Animal Atraction: Cavalos e XWP

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Por Marina Andrade

      

 

    Bom, além de me tocar de várias maneiras, Xena Warrior Princess também despertou em mim o interesse por essa criatura que é tão importante na vida da nossa heroína quanto Gabrielle. Argo. Na verdade, cavalos de um modo geral mas especialmente os Palominos. Explicarei mais a frente.
    Primeiro, um breve comentário sobre essa espécie.
    Da mesma família dos asnos e das zebras, vem de uma linhagem de 60 milhões de anos. Seu primeiro membro tinha apenas 40cm de altura. É original do norte da América mas manadas foram difundidas na Ásia e na Europa na pré-história, contudo foram se esgotando por causa dascaçadas e capturas para domesticação.

Cavalo Sangue Frio

    Existiam quatro tipos : Cavalo da Floresta, Cavalo da Tundra, Tarpan e Przewalski, de onde se originaram as principais raças de hoje. Só o Cavalo de Przewalski resiste nas planícies da Mongólia, sendo a última espécie selvagem no mundo.
    Devido a mudanças no meio ambiente, onde pântanos foram se tornando planícies sua evolução foi acontecendo de modo que desenvolvesse capacidade de correr velozmente em terrenos ondulados para fugir de predadores, esquivar-se agilmente, voltar-se sobre si mesmo e correr no sentido oposto e é claro, sua estatura aumentou. Sua audição é aguçada e seus olhos no topo da cabeça dão uma visão quase circular. A crina servepossivelmente para proteção, já que os felinos atacam no pescoço. Vivem em média 30 anos.
    São classificados pela raça, pelagem, porte e função. 
    Pelo porte e função temos: 
-Cavalos de sangue quente. Pois tem o temperamento ativo. São os cavalos de esporte e lazer.
-Cavalos de sangue frio. Tem temperamento calmo. São cavalos pesados, para trabalho.
    Principais raças: Andaluz (Espanhol), Árabe (Filho do Vento), Bérbere e Puro Sangue Inglês.

Cavalo Sangue Quente

    Pelagens: Alazão(apresenta o pelo do corpo, crina e cauda em um tom avermelhado), Castanho, Baio, Marrom, Palomino, Malhado, Tordinho, Ruão, Preto, Tordilho.
    Velozes, ágeis , feitos para fuga, fortes. Assustam ao primeiro contado por causa do seu grande porte mas são extremamente dóceis, confiáveis, fiéis. No pouco contato que tive com eles percebi o quanto são doces. É uma amizade como qualquer outra. Baseada na confiança, no amor. Amizade que precisa ser conquistada, pois qualquer tentativa de impor sua vontade sobre o animal torna a domesticação complicada. 
    Ok, agora vamos pra XWP.
     Argo, é uma palomino. Não é exatamente uma raça, mas sim uma pelagem. Pode-se encontrar-los entre as diversas raças. Basta-se cruzar um alazão com um albino (Branco) e contar com a sorte, o resultado final não será necessariamente um palomino. Nem cruzando palominos pode-se garantir um filhote com essa pelagem.

Alazão

    Os animais tem o corpo dourado e a crina e cauda loiras quase brancas. No inverno perdem um pouco a cor ficando meio esbranquiçados, voltando ao normal no verão com a troca dos pelos.
    Para o papel da Argo foram usados 3 cavalos. Tilly, Barbie e Mac. Tilly é a égua que aparece na maioria das cenas com a Lucy.
    Está nas filmagens desde o início. E segundo Sandy Raynor, a tratadora dos animais , Lucy adora Tilly e Tilly se dá muito bem com a Lucy. 
    Barbie, outra égua. É responsável pelos chutes e os outros truques. E Mac, é como um dublê, quando vemos a Xena cavalgando no horizonte ao por do sol, é provavelmente o Mac.
    Os três tem em torno de 10 a 14 anos, foram comprados pela Renaissance, especialmente para XWP. Em Hécules, Xena cavalgava em um cavalo cinza chamado Snuff, só que com a estréia de um novo show ela precisaria de um cavalo especial que marcasse, para compor seu próprio estilo. Palomino, foi a escolha. Sandy diz que tiraram fotos de vários tipos de cavalos e a equipe de design simplesmente olhou e….“é esse”. 
    Agora, Gabrielle….
    Como sabemos, ela ganha seu próprio cavalo na quinta temporada. É “interpretado” por um macho chamado Flash. Na verdade, sabe-se pouco sobre ele, não sei a raça e não sei ao certo sua pelagem, desconfio que seja castanha, devido a sua crina escura. Reneé não teve problema algum com Flash. O maior dilema foi sobre o nome que dariam, porque originalmente era pra ser uma égua. Sugeriram o nome Âmbar, mas como explica Sandy, o melhor animal que conseguiram era macho então tiveram que arranjar algo mais apropriado para ele. (Não especificou qual nome). De qualquer forma….e apesar de dizerem que é Ambarino, não encontrei nada em minhas pesquisas nesse Google de meu Deus que me desse alguma certeza sobre esse ou qualquer outro nome. 
    Teve o Tobias…mas asnos já são pra outra matéria….

Fontes: 
Dados sobre os palominos.
Entrevista com a Sandy Raynor (em Inglês) 
Ótimo site pra quem começar a aprender… 

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Xena e a polêmica dos episódios religiosos

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                                                                                                                                                           Por Andréia Lopes

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        Como bem sabemos, há toda um misticismo envolvendo o seriado “Xena – a Princesa Guerreira”, e mesmo hoje, já se tendo decorridos alguns anos de seu cancelamento e mais recentemente com sua volta à TV, mais polêmicas vieram à tona , gerando milhares de comunidades, salas de bate-papo e discussões acaloradas sobre o real envolvimento de Xena (LL) e Gabby (ROC). M as na época de sua primeira exibição, alguns episódios causaram uma verdadeira “Guerra Santa” entre os produtores do seriado e algumas religiões. Revendo meus arquivos pessoais de material sobre Xena, achei algo que seja de interesse de todos os nossos amigos da Revista Xenite e então vou dividir com vocês, meus amigos.
A matéria citada foi originalmente publicada na Revista Sci-Fi News de junho/99 e trazia como título: “THE INDIA EPISODES – Depois de conquistar um exército de fãs mundo a fora nas telinhas, Xena agora é pivô de uma barulhenta polêmica religiosa”.
“Para quem não é ligado nas aventuras da heroína, exibida nas manhãs dos domingos pelo SBT, e em cinco dias da semana, em dois horários, pelo canal pago USA, aqui vai uma palhinha: Xena era uma personagem da série Hércules que ganhou programa próprio e agora, faz mais sucesso que ele (sintam o desdém do autor do texto ). Ela era uma andarilha do mundo antigo, natural da Macedônia, região da Grécia, que defende os fracos e oprimidos ao longo de todo o mediterrâneo, já tendo viajado também para a Bretanha e à China. Ela esteve na Guerra de Tróia, lutou como gladiadora no Coliseu, viveu as mais diversas aventuras ao lado de seus amigos Joxer e Gabrielle, seus fiéis escudeiros. Provavelmente, o grande sucesso do seriado se deva em parte ao carisma da atriz Lucy Lawless (alta, forte, morena e de olhos azuis, descoberta pela equipe de produção do seriado na Nova Zelândia …). Pois desta vez a personagem resolveu aventurar-se pela Índia e os hindus não gostaram principalmente do episódio “ THE WAY ( O CAMINHO)”. No episódio, Xena contracena com Krishna e isso foi um insulto para seus devotos. Ainda durante as filmagens, organizações hindus no mundo todo enviaram cartas à Universal Studios e colocaram páginas na internet, defendendo os seguintes pontos: Krishna atualmente é adorado por um bilhão de hindus e não deve ser comparado aos deuses da antiguidade grega, portanto, os hindus não admitem  Krishna em um papel ficticional, assim como Jesus e Maomé (acho que se referiram aqui a El i), também não podem ser personagens de entretenimento. No episodio, Krishna é chamado para ajudar Xena a resgatar Gabrielle, “sua amante lésbica” (segundo os hindus) e faz parecer com que Krishna e a religião Védica aprovem e abençoem relacionamentos homossexuais – o que não é verdade.
Robert Tapert (Produtor do seriado e pra tristeza de muitos casado com LL), à época em carta divulgada pela internet, respondeu que os dois primeiros pontos mereciam sim uma discussão e um pedido de desculpas para os que se achassem ofendidos, mas que o terceiro ponto deveria ir para a categoria de intolerância como milhares de outras cartas recebidas que protestavam contra o amor inter-racial nas duas séries e entre muitas outras criticas e discriminações (será que ele falava do relacionamento de Xena e Gabby?).
Reneé O’Connor, a atriz que interpreta Gabrielle, a companheira ( não seria amiga, fiel escudeira, etc, etc), declarou na época que as duas personagens eram tão homossexuais quanto Batman e Robin ou Mickey e Pateta e que a relação das duas causava boatos por se tratarem de umas mulheres e que isso incomodava muito. Xena, no seriado, já havia sido noiva duas vezes, deitara e rolara com Hércules, Ares, Iolaus e outros personagens. Gabby, por sua vez, perdeu a virgindade para o marido que morreu no dia seguinte ( Nossa que horror. Santa promiscuidade). Mas entre as duas, sempre houve um clima ambíguo e até excitante (Nossa, os famosos subtextos!).
O tal episódio polêmico, na época de sua exibição nos Estados Unidos, foi ao ar no dia 22 de fevereiro de 1999, ficando em terceiro lugar de audiência, abaixo de Arquivo – X e Star Trek: DS9, mas acima de Hércules, Earth: Final Conflict entre outros… Depois disso, a Universal Studios não resistiu à pressão e prometeu que o episódio não seria distribuído (por isso que a gente fala. A perseguição). O episódio era a conclusão de um ciclo de quatro que se passavam na Índia, e para tanto, foram usados na época flashbacks das memórias de Gabby se desfazendo de seu cajado queimado no rio, pois agora ela caminharia pelo caminho da paz ( foi aí que ela parou de brigar), pois quem fez sua cabeça foi um “judeu barbudo de olhos verdes, que pregava o amor e tinha o dom da cura”,
(Nomes e fatos são fictícios, semelhança com fatos e pessoas reais são mera coincidência)

Bom amigos, é isso. Tentei passar pra vocês um resumo das três páginas da matéria. Achei interessante demais ver como trataram do assunto na época e como ainda hoje isso é tão verdadeiro.

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O amor em XWP – uma visão

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                                                                                                                                                             Por Cristiane Penoni ([email protected])

            Subber… Eu não era subber há algum tempo. Era shipper, e shipper ferrenha. “Onde já se viu? Xena e Gabrielle são só amigas. Que se amam. O amor não é algo só de casais, mas de amigos também, não é? Não é?”
Eu mesma disse para mim que sim. E é. Mas não é só amizade que une Xena e Gabrielle. Depois de assistir pela terceira vez a 4ª temporada, eu dei por mim: elas se amam. E não é um amor-amizade, e também não é um amor do tipo que a Afrodite queria espalhar. É um amor-confiança, um amor-companheirismo, um amor-dependência, um amor-fraqueza e um amor-força. É um amor-amor, que é tão lindo e tão desejado em nossas vidas que parece irreal.
Um amor assim não ia ser só amizade. É a questão das almas gêmeas, só é preciso lembrar a história que Gabrielle conta a Iolaus em “Prometheus”: duas partes de um mesmo ser, que foram separadas e agora buscam se unir novamente para que possam se completar. 
Xena achou Gabrielle, Gabrielle achou Xena. E a forma de voltarem a ser uma só é através do amor.
Não importa quem elas sejam. Elas se amam, porque são almas gêmeas, e elas são almas gêmeas porque se amam. Completam-se; Xena é Yang, Gabrielle é Yin (em “Paradise Found” isso é mostrado, de uma forma quase subliminar). União perfeita, é o que podemos esperar da Princesa Guerreira e da Rainha Amazona.
Xena e Gabrielle pertencem-se mutuamente. Não há deus ou mortal que possa desfazer o amor delas. Porque o verdadeiro amor é mais imortal que tudo o que já se alimentou de ambrosia nesse mundo. E acho que quase todo xenite concorda com isso, mesmo os shippers. Podemos discordar no quesito “O Que Realmente Existia Entre Elas”, mas uma coisa nenhum shipper, nenhum subber e nenhum bitexter podem negar: uma foi o mais importante que aconteceu na vida da outra. 
E isso é o que importa.  

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Homenagens de XWP à Cultura Popular parte 2

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                                                                                                                                                             Por Mary Anne M.W.

[email protected]

 PRIMEIRA TEMPORADA

Is There a Doctor in the House?

O próprio título já é uma frase popular da língua inglesa.
Também se trata de um filme de 1971.

Uma das cenas mais tocantes da série toda sem dúvida é a cena em que Xena revive Gabrielle aplicando-lhe RCP (ressucitação cardio pulmonar). A cena pode ser considerada uma homenagem ao filme “The Abyss” de 1989 onde Ed Harris revive sua esposa que havia “morrido” de asfixia.
Muitas das falas e atos de Ed e Xena são quase idênticos.
Compare os vídeos:

The Abyss

Is there a Doctor in the house?

 

SEGUNDA TEMPORADA

The Quest

O fato de Xena estar no corpo de Autólicus nesse episódio foi referência ao filme “All of Me”, de 1984. Com Steve Martin e Lily Tomlin, no filme uma milionária em leito de morte tem sua alma transferida para uma jovem e disposta mulher, mas algo dá errado e ela se encontra dividindo o corpo de seu advogado.

Outra referência que o episódio queridinho dos subbers nos traz é ao filme “Ghost”, de 1990, com Patrick Swayze e Demi Moore. O clássico da “Sessão da Tarde” nos trás a história de um casal recém-casado, mas Sam – o marido – acaba sendo assassinado por ladrões. Ele permanece na Terra em espírito, até achar a médium vigarista Oda Mae, e usa seu corpo para se despedir de Molly com um beijo, tal qual ocorre entre Xena, Gabrielle e Autólicus em “The Quest”.

TERCEIRA TEMPORADA

The Bitter Suite

Ignorando agora todas as simbologias tarotistas e cristãs que o episódio traz, nos detenhamos apenas no conteúdo referente à cultura popular mesmo.

Alguma semelhança?

Porky Pig e Callisto

 

A fala de Ares depois da morte de Gabrielle “Ding dong, the Bitch is dead”  é uma referência ao musical de 1939, O Mágico de Oz, onde é citado “Ding dong, the witch is dead”.

QUARTA TEMPORADA

 

A Tale of Two Muses

O título em si já é uma referência à obra de Charles Dickens, “A Tale of Two Cities”, escrita em 1859.

O episódio como um todo é uma homenagem ao filme “Footloose”, de 1984, ambientado numa pequena cidade rural na qual rock e dança são proibidos, e como manifestação os jovens da cidade decidem justamente dançar.

QUINTA TEMPORADA

Married With Fishsticks

Acho que vários xenites sabem do meu desgosto por esse episódio. Não é engraçado. Não é inteligente. Não é XWP.
É provavelmente fruto de uma abdução dos cérebros dos roteiristas da quinta temporada. Contudo, ele traz algumas referências interessantes no meio daquele bolo de insanidades.

Começando pelo título, o mesmo faz referência ao sitcom (termo usado para referir a seriados de comédia) “Married …With Children”, adaptado para o Brasil como “Um amor de família”.

O formato geral do episódio lembra os desenhos clássicos de Hanna-Barbera, “Os Flintstones” e “Os Jetsons”.

A cena onde Hagar, mais jovem, avista Crustácea ao som de “Staying Alive” do Bee Gees faz alusão ao “Saturday Night Fever” com John Travolta.

 

E por fim, a mesma cena, onde Crustácea está de óculos em formato de coração, com um pirulito e usando aparelho nos dentes é uma clara homenagem ao filme “Lolita” de 1962, arte de Kubrick em cima da obra de Nobokov.

 

SEXTA TEMPORADA

Old Ares Had A Farm

O título trata-se de uma brincadeira com a canção infantil “Old McDonald Had a Farm”.

A cena de Gabrielle e Ares segurando um garfo de feno é uma referência ao quadro “American Gothic” de Grant Wood.
Confiram as semelhanças:

Original

Xenítico

E finalmente, a fala onde Xena diz a Ares : “Você vai morrer em trinta segundos, você e seu cachorrinho também!” é uma alusão à linha de “O Mágico de Oz” quando a Bruxa do Oeste diz a Dorothy “I’ll get you my pretty! And your little dog too!” (“Eu vou pegar você, bonitinha! E seu cachorrinho também!”)

 

Nessa edição fico por aqui.
Até o próximo mês!

 

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Os roteiristas simbolistas

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Por Cristiane Penoni ([email protected])

 

            Antes de tudo, eu quero agradecer a colaboração da Mary, que me passou uma lista dos símbolos das 5ª e 6ª temporadas.
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Nas últimas semanas minha professora de literatura tem dado aula sobre uma escola literária que realmente me impressionou, o Simbolismo. 
O Simbolismo aconteceu no final do Séc. XIX, como uma dissidência do Parnasianismo. Enquanto o movimento parnasianista buscava descrever objetos, assumindo um caráter impessoal, o movimento simbolista buscava mostrar o interior do ser humano, trazendo aos poemas uma atmosfera de sonho. Os simbolistas usavam muitos elementos místicos ou religiosos em seus textos.
Uma das principais características do Simbolismo é justamente aquela que deu o nome ao movimento. O uso de símbolos era constante nos poemas. Isso levava o autor a não explicitar exatamente o que queria dizer com o texto, mas sim, sugeria ao leitor toda a atmosfera interna que o poema carregava. Os símbolos dos textos deixavam uma interpretação nas entrelinhas, e cada leitor pode entender o que quiser…
Quando eu ouvi isso, não pude evitar a comparação: é quase como Xena! Sempre têm os elementos mitológicos, religiosos, místicos. Os episódios eram cheios de símbolos, sem contar no subtexto… Os roteiristas colocavam coisas para serem subentendidas, e nós as interpretamos da maneira que nos convém. O subtexto é bem um exemplo do neo-simbolismo xenite. É, os roteiristas não chegaram a dar uma palavra definitiva no assunto, mas sempre que podiam, deixavam uma palavra aqui, um gesto lá… Nunca faltaram símbolos nos episódios. Procurem! Sempre tem algo que permita uma dupla (ou múltipla) interpretação.
Os símbolos em Xena são incontáveis. Alguns estão muito bem escondidos, que muitos xenites deixam passarem despercebidos, outros símbolos estão mais explicitados. Querem exemplos? Aqui estão alguns: 
1ª temporada: O episódio “The Prodigal” revela uma tendência dos roteiristas em incluir religiosidade no seriado. Como esse episódio faz referência à parábola do Filho Pródigo, podemos considerá-lo um exemplo de simbolismo.
2ª temporada: Os símbolos começam a aparecer com mais freqüência. Temos episódios com fatores religiosos, como por exemplo, “Giant Killer” e “A Solstice Carol”; episódios com subtexto (nunca podemos esquecer de “The Quest” e “A Day in Life”) começam a chamar a atenção.
3ª temporada: Símbolos mais macabros com a aparição de Dahak. Temos a inclusão de elementos do folclore céltico, das lendas britânicas e ainda uma possível explicação para o surgimento de Stonehenge. Sem contar os episódios com subtexto (“One Against an Army”!)
4ª temporada: A busca espiritual de Gabrielle leva os roteiristas a incluir símbolos budistas no seriado, como a reencarnação e o karma. Além disso, temos “Paradise Found”, cheio de símbolos escondidos no episódio.
5ª temporada: Outra temporada repleta de símbolos. Desde o primeiro episódio já é possível verificar isso, já que temos o céu e o inferno, anjos e arcanjos e uma sugestão de que Gabrielle assumiria o papel de “Arcanjo Gabriel”. Ainda nessa temporada temos rituais xamânicos; Eli se sacrificando bem do modo Jesus Cristo; Eve é visitada por três magos, numa alusão aos três reis magos que visitaram Jesus recém-nascido. Além disso, ela é batizada, pelo “Batista”,
6ª temporada: Em “Heart of Darkness” Eve carrega o símbolo do peixe, que no início era um símbolo que identificava os cristãos. Esse mesmo episódio faz referência aos sete pecados capitais. Depois temos a trilogia nórdica, um outro símbolo.

Bom, isso tudo é só exemplo. Existem muito mais coisas que podemos achar nas entrelinhas de Xena. Podemos amar ou odiar o rumo que os roteiristas deram para XWP em alguns pontos, mas nunca podemos negar a genialidade deles. Os símbolos que colocaram foram frutos de pesquisa, de estudo, e claro, muita imaginação. Assim como os simbolistas do século XIX, nossos roteiristas tiveram a fórmula de esconder pistas-chave em muitos dos episódios. É por isso que eles merecem toda a admiração dos amantes da literatura.

            Quem se interessou pelo simbolismo, entre no site: www.cruzesousa.com.br , que é dedicado à vida e obra de Cruz e Sousa, o poeta simbolista mais importante na literatura do Brasil. Procurem também por Alphonsus de Guimaraens, autor do poema “A catedral”, um dos mais impressionantes que eu já li.
            Bom, eu fico por aqui. Espero que tenham gostado! 

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Xena vs. Buffy

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Por Rodrigo Leite

[email protected]

Bom, eu acho que Xena despensa apresentações, mas como sei que muitos conhecem Buffy só de nome, uma rápida apresentação. Buffy the Vampire Slayer foi uma série de televisão exibida entre 1997 e 2003, produzida inicalmente pela Worner Broz, dirigida, escrita, criada e produzida por Joss Whedon, foi baseada no filme de mesmo nome liberado em 1992. No filme, Buffy foi interpretada por Kristy Swanson, mas na série pela “patricinha” Sarah Michelle Gellar.
De fato, Buffy é considerada uma das cópias de Xena, pois assim como outras séries de mulheres de ação (Dark Angel, Alias, etc…), surgiu após Xena, os próprios criadores admitiram terem se baseado na princesa guerreira para cria-las. De fato, Buffy lisonjei-a Xena, pois o melhor modo de lisonjear é imitar, todos sabem.

VENDO DOBRADO

Muitas foram as situações em que assisti Buffy e percebi uma grande semelhanças com fatos passados nos episódios de Xena. Foi o caso das trocas de corpos. No episódio A Troca, Callisto escapa do Tártaro, e com a ajuda de Xena, se apossa do corpo de Xena. A troca só é desfeita no episódio seguinte, Deus da Guerra. Percebe-se uma grande semelhança com o que aconteceu no episódio A Menina desse Ano, de Buffy, quando a malvada Faith escapa de um coma e se apossa do corpo de Buffy. A troca só é desfeita no episódio seguinte, Quem é Você? Acho que o tamanho sucesso dos episódios se devem ao grande controle das atrizes sobre seus respectivos personajens. Em Xena tivemos Lucy Lawless e Hudson Leick, já em Buffy tivemos Sarah M. Gellar e Eliza Dushku.

A MÚSICA DECIDE

Outra grande mostra de semelhança foi a utilização das músicas nas séries. Ambas usaram as músicas para expplicar ou resolver coisas que seria muito douradoras de outra forma. No caso de Xena, as diferenças entre ela e Gabrielle foram musicalmente resolvidas em O Reencontro, na terceira temporada. Mais tarde, em A Batalha das Bandas, foi só por diversão. Em Buffy, o episódio O Musical de Buffy foi usado para os personagem expressarem seus sentimentos.
Os musicais de Xena fluiram maravilhosamente bem, na Batalha das Bandas vimos que o elenco estava tendo um grande momento, mas em Buffy houve um óbvia dificuldade do elenco, que obviamente não estava acostumado com músicas. O musical de Bufyy não me imprecionou. Nos musicais de Xena, primeiro e segundo, os atores tinham um grande cotrole sobre os personagens. No musical de Buffy, os atores obviamente estavam tensos e inseguros, como peixes fora d’água.

BRING ME TO LIFE

Outra grande coincidência foi a morte de Xena e Gabrielle no fim da quarta temporada (Os Idos de Março), mas foram trazidas de volta no início da quinta temporada (Entre o Céu e o inferno). Buffy morreu no fim da quinta temporada (The Gift), mas foi ressucitada no início da sexta (Bargaining).
Eli e Callisto trouxeram Xena e Gabrielle de volta, e Willow trouxe Buffy de volta, ambos os episódios foram ótimos, então qual a queixa? Após a ressurreição, Xena havia perdido algo, ela precisou de um episódio inteiro (Chakram) para voltar a ser a Princesa Guerreira.Já Buffy passou quase toda a temporada em “off”, mesmo sua irmã lhe disse isso. O certo seria Buffy ter um certo tempo de readaptação até voltar a “trabalhar”, o que não ocorreu. Durante o resto da sexta temporada, os episódios tornaran-se inativos e sem graça.

A CONTROVÉRSIA

Em ambas as séries houve o “subtexto lésbico”, os escritores de Xena foram capazes de deixar o tema impícito, e a critério do telespectador decidir se era real ou não. Já em Buffy foi diferente, Joss Whedon fez Willow gay. No entanto, Joss viu que seria difícil manter o relacionamento gay de Willow e Tara em um modo aceitável para a censura e horário da época, tanto que mataram Tara, uam figura matriarca para os fãs do subtexto lésbico de Buffy.
No que se trata de lisonjear, Buffy tem feito um ótimo trabalho, mas gosto de exaltar que a Princesa sempre será a Rainha Guerreira (nossa, dei uma de Ares agora).

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Subbers: Alvos de PRÉ-Julgamentos

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Por Tito Lívio de Oliveira Santos Torres
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Uma das marcas mais fortes em Xena Warrior Princess e que abalaram e ainda abalam os corações dos xenites é o tão dito subtexto.
Para os “newbies” (sem ofensas) que ainda não sabem o que é o subtexto, lá vai uma breve descrição minha:
O subtexto é uma chance que os produtores conseguiram de colocar indícios de romantismo entre Xena e Gabrielle a fim de deixar implícito até a última temporada o relacionamento forte entre as duas, pois na sexta temporada já podemos considerar o maintext, onde o relacionamento já fica explícito.
Com isso, vêm os subbers, shippers e bitexters. São respectivamente são os fãs que apóiam o relacionamento entre Xena e Gabrielle; os que apóiam outros casais (Xena e Ares, Gabrielle e Joxer etc – uma das personagens principais + algum homem.) e aqueles que apóiam tanto uma opinião quanto outra.
Nós do Xenaverse respeitamos a opinião alheia, discutimos determinada cena ou notícias, mas como pessoas maduras e às vezes brincamos de converter uma xenite shipper-quase-subber numa subber (é o caso da Laraíne, da Universidade Xenite), tudo muito respeitosamente.
Mas infelizmente a maioria da população do mundo é criada com exemplos de preconceito racial, sexual e social, principalmente.
Estou aqui para falar não do etnocentrismo (social), nem do racismo, mas do preconceito sexual sobre a série.
Situações nas quais a maioria dos subbers se encontra, me deixam pasmo, indignado. Uma muito comum, por exemplo, é quando você está vendo a cena do beijo FIN ou AFIN (A Friend In Need). De repente chega um parente seu e diz: “Credo! Elas são lésbicas!”, ou algo similar.
Isso é algo que alguém deva dizer? Realmente, nossas famílias têm muitos princípios morais, senão não seríamos assim, educados. ^^
Esse preconceito me intriga muito sobre isso…Nossas famílias. Se nos dão essa educação, por que isso? Todos não somos iguais perante Deus? Aí vem a questão de a Igreja não permite homossexuais e blá, blá, blá…(não estou chamando nem Xena nem Gabrielle de homossexuais). Se todos somos iguais, a Igreja não deveria fazer isso.
Em suma, é esse o ponto, a questão que quero que vejam e reflitam sobre ela: Por que a maioria de nossas famílias carrega esse preconceito contra Xena e Gabrielle? Se todos continuarem a alimentar esse sentimento, o mundo acabará envolto na discrepância. “Só depende de nós…”.

 

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Os Homens de XWP

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Por Robson Cardoso dos Santos
[email protected]

 

Farei deste um texto que difere do meu padrão usual de escrita. Serei curto e grosso, não tão descritivo como vocês bem me conhecem… Afinal, estarei falando de homens aqui… E não foi uma escolha minha! (Interpretem isso como acharem melhor…)

Well, vamos às categorias:

Azarados: Pérdicas, Arman

Pérdicas: pé-frio porque foi morto por Callisto justo quando ele havia recuperado o que Xena “tirou” dele em Sins of the Past. Ah, e azarado também porque ele era mais feio do que Argo chupando maçã.

Arman: porque teve seu pai morto, dentre tantos sanguinários assassinos gregos, por ninguém menos que… JOXER o poderoso!!! Essa foi de matar (literalmente!) Se isso não é azar, pintem uma tela pra mim ilustrando o que é!

Babões: Draco, Ares

Draco: eu já detestava esse símio na época em que ele babava no cangote de Xena, mas então ele leva uma flecha do amor bem no traseiro e, a partir desse encanto, passa a perseguir quem? A Gabrielle! ¬¬ Valha-me Zeus…

Ares: Ares apaixonado por Xena? Eu defendo a 5a temporada com unhas e dentes, mas ver um Ares molengão declarando a Xena um “Eu amo você” – não é um bom mês pra mim usar essa frase… – foi a gota que entornou o copo d’água onde já havia uma tempestade… Se nem Afrodite, Deusa do Amor, apareceu in love with someone na série, eis que os roteiristas nos brindam com um Deus da Guerra versão romântica… Afrodite podia ser uma ninfomaníaca barata, mas nunca uma tola sentimental! Vamos nos respeitar, minha gente! Ares inicialmente só queria “fuqui-fuqui” com Xena… Será que ela, além do poder de matar os deuses, teria a habilidade de corromper a essência dos imortais? Cadê os deuses fúteis e cruéis narrados na abertura? Até Hera achava seu pequeno Ares um bundão… Palmadas nele, dona das penas de Pavão! Se a capacidade de amar é o que nos distingue dos deuses, por que Ares cedeu à essa “fraqueza” mortal? Xena, Xena, Xena… o que você fez com esse homem?

Esquisitões: Salmoneus, Iolaus, Deimos

Salmoneus: a barba de Salmoneus sempre me incomodou um pouco… Seria ele um idoso metrossexual?

Iolaus: que bom que esse pigmeu teve aparições em XWP, pois desse modo posso colocá-lo aqui na minha listagem de esquisitões unicamente porque de-tes-to Michael Hurst.

Deimos: pouco irritante esse ser? Mais conhecido como Strife em HTLJ e Young Hercules, ele apareceu como Deimos, filho de Ares, em XWP… Tanto Strife como Deimos foram interpretados por Joel Tobeck. Callisto matou Strife em HTLJ, mas Tobeck deu vida à Deimos exatamente com a mesma personalidade do falecido Strife (!) Entendam isso… Freak…

Fedidos e/ou mal-arrumados: Theodorus, Joxer, Borias, Hefestos, Beowulf

Theodorus: você duvidava da sanidade mental de Callisto? Pois priorize essas suas dúvidas para o gosto de homens da guria… Quando via o Theodorus, em cena, eu só conseguia pensar em óleo de cozinha por causa daquela cara sebosa dele…

Joxer: o único guerreiro que anunciava sua chegada ao inimigo mesmo estando a milhas de distância… Isso porque aquela sucata que ele vestia servia somente para localizar o bobalhão perdido em meio a uma mata fechada. Sem falar que ele só pensava com a cabeça de baixo.

Borias: problemas de higiene detectados. Nem Dagnine após se apoderar da pedra Ixion conseguiu parecer tão sujo quanto Borias. E mesmo assim Xena tinha suas razões para dividir o edredon com ele.

Hefestos: esse sim, por ser ferreiro, tem uma desculpa para andar sujismundo. E feio também, não esqueçamos (atirado do Olimpo por Hera assim que foi parido). Já nasceu filhotinho de cruz-credo e ainda por cima tomou pé na cauda lá no Olimpo e caiu de cara lá embaixo.

Beowulf: nórdicos só foram explorados na 6a temporada, e como a primeira impressão é a que fica… Cascão!

Galanteadores: Autolycus, Lúcifer

Autolycus: “Ôpa! É mulher? Tá pra mim Tô pegando!” – querem algo mais lisonjeiro do que isso, meninas?

Lúcifer:

Ingredientes:

1 corpo sarado de anjo suscetível à corromper-se espiritualmente e condenar-se pela eternidade

1 colher do pecado da Luxúria

Pitadas à vontade da meia-dúzia dos outros pecados capitais

E voilà! Lúcifer!

Imponentes: Hades (não o da 5a temporada), Júlio César, Poseidon, Ming T’ien

Hades: Erik Thomson foi um bom Hades, em toda a magnitude que o Deus do Submundo deve ostentar. E ele se vestia bemfashion, vamos combinar.

Júlio César: com toda a pompa e beleza e virilidade e… (tá, parei) vinda do próprio ator, Karl Urban viveu muito bem o cruel imperador de Roma. Mas há quem o prefira como Cupido… o/

Poseidon: sempre pegando no tridente, Poseidon era a personagem mais macho da série. Alguém discorda? Gigante, intocável (literalmente), brabo e barbudo. Só um chakram YY fez ele entrar em ebulição.

Ming T’ien: por que esse chinês tá aqui mesmo? Ah, foi porque eu não soube em que categoria colocá-lo. Mentira: foi só porque as vestes chinesas são caras.

Malas: Khrafstar, Eli, Arcanjo Miguel, Odin, Calígula

Khrafstar: ah, doce época em que não imaginávamos que existia um Eli no mundo! Mas mesmo assim lá tínhamos o sr. Khrafstar papagueando nos ouvidos de Gabrielle sobre o deus Único… Sorte a nossa que ele era encapetado e Xena pôde dar cabo dele, senão ele poderia ter conseguido arrebanhar a Gabrielle pra sua seita. Cá entre nós, que vocação pra ovelha que a Gabrielle tinha, não? Até Najara quase pescou a barda!

Eli: o que aprendemos com Khrafstar, e agora com Eli? Que solteirão + cabelos compridos = homem da paz. Trocando em miúdos, um pé no meu s…

Arcanjo Miguel: não gostei das asas enfiadas nas costas do elenco de Fallen Angel, por isso elejo Miguel como mala por todos que fizeram papel de ridículos nesse episódio.

Odin: os velhos em XWP são todos enfadonhos. E achei esse muito brabo!

Calígula: a cara do ator já me deixa com raiva da personagem. Tentarei ser mais argumentativo: que voz de china de beira de estrada esse efeminado tem… Manhoso, enjoado, mandão, magricela…

Meigos: Lyceus, Solan, Virgil, Cupido

Lyceus: o caçula que morreu e fez de Xena o que ela se tornou! Brindemos à morte conveniente desse moço tão especial!

Solan: meigo porque era criança, e só. Aquele cabelo claro dele sempre me deixou com a pulga atrás da orelha quanto à verdadeira identidade de seus pais biológicos…

Virgil: baita bonitão! Já tive até um fake dele! CooOOfff, cooOOffF!!!… Abafa o caso! Cria de Joxer com Meg (a cara de Xena), puxou totalmente à mãe.

Cupido: o que era aquela tinta amarela na cabeça de Karl Urban? Tentativa de fazer um deus punk? Bom, de qualquer modo, ele entrava em cena sempre sem camisa \o/, peitoral à mostra, calça colada, e esses “detalhezinhos” desviam toda a minha atenção para criticar as sucatas pregadas nas costas dele assim como nas costas de todo o elenco de Fallen Angel.

Odiados: Marcus, Ulysses, Yodoshi

Marcus: a paixão da vida de Xena? Vai tomar bem no meio do teu… Hãn, ahãnn… Que sandice foi aquela Xena batendo no peito em honra ao grande “amigo” Marcus? Ainda bem que nunca mais trouxeram à série esse ser hediondo.

Ulysses: o cara de peixe – todos sabemos que Gabrielle estava enjoada naquela viagem de navio à Ítaca por causa da azia de ciúmes que queimava em seu estômago, não por causa do vai-e-vem das ondas. Ulysses tava taradão por Xena (não estamos aqui para culpá-lo), mas, companheiro, alguns fatores que impediam o teu lance com a Princessa Guerreira:

1) Tu é homem

2) Tu não é a Gabrielle

3) …. Não tem fator 3 e pontofinalescritoporextenso

Yodoshi: se Salmoneus era metrossexual, a maquiagem pesada de reboco de construção na cara de Yodoshi acusa aqui um caso bisonho de travesti.

Bom, amigos, fico por aqui!

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Homenagens, Referências e Alusões presentes em XWP

Comentários

Por Mary Anne M.W.

[email protected]

Não é novidade para nós xenites que Xena Warrior Princess nos seus seis anos de duração fez diversas homenagens à cultura popular ou nem tão popular assim.Algumas, a nossos olhos acabam passando até despercebidas por serem piadas, sátiras ou citações de elementos típicos da cultura americana.Outras, são gritantes, impossíveis de não se notar.
Foi tanta cultura colocada nessa série que eu pessoalmente as vezes me vejo frustrada com o fato de que dificilmente conseguiríamos identificar todas essas homenagens, mas pensando sobre isso, sobre essa intertextualidade que era uma constante nos episódios, resolvi falar de algumas dessas homenagens.
Como eu sei que brasileiro tem preguiça de ler (y), não pretendo estender esse artigo muito.Para tanto, escolherei aqui 6 obras da cultura popular homenageadas.O resto fica para os meses seguintes.

Bom, vamos ao trabalho então.

PRIMEIRA TEMPORADA

Chariots of War

Bom, antes vale explicar o porque desse nome no próprio episódio, caso alguém não saiba, pois só assim poderá ser entendida a homenagem.
O nome desse episódio na adaptação brasileira ficou como “Paz na Terra”, contudo se o seu título for traduzido literalmente, vira “Carruagens da guerra”, o que você leitor lembrará que faz sentido devido a corrida de bigas no final do episódio.
O título vem do original “Chariots of Fire”, ou no português, “Carruagem de fogo”.Familiar?
Provavelmente todo mundo já escutou aquele tema olímpico propício pra uma cena de um atleta correndo em câmera lenta e cruzando a linha de chegada.
Além do nome da música, “Chariots of Fire” é também o filme britânico do qual ela foi trilha sonora.O filme é de 1981, de Colin Welland e é baseado na história real de atletas se preparando para competir no Summer Olympics de 1924.
Curiosamente, era costume de um dos atletas correr na praia para treinar, ao mesmo tempo em que a corrida de bigas de Xena também se dá numa praia.
Também pode ser vista, pela corrida de Bigas, uma referência a Ben Hur, o clássico de 1959 onde há uma violenta corrida de bigas.

SEGUNDA TEMPORADA

Here She Comes…Miss Amphipolis!

A garota de jeito durão é obrigada a se disfarçar de Miss para vigiar o bandido da história.Novamente familiar?
Naturalmente.Para os xenites a cena remete imediatamente para Here She Comes…Miss Amphipolis(Lá vem ela…Miss Amphipolis!), onde Xena tem de se transformar em miss e entrar no concurso para descobrir quem está tentando matar as demais misses.
Mas para pessoas “normais”, não habituados ao Xenaverse a descrição acima remete imediatamente ao filme Miss Congeniality, conhecido no Brasil como Miss Simpatia, de 2000, onde a durona agente do FBI, Gracie Hart (Sandra Bullock) também é obrigada a entrar num concurso de Miss para vigiar o vilão.
Agora vem o fato mais interessante.Apesar dos enredos de semelhança gritante, Miss Amphipolis não é uma homenagem a Miss Simpatia, uma vez que o episódio de Xena foi ao ar pela primeira vez em 20/01/97 e o filme estrelado por Sandra Bullock, somente em 14/12/00.
Bom, o que podemos dizer?Seriam Marc Lawrence e Katie Ford – roteiristas do filme – xenites?

TERCEIRA TEMPORADA

Gabrielle’s Hope

Eu considero a terceira temporada de Xena a mais angustiante, talvez pelo meu lado ROCker morrer de pena da Gabrielle por tudo que ela começa a enfrentar a partir do episódio Deliverer.
Estuprada espiritualmente pela entidade demoníaca, Dahak, Gabrielle concebe Hope ( Esperança) a aparentemente inocente criança que para ela era símbolo do recomeço após o momento de tormento por ter de lidar com a primeira morte.
Bom, provavelmente todo xenite sabe o que aconteceu depois.Todos descobrem que Esperança é filha de Dahak e começa a temporada de caça ao bebê.

Para os fãs de filmes de terror antigos é fácil reconhecer a homenagem que os adoradores do terror, Tapert e Raimi fizeram ao livro/filme “Rosemary’s Baby”, no Brasil “O Bebê de Rosemary”.
No filme, a recém-casada Rosemary (Mia Farrow) muda-se com o marido, Guy,  para New York.Pouco tempo depois fica grávida, dá a luz e descobre que o marido e os vizinhos do seu prédio estão atrás de seu bebê para entregá-lo a rituais macabros.Numa luta desesperada para manter a criança longe de seus perseguidores, acaba descobrindo que na verdade o filho não era de Guy, mas sim do demônio.No final chocante, após descobrir a natureza de seu filho, Rosemary aceita ser uma mãe para a criança.
Além dessa mais gritante, há duas outras alusões no episódio.
A presença da Excalibur, espada típica da Lenda do Rei Artur, a qual Xena (!) tira da pedra facilmente e no final, quando Gabrielle coloca Hope numa cesta e lhe solta no rio, assim como descreve a Bíblia Sagrada sobre a história de Moisés enquanto bebê.

QUARTA TEMPORADA

The Play’s the thing.

É…Eu não queria prolongar muito esse artigo, mas só esse episódio tem muito pra falar.Nesse episódio, Gabrielle perde o pergaminho que descreve a “visão mais íntima do seu relacionamento com Xena” o qual é achado pela trambiqueira Zehra que lhe convence a transformá-lo numa peça.Peça, teatro clássico grego, série ambientada na Grécia, tudo muito propício.Bom, vamos às homenagens.

Começando pelos anúncios de peças que vêm logo após do teaser…

1.Athens Academy Theater presents…Sophocles “The Women of Trachis”.
The Women of Trachis é uma peça real de Sófocles, o tema é a morte de Hércules.

2.Titans Playhouse…Direct from Rome! “A Funny thing happened on the way to the Acropolis”Original Cast!
Referência ao musical “A Funny thing happened on the way to the Forum” de 1962 que tem como cenário Roma e é baseada nas comédia obscenas do escritor de peças Romano Plautus.

3.By The Gods Performing Arts Center…30th Smash Week! “Oh Zeus” a Divina Comédia 
“Oh Zeus” se refere ao filme “Oh God”, de 1977 com George Burns.
“A Divina comédia” é a famosa obra de Dante.

4.O “Apollo Teather” no episódio é referência ao famoso Apollo in Harlem em New York City.

Gabrielle reclama sobre sexo e violência em sua peça, o que pode ser visto como uma reclamação do público atual sobre a televisão.Ironicamente, no teatro Grego referências sexuais (nas comédias) e violência (nas tragédias) era algo mais do que comum.

Outra homenagem fica por conta do título do episódio, retirado do trecho da obra Hamlet do dramaturgo Shakespeare.
“The Play’s the thing/Wherein I’ll catch the conscience of the king”.
O episódio e a peça Hamlet incluem uma “peça dentro de uma peça”, escrita por um dos principais personagens (Gabrielle e Hamlet) fenômeno conhecido como meta-teatro

Cleon refere-se ao histórico Cleon ( 475-422) o demagogo Ateniense que sucedeu Pericles durante a Guerra do Peloponeso.Ele foi parodiado duas vezes pelo escritor de peças Aristófanes.

Dustinus Hoofmanus, o centauro (hoof = casco) é obviamente uma alusão a Dustin-Hoffman.Rivus é uma brincadeira com Keanu Reeves e Kaelus refere-se a Kahless the Conqueror de Star Trek.

“Springtime for Warlords” o possível título da peça de Gabrielle é mudado pra “Faster Chakram!Kill!Kill!Kill!” quando ela a reescreve com mais sexo e violência, o que é uma referência ao filme de 1965, “Faster Pussycat!Kill!Kill!”

O enredo do episódio é tirado do filme de 1968, chamado “The Producers” no qual os personagens produzem uma peça chamada “Springtime for Hitler”.Zerah, a vilã do episódio é alusão a Zero Mostel, que estrelou no filme.

A idéia dos warlords financiando a produção vem do filme de WoodyAllen chamado Bullets Over Broadway, no qual gangsters são os patrocinadores.

Buffus the Bacchae Slayer citada pelo crítico da peça é obviamente Buffy The Vampire Slayer de Joss Whedon.

QUINTA TEMPORADA

Animal Attraction

Fãs de filme de Bang Bang e Faroeste se sentiram em casa nesse episódio.Xena, Gabrielle, Joxer e Amarice vão parar em Spamona, uma cidade no maior estilo faroeste.
Além da homenagem óbvia a esse cenário, podemos encontrar também:
A cena onde Talia monta em seu cavalo branco e grita “Hi-Yo!” a qual é uma referência á série “The Lone Ranger” de onde saio o famoso “Hai-Yo!Silver!”

A outra obra homenageada é o filme western de 1952, High Noon.Um clássico estrelando Gary Cooper e Grace Kelly.

E por fim, o nome do episódio é um trocadilho com o nome de outro filme – que dessa vez não tem nada de western – Fatal Attraction.

SEXTA TEMPORADA

The Haunting of Amphipolis

Nesse episódio, Xena, Gabrielle e Eve vão visitar a antiga casa de Cyrene em Amphipolis após os 25 anos.Acabam descobrindo que Cyrene está morta e a casa assombrada pelo demônio Mefistófeles.

Para Raimi e Tapert, criadores da dos filmes  Evil Dead e Army of Darkness fazer esse episódio deve ter sido perfeito.
Como não podia faltar, tiveram homenagens a alguns clássicos do Terror.

1.O visual inicial da casa e a cena do chuveiro nos levam a “Psicose”, clássico de Alfred Hitchcock, de 1960.

2.The Haunting, ou no Brasil, “A Casa Amaldiçoada”.Filme original de 1963, que teve um remake em 1999.Conta a história de um grupo de pessoas que vão fazer um estudo numa casa abandonada, construída há 130 anos.
Essa casa tem o bizarro poder de trazer e eles “fantasmas do passado” do mesmo modo como ocorre a Xena e Eve no episódio.

3.Poltergeist, filme de 1982, outro clássico.Alusão feita no momento em que o espírito de Cyrene passa por Eve.

4.Já Eve se tornou a versão de Padre Merrin, e Exorcista de 1973, arrancando o demônio Mefistófeles que havia possuído Gabrielle, fazendo-a mudar de aparência (não tão repulsiva quanto Reagan, mas enfim) e andar pelo teto.Teve até uma versão adaptada de “In the name of Jesus Christ and by the blood of Jesus Christ, I command you demon of _ to go from _ right now!” que virou “In The Name of Eli and all the Powers of Heaven, I command this evil presence to be cast out!”

5.Os Zumbis que agarram Gabrielle na cena em que ela é puxada pra baixo do piso, são referência a Nightmare on Elm Street (A Hora do Pesadelo) de 1984.

6.Na cena onde Eve vai buscar água para Xena e começa a ser rodeada pelas pessoas que matou vemos uma referência a “American Werewolf in London” (Um lobisomen Americano em Londres) de 1981.

7.Já o nome do episódio em si,vem do livro de Shirley Jackson,”The Haunting of Hill House”, de 1959

—–

.Agora, pelo nome de Eli, eu fico feliz de ter terminado esse artigo, que era pra ser curto mas tomou essas proporções, e olha que foi apenas um episódio por temporada.Mês que vem tem mais!

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Heroínas em nosso tempo

Comentários


Por Andréia Lopes

[email protected]

 

Muito falamos de nossas Heroínas Xena e Gabrielle. Dentro do mundo da fantasia elas são símbolos de perseverança, amizade, dedicação ao próximo e nos transmitiram, ao longo dos seus seis anos de aventuras, uma série de ensinamentos e mensagens de autoconfiança e transformaram muitos de nós que acompanhamos suas aventuras em pessoas melhores. Muitos inspirados pela Barda Gabrielle e pela poetisa Safo tiraram de suas imaginações milhares e milhares de contos e fanfics, fanarts, entre outros que vieram a dar continuidade ao vazio que ficou após o encerramento do seriado. 
Mas também no mundo real existem heroínas que, se não possuem as mesmas habilidades para luta de Xena e Gabrielle, são mulheres que fizeram de suas vidas, ações, caráter, palavras, exemplos para todas (os) nós. E, mesmo que não tenham conseguido mudar o mundo ou muito menos salvar com sua morte 40 mil almas, ao menos deixaram para as gerações futuras uma semente plantada que, se bem cuidada, pode e deve dar frutos que tornarão o mundo um pouco melhor para nossos filhos e netos.
Não me lembro de muitas no momento em que escrevo este artigo e nem sei se vocês, meus amigos leitores da Revista Xenite, vão achar que as coisas que aqui escrevo têm algo a ver com Xena e Gabrielle. Mas não posso deixar de citar heroínas como Princesa Daiana, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Anita Garibaldi, Maria da Penha e Joana D’arc.Cada uma, em seu tempo, lutou em prol dos fracos, oprimidos, de seus países e suas convicções e, embora tenham sido vítimas da violência e intransigência do homem, não desistiram de seus ideais. Essas mulheres hoje são, entre tantas outras heroínas anônimas, parte da história da humanidade.
Nem sempre a força deve ser usada como forma de se mudar o mundo. Essas mulheres, com seu trabalho, suas palavras, mostraram que isso é possível e modificaram, de certa forma, o seu mundo e as pessoas a sua volta.

Princesa Diana (Lady Di), como todos nós a conhecemos, teve um casamento tumultuado com o príncipe de Gales, mas ela não era uma mulher qualquer. Lady Di, se recusou a ser apenas uma figura decorativa na monarquia inglesa com sua pompa e circunstância. A princesa viajou o mundo defendendo os pobres, as vítimas de guerras, defendendo o ser humano. Talvez por não desistir de seus ideais e passou a ser odiada por muitos dentro de seu mundo. Ela morreu e deixou-nos exemplos de que há muito ainda a ser feito pela humanidade. Até a sua morte em 1997, Lady Di era a mulher mais famosa do mundo? e uma das figuras mais marcantes? do século XX, admirada por sua dedicação à caridade e às causas humanitárias?, em especial por seu envolvimento no combate à SIDA/AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres.

Anneliese Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, (Frankfurt am Main12 de Junho de 1929 — Bergen-Belsen, início de Março de 1945) foi mais uma entre tantas jovens adolescentes que tiveram suas vidas ceifadas durante o Holocausto. Vivendo escondida durante 25 meses num sotão, Anne Frank é um exemplo de vida. Durante esse período, a jovem judia teve como único amigo seu diário, no qual escrevia o que sentia, pensava e o que fazia.
Dentro das páginas de seu diário, Anne Frank relatou todos os seus medos com relação ao seu futuro, caso seus familiares e ela caissem nas mãos dos nazistas. O que aconteceu quando sua família foi denunciada e entregue aos soldados nazistas, sendo levada a Auschwitzs, um dos piores campos de concentração onde milhares de judeus perderam suas vidas. Seu diario é hoje um dos documentos mais contudentes das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial e mostra como os jovens viam suas vidas serem ameaçadas e extermindas. Anne não lutou e nem teve como se defender, mas o que escreveu é um exemplo para que os jovens de hoje vejam que não se pode de forma alguma deixar que monstruosidades como o holocausto voltem a acontecer.

Maria da Penha Maia, biofarmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com 60 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.
Em 1983, seu ex-marido, professor universitário, tentou matá-la duas vezes. Os fatos que culminaram com sua deficiência física foram levados à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foram considerados, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica.
Em razão da  gravidade das violências sofridas por Maria da Penha, uma Lei foi criada e, a partir de então, passou-se a reconhecer a gravidade dos casos de violência doméstica contra mulheres, criando penas mais severas para os agressores. Foi preciso que a dor de uma mulher calasse fundo a consciência dos homens para mostrar quantas muitas outras MARIAS DA PENHA existem por aí espalhadas, que sofrem caladas as agressões de seus maridos e familiares. Não que a aplicabilidade da Lei vá fazer cessar as agressões, mas é um instrumento que todas nós mulheres dispomos para nos defender.

Antes de terminar aqui meu artigo não poderia deixar de citar outra mulher guerreira que há poucos dias saiu de seu cativeiro e tornou-se símbolo para libertação de milhares de refêns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Refiro-me a Ingrid Betancourt, ex-candidata colombiana à presidência, que foi vítima de seqüestro por revolucionários das Farc. Mulher de caráter e determinação, durante anos esteve sob o poder de uma milícia que, em nome de seus ideais políticos, matam e seqüestram cidadãos de bem. Ingrid Betancourt, a seu modo, é um exemplo de determinação que, mesmo sob forte pressão e as piores condições possíveis de vida pra um ser humano, sobreviveu e hoje luta pela libertação dos demais seqüestrados pelas Farc. Só o tempo dirá se seu trabalho e empenho surtirão efeito, mas basta a nós saber que ela vive e luta. 
Encerro aqui meu artigo. Espero ter transmitido aos meus amigos e amigas alguma coisa que nos faça pensar o que somos, porque estamos aqui, para onde iremos e o que queremos para nossos filhos e netos. Mas, principalmente, o que cada um de nós está fazendo para mudar o mundo a sua volta. Afinal, todos temos um pouquinho de Xena e Gabrielle dentro de nós.
Beijos e até a próxima edição da Revista Xenite

Ajudou-me nesta edição fazendo as correções e edição do texto a Xenite, BruneLLa Wyvern. A quem agradeço aqui pela força e por todo o enorme incentivo e apoio que tem me dado.

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