram na narrativa da história, mas como meta-linguagem os produtores acharam que elas mereciam ser vistas pelo público.

No seriado XWP podemos entender que os famosos “discraimes” (frases finais tipo: “Nenhum centauro foi ferido durante a produção deste filme…”) são uma brincadeira com a meta-linguagem.

O seriado também brinca com a meta-linguagem em diversos momentos, como no episódio em que Ted Ramini como roteirista tenda vender ao R. Tarpet os manuscritos de Gabrielle, quando os fãs do seriado XWP e Alti criam clones de Xena e Gabrielle, quando o pergaminho que cita a veracidade da existência histórica de Xena é apresentado em uma Convenção ou quando LL exibe a sua verdadeira barriga de grávida no vestido de go-go girl de Gabrielle nos créditos finais de “Lyre. lyre”.

No seriado HLJ, existem dois episódios que são quase que inteiramente baseados na brincadeira da meta-linguagem. “Yes,Virginia,.There.is.a.Hercules” e “For.those.of.you.just.joining” em que os personagens da série brincam de ser na vida real os atores e produtores do seriado Hércules.

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Desperately Xeeking Xena part II

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Chapo 

Depois de tantas fotos, de dançar, de correr de voar pra lá e pra cá vocês acham MESMO que dá pra dormir? Não, não dá!

Eu e Pow estávamos hospedados longe de Burbank. Por volta de 30 minutos de taxi de distância. E uma facada no bolso a cada viagem. Devo então mostrar publicamente minha gratidão à Angel, Suhayla e Elaine pelas caronas, pela ajuda e apoio. Vocês arrasam!  E um ENORME agradecimento à Aline e Laura que nos abrigaram no seu quarto de hotel no Marriot com banho e cama quente(ilegalmente). Claro, sem roupa extra a gente usou a técnica francesa. Vira as roupas do avesso toma banho de perfume e vamo que vamo!!

Domingo 07h30min da manhã

Café com Hudson Leick, Sheeri Rappaport, Jennifer Sky e as muitas reações à bandeira brasileira.

Primeiro elas ficaram no palco por alguns minutos enquanto a galera pegava o café da manhã, que estava muito bom, e depois cada uma se dirigia para uma mesa a fim de responder cada um de nós olho no olho. Haja coração.

Nossa mesa estava com a bandeira do Brasil e o Chakram no centro, o que chamou MUITA atenção. E como quem adora o Brasil, cada uma delas reagiu diferente.

Jennifer sempre muito fofa autografou logo de cara a bandeira, disse que adoraria vir ao Brasil e se interessou muito em fazer algum tipo de vídeo entrevista pra RX ou mesmo passar uma tarde com a galera em Ipanema.

Na hora da foto ela se apaixonou pelas minhas covinhas e simplesmente me agarrou com força. Ela me tratou que nem um bebê apertando as bochechas e fazendo cute cute. E eu odeio isso, mas ela eu deixo facinho facinho.

Hudson chegou à mesa trollando a gente. Olhou pra bandeira do Brasil e disse : 

– Oh nem faço ideia de onde vocês são!

Ironias a parte, fizemos questão de cantar um trecho de garota de Ipanema pra ela (torcendo pra ela saber que musica era aquela) só pra ser diferente das outras mesas.

E ela aparentemente gostou muito. Inclusive disse que essa foi a trilha da adolescência dela e ouvia muito essa musica enquanto bebia e fumava horrores!

Sim, ela é muito maluca e divertida. Pow rasgou elogios pros olhos dela que são mesmo muito marcantes. Uma cor caramelada e um olhar profundo que não tem como não ser intimidado. Hudson é muito atenta ao que dizemos e tirou bastante sarro da gente. Levou mesmo tudo na esportiva, como tem de ser.

Eis os melhores momentos dela com a gente

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Agora engraçado mesmo foi a Sheeri. Não entendemos até hoje toda a história. Explico:

Estávamos esperando ela sentar com a gente na mesa e tal. Nada é programado. Você pode perguntar qualquer coisa e ela pode responder o que bem entender da maneira que quiser. Então às vezes a possibilidade de não ter muito o que falar se faz bem presente. E acho que esse foi o caso.

Ela prontamente viu a bandeira e perguntou, pra ter certeza, se éramos do Brasil e se éramos todos brasileiros ali (porque é tipo dança das cadeiras, a que você sentar é sua e se não sentar vai ficar na que sobrar, e por isso nem sempre a mesa toda é composta de amigos ou pessoas que falam o mesmo idioma).  Esclarecida a duvida ela iniciou uma conversa muito esquisita de que conheceu um brasileiro num bate papo e de que adorou conversar com ele. Disse que por meses falava com essa pessoa e que ele a convidara pro Brasil. Mas ela não teve a oportunidade de ir.

Perguntamos o nome dele achando que poderia ser algum Xenite. E ela respondeu que nunca soube de fato o nome dele, mas que o nick da internet era: DURO

Sim, isso mesmo. O Nick do cara era DURO. Podem imaginar nossa cara pensando em bate papo pornô da UOL? Pensem no silêncio e nos grilos.

E ainda por cima ela veio pedir uma tradução do que era DURO. E percebendo nosso constrangimento e cadeados nos beiços pra não cair na risada da cara dela, ela prontamente se retirou, mandou beijos e aproveitem a noite!

E nossa reação assim que ela saiu foi  

O jeito era rir da situação mesmo…

 

Fim do café, hora de foto com Renee O’Connor!

Tudo acontece muito rápido e sempre que a gente tenta iniciar uma conversa as dezenas de pessoas na fila não são muito simpáticas a isso. Mas que se danem! Só se vive uma vez!

Pow fez questão de presentear a Renee com um carneirinho. Pensamos que por ela ser xenite iria associar à Hope e todo arco de Dahak.

E cada um que tirava a foto torcia pra foto do outro ser tão emocionante quanto!

Apesar de um pouco fria, ela me olhou nos olhos e me deixou abraça-la bem forte. Ela é bem Gabrielle mesmo no jeitinho meigo.

E desculpem a falta do que falar sobre Renee, ela não se fez muito marcante na CON mesmo…

De volta ao auditório, Jennifer Sky e Sheeri Rappaport no palco

Elas estavam estranhas. Foi um momento super  tenso.

Entendo que Sheeri talvez estivesse se sentindo mal, afinal de cada 10 perguntas, onze iam pra Jennifer. Mas o que ele esperava? Ela apareceu em dois episódios e não teve o impacto que Lao Ma teve ou qualquer outro personagem -que pouco apareceu e muito marcou- teve. Aliás, muitos ali achavam que ela era a Yakult, não a Otero. Pra vocês terem uma ideia.

E pra tentar ser simpática, a própria Jennifer perguntou pra Sheeri o que ela anda fazendo ultimamente, quais projetos ela tem tocado e etc. A Resposta foi:

– O que eu tenho feito ultimamente é a próxima pergunta que tenho que responder.

Apontou para o próximo da fila que perguntaria e deixou Jennifer com cara de tacho.

Elas não se olharam mais, não houve mais interação a partir dali. Auditório em silencio e ansiosos pra que aquela agonia acabasse. Foi desagradável.

 Passado o desconforto, chega Jennifer Ward-Lealand e seu marido Widow Twanky. Uma personagem IMPRESSIONANTE feita pelo Michael Hurst e mostrando seu talento infinito. Nunca teve aparições na Xena, mas em Hercules roubava a cena toda vez. Fiquei boquiaberta com o dom do cara. Ele é mesmo fantástico. E não pude deixar de tirar uma foto com ele!

Houve também uma emocionante homenagem ao ator Kevin Smith. Meus olhos encheram de água e pude ouvir muitos chorando no auditório. Deu um aperto enorme no coração ver imagens inéditas, vídeos dele cantando e uma retrospectiva de sua carreira que só havia se iniciado.

Temos então FINALMENTE Renee O’Connor no palco. Falou um pouco com a gente. Respondeu perguntas. Falou de seus projetos, sua carreira e etc. Só estava nos amaciando.

De repente ela pede pra uma pessoa subir porque ela tinha que deixar o palco.  Sobe Lucy Lawless com jeitão de “nem sou grande coisa” e a galera vai à loucura!!! Juro pra vocês, foram uns 5 minutos de gritos, assovios e sapatagem incríveis!

Todos que subiriam no palco tinham sua devida introdução, alguns como Sears,Claire e Renee traziam seus vídeos de casa pra já nos preparar pra o que viria. Mas Lucy não trouxe nada. Sequer foi anunciada. Não sei como as pessoas não morreram do coração! É demais isso!!!

Respondeu também perguntas, falou da família, falou de rúgbi falou até da Madonna! Ela gosta de falar, aparentemente.

Acho que nem preciso dizer qual foi o melhor momento, não é?

Mas direi mesmo assim. E como tenho orgulho de ter visto tudo ao vivo!

O casamento!

Algum abençoado da plateia sugeriu pra que Lucy fizesse o roteiro que a Fugate trouxe. E que fizesse ao vivo.

Lucy topou (só que ela não sabia do que se tratava até começar a ler). Chamou Renee lá trás que trouxe consigo o script e foi selecionando as páginas.

Um beijo pra Renee que sabia exatamente o que nós queríamos e aonde interessava mais! Quem sabe interessava também a ela, não é? Nunca se sabe…

Lucy fez questão de fazer a voz suspirada de Xena. E embora brincalhona, ela mandou muito muito muito bem com a surpresa no final. O que esperamos a vida inteira!

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YouTube Direkt

Percebam Renee vermelha após o beijo. Nem ela esperava tanta criatividade espontânea de Lucy!

Depois da vertigem, de tanta emoção. De chorar por estar tendo tamanha oportunidade de ver a Lucy nessa simpatia toda, chegava a hora de encarar ela olho no olho.

Photo opp com Lucy Lawless

Acho que eu não sentia meus braços, minhas pernas. Era final do dia, estava cansada, morta, sem dormir direito, sem banho decente, com roupa repetida. Será que a Lucy seria simpática? Será que ela tá cansada como a Renee? Será que conseguirei falar com ela um pouquinho?

A fila estava gigante. A maior de todas! Fui quase uma das ultimas, não queria ninguém reclamando na fila porque parei pra falar com ela.

Vamos nos aproximando e vendo como as pessoas ficam intimidadas e com medo de abrir algum diálogo rápido. O máximo que conseguem é um “I Love you”, “You’re so beautiful” e coisas do tipo. O que me deixou muito feliz porque deu pra ver como ela estava simpática e paciente com todos, ainda que estivesse ouvindo a mesma coisa dezenas de vezes.

Chegou nossa vez. Eu e Pow chegamos perto, acho que eu nem tinha mais batimentos cardíacos naquela altura. Ela é linda, alta, doidinha de pedra. E perguntamos se poderíamos tirar uma foto beijando ela. Sem hesitar ela abaixa e deixa-nos beija-la ao mesmo tempo pra uma foto que vou guardar eternamente.

Pra completar essa emoção toda, antes de sairmos Pow falou dos xenites brasileiros, de como somos fervorosos e inúmeros. Dissemos que a amamos e amamos a série como um todo, que mudou nossa vida. Agradecemos por ela ser maravilhosa. E ela atenta a tudo que dissemos, respondeu que ADORARIA conhecer o Brasil, que é fã do nosso país.

Abraçamos ela incontáveis vezes e, antes de sair definitivamente, pensei: Já estou aqui mesmo, quer saber?  Vou aproveitar este corpo!

Abracei, e ao ir soltando fui passando minhas mãos pelos braços dela até chegar às mãos que segurei com força e dei um beijo em cada uma.  

E qual não foi minha ENORME surpresa quando ela me puxou de volta pra ela e beijou então minhas mãos!!!!!! Preciso dizer que morri fui ao paraíso e voltei?

Eu não me lembro de mais nada, só me recordo vagamente do Pow falando alguma coisa pra mim sobre sei lá o quê. Fiquei cega, surda e muda de tanta emoção. Nem sei como saí da sala de autógrafos, devo ter sido carregada… Vai saber!

Não importava mais nada, eu tive um momento único com a Lucy Lawless beijando a minha mão e agradecendo por eu estar lá. Alguém me abane!

 

Hora de Autógrafos!

Sheeri, Jennifer Sky, David Franklin, Renee O’Connor, Jacqueline Kim, Musseta Vander, Michael Hurst e Jennifer Ward Lealand ocuparam vários cantos do auditório. Muitas filas e muita emoção passar por todos eles. Cansativíssimo! Mas cada minuto valia muito a pena.

O destaque foi para Jacqueline Kim que elogiou minha foto com ela e pediu uma cópia. Comprei também seu CD e Pow conseguiu falar bastante com ela. Aliás, ela estava super disposta! Ela nem sabia se vinha e acabou ficando os três dias de convenção.  Deve ter se apaixonado pelos Xenites.

E pra quem pensa que o ápice de tudo seria Lucy Lawless, ainda tive mais dois presentes aquela noite.

Enquanto o povo se matava naquelas filas de autógrafos, fui pra fora do hotel pensando:

“Só existe uma saída daqui… A Renee ainda está la dentro. Meu Deus, ela só tem esse caminho pra poder sair! Ninguém me tira daqui nem com vela preta e galinha morta!”

Vêm saindo do auditório Suhayla, Angelina e Elaine perguntando que eu fazia ali fora e expliquei. Enquanto elas discutiam se seria possível a Renee sair por ali, eis que surge a própria Renee indo direto para o banheiro.

Pensa na nossa cara. Ela foi para o banheiro das mulheres que estava vazio. Já que estavam todos no auditório pegando autógrafos.

Corremos pra lá! Uma verdadeira bagunça eufórica.

O que vamos fazer agora?

-Shiiiiii, silêncio!

Só se escuta o xixizinho dela caindo no vaso. (Tão fofo)

-Se ela der um peidão aqui acho que meu sonho de Gabrielle vai por água abaixo. Falei

-Vamos passar maquiagem pra disfarçar!

Espelho com quatro meninas retocando a maquiagem no final da festa, quase 10 da noite, como se estivéssemos só chegando. Nem dava pra disfarçar!

Pior! A Renee não saía de jeito nenhum do banheiro.

-Gente, ela ta cagando?

-Será?

-Nada! Ela deve estar com medo e esperando a gente sair.

-Pois então ela vai morar aí, porque eu daqui não saio até ver ela!

Sai Renee super sem graça, lava as mãos e diz:

-Obrigada pela presença, meninas. Tenham uma boa noite.

Com aquela carinha de Gabby e ainda deu aquele sorrisinho maroto franzindo o nariz. Ai ai….

-Gente, qual foi o Box que ela saiu?

Todas correm pra usar o banheiro que ela usou! Gente, são as bactérias da Renee O’Connor!!!!

A maior briga pra fazer xixi em cima do xixi dela.

É nojento, mas você faria diferente estando lá?

_

Final de convenção – Festa

Eu confesso que nem sabia que teria uma festa. Mas já que tem, vamos bailar!

Estava relativamente cheio e um tanto apertado.

Sou meio afobada então não me agradou muito a princípio. Mas SÓ A PRINCÍPIO!

E o momento que quase me matou: Quando vi a Hudson Leick chegando na festa usando a blusa que eu havia presenteado ela no dia anterior. Eu não acreditei quando vi.

Pra completar um belo bolo xenite que Hudson destruiu a facadas sem piedade!

Completou e finalizou com gostinho de chocolate nossa aventura Xenite

 

Fim de noite, fim de CON, fim de dia.

Espero que vocês tenham curtido e tenham a oportunidade de passar por tudo isso e muito mais nas convenções por vir.

Algumas fotos do pessoal brasileiro que também estava por lá:

 

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Uma bitch que faz jus ao dito de Maquiavel: “o fim justifica os meios”

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Por Pedro Henrique
        

OBS: Este artigo está cheio de spoilers sobre o enredo tanto da primeira, quanto da segunda temporada da série Spartacus.

Todo mundo sabe que a série Spartacus atraiu muitos fãs de Xena, não somente por ter como uma das personagens mais atraentes do universo a bitch Lucrécia, interpretada por nossa admirável Lucy Lawless, mas também por possuir grande parte da estrutura da nossa série favorita, como membros do staff principal, o fato de ser filmada na Nova Zelândia, ter o compositor Joseph LoDuca e nos trazer a especifidades bastante nostálgicas que nos levam por alguns momentos de volta à Xena e Gabrielle (tipo transições sonoras iguais às de Xena). Por isso, esse mês a gente trata de uma outra bitch da série, tão bitch quanto a própria Lucrécia, – que, diga-se de passagem, já fez sua aparição aqui (http://www.revistaxenite.com.br/?p=1551) – Ilithyia.

         Interpretada brilhantemente pela atriz australiana Viva Bianca, Ilithyia é uma vilã que compete em pé de igualdade com Lucrécia no posto de maldade, e tendo bastante coisa em comum com esta, como demonstrado no desenvolvimento de sua personagem, não podia deixar de marcar presença no Bitch Power.

         Em seus primeiros momentos de tela, Ilithyia aparece apenas como uma esposa devota a Claudius Glaber, revelando para que veio e quais são seus objetivos muito posteriormente, quando assassina uma amiga por força das circunstâncias (Lucrécia a chantageia sutilmente por ter transado com Spartacus, por engano). Apesar de manter uma postura bastante diplomática, ainda assim preconceituosa, Ilithyia apenas trabalha na tentativa de manter as aparências do seu marido a fim de promovê-lo. Dessa forma, Ilythyia acaba tendo que manter uma amizade forçada com Lucrécia, em decorrência de uma chantagem.

         Durante a segunda temporada, a personagem grávida de Spartacus e aliada a Lucrécia, perde aquela posição de esposa devota do grande pretor de Roma, Glaber, e, tramando por suas costas, planeja casar-se com Varinius para garantir a sua posição social – já que a de Glaber se encontra ameaçada, depois de tentativas infrutíferas de capturarem Spartacus.

Vemos uma Ilithyia que está disposta até a apunhalar o seu grande amor de outrora apenas por causa de seus planos e, quando estes planos dão errado, vemos uma Ilithyia completamente desesperada e sem chão, já que Glaber, tendo descobrido seus planos, a mantém viva tão-somente por conta do bebê que ela carrega (achando equivocadamente que é seu herdeiro).

         No fim da temporada, vemos de uma forma bastante cruel como Ilithyia retoma o controle da situação e volta a ficar ao lado de seu marido e, definitivamente, prova que ‘os fins justificam os meios’, pois passa por cima de todos que estão no caminho (inclusive de Lucrécia) para se safar de qualquer coisa e garantir sua posição, agora, novamente, ao lado de seu marido.

         O figurino usado pela personagem de Ilithyia nos faz compreender com bastante clareza a personalidade deturpada da personagem, já que esta  está constantemente usando rosa, e azul claro com tons arroxeados e, às vezes, com o próprio roxo, além da maquiagem carregadíssima, o que sugere ao espectador que trata-se de uma personagem cruel e dissimulada, em contraste com a suas expressões faciais e o cuidado na hora de falar.

         O final da temporada acaba por surpreender a todo mundo, pois os planos da nossa bitch acabam sendo frustrados pela morte de Glaber e pelo enlouquecimento de Lucrécia, que, por ocasião do parto, acaba pegando para si o bebê e se joga com ele de um penhasco.

         A série acabou de encerrar a segunda temporada, e Ilithyia permanece viva. Vamos torcer para que a nossa bitch possua um papel ativo na série em uma eventual terceira temporada e faça mais jus ao nome de vilã.

        

         

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Artwork está de volta!

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O canto para os artistas do fandom voltou! Agora a Revista Xenite tem sua página de Artwork renovada e permitindo mais autonomia aos que quiserem enviar seus desenhos, montagens, posters ou qualquer tipo de arte visual – incluindo vídeos- para a RX.

Para acessar é só clicar no link ARTWORK no menu superior e ser redirecionado à galeria. Lá, procurem o link “envie seu trabalho” e seja redirecionados para o painel de edição. Estando nele, basta escolher entre “Submit a photo” ou “Submit a Video” e fazer o upload do arquivo desejado, adicionar uma breve descrição e preencher os campos requeridos. Seu trabalho irá para nossa caixa de mensagens e depois de ser liberado aparecerá no site.

Sei que o fandom está cheio de gente talentosa, então conto com vocês!

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Pesquisa : precisamos das suas opiniões e sugestões.

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Visando uma abertura à mais temas e também maior feedback aos atuais e futuros colunistas venho lançar algumas perguntas para vocês responderem via comentários (que podem inclusive ser anônimos, se assim preferirem):

 

1. Matérias de que assuntos vocês gostariam de ver na RX?

2. Na sua opinião, o que falta na revista?

3. Você vê algum defeito na Revista? Se sim, discorra.

Além dessas três perguntas chaves, quero deixar aqui o espaço aberto para QUALQUER SUGESTÃO ou RECLAMAÇÃO que vocês possam ter e lembrar mais uma vez que ela é um espaço ABERTO a todo e qualquer xenite que queira publicar, enviar material, etc. Precisamos de idéias, precisamos de diversidade de pensamento, precisamos de diversidade de estilo de escrita e sabemos que isso existe no fandom.

Queremos realmente saber a opinião de todos, a fim de que possamos melhorar a qualidade de algo que é feito de xenites para xenites.

Então, usem e abusem da caixa de comentários!

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Revista Xenite ressurge das cinzas!

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A Revista Xenite finalmente está de volta. Glória e aleluia!

Depois de quase um ano, o reduto para quem acha que cultura popular não é o bastante está voltando às atividades mensais.

Esse mês, temos muito material bom para divulgar e, lógico, muito conteúdo sobre o que todo mundo mais gosta: Xena.

Antes de tudo gostaríamos de agradecer aos membros que enviaram material para que pudéssemos fazer deste retorno único. Por outro lado, gostaríamos de pedir desculpas a alguns outros, pois 3% do material postado no servidor anterior não foi recuperado. Dessa forma, se o dono do artigo detectar a ausência dele por aqui, gostaríamos de pedir que a pessoa se pronuncie, de forma a nos reenviar para publicarmos em futuras edições.

Passado o primeiro momento, gostaríamos de fazer uma ementa sobre o que tem para este mês: artigos sobre Xena no Netflix, o retorno da Princesa Guerreira à Record (que ocorreu justamente porque a Revista Xenite estava prestes a voltar!), Girl Power em edição dupla, Bad Boy, Boy Power, Bitch Power e um depoimento mais do que exclusivo sobre a última XenaCon.

Exatamente isso. A nossa xenite mais conhecida como Chapo narra a pra gente a primeira parte em uma matéria saída do forno sobre o que rolou por lá para lá de emocionante. Dúvidas de que esta edição está imperdível? Não se esqueçam de comentar e se joguem!

Xena e sua influência no mundo externo – por Pedro Henrique

Afrodite is back, bitches! – por Afrodite 

Ele preferiu a morte da humanidade em troca da imortalidade do seu amor – por Aryane Mello

De Rainha do Egito para espiã internacional… seu codinome é Bitch Power! – por Alessandro Chmiel

The Doctor (Just, the Doctor) – por Aryane Mello e Mary Anne 

Xeeking Xena – parte 1 – por Camila “Chapo”

Das cinzas – por Cris “Barda”

O morto, o vivo e a guerreira – por “Di” Friori

Muito mais do que uma ajudante loirinha – por Mary Anne

Lost Mariner x Beauty and the Beast – por Gisele Gonçalves

Xena de volta à Record! – por Robson Bardo

Curso de estrutura de roteiros  Aprendendo linguagem cinematográfica com Xena – por SSenat

Xena e Hércules no Netflix! – por Robson Bardo

Reassistindo a menosprezada primeira temporada – por Renata Teófilo

Time homossexual em Xena – por Robson Bardo

Desejo insaciável de poder – por Camila “Chapo”

Minha infância com uma boneca de Xena – por Robson Bardo

A Princesa Guerreira foi sua inspiração infantil… mas a flor Colombiana quer mesmo é vingança! – por Alessandro Chmiel

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A Princesa Guerreira foi sua inspiração infantil… mas a flor colombiana quer mesmo é vingança!

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Por Alessandro Chmiel

[email protected]

Twitter: @AleXenite

Agradecimentos ao Robson Cardoso, meu grande amigo Rob Bardo, pela indicação!

 

Obs.: artigo sem spoilers que atrapalhem a sessão pipoca!

 

É incrível como as referências ao nosso seriado preferido ainda persistem na atualidade. Talvez nem nos demos conta da popularidade tamanha de XWP. E foi através de uma dessas alusões, divulgada pelo Rob Bardo (veja o trecho aqui), que Cataleya foi a escolhida para estrelar na GP mais que especial: a da edição de retorno da Revista Xenite!

O filme francês/americano Em Busca de Vingança (título original: Colombiana: Vengeance is Beautiful, 2011) é dirigido por Olivier Megaton. Na trama, que tem início no ano de 1992, a pequena Cataleya Restrepo, de apenas 9 anos, recebe do pai um colar contendo um chip com informações secretas. De acordo com o pai dela, aquele chip seria a chave para a menina entrar nos Estados Unidos com segurança. Poucos momentos depois, o pai e a mãe de Cataleya são assassinados por criminosos rivais (não fica muito claro as razões dos assassinatos, mas tudo gira em torno de vingança também…). Sozinha no mundo, Cataleya foge com habilidade surpreendente dos bandidos. Até agora não se sabe de onde a pequena aprendeu a arte do parkour (esporte no qual se pratica os movimentos pulando de um prédio a outro, passando por bancos, árvores, e até pessoas de maneira ágil, saltos mortais… – sentiu a semelhança xenite nisso tudo?), mas o importante é que Cataleya já possuía muitas habilidades e sobreviveu à perseguição. Dentro de poucos dias, a menina rumava para os EUA.

E então o ponto alto do filme é introduzido: Cataleya está sentada no trem rumo à casa do seu tio, quem a criaria e cuidaria dentro de sua casa. Nas mãos, a pequena órfã segura um exemplar de um gibi de XENA: WARRIOR PRINCESS. É preciso, com muita, MUITA força de vontade, compreender e ignorar os fatos de que: (1) XENA só apareceu na TV em 1994 e teve seu seriado a partir de 1995 (respectivamente dois e três anos após a época em que o filme se inicia); (2) a edição do gibi, conforme a nossa Xenite Bidi Naschpitz gentilmente informou, é de 1999, então se Cataleya não tinha a habilidade de encomendar produtos do futuro, seria impossível possuir tal exemplar (baseado, conforme fato -1-, em um seriado ainda inexistente); (3) um chip de tamanha tecnologia ainda não existia, na medida do que o governo americano divulga publicamente, no ano de 1992 (mas este é um detalhe que não nos incomoda tanto quanto XWP dando as caras e os gibis em 1992).

O clímax da cena vem a seguir, quando Cataleya conta a seu tio que costumava querer ser como Xena, “uma Princesa Guerreira”. Questionada sobre a vontade persistir, Cataleya é categórica: “Não mais. Agora quero ser uma assassina. Você me ensina?”. E para choque geral do povo não-sociopata, o tio rapidamente diz “Sim” para a sobrinha. E assim Xena fica para trás…

Então o filme pula para 15 anos mais tarde (embora os produtores continuem fazendo confusões temporais e acreditem que existam iPhones em 2007, bem como Barack Obama já governar os Estados Unidos…), e Cataleya é uma sexy assassina particular com apenas um grande propósito: vingar os pais. De algum modo, no entanto, ainda torcemos por ela, visto que sua alma é frágil e sua infância marginalizada nas mãos de um tio que, como o resto da família, vive do ra-tá-tá-tá-tá. Utilizando um nome falso, a assassina profissional mantém um caso amoroso com o personagem de Michael Vartan, Danny Delanay, um artista quase tão melancólico quanto a protagonista. Afinal, nesse mundo de matadores, dar o nome verdadeiro é questão de vida ou morte. Cenas quentes, preparem-se!

 

O filme, apesar de todos os pesares, é perfeito para uma sessão cineminha-em-casa, altamente recomendável para os Xenites que encontrarão as influências da Princesa Guerreira na heroína, à princípio ignoradas por Cataleya. As sequências de luta são pura adrenalina, e tudo pode acontecer. Por que, contudo, selecionei uma assassina vingativa que o Alê parece sempre instigar e bater nessa mesma tecla desde A Noiva… para estrelar a GP? Ao contrário de KILL BILL (ver GPs n.04 e 05), Cataleya não entrou no mundo da matança por escolha própria – ao menos não enquanto fosse madura o suficiente para ter noção de éticas e outros valores de tal alçada. Confesso ter lembrado de Callisto o tempo inteiro, pensando se de alguma maneira a vítima de Cirra não tivesse razão em querer extirpar a dita guerreira redimida… E de qualquer modo, como julgar Cataleya como uma bitch?

É muito fácil falar em vingança quando este sentimento tão perturbador não é sentido dentro de si. Temos muitos exemplos, reais ou ficcionais (especialmente em XWP), cuja especificidades podem ser analisadas e inclusive julgadas. Ainda assim, sempre à distância. Um caso como o de Cataleya é bastante problemático de se classificar, já que sua vida era completamente cercada de criminalidade. Violência foi a língua materna da menina colombiana, assim como foi de Xena. O que pode ter faltado seria uma melhor compreensão dos ensinamentos da Princesa Guerreira para lidar com tamanha dor: a morte brutal dos pais. É como julgar Callisto mais uma vez. E a pergunta final é sempre a mesma: e depois? E depois da vingança, se ela for consumada, o que há? Só assistindo a Em Busca de Vingança para darmos abertura a tentativas. Quantos de nós, Xenites, com anos de amor à série, já não tiveram interpretações errôneas sobre XWP? Quantos de nós já não confundimos a pacificação com violência, o Caminho do Amor com o do Mau Guerreiro? O melhor para si ao invés do Bem Maior? Da mesma forma que nos redimimos junto de Xena, também pode haver a chance de, um dia, Cataleya ressurgir como uma fênix de ânimos acalmados, um espírito sóbrio e apaziguado. Talvez Cataleya encontre os DVDs de XWP em alguma locadora dos EUA e passe a ter sua percepção de heroína com outros olhos, já tão sofridos e, já não sem tempo, amadurecidos.

Em Abril, Diessy Duarte faz sua estreia na Girl Power e traz uma heroína diretamente de Law & Order SVU. Não se esqueçam de deixar seus comentários, Xenites. Grande abraço, e nos vemos em breve!

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Minha infância com uma boneca de XENA

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 Por Robson

 Abençoado seja o nosso fandom, que é composto de uma fatia enorme de homossexuais, porque caso os gays e lésbicas xenites fossem minoria, eu jamais poderia estar aqui assinando este artigo com meu nome (Robson, um nome masculino), pois na certa pegaria muito mal um rapaz admitir num site como este que brincava de boneca na infância! Eu teria de ter assinado com algum pseudônimo, ou com apenas iniciais – R. C. Santos.

Em 1998, o bardo que aqui vos fala tinha apenas 11 aninhos de idade, e embora fosse um menino sempre muito presenteado com uma variedade de brinquedos de garoto, eu jamais largava um item em específico, o qual vocês já devem estar imaginando qual era…

 

Eu deixava de lado os carrinhos que soltavam faíscas no motor quando friccionados contra o chão. Arminhas com uma dúzia de sons de disparo diferentes, ativados a cada vez que o gatilho era apertado, pra essas eu nem olhava. O mais interessante é que ainda hoje eu possuo guardados estes brinquedos, junto a jogos de tabuleiro e de montar, totalmente preservados. Mas é que eu não largava um minuto sequer a minha boneca da Xena.

Baixota, de tronco curto e desprovida de pescoço, aquela boneca era o meu maior tesouro em meu mundo de imaginação. Era feia, feia pra caramba, com sua cara de homem, e eu não gostava nada do fato da roupa dela ser aquela dos episódios da 1a temporada de Hércules, então eu pintei os detalhes com esmalte preto. Essa Xena vinha com uma espada e um escudo que eu fingia que era o chakram, uma vez que essa versão da boneca não acompanhava a arma mais poderosa da Princesa Guerreira.

Com o tempo, fui ganhando outros bonecos: o Hércules e o Iolaus. Lembro bem que essa coleção era facilmente encontrada nas lojinhas de R$ 1,99. Pôxa, como esses “quase 2 reais” eram grana alta naquela época! Dava pra gastar com um monte de coisas! Mas não estamos mais na geração onde o Kinder Ovo custava R$ 0,50 e as figurinhas do álbum do Rei Leão vinham em chicletes da Ping Pong por R$ 0,05 centavos cada.

Eu adorava colocar os braceletes no boneco do filho de Zeus, mas a versão que eu tinha trajava uma camisa de papel, que se rasgou sozinha com o tempo. O boneco do Iolaus vinha com um defeito de fabricação muito grave: ele era da mesma altura que o boneco do Hércules. Michael Hurst deve ter amado este lançamento.

 

Hoje eu olho pra trás e sinto um sorriso se instalando no meu rosto: como era gostoso ser criança nos anos 90! Tudo parecia mais saudável naquela década, e não creio que assim o era apenas pela inocência natural que havia em mim por eu ser criança, mas porque atualmente até mesmo as crianças parecem apressadas por saírem da juventude. Agradeço a Eli por eu ter sido um guri que brincou muito de boneca. Não de Barbie.

De Xena.

Robson

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