Uma kombatente com bumerangues e bastão…

Por:

…uma mistura de Xena e Gabrielle no Mortal Kombat?

 

Por Alessandro Chmiel

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Twitter: @AleXenite

 

Março de 2013

 

imagem1Dedicado a Diovanne Ouriques, meu enfadonho controlador dessa “biscate” (como eu carinhosamente a chamo) nos nossos kombates épicos. Amigão, esse é pra ti!

 

            Ela não é irmã nem prima da Kitana ou da Mileena (ambas já tendo aparecido aqui na RX, no Girl Power e no Bitch Power, respectivamente). A moral é que esse universo de Mortal Kombat nos dava pouca informação sobre qualquer um dos guerreiros até os jogos se atualizarem, e Jade, em especial, nunca foi um livro aberto. Mas é pra isso que a coluna GP existe: pra mostrar algumas páginas essenciais das heroínas deste mundo e dos outros.

            A guerreira Jade surgiu em Mortal Kombat II, de 1993. Não sendo uma personagem selecionável, o jogador passava um certo trabalho para enfrentá-la: uma ladainha de vencer uma rodada só com chutes baixos e você era levado às masmorras de Goro, enfrentando essa guerreira que era uma mera cópia verde de Kitana, com leques e tudo, e ligeiramente mais rápida que os guerreiros normais. Ah, sim, e imune a projéteis. Mas isso era tudo que se via dela, além de ser possível notá-la espionando atrás das árvores no cenário da Floresta Viva.

            Foi em 1995 que Jade virou uma personagem selecionável, e com história pra contar.

            Membro de uma família valorosa em Edenia, um dos mundos dominados pelo imperador Shao Kahn, Jade foi entregue ao vilão quando criança, como um tributo por seu domínio sobre as terras edenianas. Assim sendo, Shao Kahn a criou para ser uma grande guerreira, forjada em artes marciais ao lado de sua filha adotiva, Kitana, o que acabou por torná-las grandes amigas. Ao virarem adultas e capazes de cuidarem de si mesmas, Jade foi escolhida pelo imperador para ser a guarda-costas particular de Kitana, o que mesclava um serviço ao mesmo tempo de segurança e espionagem. O que o imperador não contava era a capacidade sentimental dessa mulher guerreira, e o jogo do me-engana-que-eu-gosto teve início.

            Quando Kitana decide ajudar os guerreiros da Terra a impedirem Shao Kahn de invadirem seu mundo, é dada a Jade a missão de trazer a princesa de volta, e convencê-la de que seu lugar era ao lado dele, seu “pai” – que a criou como filha por ter assassinado seu verdadeiro progenitor na tomada de Edenia, o Rei Jarod, marido da Rainha Sindel, na invasão, milhares de anos antes. Jade, assim, encontra-se no maior impasse de sua vida: respeitar as ordens de seu imperador, como sempre fazia, ou fazer valer sua amizade com Kitana e ajudá-la a fazer justiça, podendo custar a vida dela e sua própria?

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            Como a peça do cavalo em um tabuleiro de xadrez, Jade moveu-se cautelosa e habilmente entre os mundos e lutadores do torneio para realizar a justiça de Kitana: derrubar o imperador e, mais do que tudo, trazer a mãe de Kitana, Sindel, de volta à realidade, de olhos abertos para a verdadeira situação em que Shao Kahn havia imposto nela e em todos os universos. Destemida e um tanto arrogante – inclusive entoando “Isso vai ser fácil” toda vez em que enfrenta um inimigo –, Jade possui as qualidades necessárias para derrubar seus obstáculos, mas sua vitalidade é posta a toda prova ao mudar de lado e lutar no time do bem. Porque por mais que a união faça a força nessa guerra, tem vilão pra KARAMBA nessa história. O cheque-mate é missão complexa – e aparentemente infindável.

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Lutadora hábil com seu bastão retrátil, eu sempre imaginava lutas mirabolantes entre ela e Gabrielle. Nos meus tempos de adolescência, eu costumava realizar meus “torneios imaginários”, nos quais Xena e Gabrielle lutavam contra toda uma trupe específica (Street Fighter, Mortal Kombat, por exemplo…), e Jade estava numa das minhas “viagens”. Lembro-me muito bem de imaginar seu bumerangue brigando no ar contra o chakram, e voltando só no final da batalha, aos pedaços, sobre o corpo inerte de Jade – a Xena sempre ganhava de todo mundo, é claro, E fazia fatalities. Não parava por aí, pois Jade acabava retornando no seu trio de ninjas femininas pra combater Xena, Gabrielle e… Ares (sim, eu tinha muito tempo livre, aparentemente uma certa criatividade e brincava de lutinhas sozinho – coisas de guri). Porém, momento confessionário pra trás, Jade foi como que “reinventada” na minha cabeça ao descobrir sua história ano após ano – uma mulher que era uma assassina por natureza e teve a oportunidade de mudar, lutando por ideais ao invés de saciar uma sede de sangue. Parece familiar?

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Sou aquele tipo de fã de MK que, assim como Xenite, sabe que esse universo é mais rico do que parece ser ao olho distante. Jade, para mim, é uma das maiores guerreiras que já conheci na literatura gamer. Exemplo de coragem, força, amizade. Como não amar?

Ah, eu não falei da personagem no filme Aniquilação? Bom, pra começar, a atriz era asiática, e sua participação foi lamentável. Não fica pra uma próxima!

            Mês que vem, a Girl Power vem mais apimentada do que nunca. Um super projeto vem por aí, que remonta às origens do próprio termo GIRL POWER. Até lá, e obrigado desde já pela atenção e pelos comentários.

 

 

Mais informações: http://mortalkombat.wikia.com/wiki/Jade

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4 Responses to “Uma kombatente com bumerangues e bastão…”

  1. Diego Kenne disse:

    Mazaaaaaaa, curti muito!
    As tuas histórias de batalhas entre os universos são muito afudê!!!
    HAUHUAHUAHUA!!!
    Parabéns!!!

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  2. Mára disse:

    Me apaixonei por Jade e esta história de lealdade, hierarquia me lembrou Elektra. O mundo de Xena traz isto e muito mais e eu sempre “detestei games” pela minha total incompetencia em joga-los. Qundo vieram os filmes que eu gostei de ver e fui me interessando. Tem uma série em que apresentaram os personagens e suas origens, mas parou repentinamente.Depois de teu artigo viajei e me apaixonei. Valeu meu Bardo.

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  3. Chapo disse:

    cara eu não manjo nada de MK.
    Tudo q entendo de games envolve tartarugas e rapazes bigodudos tentando salvar uma princesa de nome esquisito.
    Mas curti a matéria e me lado sapa desejou q as “amigas” se tornassem mais q isso.
    Seria possivel? :O

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    • Alê Chmiel disse:

      hahaha Eu sempre penso em ti quando faço artigos de videogame, Chapo, juro! Olha, se tu procurar pela net tu vai achar VÁRIAS cenas onde tua fantasia vira realidade. Realidade gráfica, mas vira XD

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