Uma “princesa” muito guerreira…e não, não é quem vocês estão pensando.
Por: Mary Anne
Antes de eu começar a falar da nossa Girl Power do mês, é necessário contextualizar a série onde ela aparece, Once Upon a Time. E como nessa edição a Bitch Power da vez pertence ao mesmo espaço que a Girl Power vou me utilizar de uma citação do outro artigo, também escrito por mim, sobre a principal inimiga da nossa GP de Junho.
A premissa da série é usar a história da Branca de Neve como esqueleto, e nela fazer as mais variadas conexões com os mais variados contos como Pinocchio, Bela Adormecida, Alice no País das Maravilhas, 101 Dálmatas, Chapéuzinho Vermelho, Aladin, Cinderella, João e Maria entre outras referências menores, com o diferencial da história ser contada em duas realidades alternadas: O mundo da magia e o nosso mundo real atual, onde não há mágica e ninguém lembra quem é, ou seja, boriiiing… Ou melhor, quase ninguém, alguns personagens, como Henry Mills acreditam piamente que todos ali vivem sob uma terrível maldição que precisa ser quebrada, mas obviamente, ninguém leva o garoto a sério. (Confiram “Quem disse que toda Bruxa é feia e velha?“)
Apesar de num primeiro momento a impressão que temos é de que logicamente a protagonista da história seria a própria Branca de Neve (impressão essa reforçada pelo material de divulgação da amada ABC Studios), engana-se quem pensa que a história vai se centrar em anões a maçãs envenenadas. Eles até estão presentes, mas quem toma a comissão de frente dessa história cheia de magia, mistérios e maldições é Emma Swan (Jennifer Morrison), uma solitária mulher de 28 anos, que trabalha como uma espécie de agente de coleta de fianças em Boston.
Emma tem sua vida virada ao avesso quando no dia do seu vigésimo oitavo aniversário, bate a sua porta um garoto de 10 anos, chamado Henry, afirmando ser a criança que ela entregou para adoção 10 anos atrás. Em posse de um livro de contos de fadas, Henry conta a Emma que todos os personagens do livro são agora habitantes da cidade de Storybrook, Maine, aprisionados à Terra por uma Maldição Negra, criada por nada mais nada menos que…a Rainha Malvada, mãe adotiva de Henry, que fez com que todos esquecessem quem são, e o seu tempo cronológico ficasse paralisado (exceto para ele próprio, que nasceu na Terra).
Henry tenta convencer – sem sucesso – Emma de que ela é a chave para quebrar a maldição, sendo a filha da Branca de Neve, enviada do Mundo sem Mágica através de um guarda roupa mágico (oi, Nárnia). Emma obviamente não acredita, assustada com todos os acontecimentos decide levar Henry de volta à Storybrook o mais rápido possível e se livrar do “problema”. Ao entregar Henry à sua mãe adotiva, Emma tem uma pequena discussão e após um pequeno acidente ao tentar sair de Storybrook para voltar pra Boston, decide se hospedar na cidade por alguns dias, para garantir que Henry está sendo bem tratado.
O que eram “alguns dias” acaba se transformando em planos mais permanentes, à medida que o laço entre Henry e Emma se aprofunda e ela se torna amiga de Mary Margareth, a professora primária de Henry, a qual não é ninguém menos que a Branca de Neve, nesse mundo paralelo.
A partir daí, Emma passa a se envolver em diversos eventos da cidade, que são contados na série em paralelo com a história dos personagens no Mundo Mágico, fazendo com que ela, mesmo sem saber, seja a responsável na resolução de muitos problemas desses personagens mágicos sem memória de quem são, mais ainda depois de se tornar xerife, muito à contra gosto da Prefeita Malvada.
Mas a verdade é que a habilidade de mais destaque nessa loira, vestida de couro vermelho e cheia de atitude, tem sido enfrentar, contrariar e criar rixas épicas com Regina/Rainha Malvada, sendo a única na cidade a ter essa coragem (afinal, como afirma Henry, ela é a chave para quebrar a maldição).
Aliás, atitude é o que não falta…foi-se o tempo em que a função das princesas de contos de fada era pôr um vestido e posar exibindo sua beleza e delicadeza. É claro, que nas histórias clássicas a filha da Branca de Neve e do Príncipe Encantado tinha tudo para ser um exemplo de fineza e doçura, mas em Storybrook todo esse reino clássico está às avessas, e aqui temos uma “princesinha” que invade o pomar da Prefeita com uma serra elétrica ameaçando botar sua macieira de estimação no chão, entra num catfight com a viã, com direito à socos porque puxar cabelo e dar tapinha é coisa de mocinhas indefesa e não tem uma vocabulário muito…refinado, por assim dizer (e nós xenites conhecemos bem uma outra “princesa” com esse tipo de atitude, não é?)
E para deixar as coisas mais interessantes para alguns, dizem os olhos atentos ao subtexto que todas as birras entre Emma e Regina são puro fruto de tensão sexual, formando dessa forma os shippers SwanQueen, o que para alguns faz todo o sentido, para outros nem tanto, mas não se pode negar que a nossa motherfucking princess tem uma pitadinha de butchness em sua personalidade.
Não acredito que estou dizendo essas palavras, mas acho muito sem noção quem vê subtexto SwanQueen…
Ah, a cena da serra elétrica! Me fez rir de prazer. #TeamEmma
Pois é, Cris, eu não acho Sem Noção quem não encontra subtexto em SwanQueen. O subtexto tá ali, vc precisar acreditar para vê-lo. Só que alguns não querem… Problema é deles! Shippar por aqui e ali é a mais nova forma de estar por dentro de um seriado, faz bem. E acredito que esse shipper nasceu pela falta latejante de um casal que desperte no público um entusiasmo. Sim, temos o Charming e a Snow, mas, ai, ninguém merece aquele Príncipe Encantado covarde e cheio de dúvidas sobre sua alma gêmea. Fora que a Emma tem todo um jeitão Badass, o que faz dela uma grande candidata a sapa da série. lol
Ai Mary, seu artigo me fez morrer de vontade de sair correndo e espancar os diretores pra enfiarem a segunda temporada no ar logo.
MAGIC IS COMING!!
Eu estou com o André no ponto de vista. Não consigo ver subtexto nenhum entre as duas. Acho que ficou clichê, qualquer dupla de personagens com forte rivalidade serem automaticamente transformados em um ship, para alguns funciona e há como sustentar com coisas canon (ex: Faith e Buffy, Xena e Callisto, Rachel e Quinn, essas últimas por influencia do fandom, tiveram cenas que insinuassem algo), já entre Regina e Emma, não consigo ver nenhum indício de ligação afetiva/atração distorcida por raiva. Emma, apesar do jeito butch, aparenta ser bastante hetero, a ponto dela e Regina entrarem num catfight (ou será que devemos dizer jaguar-fight) por causa do Graham.
Enfim, existem ships que nascem por vontade dos fãs, e compreendo esses (assim nasceu Faberry, Confersith e tantos outros), mas não quer dizer que tenham algo de canon. Podem vir a se tornar, se o fanbase deles for forte o bastante pra influenciar a produção (como aconteceu em Glee com Brittana, e com o leve innuendo Faberry que sabemos não dar em nada, mas FOI incluído), mas de momento, eu na sinceridade, gostaria que alguém me mostrasse alguma evidência concreta de SwanQueen que mostre um bom motivo pra SwanQueen se tornar canon.
Digo… André***
Confundi-me.
como assim sem noção? a sapatice rola solta ali!
HAUAHAUAHAUAHAUAH A SAPATICE ROLA SOLTA ALI, INDEED! HAUAHAUAHA
Ai, mano. Seria uma ótima ideia as duas juntas. Essa série não é tão underground alternativa quanto Buffy ou XWP. Então seria um final de conto de fadas BEM ALTERNATIVO pra um público que não fica esperando a todo momento uma relação gay entre personagens. Porque eu acho que foi isso que aconteceu com XWP (Glee também). Pessoas imaginaram tanto a ponto de influenciar os criadores da série. Não venham me dizer que existia subtexto desde a primeira temporada de Xena que pelamordi… aquela papinho sobre dormir em cima de pedras ser subtexto é muito forçado. Então… MY POINT IS: quem se identifica cria o subtexto que quiser.
ANYWAYS, SwanQueen seria um jeito da Branca de Neve pagar sua dívida com a Rainha. Além do mais, tem o Henry. Onde é visível que a rainha se importa com ele. Ficando com a Emma, ela não teria que se afastar do garoto. (ELAS JÁ TEM UM FILHO JUNTAS, GENTE!). Não seria o final do tipo a rainha morre, Henry fica com a Emma e a Branca de Neve vive feliz pra sempre com o IDIOTA do Príncipe dela. Eu prefiro acreditar na redenção da Rainha através amor verdadeiro. Me processem.
PS: EMMA BUTCH. prontofalay
Amo Ouat de paixao msm (bjss pra minha Lana),e tbm acho q a SwanQueen esta la pra quem quer ver,é tipo um jogo de sete erros,e sou SQ,nao importa se for canon ou nao uhuuuu