Homenagens de Xena a Cultura Popular

Comentários

Por Mary Anne M.W.

PRIMEIRA TEMPORADA

Cradle of Hope

O bebê Gabriel foi resgatado por Xena, uma PRINCESA guerreira e Gabrielle. O destaque em princesa é pra nos levar até a história Biblíca onde o bebê Moisés é resgatado por uma PRINCESA Egípcia, também encontrado num rio.
Ambas as crianças cresceram como príncipes, curiosamente.
Várias adaptações fílmicas foram feitas da história bíblica.

Outra curiosidade fica por conta do nome do episódio que é o mesmo que o de um centro de Adoções europeu.

SEGUNDA TEMPORADA

Return of Callisto

A cena de Callisto presa na cadeira na prisão reflete a Hannibal Lecter em “Silêncio dos Inocentes”.
Hannibal, o canibal, é um personagem literário criado por Thomas Harris, protagonizando os contos “Dragão Vermelho”, “Silêncio dos Inocentes”, “Hannibal” e “Hannibal – A Origem do Mal”.

Assim como Callisto, o personagem tem tendências psicopatas, e foi forjado ainda enquanto criança, pela sede de vingança.

Callisto, se tornou a personagem psicótica que era ao perder sua família para um ataque do exército de Xena.

Hannibal se tornou o psicopata retratado por perder seus pais na Segunda Guerra ainda criança, lhe restando somente sua irmã. Posteriormente assistiu sua irmã ser devorada por soldados insandecidos pela falta de comida.Anos depois, retorna ao local, obtém os nomes dos soldados e parte para a busca pela vingança.

Um dos carcereiros diz a frase “Luck be a lady tonight!”, que é uma referência a uma música de Frank Sinatra de 1963.

TERCEIRA TEMPORADA

Fins Femmes and Gems

Na cena onde Gabrielle se enxerga na água e tenta beijar seu reflexo ela incorpora a versão feminina de Narciso, o lindo jovem da mitologia que se apaixonou por seu reflexo

Attis, o homem macaco personificado por Joxer nos trás uma grande lembrança de “George o Rei da Floresta” que antes de ganhar os filmes, também foi um desenho animado de 1967 a 1970.George era uma paródia de Tarzan e famoso por não ver onde ia com o cipó, o que lhe fazia sempre bater nas árvores.

A música que Gabrielle canta sua música tema numa paródia ao tema do seriado Beverly Hillbillies.

Já os métodos de pescaria de Xena, é uma homenagem a Nova Zelândia, onde a pesca com pipas é comum.

QUARTA TEMPORADA

Paradise Found

Além da alusão óbvia ao poema de Milton, Paradise Lost, as inferências com intenção de homenagem nesse episódio não param aí.

Todo o clima do episódio, o paraíso de aspecto mágico onde Xena e Gabrielle vão parar, é bastante semelhante a Shangri-La , descrito por James Hilton, em sua obra, Horizonte Perdido, que já teve duas adaptações fílmicas, uma de 1937 e uma de 1973.

 

 

 

 

QUINTA TEMPORADA

Punchlines

As cenas da trágica infância de Joxer foram retiradas do filme Intolerance, Love’s Struggle Throughout the Ages de…pasmem, 1916!
O filme contra quatro histórias de diferentes períodos históricos.A de Joxer é chamada “The Babylonian Story”, sobre um a conquista Persa da Babilônia no século VI.A personagem da mãe de Joxer, no filme era chamada de “Mountain Girl”.Uma lutadora que matou vários homens antes de ser morta.Ela foi interpretada por Constance Talmadge.

A guerra de tortas se assemelha a de “Great Race”, entre Tony Curtis e Jack Lemon.
A frase de Joxer “Heheh você esqueceu de se abaixar” a qual Gabrielle responde com “Você também” tacando-lhe uma torta na cara é uma alusão aos “Três Patetas”, personagens que foram constantemente aludidos durante os episódios.

SEXTA TEMPORADA

You Are There

No episódio Grinhilda diz a Nigel “Follow the love” (Siga o amor). A frase foi parodiada do caso Watergate.
O caso Watergate ficou famoso por ter sido o turbilhão de escândalos políticos que culminaram com primeira renúncia de um presidente dos EUA: o republicano Richard Nixon.
Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal americano Washington Post, desempenharam um papel-chave na revelação do escândalo, auxiliados por informações cruciais de seu misterioso informante, que se escondia debaixo do codinome Garganta Profunda.Uma das pistas dado pelo misterioso homem foi “Follow the Money”( Siga o dinheiro).

Havia também um programa de tv que levava o mesmo nome do episódio “You Are There” e que além disso seguia o mesmo formato do episódio, entrevistado pessoas famosas da História.

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

O que é realmente o Solstício

Comentários

Por Mary Anne M.W.

Yay!Estamos finalmente em Dezembro!
Qualquer pessoa “normal” quando perguntada sobre que lembranças o mês de Dezembro lhe trás, certamente diria “Natal.Papai Noel.Presentes.” Uma pessoa normal.Para um xenite, a resposta pode até ser essa, mas provavelmente virá complementada ( pelo menos em pensamento, pra não parecer um fã maluco) “Solstício.Senticles.Carneirinho de madeira.”.Para nós xenites Solstício virou imediatamente sinônimo de Natal.Mas será que realmente sabemos O QUE é o Solstício?

Existem na realidade dois Solstícios durante o ano.O de Verão e o de Inverno.Ocorrem em 22 de dezembro e 22 de junho.
O momento exato de um solstício é aquele em que o sol, visto da terra, encontra-se o mais distante possível do “equador celeste”.Em outras palavras, os soltícios marcam o dia mais longo e o mais curto do ano.

De fato, o solstício de inverno, em várias culturas ancestrais era comemorado com vários costumes hoje adaptados ao Natal Cristã, como nos mostra o trecho:

“Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal da religião cristã. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas pagãs das mitologias persa e indú referenciavam as divindidades de Mitra como um símbolo do “Sol Vencedor”, marcada pelo solstício de inverno. A cultura do império romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o fortalecimento da religião cristã, a data em que se comemorava as festas pagãs do “Sol Vencedor” passaram referenciar o Natal através da comemoração do nascimento de Jesus Cristo, sem vínculos diretos com as antigas festas pagãs.” ( Wikipedia, 2008).

Então, agora sabendo um pouco mais sobre o que é essa data, mesmo assim para nós xenites ela terá um sentido um pouco mais especial, porque tem um significado todo “metalinguístico” dentro do nosso Xenaverse.
Encerro esse artigo desejando um Feliz Natal para as pessoas “normais” e um FELIZ SOLSTÍCIO, para nós xenites! : )

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

A Velha amizade Romântica

Comentários

Por Mary Anne M.W.

Não pretendo me alongar demais nesse artigo, mas isso sempre foge do meu controle.
Nunca fui uma pessoa “noveleira”.Lembro de assisti-las quando criança e achar meio besta o fato de só no final desmascararem o assassino que eu já havia descoberto três meses antes, ou de tudo acabar em casório e romanticidades do gênero.As acompanhei mais ou menos até 8 anos de idade, quando passou “A Indomada” que foi a ultima novela que lembro de ter assistido por inteiro.Depois via capítulos esporadicamente, normalmente passava a assisti-la nas semanas finais por algum motivo estranho.

 

Lembro que por volta de 2003, contudo, houve um alvoroço grande por causa do tal “casal lésbico de Mulheres Apaixonadas”. Alvoroço entre aspas, o caso é que notas sobre o fato “polêmico” saíram em diversas revistas, desde as focadas no universo noveleiro, passando por revistas de adolescentes e outras mais – cof, cof – sérias, como Veja e similares.Por que tanta muvuca afinal?Por que diferentes dos antecessores, eram duas personagens homossexuais  – reluto em usar esse rótulo, mas aqui ele será necessário – que não eram caricatos, ou não eram ‘marginalizados’ na novela  – entendam marginalizar como pôr a  margem -, mas eram apenas duas adolescentes de 17 ou 18 anos, que eram apenas mais duas garotas normais, que estudavam, festavam, saiam e namoravam ( uma a outra), ou seja, comportamento completamente [ liga-se o modo irônico aqui] anormal para personagens homossexuais em novelas afinal eles supostamente tinham a função de ser o rapaz afeminado que trás humor ao folhetim ou as moças que explodem com o shopping.Do pouco que lembro de ter acompanhado da história, Clara e Rafaela eram um par bastante natural e bem retratado, com questões de preconceito dos pais e derivados, mas o contato físico mais esperado – ou seja, o beijo – era evitado pra não chocar o público.Assim como foi evitado em XWP em diversos momentos, embora a relação de Clara e Rafaela fosse explicita.Vê-se aí a diferença.Na mídia brasileira teve-se um par assumidamente apaixonado e um único beijo, ma mídia americana, a relação ficou em boa parte do tempo com o aspecto ambíguo e tivemos quatro beijos.Lembro do público interessado no romance de Clara e Rafaela ficando emputecido com o final, quando houve o tal beijo ( no queixo)  dentro de um teatro, com uma delas interpretando um homem.

s s

O alvoroço foi esquecido, mais umas duas novelas surgiram, as quais não acompanhei nem meia dúzia de capítulos.Ouvi falar da existência de mais alguns personagens homossexuais de menor destaque, mas os próximos a chamarem tanta atenção foram as da novela Senhora do Destino.Por ter começado retratando uma época pela qual me interessava – a ditadura militar – acabei resolvendo assistir alguns capítulos, embora o sotaque nordestino exagerado de Suzana Vieira fosse uma das coisas mais estressantes da TV brasileira.
Logo apareceram Jennifer e Eleonora com toda aquela AMIZADE, com todo aquele chamego, com todos aqueles “beijinhos de amiga”(aham!) e o resultado foi previsível, matérias pipocaram em revistas, programas de fofoca, internet etc. Houveram cenas mais ousadas, reflexo da pequena mudança de mentalidade em dois anos .Muitos diziam ser um marco, o máximo de ousadia visto até então – o público não estava acostumado com a idéia de que personagem gay não é um vegetal assexuado com mera função alegórica – .Pra mim parecia algo tão simples e normal que não chamou tanta atenção.O casal era até simpático, mas um pouco maçante, e acho que a interpretação da Bárbara Borges contribuiu pra que eu não tivesse muita simpatia pelas moças.
Nesse ponto vieram os críticos… Teve gente que começou a afirmar que todas (?) as lésbicas das que apareciam na TV brasileira eram jovens e bonitonas numa tentativa de desmitificar que mulher que gosta de mulher é masculinizada, fala grosso e se veste feito homem. 
Pessoalmente eu não via como alguém tentando desmitificar algo.A mídia brasileira não me parecia tão esperta a ponto de pensar nesse aspecto.Era mais no gênero “se vamos polemizar, vamos polemizar com um par de gostosonas que aí se a polêmica não der certo, nem tudo tá perdido”, acredito eu.Mas em parte eu concordava com a critica no aspecto de que deveriam mostrar mulheres mais naturais, mais mulheres e menos musas.
Certo, e que Hades tem tudo isso a ver com Xena Warrior Princess, o leitor deve estar pensando.Calma, eu chego no ponto chave desse artigo, apenas tenham paciência.
Bom, não lembro direito que fim teve as personagens de Jennifer e Eleonora, e tampouco sei se surgiram outras personagens homossexuais depois delas – tinha um que o Bruno não-se-das-quantas fez, não? – mas há alguns meses a mídia começou se alvoroçar novamente com a nova fonte da cultura de massa. A Favorita, que trouxe o afeminado e caricato Orlandinho, o nosso típico gay pra fazer rir, e a misteriosa Stella, essa levada mais a sério.
Confesso que conheço pouco da história da novela, nem mesmo sei qual todo o rolo por trás da mala da Lara – irritante ao cubo – mas quando li nos sites de noticias sobre a “possibilidade” de um par romântico entre Lilia Cabral e Paula Burlamaqui, achei que seria no mínimo interessante, até porque dessa vez não se tratava de dois padrõezinhos de beleza.

ss

Eventualmente assisti alguns capítulos nos dias que não tive aula na faculdade – e me interei do resto do caso de Cata e Stela via Youtube – e achei um aspecto interessante.Catarina era uma mulher frágil, submetida a um lar patriarcal e pior, as mãos de um marido agressivo e mandão que não vale o chão que pisa. Aí aparece Stella, uma mulher deslumbrante, com um ar de mistério e um passado oculto.

Tá, xenites, pelo amor de Zeus, não me digam que não viram nenhum paralelo nas ultimas frases.O que eram Xena e Gabrielle no começo senão isso – tirando a parte do marido imprestável e substituindo por um noivo “ lerdo e ignorante” .Aí chega Stela e dá um up na vida de Catarina lhe tornando auto-confiante e lhe melhorando a auto-estima, assim como Xena chegou e deu um up na vida de Gabrielle.O caso é que Catarina e Stella, tecnicamente( hum!Sempre ele.)  não são um casaaal – há quem diga que Xena e Gabrielle também não, mas cá entre nós, companheiros subbers, QUEM acredita?-.Aparentemente, Stella é a personagem que foi casada com uma mulher no passado, fato que em certo ponto confidencia a amiga.Mas Catarina, ainda é casada com o marido imprestável que dava em cima da “amiga gostosona da esposa”. Mas pra olhos atentos ao subtexto não é difícil ver sinais.Sinais, sempre sinais. E independente desses sinais, é bem interessante ver Catarina ativando o lado Girl Power que nunca teve, pra defender a amiga da população preconceituosa da cidade – ãh, tal qual Gabrielle defendeu Xena do povo de Amphipolis?-.

O fato é que a  – ainda – amizade de ambas, é algo que chama atenção ali,  e lembra em alguns aspectos a  “amizade” de Xena e Gabrielle. Mas o mais interessante é ver a personagem que antes era o tipo de cidadã com mentalidade um pouco atrasada e “meio boba pra esses assuntos” como a própria disse, se transformar numa ativista da defesa da causa Stellistica, com falas, discursos que não são feitos só pro povinho atrasado da cidade fictícia, mas pro povinho atrasado desse BRASIL.

 

 

Aí chego a outro ponto importante. Novela é sobretudo CULTURA DE MASSA.Novela não é algo que se precise PENSAR muito pra entender, é acessível a quase toda população e influencia tremendamente a mentalidade de muitos. Os discursos fortes – públicos! – que Catarina faz contra o preconceito, antes de serem um tapa na cara dos habitantes da cidadezinha da novela, são um tapa na cara de cada espectador que mantém preconceitos e o modo como tudo foi explicado ( “Você não precisa entender nada.Apenas precisa saber o que é o amor”) pode de fato mexer com a mentalidade de muita gente brasileira. Se a mídia Global tem tanto poder sobre a mentalidade do brasileiro, é bom saber que pelo menos um pouco desse poder está sendo usado pra algo que preste.


Diz o autor da novela que as personagens não terão um relacionamento  – mas se contradiz dizendo que dependeria da aceitação do publico – mas tendo ou não tendo, esse pequeno fato no meio de um enredo embolado, que eu não faço questão de entender, quebrou um clichê e se não podemos ter toda uma história  de “soulmates” brazucas a la XWP, uma “amizade romântica” tal qual foi classificado o relacionamento de Xena e Gabrielle em determinados pontos, já é válido.

 

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: +1 (from 1 vote)
Be Sociable, Share!

Homenagens de Xena á Cultura Popular parte 5

Comentários

Por Mary Anne M.W.


PRIMEIRA TEMPORADA

The Black Wolf

Quando os guardas de Xerxes pedem aos aldeões para lhe entregarem o Lobo Negro, um a um eles admitem ser o Lobo Negro.Em Spartacus quando os romanos cercam o exército escravo eles ordenam que Spartacus se renda, mas cada homem um a um declara “Eu sou Spartacus”

Os guardas de Xerxer são vistos jogando “Pedra, Pergaminho e Adaga”, o que é uma referência ao conhecido jogo de “Pedra, Papel, Tesoura.

 

 

 

 

SEGUNDA TEMPORADA

Solstice Carol

Senticles é uma referência mais do que explícita ao Papai Noel, considerando trejeitos, roupas e “função”

O episódio todo é uma adaptação da obra Solstice Carol de Charles Dickens para o Xenaverse.No lugar de espíritos dos Natais passado, presente e futuro, em XWP temos a figura das Moiras.

O final que mostra o casal de viajantas com o bebê faz menção a história de José, Maria e Jesus.

 

 

TERCEIRA TEMPORADA

The Debt I

A Cena de Xena saindo da água envolta em lodo é uma clara menção a uma das cenas mais famosas do filme Apocalypse Now.

As filosofias de Lao Ma são creditadas no episódio ao seu marido, Lao Tsu.Tais folosofias são adaptações do Taoísmo, estudado por RJ Stewart para a criação do episódio.O Taoísmo tinha como maior filósofo o sábio Lao Tsé.

QUARTA TEMPORADA

Between the Lines

A aparição de Xena e Gabrielle – ali visitantes – na cerimônia onde Nayima vai ser lançada na fogueira devido a morte de seu marido nos leva a cena retratada na obra “Viagem ao mundo em Oitenta Dias”, de Julio Verner onde Philleas Fogg e Jean Passepartout salvam a Indiana Aouda de ter um destino igual.

O modo como Nayma desaparece no fim, numa bola de luz é semelhante ao modo como Glenda, a Feiticeira boa do Mágico de Oz desaparece.

QUINTA TEMPORADA

Fallen Angel.

A cena onde Xena passa pelo fogo da puririficação e depois é submersa em água é uma referência a obra “Divina Comédia” de Dante.

Gabrielle na forma de Arcanjo é óbviamente uma referência ao Arcanjo Gabriel, já que o mesmo é retratado sempre junto do Arcanjo Miguel no Cristianismo.Curiosamente Arcanjo Gabriel frequentemente é retratado com uma delicadeza feminina.

O Disclaimer do episódio “Hell Hath No Fury like a Woman Scorned”( O Inferno não tem tanta fúria como uma mulher rejeitada) é uma frase da peça The Mourning Bride do escritor William Congreve.

Muito do cenário e das roupas utilizadas pelos personagens parece ter sido inspirado nas obras do pintor Gustave Doré, que retratan o poema de Milton, Paradise Lost.Para conferir, acesse o link:
http://www.paradiselost.org/4-stories-pictures.html

SEXTA TEMPORADA

Many Happy Returns

Iniciando pelo ponto mais alto e sério do episódio.O POEMA!Idolatrado pelos subtexters.No episódio o poema dado a Gabrielle é obviamente creditado a Safo, mas ocorreram algumas modificações no mesmo.

Versão do Xenaverse no original:

“There’s a moment when I look at you and no speech is left in me. My tongue breaks then fire races under my skin and I tremble…and grow pale for I am DYING of such love or so it seems to me.”

“Há um momento quando olho pra você
Que eu fico sem palavras
A língua trava
Então um fogo corre sob a minha pele e eu tremo
Empalideço porque estou morrendo de tanto amor
Ou é assim que eu me sinto. “

No original:

Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
e eu sinta sob a carne impalpável fogo
a incendiar-me as entranhas.
Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor

Outra referência se faz presente no momento em que Afrodite diz ser uma “Material Girl”, o que alude á música da Madonna, com o mesmo título.

Pouco depois, a mesma personagem diz “For future reference, I’m now ‘Mighty Aphrodite'” ( Para referências futuras, eu agora sou “Afrodite a Poderosa”).
Mighty Aphrodite é na realidade o nome de um filme de Woody Allen.

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

O melhor presente

Comentários

Tainara Nogueira de Souza

O melhor presente.
Olá amigos Xenites! Estava pensando em como Eve era sortuda, por ter duas mães. Xena e Gabrielle arriscaram muitas vezes suas vidas e fizeram de tudo para sempre manter Eve salva de todos. Não mediram esforços para salvá-la. Certa vez eu fui a um orfanato e conversando com as crianças, já era época de Natal eu perguntei a uma delas o que ela deseja ganhar do Papai Noel, eu fiquei emocionada e chocada com a resposta, ela queria uma mãe e depois me disse que com certeza era o desejo de todas as que estavam ali e de muitas outras pelo mundo inteiro. Infelizmente uma mãe não é presente tão fácil, eu não poderia embrulhar uma Xena e uma Gabrielle para elas. Ganhar uma mãe, ter uma mãe é um presente… Mas, e quem perdeu?E aqueles que foram abandonados pelo melhor presente?No seriado, apesar de Eve não ter sido criado por Xena desde pequena, ela sempre teve uma mãe, Xena nunca a esqueceu e depois que voltou fez de tudo para reparar tudo o que perdeu. Depois de 25 anos, Xena e Gabrielle escapam da tumba de gelo e saem à procura de Eve. E as mães dessas crianças abandonadas?Ainda estão congeladas? Porque elas não voltam para reparar tudo?É preciso acima de tudo muito amor. No Brasil, quando uma criança abandonada não encontra uma segunda família, o próprio estado cuida dela até que complete 18 anos.Eve foi criada para ser uma guerreira desde pequena, mas num ambiente tipo militar. Sem laços familiares, ela mesma dizia que Roma era mãe dela. Todas essas crianças no Brasil são criadas para serem guerreiros? E depois é decidido se deixam vivos, ou presos para poder impedir derramamento de sangue? Já não vai ser Xena quem ira decidir isso. Essas crianças não têm alguém que fará de tudo para protegê-las, até mesmo matar os deuses da injustiça, o deus da vergonha, o deus da fome, o deus do frio e outros. Então. Amigos Xenites, esse é um tempo também de reflexão para todos nós, não é fácil embrulhar uma Xena e uma Gabrielle. Não queremos que essas crianças se tornem guerreiros vazios, não sabemos se depois elas encontrarão mensageiros da paz. Um amor mais forte que tudo, mais obstinado que tudo, mais duradouro que tudo, é somente o amor de mãe. Esse sim é o melhor presente. 
Tainara Nogueira de Souza

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

Gabrielle – O Anjo contador de Histórias

Comentários

 


Por Andréia Lopes

[email protected]

Caixa de texto:      Se Xena (Lucy) é um “Anjo Vingador” e Callisto (Hudson) o próprio “Demônio” encarnado, Gabrielle é uma santa que prefere usar seu dom para contar histórias a apelar para os próprios punhos. Serena, Gabrielle (Renée) acompanha Xena em suas incríveis aventuras. No início, a companheira da Princesa Guerreira era apenas uma espectadora das peripécias da amiga. Com o tempo, Gabrielle foi desenvolvendo o seu lado guerreira (ela aprendeu técnicas de combate vendo Xena em ação), mas muito do seu lado heróico deve-se à influência de Iolaus. O companheiro de aventuras de Hércules provou à amiga de Xena que os parceiros são importantes na vida dos grandes heróis.
Caixa de texto:  Tagarela, a heroína já chegou a transformar o seu dom de contar histórias em arma, cansando as orelhas de seus inimigos de tanto falar… Está técnica só não surtiu efeito com Velasca, talvez a maior inimiga de Gabrielle, que um dia sonhou liquidar a garota que lhe tomou o lugar de Rainha das Amazonas. Tamanha a sua facilidade para entreter os curiosos a respeito de suas aventuras ao lado de Xena que Gabrielle, certa vez, conseguiu até vencer um concurso de contadores de histórias.
Mas nem tudo foram flores no caminho da jovem heroína, haja vista que nem todas são lembranças sobre as vitórias de Xena na vida de Gabrielle. Pura e irritantemente ingênua (agora os fãs de Gabby me matam), a inseparável companheira da Princesa Guerreira guardou-se para o casamento, porém logo após sua primeira noite com o amado, Callisto prontificou-se a matá-lo a sangue frio. Mesmo ardendo em ódio, Gabrielle conteve-se e não liquidou com a vilã quando teve chance. Mas não foi apenas Callisto a única pedra no caminho de Gabrielle, “A Contadora de Histórias”. Em várias oportunidades, o seu senso de justiça, combinado à sua inocência, trouxeram graves problemas ao seu relacionamento com Xena.
Caixa de texto:  Na China, por exemplo, Gabrielle traiu a Princesa Guerreira, porque sabia que a amiga teria que matar o maligno soberano Dragão Verde. Em outra oportunidade, após cair na conversa de alguns pregadores que seguiam certo deus único, Gabrielle acabou por colocar na Terra a filha do deus demoníaco Dahak. Para impedir que Xena eliminasse sua filha a loirinha fingiu que a havia matado. A filha de Gabrielle cresceu e, sob o comando do pai, acabou matando o filho da Princesa Guerreira… A ira de Xena foi implacável, e só os antigos deuses do Olimpo sabem como Gabrielle conseguiu sair viva do confronto com a companheira – e ainda amiga (o amor é lindo!). No fim prevaleceu a amizade e o aprendizado de uma grande lição por parte da aspirante a guerreira.
No decorrer do seriado, Gabrielle vai passando por incríveis transformações entrando em uma fase extremamente zen, onde seguindo os ensinamentos de Eli, deixa de lutar e busca no caminho da harmonia tentar resolver os problemas (odeio essa fase), o que se mostra desastroso, uma vez que ao abdicar de lutar, coloca sua melhor amiga em perigo em inúmeras situações. Mas isso muda quando no final da 4.ª Temporada ela retoma a sua vontade de lutar ao matar um punhado de Caixa de texto:  centuriões romanos num dos mais belos episódios do seriado, “Idos de Março”, para tentar salvar Xena que fora ferida mortalmente. Nessa temporada e nas temporadas seguintes Gabrielle agora se mostra mais valente e companheira do que nunca de Xena, mas ainda assim demonstra muito de seu lado de poetisa barda, quando relata as aventuras de Xena ou quando, ainda transtornada com a morte de um jovem por sua “culpa”, se deixa ferir gravemente durante uma luta com canibais e quase morre de hipotermia (juro que não sei como Xena conseguiu sair daquela caverna escalando um paredão de rocha com Gabby nas costas, mas enfim, ela possui muitas habilidades). Gabrielle também mostra valentia ao ir à busca de Xena na “trilogia do Anel”, quando esta vai enfrentar os monstros de seu passado; Gabrielle ainda se mostra determinada ao ir resgatar o corpo de Xena no episódio final do seriado (aliás, não o vi ainda e nem sei se verei).
Caixa de texto:  Para aqueles que têm a impressão de já terem visto o rostinho angelical de Gabrielle em outro lugar, antes de suas aventuras ao lado da Princesa Guerreira, tranqüilizem-se, não se enganaram. Vale então lembrar (como curiosidade) que a atriz Renée O’Connor, que vive a lourinha em Xena, já havia interpretado outro personagem em um dos longas estrelados pelo filho de Zeus. Em Hércules e o Reino Perdido, Renée era Princesa Deianeira. Para quem ainda não viu o filme ou já viu, um conselho: preste bastante atenção no vestido sensual que ela usa. Depois dessa passagem pelo filme, Renée também pode ser vista nos demais episódios do seriado Hércules, assim como a própria Xena, que de mera coadjuvante passou a estrela quando seu personagem ganhou um seriado próprio; foi quando finalmente Gabrielle (ROC) conheceu a fama ao participar como uma personagem fixa de Xena – A Princesa Guerreira, e daí para frente todos nós, fãs do seriado, sabemos bem como terminou essa história.

Bom, amigos Xenites, é isso por esse mês. Qualquer dúvida ou sugestão é só entrar em contato pelo e-mail:[email protected]. Até o mês de dezembro, amigos.

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

Aventuras de Doug na Xenacon parte 2

Comentários

Por Doug.

 

Caros Xenites!! 
Devo ter passado pela maior, se não a melhor experiência da minha vida! É bom vocês estarem no clima pra leitura, vai ser grande!
                                                
Para recapitular… 
            ¬Não muito tempo atrás eu postei o tópico “Na trilha da LL” sobre minha invasão no hotel onde rolaria o London XenaCon para fazer umas fotos…e que foi o máximo que eu pude fazer até então, pois a convenção estava marcada para o dia 2 de Maio e eu já havia comprado meu ticket de volta pro Brasil um mês antes, para o dia 3 de Abril.
         E foi lapidando alguns pensamentos que decidi fazer o que fosse preciso para participar da Con. Digamos que eu tinha uma missão a por em prática e o preço foi não voltar pra o Brasil.¬

Fiquei ilegal na Inglaterra por um tempo extra, sujeito a penalidade de 10 anos sem pisar novamente na Europa… mas dane-se!! Quem precisa de Europa! 
Menos de 3 semanas do grande dia e eu ainda não havia garantido meu ingresso para nenhuma das noites. A Desyrée tentou me arranjar já que também participaria e tinha alguns contatos mas acabou não dando certo. Esperei até o último minuto. No meio tempo, trabalhei em dobro para ter a grana mas àquela altura do campeonato os ingressos preferenciais e de importância (como a noite da LL) já haviam sido esgotados.
Só me restaram os econômicos, ou seja, sem direito a poltrona e contato próximo com os guests. Cheguei a processar se valeria a pena ficar de pé no fundo da platéia sem prioridades… mas eu estava inquieto! Então um dia eu entro online para comprar meu ingresso e percebo que toda compra é feita no cartão e, índio que sou, não trabalho nem nunca trabalhei com cartão de crédito. 
No dia 13 de Abril, mandei um email para o Adam Malin – membro da equipe Creation e um dos organizadores de Convenções da Xena ao redor do mundo:
Hello Adam… This is Doug.
It’s been almost 1 year since I first stepped foot in London and by the time I heard there’s going to be a XenaCon over here, I just went nuts! 
I have phoned the Hilton Metropole Hotel yesterday asking if by any chance I could buy my tickets at the very hotel instead of purchasing it online (I haven’t really entirely checked the Creation website so far but thing is I can only buy it with cash since I do not work with credit cards). The person who I was speaking to couldn’t tell me for sure as he needed to check out with the organizers first, then he 
gave me your email address so I could sort things out with you myself… let me know as soon as possible, any information will do!!”
Foi basicamente um pedido de socorro! E com todos os pedaços de informações que obtive pelo email, minha situação estava desesperadora! E para dar um tempero neste meu impasse, ainda havia o concerto da LL que era o dobro do preço. O acordo foi a possibilidade de eu achar ingressos vendidos na porta por desistência, com possível reajuste de preço… Maravilha! ¬¬
As semanas passaram… já dava para começar a contagem regressiva das horas e foi quando eu tive uma faísca nas idéias: “Que tal voltar para o hotel e arrumar um convite na cara dura?! Quem invade uma, invade duas…”. Imigrante ilegal com dinheiro escasso eu já era, não tinha muito a perder.

De volta ao Hilton Hotel, usei minhas artimanhas e me passei por um dos hóspedes. Fiz o mesmo trajeto de antes dentro daquele labirinto, só que dessa vez havia letreiros eletrônicos: XenaCon << que me levou direto num saguão com uma enorme porta semi-aberta, e antes que eu me aproxime o suficiente para abri-la, um homem grisalho de falar imponente me recebeu…

Richard Arnold

            Foi a ponte entre eu e meu fascínio. Ele era um dos organizadores-chefes que vive a vida pelos quatro cantos do mundo montando e desmontando convenções. Antes mesmo que eu pudesse enxergar o que havia do outro lado daquela porta, este homem quis saber quem eu era e o que fazia plantado ali. Sem eu dar muitos detalhes e soar como um fanático infiltrado, expliquei a situação e sem indagar estendeu a mão pra uma proposta: “Minha trupe de Los Angeles não pôde voar essa manhã e estamos num contratempo… o que me diz de eu te ajudar com você me ajudando sendo parte da minha equipe??”
*Doug ouvindo sinos*
Sem demonstrar muito meu estado de choque com uma postura para formalidades, selei o ‘contrato’ apertando-o a mão. Richard passou o braço por cima dos meus ombros e me levou porta a dentro… Ah se minha vida tivesse trilha sonora naquele momento estaria tocando Aleluia.
Era um dos salões, o Marchandise Room, com posters da série no teto e paredes, assim como tantos outros artigos para desempacotar: CDs, DVDs, jóias, camisas, fotos oficiais autografadas, bonecos, cópias de scripts encadernados… enfim, a maioria desses produtos que se encontra no eBay.
Minhas primeiras funções:

  • Desembrulhar posters e escrever os nomes dos atores na parte de trás. Tudo iria para leilão.
  • Colocar fotos em display para compra sobre a mesa.  (aquelas que a Sharon regula)

Com a montagem em andamento, logo foram chegando alguns organizadores locais.

Adam Malin

      Quando nos fomos apresentados eu logo me liguei. Fiquei na minha até o instante que ele fez a pergunta que não queria calar: Por acaso você gosta da série?” Respondi mostrando uma foto de celular de quando filmei minhas versões de Xeno na época da explosão do youtube e me re-apresentei como o Doug dos emails. Acho que a partir daí ficamos mais próximos e não demorou muito até que eu colocasse minha missão em prática… 
Era o Adam o encarregado da programação, e no momento apropriado já estava em minhas mãos um material pra ele considerar. Me levou até a sala de painéis nos bastidores e eu o entreguei meu MP3, dando a cara a bater sem saber da reação. Conectou-o no laptop e começou a rodar meus vídeos de treinamento seguidos das paródias, se é que se encaixam nessa descrição…
Ele permaneceu com o queixo apoiado na mão o tempo todo de duração e num certo ponto confessou: “As pessoas precisam saber quem você é – se já não o conhecem. Vou encaixá-lo durante a programação. Fique por perto!”   
Difícil descrever meu estado estático ali… parecia… a ejaculação de mim mesmo…
Nada mais…

Sharon Delaney

Umas dos manda-chuvas lá dentro. Mulher intrigante pelas experiências que vivera. Quando nos conhecemos eu sabia que me era familiar, até ela dar a deixa: “Que canseira! Acabei de entregar a Lucy no outro hotel…” 
Ah, ESSA Sharon!! – a empresária por acidente.
Minutos depois, Adam e Richard nos convidaram para jantar e Sharon resolveu ficar desempacotando. No restaurante do Hilton, a prosa estava longe de ser parte de um jantar de negócios. Enquanto Chris me mostrava fotos do filho recém-nascido, eu respondia qualquer coisa sobre o Brasil. E quem diria que aqueles engravatados eram xenites?! O próprio Adam comentou alguns episódios enquanto esperávamos os pedidos e na mesa a decisão unânime de que Karl Urban (César) era um dos atores mais camaradas pessoalmente.
Logo mais eu voltei ajudar Sharon e ficamos sentados no chão dobrando e separando camisas por tamanho. Perguntei se LL era tudo aquilo em pessoa e a resposta foi certeira: “Ao vivo, ainda melhor! Lucy, ao contrário de Xena, é delicada. E Renee a mesma coisa. As roupas de Xena foram especialmente criadas para que ela parecesse mais alta e forte…”

Revelou também um episódio da vida dela. Disse que por volta de 1998 viajou até Nova Zelândia para uma pesquisa/coletiva e ao chegar ao set de filmagens, Endgame estava sendo gravado. Entre uma pausa e outra, sentava na escadaria naquela cabana amazona e dali ela assistiu de camarote Xena trazendo Brutus arrastado. Ouviu-se o ‘corta’, Lucy desceu do cavalo e enquanto esperava a próxima cena, foi dividir o degrau da escada com Sharon. Sem mais nem menos, eis o que ela ouviu da Lucy:“Estou grávida!”
Ela deve ter sido uma das primeiras a saber, quem sabe até antes mesmo do próprio Tapert.  
A seguir foram chegando mais mãos ajudantes…

Chris Schmelke

Fotógrafo profissional na série e de convenções, assim sendo mascote da LL. Nos dias que se seguiram de Con, eu o ajudava no Studio levando fãs até os guests para a foto e o fundo de céu foi incumbência minha de pregar! Ele também vendia as fotos autenticadas na bancada ao meu lado e numa tarde me mostrou a coleção pessoal de MPB!!

  O dia antes da Con abrir portas, ainda ajudei o Richard enumerar as poltronas. Ao final, pediu pra que eu voltasse no dia seguinte pela manhã. 
Tecnicamente, minha condição ali não havia sido propriamente dita então eu pedi por um posicionamento, talvez até para fazer minha ficha cair mesmo: “Organizadores não pegam por ingressos, eles são os ingressos.” Logo eu era mais que VIP e até me ofereceu um quarto no hotel para facilitar, já que eu morava do outro lado de Londres. 
E dá pra dormir numa montanha-russa?

Sexta-feira, dia 2. 
A convenção foi inicialmente aberta após o meio-dia. 9:30a.m lá estava eu para ajudar Sharon com os últimos preparativos. Não demorou muito para eu trombar com o primeiro convidado…

 

Steven Sears

 É o cara! Escreveu 24 episódios de Xena:
1ª temp: 5 episódios como Dreamworker e The Greater Good;
2ª temp: 7 episódios como Destiny e The Quest;
3ª temp: 7 episódios como The Bitter Suite e Sacrifice I;
4ª temp: 2 episódios: Between the Lines e Endgame;
5ª temp: 3 episódios como Sucession e Them Bones, Them Bones.
Sem contar que foi supervisor de produção e co-executivo em 99 episódios de Xena. Fala sobre a série como um filho recém-nascido.
Aqui a conversa que tivemos quando cheguei até ele:
Caixa de texto: “Tô aqui no hotel, adivinha quem é a figura... Mr. Sears!!  Eu: Ei Steven!  Steven: Ei!!  Eu: Pode deixar um Oi para o Brasil?   Steven: Olá para o Brasil!  Eu: Sou o Doug.  Steven: Como vai você?   Eu: Tudo certo. Obrigado, Sears. Estou ajudando na convenção!   (...)  Steven: Ah, trabalhando com a Sharon! Ótimo! Ótimo! Ainda melhor!    Eu: Sim, é ainda melhor!!! ...        Te vejo depois..         Diz TCHAU!   Steven: Tchau!”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante toda a convenção ele não desgrudou de sua câmera de pescoço! Tudo era novidade como se fosse uma primeira Con, e nos disse que postaria todas as fotos em seu website.
Mais detalhes sobre ele ao longo do relatório!

No horário, as portas para o Merchandise Room foram abertas e fãs do mundo todo foram ocupando o salão. Notável também dizer que a mim era confiado dinheiro a todo instante, tanto nas vendas dos artigos quanto durante o leilão. Era um bom sinal de equipe!
Na parte da tarde, a enorme sala da convenção foi aberta para a primeira convidada…

Adrienne Wilkson (Eve/Livia)
  
Assim que foi chamada ao palco, Richard me deu a liberdade de assisti-la e um assento nas primeiras fileiras. 
Em minha opinião de público, ela foi a mais hilária de todos! Só pra começar ela tem um semblante de garotinha e fala em gíria de teens, assim como o nosso “tipo assim”.  
Falou sobre projetos recentes e claro, sobre os tempos de Xena. Disse que no início era uma perdida no set, nunca havia pegado numa espada e conseguiu o papel por ter facilidade em memorizar passos de coreografia.

Curiosidades:
< Confessou que detestava vestir roupa de Lívia, pois peças sempre quebravam e algumas acabavam sendo rebitadas diretamente, dificultando e muito idas ao banheiro. Sem contar que não engolia aquela saia de cheerleader;
< Nas primeiras filmagens houve uma carga pesada emocional e de estresse pelas cenas intimidadoras, se referindo a ter que fazer bonito um take longo de luta para impressionar o Tapert e ainda ter que beijar Kevin Smith (cena do Coliseu);
< Sempre caia na hora de trocar o passo. Não foi fácil acostumar com os pés afundados na areia ao invés de um piso de pista de dança;
< Foi Zoe Bell (dublê de LL) que a ensinou a lutar e desferir golpes sem medo… Isso aconteceu quando Zoe errou o movimento e a acertou com a espada na canela. “… uma marca roxa era o que eu precisava!”;
< O episódio que mais gostou de fazer foi You Are There pela cena que Eve rasga o verbo com palavrões. Além do mais, teve cenas muito boas, mas que acabaram não indo ao ar por razões de censura e edição; 
< Uma cena complicada: última parte do episódio Path of Vengeance, quando Eve despede-se de X e G para seguir seu próprio caminho… A cena precisou ser repetida inúmeras vezes – A última frase de Xena foi um simples “Stay outta trouble”, mas Lucy não conseguia tirar o sotaque carregado kiwi! A equipe de filmagem vencida pelo cansaço acabou inserindo a cena menos comprometedora. Adrienne disse que o que todos pensam ser Xena colando a mão no rosto pra chorar naquele episódio, é na verdade Lucy se matando de rir… E reparem na Renee!
< Nas primeiras cenas como Eve, o Tapert teve uma crise nervosa… Ela não sabia que teria que andar descalça e resolveu pintar as unhas dos pés de vermelho.
…         
Após a aparição, foi aberta a sessão de fotos com Adrienne e antes de eu começar a organizar a fila e levar fã por fã até ela, o Chris me convidou para uma foto juntos.
Eu gostaria de poder ter tido mais liberdade com minhas filmagens, porém somente credenciados e profissionais puderam fazer gravações. O que eu fiz foi muitas vezes usar a câmera do meu celular como câmera-oculta. E ali diante da Adrienne pela primeira vez, mantive a câmera ligada. E foi assim:

Caixa de texto:  “ Eu: Meu Deus! Você é linda pra caramba!  Adrienne: Meu Deus! Você disse a coisa certa! ”

  

 http://www.youtube.com/watch?v=Hheov8OSylI

            Enquanto ocorria a sessão de fotos de Adrienne (com os fãs que pagaram à parte), o Steven estava em sua apresentação no palco e por conta das fotos não pude assisti-lo. Ainda assim, peguei o Steven comentando sobre os subtextos da série e ele desmistificou o que até hoje é motivo de dúvida:
– “Você acha que Xena e Gabrielle vivem um amor entre casal, que são amantes? Você não está errado!
      Você acha que entre elas existe um amor que vem somente da amizade? Você também não está errado! 
      A resposta está aonde vocês se identificam com elas… ” 

Logo em seguida, no canto direito ao lado do palco, deu-se início à mesa de autógrafos com Steven e Adrienne. Minha função foi certificar quem era VIP pela cor dos braceletes.  Quem fosse seguiria pela fila e os que não, eram convidados a se retirarem. 
Então, pego completamente desprevenido, o Adam sobe ao palco para anunciar a programação seguinte, hora x. O evento mencionado foi o Cabaret, onde Adrienne, Steven e Brittney (Brunhilda) fariam uma espécie de Se vira nos 30”. A mensagem foi passada e Adam pediu a atenção de todos:
– “Gostaria também de apresentar mais um convidado para esse fim de semana… muitos já devem conhecê-lo… diretamente da América do Sul… Doug, o Xeno!!!” … fui me virando lentamente para dar tempo de pensar em qualquer outra ação, ou reação! Senti a luz quente em mim, “… que veio nos mostrar o que a fé em si próprio faz… Ao longo da Con teremos Xeno Vídeos no telão!” Aplausos firmes comigo digerindo a sensação de reconhecimento em vários daqueles olhos!

Ao terminar a mesa de autógrafos, o salão principal do palco foi esvaziado e o Merchandise Room liberado. Graças a um sistema de portas móveis, a volta ao salão foi proibida e assim Adrienne pôde ficar à vontade no palco para ensaiar o musical que cantaria no Cabaret horas mais tarde. Nós da equipe Creation ficamos ali para dar assistência em termos de marcação, iluminação, microfone etc. 
Neste instante, Richard pede pra que eu vá e espere no backstage e então eu trombo peito com peito com uma loira ao passar pela porta… Pedi desculpas e recebi um ‘não foi nada!’ com um sorriso de uma ponta a outra. (…)
Fiquei sentado esperando junto com os sonoplastas e então chega Sharon trazendo consigo um bolo de banana envolto num plástico e disse ter ganhado de uma fã. Este bolo permanecera intacto ao longo dos dias… ou quase. A confissão a fazer é que sempre que eu entrava naquela sala eu removia o plástico e cavoucava com os dedos a borda do bolo, sem ninguém perceber… Ah eu poderia abrir um capítulo em especial para esse bolo! Logo vão entender o motivo…
Bom, o Richard apareceu não muito depois acompanhado por Adrienne e tirando uma chave do bolso disse ter uma nova função para mim, a de guarda-costas! “Quero que a leve para o quarto e não permita que ninguém tire fotos. Ela precisa se trocar e descer para o Cabaret.” Dito isso ela me cumprimentou com a cabeça e me apresentei, ainda não acreditando na minha sorte!
Guiei-a até o elevador e o máximo que consegui dizer foi “Pois é, não pegou o clima mais legal… Semana passada é que tava quente!” 
Béé!! LOSER!!!!
E até que ela foi bem meiga “Ah já estive em climas melhores mesmo…” 
Entregue ao quarto, ela perguntou de uma maneira bem tímida se eu poderia aguardar um instante para também voltar acompanhada.

De volta ao backstage, já havia uma apresentação de Cabaret no palco e só então despertei: a diferença era gritante!! Mas a loira com a qual eu trombara anteriormente era Brittney!

Brittney Powell (Brunhilda)

            Essa aí me tirou o fôlego! Só pra começar ela se apresentou em trajes de odalisca fazendo a dança do ventre. Minha análise instantânea foi que, mesmo os anos terem passado, a atriz em si parecia ter 10 anos a menos que sua personagem em Xena, e bem mais, uhum… caliente, digamos! Falava e movimentava de maneira voluptuosa, quase sugestiva… E eu não estava equivocado!
Meu lance com Brittney deu-se durante o Cabaret, eu assistia Adrienne num canto, ela do outro. Então parou ao meu lado como quem não quer nada e disse: “Não é minha praia, mas a Adrienne tem uma bunda arrebitadinha…” e caímos na gargalhada!

No Sábado foi a vez de Brittney ir ao palco. 
Com toda a atenção voltada a ela, falou e falou sobre vida pessoal. Quando o assunto entrou em Xena começou dizendo que curtiu à beça as noites da Nova Zelândia após as filmagens. 
É uma pessoa bem carismática, ousada e fez a platéia vibrar com certeza, principalmente quando resolveu leiloar o sutiã! Lances altos sob a garantia de ser desabotoado pelo próprio comprador.

http://www.youtube.com/watch?v=ZzTI_ttxcTE

Depois de arrebatado, muitos queriam uma foto junto com a beldade! Enquanto preparavam a sessão de fotos no estúdio, eu entrei para comandar a fila e ela num tom sensual, brincou: – “Hey. baby doll!! E eu resolvi embarcar no jogo de sedução… logo o Chris me ofereceu uma fotos juntos então ajeitei a gola da jaqueta de couro e perguntei se seria ousadia da minha parte eu a massagear os ombros para a pose… “Manda ver!”– naquele mesmo tom a La Dominatrix. 
Ela própria se encaixou à minha frente e lembro-me de infiltrar meus dedos por entre as mechas louras para apertá-la o trapézio: “See you around, baby doll!”, disse depois de a foto ser tirada e a fila prosseguiu. As fotos profissionais com Brittney e Joseph foram as únicas não reveladas na hora e seriam postadas no site da Creation algumas semanas mais tarde, então não soube dessa foto até voltar para o Brasil. Quando retirei a foto pelo site eu notei que o ‘jogo’ teve início naquele instante em diante…

Lembrando que no Sábado a noite seria o primeiro show da Lucy Lawless in Concert no Carling Academy. 
No início da tarde a mesa de autógrafos com Britt foi aberta, eu e Sharon assegurávamos a organização. No meio tempo, entra o Richard com passos firmes perguntando se eu havia pegado meu autógrafo. Eu disse que não me importava em ser o último… Então ele transpassou a fila e chegou até Brittney:
– “Britt, estamos de saída para o ensaio da LL e nosso taxi sai em dez minutos… você assina para um ajudante nosso?… e saí de trás do Richard com cara de pedinte… “Esse é o Doug. Ele vai ser teu guarda-costas para a festa no final de noite.”
-“Baby Doll!! Claro que assino!” – e fez um coração.

Por volta das 21:30 no Carling foi dado por encerrado o show da LL, a parte II do concerto seria no dia seguinte.
De volta para o Hilton Hotel, o taxi contornou o estacionamento e eis que vejo Brittney com a empresária fumando, quase num beco. Descemos do taxi e o Richard passou pela porta giratória, mas eu fiquei! Fiz um gesto com as mãos mostrando que iria telefonar e subiria logo – “Vai encontrar com a Britt, brazilian boy?!” com um sorriso de permissão (…)
Cheguei sorrateiro até elas e começamos a conversar. Ela quis saber por onde estive na última convenção em Burbank nos States, pois teria se lembrado de mim… Expliquei por cima.
– “Bom, então você perdeu a visão das mulheres daquela Con. As daqui são estranhas! Eu não sou lésbica, mas fiquei com água na boca de ver duas lindas mulheres no maior pega! Precisei parar para olhar!… E por falar nisso, adorei saber que você vai ser meu guarda-costas por dois motivos: 1 é  que uma mulher enorme não sai da minha cola e isso me intimida, o outro é que gostei do seu jeito latino…”
– “E como seu guarda-costas, o que posso e não posso fazer?”, perguntei.
– “O contrato é eu ir de mesa em mesa conversar com os fãs. Você decide em qual mesa ir, basta me pegar pela mão e me levar. Também não deixe ninguém aglomerar em torno.
– “Feito!”
Dentro do hotel, tivemos uma rápida reunião com Richard. O ‘Late Night Dessert Party’ começaria em instantes, então levamos Britt, Paris e Adrienne até seus devidos quartos para se produzirem. Eu subi Britt e Paris enquanto Richard subia Adrienne logo atrás.

Ao entregar Britt recebi uma proposta – aquele tom sensual novamente: 
“… wanna freshen up with me?”, Brunhilda acabara de me convidar para um banho juntos! (…)
“Desculpe, não posso!” – recusei! “Por mais que eu queria, estou a trabalho aqui!!”
Não sei se muitos teriam feito o que fiz, Britt é mesmo um mulherão… – “Ta tudo bem, eu entendo seu lado… então me dá quinze minutos que já te encontro.”
Eu não podia colocar em cheque a confiança da equipe que me botou ali dentro e a qual me deu privilégios que poucos tiveram. E se eu estava certo, tudo indicava que eu seria o protetor da LL também. Fico imaginando se eu não estava sendo testado… e uma frase ressoava como um hino:
“Não estrague as coisas deixando seu desejo superar o seu juízo.

Passados os minutos, Britt sai num desfilar elegante e cheirando muito bem por sinal! 
O próximo evento era o coquetel com os atores em um ambiente com várias mesas redondas, pista de dança e comes e bebes. 
Pela experiência posso dizer que os fãs xenites são bem civilizados. Ora ou outra alguém se jogava e eu intervinha num olhar fuzilante, mas no geral éramos todos do mesmo naipe curtindo uma boa música, lembrando alguns fatos cômicos e os convidados rindo, completando os fatos cômicos. Inicialmente, Anders (o guarda-costas alemão que preferiu ir a Con ao ver o nascimento do próprio filho) trabalhou com Adrienne, Chris com Paris e eu com Britt, porém alternávamos quando necessário. Até que Britt diz:
– “Dougie, me leva pra mais uma mesa e depois eu preciso de uma pausa pro cigarro!” Ah como um par de chifres vermelhos iria bem com aquele rosto…
Fora do hotel, encostados num pilar, meticulosamente Britt ascendeu o cigarro, tragou, assoprou a fumaça, retirou com os dois dedos o cigarro que ficara com a ponta marcada de batom e colocou na minha boca. Aí ascendeu mais um e ali ficamos tentando decifrar o olhar do outro… 
O lance é que eu não fumo! 
No entanto eu percebi que o fato dela ter sido segura o bastante de me colocar novamente numa situação-escolha, foi para ter certeza que havia sim algo no ar. E de certa, mais um ‘não’ que viesse de mim a faria perder o encanto. Contudo não demorou muito para o Richard aparecer e pedir um cigarro…
– “Doug, não sabia que fumava…”
E a Britt rebateu:
– “Nenhum não-fumante sabe fazer uma cara de prazer assim!

E eu sempre digo que a ocasião faz o ladrão…

Quando havia ‘janelas’ de uma apresentação para outra ou mesmo durante alguma exibição que não fiz muita questão de acompanhar do início ao fim, eu ajudava nas vendas dentro do Merchan. Room. Foi atrás do balcão que eu e DeborahKizzy (do youtube) nos conhecemos, ou nos reconhecemos, melhor dizendo… 
E foi também atrás do balcão que de repente ouço Adam afobado: – “Doug?! Doug!! Me encontre no backstage em meia hora. Você será o próximo convidado a subir ao palco…”

Xeno

            Não foi ali atrás das cortinas que eu parei para aspirar tudo o que eu estava vivenciando. Dei-me esse tempo observando a cidade pela janela do quarto do hotel já na primeira noite. Claro que eu já havia fantasiado um cara-a-cara com estes meus ídolos de infância estando noutro continente, mas em súbito estarmos todos no mesmo lugar?? 
E foi beijando minha sorte boa-noite que custei a dormir.
Agora eu estava passando as contra-regras com Adam, selecionando meus vídeos, posicionamentos, microfone… e prestes a ser tomado pela segunda carga de euforia, sendo a primeira quando oficialmente pisei pra dentro da Con.

            Quando fui anunciado e passei pela porta, eu não sabia o que esperar. A única certeza era a de que eu ia babar no mesmo microfone da LL… De cima do palco eu só enxergava nuances da platéia, o holofote amarelo é minha lembrança maior. E as palmas fortes que me deixaram confortável!
Os meus vídeos exibidos no telão foram “Xeno Chakram”, “Xeno –Flips&Swords- Martial Arts skills” e “Xena – Xeno”. Nas cenas de um golpe mais complexo digno da Xena eu fui aplaudido em pé! E as cenas foram os três passos na árvore segurando duas espadas com o mortal, e o Chakram ricocheteando três árvores antes de cravar. Euforia elevada ao quadrado!
Logo após vieram os questionários, onde eu interagi com a platéia: como eu criei o Chakram – Se eu carregava cicatrizes –  Se eu toparia o convite para um eventual Xena Movie ¬¬…
Depois do bate-papo eu deixei o palco certificado em manter o legado ‘Xena’ como sou capaz!

Paris Jefferson

            Sua entrada ao palco foi no Domingo. Nosso primeiro encontro visual foi no backstage, eu estava esperando não ter ninguém para cutucar o bolo e lá estava ela conversando com o Adam. 
Não cheguei junto pra não parecer inconveniente, e sai…
A apresentação dela foi morna. A minha opinião é que ela me pareceu um tanto quanto recalcada, sem muito assunto e por conseqüência a platéia se fechou. Ela precisou pedir para que alguém levantasse a mão para perguntas! 
Comentou pouco sobre Xena falando mais sobre projetos atuais como peças teatrais na Irlanda. Já sobre XWP, ela retomou o pique da galera através do humor-negro. 
Disse que na época de filmagem do episódio Amphipolis Under Siege entrou numa das cabanas das tropas de Atena para ajustar a roupa e saiu sem o elmo. Alguém da produção pediu pra que ela não largasse daquele elmo de forma alguma, pois não só ficava mais bonita tapando os cabelos, mas também pelo fato da idéia ser parecer-se com Atena e não a Medusa.
< Comentou sobre a falta de sangue usada quando Xena mata Atena;
< Ela não agüentava com as espadas de metal usadas para close-ups;
< Visitou a casa da LL a convite da própria.          
< Alguém perguntou sobre a idéia da queda dos deuses do Olimpo pela Eve, o Crepúsculo dos Deuses (que foi o tema principal no último episódio que atuou na série)… e ela: “Estamos falando da Xena?”

Em seguida, a sessão de fotos. 
Eu estava um tanto na defensiva com aquela mulher, mas na minha vez da foto, ela me recebeu com um sorrisão que não resisti o abraço-urso.
Até então não havíamos conversado. Durante a mesa de autógrafos eu cheguei até ela com a câmera desligada, de acordo com o regulamento. Assim que eu disse que vim do Brasil, ela arregalou os olhos dizendo que era um lugar que gostaria de conhecer e que não havia lugar melhor pra uma próxima Con. Foi quando eu pedi pra ela repetir a sentença para o vídeo.

 

 

Caixa de texto: Eu:  Atena…  Paris: Tá preparado?  Eu: Sim, preparado!  Paris: A gente deveria fazer uma convenção no Brasil!  Eu: Não é?!!!  Empresaria: Sim! É mandar ver!  Eu: Valeu!!!

 

  

 

 

  

Joseph LoDuca

O conheci no sábado quando foi até o hotel para uma reunião com Adam. Fora a apresentação na Con, Joseph também foi o guitarrista no concerto da LL, e estava correndo com os ensaios.
No Domingo a tarde, eu, Sharon, Joseph e Adam estávamos no backstage e Joseph a todo instante falando ao celular. De repente ele vem até mim: – “Por favor, pode me dizer onde encontro um lugar mais silencioso para uma ligação importante?”… E com tamanha convicção do que estava falando eu pedi pra que ele me seguisse – rumo a algum lugar, pois não tinha a menor idéia de onde ir! Ele veio atrás de mim comentando o cheiro de mofo do almoxarifado próximo do backstage… lol… E com um pouco de intuição certa eu abri a porta de um cômodo desocupado e Joseph fez cara de satisfeitíssimo.
Não assisti muito a apresentação do LoDuca, na verdade quase nada… No Domingo quando ele foi anunciado eu estava de guarda montada numa sala dos fundos de olho na maçaneta esperando LL entrar! O pouco que assisti, comentou sobre como foi trabalhar com as vocais da Bulgária e dos awards recebidos.
A sessão de fotos também passou batido; no entanto, quando estava deixando o hotel pelos fundos para retornar aos ensaios, eu perguntei sobre uma foto juntos com meu celular… – “Ah, the guy from Brazil! Sure!”… Três tentativas até conseguir uma foto nítida e bem focada: – “Sem problemas! Vamos tentando até a foto ficar boa!”  
– O brasileiro ficou contente! –
Ele soube que eu era do Brasil no papo que tivemos na mesa de autógrafos. Quando pedi por uma dedicatória dizendo da onde vim, ele colocou a mão junto ao peito e disse amar o Brasil.

 

           Eu estava cuidadoso com o espaço e bateria do meu celular, afinal foram três dias bancando o paparazzo, e justo durante o depoimento o celular apagou… O que ele me disse depois foi que grandes inspirações para a formação de compositor e musicista vieram de músicas brasileiras, e ainda citou Gilberto Gil, Milton Nascimento… num sotaque americano. Senti nele um patriotismo maior que o meu! E já que estávamos nesse assunto, perguntei sobre uma possível BrazilCon: – “Por coincidência eu e Lucy falávamos sobre o Brasil ontem!”… Eu perguntei intencionalmente, pois a Lucy havia me dito sobre essa conversa com o Joseph, e eu não botei muita fé achando ser coisa de celebridade querendo agradar fã. Logo esclarecido:
Lucy e Joseph falavam sobre o Brasil no dia anterior!

Lucy Lawless

            No sábado pela manhã, olhei para o nada e pensei: “Hoje, 3 de Maio de 2008, estarei cara-a-cara com àquela que deu vida para a Mestra que junto cresci…” Também foi neste Sábado que fui chamado ao palco E o lance com a Britt. De fato uma data para se lembrar…
Então ao cair da noite, o taxi nos esperava rumo a Islington, no Carling Academy. E lá fomos eu, Richard, Anders, Chris e Adam. 
Cada quarteirão passado era um marco de que mais perto de LL eu estava.
Quando chegamos, a fila atravessava toda uma galeria e contornava a rua! E o show só começaria dentro de duas horas. Demos a volta no prédio até uma porta na rua dos fundos… A porta era guardada por um segurança com cara de poucos amigos. 
Mostramos nossas credenciais e entramos.
Ao pisar dentro daquela casa de shows, ouvi o cantarolar bem ao longe de uma voz bem familiar. E seguindo o Richard começamos a subir as escadas até o quarto piso. Não preciso nem dizer que eu estava com pupilas dilatadas, pulsação acelerada e tenso! A cada andar aquela voz aumentava e eu sabia que estava prestes a ser tomado pela terceira carga de euforia!

3… 2… 1…

Doug estático! Euforia elevada ao cubo!!

Lucy viu que chegamos e acenou com as mãos, e continuou com o ensaio. O restante do pessoal foi trabalhar, eu fiquei no mesmo lugar… com cara de Maníaco do Concerto.
Rapidamente peguei meu celular e fui o primeiro a registrar LL num ensaio londrino. 
Ali junto havia cinco ou dez fãs que ganharam a promoção de passar alguns minutos com LL no ensaio com direito a foto profissional. (Foi a única sessão de fotos que Lucy fez.)
O Chris já havia montado a parafernália toda de fotógrafo e analisava os melhores ângulos…
Umas das primeiras frases que ouvi de Lucy tinham um quê de Xena. Enquanto o Chris processava se deveria ou não ficar em pé na poltrona estofada para tirar as fotos, LL disse uma fala da Xena no episódio “In Sickness And In Hell”, quando escolhia um voluntário para segurar a espada, dizendo: “Não seja tímido, sua mãe não era!”
Logo chega o Richard:
– “Doug, mãos a obra! Não se preocupe que você terá seus momentos com Lucy Lawless!”

Minha próxima função foi checar os bilhetes dos fãs e autorizar a entrada. Eu e Anders fazíamos isso enquanto assoviávamos as músicas de “The Bitter Suite”, colocando um clima na galera!
Bom, casa cheia e contagem regressiva do Adam no microfone… “Here she comes… Miss Lucy Flawless!“ 

Foi uma gritaria sem fim! 
Algumas pessoas uivavam como lobos!
LL é bem irreverente e com certeza todos saíram bem satisfeitos, levando em consideração aquele par de nádegas em exposição… No entanto, a aparição inicial foi comportada! A ousadia com as roupas veio quando as músicas quase se auto-classificavam XXX ou Rated-R como: I touch myself. 
E lá também estava Steven Sears com sua câmera de lentes enormes tirando fotos até por onde não dava, feito um pai-coruja!
Sobre o show em si… bem, Lucy tem um vozeirão, mas já ouvi melhores… Eu gostei mesmo foi da sintonia! Várias foram as vezes que LL dividiu o microfone com Joseph. Aí você pensa em XWP, na ligação por anos…
Quando o show terminou, tivemos que voltar às pressas para o Hilton Hotel e dar cabo da festa com os outros guests.
Steven Sears rachou o taxi conosco… No trajeto, Richard explicou como é delicado lidar com estrelas coadjuvantes em uma Con e ninguém melhor que ele para falar nisso já que vive de convenções. Por exemplo, disse que LL detesta quando um fã pede pra ela fazer o grito de guerra de Xena, pois muita gente não sabe separar o personagem do artista. Disse também que em um dos Lucy Lawless in Concert, uma fã atirou uma calcinha pra cima dela. Lucy achou tão vulgar que parou o show dizendo que devia muito à Xena: a vida maravilhosa, o marido e filhos…, mas que ali diante deles era uma heterossexual chamada Lucy.

No Domingo pouco antes da hora marcada para LL entrar no palco, o hotel transbordava de pessoas! E como eu havia dito, lá estava eu de vigia na porta pela qual Lucy teria que passar. Então alguns minutos antes dentro do backstage, sentei ao contrário em uma cadeira e apoiei o celular no encosto como um tripé… 
Ao pensar em checar o espaço e regular a claridade, ouço o clique na porta! Ela entrou conversando com Sharon e falou Oiquando passou por mim. Nem consegui lidar com o celular, mas foram as primeiras palavras trocadas e o contato visual próximo!
Fiquei ali na minha… tudo em seu tempo! Joseph e a gangue foram chegando e logo o backstage ficou pequeno. Quando pensei que fosse atrapalhar, Sharon me chama:
– “Doug! Venha até aqui… “ e falou em off comigo … “A Lucy passou o dia todo sem comer, a gente precisa arrumar algo rápido!”… virou-se para Lucy e perguntou o que gostaria de comer:
– “Um sanduíche com hambúrguer, tomate, alface e cebolas.” 
(Até hoje não entendi se foi com ou sem cebolas.)
Ai Sharon pediu pra que eu voasse e pedisse o serviço do hotel na cozinha já que sou mais rápido. Tempo era crucial por lá! Então sai correndo frenético e “Doug! Espera!” – Sharon resolveu ir, dizendo que a cozinha poderia estar fechada. Dito e feito!
Saímos correndo desesperados para a rua passando os olhos por qualquer coisa que parecesse um restaurante! Lucy poderia não sentir-se bem durante as próximas horas no palco e assim Sharon me deu uma missão: “Pelo bem-estar da LL e de todos presentes, encontre um lanche, Doug… Preciso voltar e repassar marcação com ela!”

            Eu parecia estar correndo em maratona por Londres! O condado de Edgware Road é predominantemente formado por indianos e assim todos os eateries que entrei eram de cardápios típicos e exóticos! Vários quarteirões sinuosos e vejo o M amarelo do Mcdonalds à frente! “Vai de Big Mac, Lucy!” Entrei batendo porta e me joguei no balcão… disse que era urgente! Acabei pedindo com cebolas mesmo, se ela não gostasse que tirasse! Paguei com meu dinheiro e na pressa nem me lembrei de guardar o recibo! ¬¬
De volta para o Hotel, atravessei aquele labirinto a mil! Empurrei a porta do backstage e falei alto: “LUCY?!” – ela virou-se para mim e esse foi o instante que ficamos frente a frente com menos de um metro de distância: -“Sinto muito, a região toda é tomada por restaurantes indianos! Será que isso mata fome?”… entreguei a embalagem nas mãos dela e em troca ganhei um olhar de gratidão. Foi aí que pude reparar em tudo: praticamente mesma altura, o olho no olho nivelado de um azul bem forte e um sorriso irresistível! Eu já com cara de Maníaco do Backstage… lol… me disse que o lanche parecia ótimo e perguntou meu nome:
– “Douglas! Pode me chamar de Doug…”
            – “Muito prazer, Doug! Esse lanche veio em boa hora…” apertamos mãos e Sharon cochichou de canto: – “Obrigada, Doug! Lucy ama Mcdonalds!”
Lucy sentou-se e começou a comer depressa. Por isso talvez não me portei mais exagerado, Lucy seria anunciada dentro de minutos e Adam e Sharon feitos dois abutres.
No entanto eu fiquei ali o tempo todo, só observando! Terminou o lanche, tomou a água e esperou…

 

Em cima da hora, deram um tempo para que ela esticasse, alongasse e fizesse qualquer ritual antes de entrar…
Eu fingia ver mensagens no celular como um rato! Então Lucy levantou-se, deu uma boa disfarçada e achando não estar sendo observada desembrulhou uma ponta daquele bolo de banana e cravou os dedos! E foi sentar-se mastigando… 
O mundo é dos espertos!
Logo ela foi anunciada e nós lá dentro demos a palavra de boa sorte1 (vide vídeos no final deste relatório).
Mais assovios e gritos estridentes! Muitos ali a estavam vendo pela primeira vez! O pessoal simplesmente desmonta! 
Ela pediu para levantar as mãos quem esteve no Concerto noite passada… a maioria. – “Eu estava destruída hoje de manhã!”
A interação foi diferenciada: uma fila foi formada e cada um com o golden ticket teve direito a perguntas. Falou e respondeu bastante sobre projetos atuais e vida pós Xena:
< Perguntaram sobre um fato engraçado e marcante no set: 
– “Hum, aquele episódio que o navio afunda e ficamos submersos…”, a platéia já a ajudou com o título: “Tsunami”, e Lucy cuspiu o nome como se tivesse lembrado… ¬¬
– “Estivemos na água pela cintura por dias! Senti pena daqueles dois do Titanic…” Ela disse que Ted Raimi (Joxer) esteve o tempo todo com eles, mas não apareceu no episódio. O fato engraçado foi que a água era repleta de repolhos estragados boiando e ela fez uma aposta com Renee e Bruce (Autolycus) dizendo que o primeiro a se queixar do cheiro teria que pagar $5.000. Disse que ela e Bruce esperavam a câmera estar em Renee e então empurravam os repolhos em volta dela2 
< Outra pergunta foi sobre a primeira vez que LL e ROC se conheceram. Lucy disse:
– “Renee é bem mais nova e estávamos trabalhando no meu país, então eu havia algumas vantagens sobre ela. Quando nos conhecemos, olhei para baixo e vi aquela pessoinha…”, todo mundo riu do modo como ela olhou para uma Renee invisível. Completou dizendo que Renee era bem tímida e do modo como apareceu ao set no primeiro dia toda cuidadosa e com muito respeito… “Era uma bajuladora de primeira! (risos) Mas que não demorou pra mostrar as garras.”
…         
Foi uma apresentação longa, e agentes da TV de uma emissora britânica estavam cobrindo o dia da Lucy. Perdi um pedaço do bate-papo pois voltei ao backstage… Primeiro eu me orgulhei ao ver o bolo de banana com uma cratera deixada por mim, e bem ao lado a da Lucy!! E depois fui à lua cheirando o cachecol que ela deixara em cima da cadeira!
(…)
No final, a recebemos no backstage e respirou um pouco. Fato interessante foi que estavam selecionando clips de cenas da Xena para o telão, e fiquei ombro a ombro com Lucy vendo trechos da série pelo laptop. Percebia que ela levantava a sobrancelha com um sorriso de lado numa cena “quente”. 
Não houve sessão fotos com LL, o schedule era apertado devido ao concerto. Contudo, houve a mesa de autógrafos3 onde me posicionaram como guarda-costas4 da Lucy, como eu havia previsto! Era um absurdo o tanto de flashes para cima daquela mulher! Eu guardava Lucy pela esquerda, Sharon pela direita. No final, foi minha vez do autógrafo. Eba!

 

Caixa de texto: Eu: Oi Lucy… “D-O-U-G”         Pode dedicar aos teus fãs brasileiros?   Lucy:… e para…          Brasil se escreve com um L ou dois? ...   Eu:…você tem bastantes fãs brasileiros…  Lucy: Eu até que sabia disso na verdade... mas nunca cheguei a ir  pra lá...  Eu: Você acha que poderia fazer uma convenção brasileira algum dia?  Lucy: Bom, eu faria… Eu sei que o Joe quer ir pro Brasil fazer um show...  Eu: Eu sei, falei com ele anteriormente…         Obrigadão, Lucy!  Lucy: Oh Obrigada você Doug!

 

     

 

 

           

 
E por fim, despediu-se com o pedido de contar com a presença de todos para a última parte do show, mais a noite.

            Voltamos ao Carling Academy para os ensaios. Dessa vez dividimos o recinto com a equipe da emissora de Londres para uma coletiva com Lucy. O local do ensaio estava praticamente vazio e eu estava aguardando ser chamado para lidar com os bilhetes, então fiquei numa mesa vendo a produção britânica montar câmeras e ajustar os fios. E para minha surpresa, a Lucy desce do palco e vem para a entrevista, ali do meu lado. 5 
A segunda noite de concerto foi, na realidade, idêntica à primeira. As mesmas músicas foram cantadas, mas com pessoas diferentes. E que maravilha estar sentado tomando uma cerveja Carling com o pessoal e o show ao vivo da Lucy rolando!
Os minutos finais de Lucy aconteceram com mais uma dose de pulmões à solta! Foi andando de costas e mandando beijos até sumir por entre a cortina. 
Já de lado de fora, um beco estava tomado de fãs esperando LL sair na limo. E a imagem final foi o carro desaparecendo de vista na cidade…

Voltamos para o hotel e foi onde tudo terminou. Richard me ofereceu mais uma estadia no hotel, mas dentro de poucos dias eu estaria de volta ao Brasil e gostaria de curtir minha segunda família na rep. onde eu morava. 
Fui atrás de Britt e nos despedimos com um beijo-canto – e até ganhei o cartão de contato…
“Me ache na próxima…”

            Não pude me despedir de Sharon já que ela pretendia deixar a Inglaterra com Lucy, Joseph e Steven após o concerto. Adrienne e Paris já haviam decolado no Domingo ao entardecer; 
Richard e Adam me disseram terem ficados satisfeitos e gratos com meu trabalho e que nada na vida acontece à mercê do acaso. Adam pediu pra que eu mandasse meus vídeos em CD, pois gostaria de apresentar para Lucy num dos encontros na América. 
Mantemos contato regularmente e está subentendida minha volta para a próxima Con do ano que vem!!

 

                                                           _____

 

 

            A experiência foi espetacular! Até quem subestima o seriado passou a dar mais valor baseado na minha história. Meu pai foi um deles;
Nunca consegui administrar ao certo minha ligação com a série… Sei que vem de muitos fatores cujas conseqüências têm refletido na minha vida. No mais, sempre ouvi que minhas habilidades não me renderiam grandes coisas. Quando recebi uma ligação de meus pais naquele 3 de Maio eu mal pude explicar ali na minha competência de Protetor das Estrelas… E que choque ao saberem que graças às minhas habilidades eu estava diante de uma realização quase impensável!

            E mais uma vez eu repito:
– “Se pode ser pensado, pode ser realizado…”

 

 

Obrigadão pelo carinho de todos, de todos mesmo!!

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

Xena:Trash ou Cult?

Comentários

 


Por Yannara Marques

 

Em revistas, sites e comentários acerca da série se referem a ela usando os termos TRASH ou CULT.
São usados principalmente no meio cinematográfico. Não existe uma definição exata para tais, os conceitos variam, e às vezes até se confundem (como você verá logo abaixo).

Embora tenham aqueles que vêem o termo Trash como altamente ofensivo, ou os que recorrem ao cult como sinônimo de “inteligente”, “não convencional”, “cabeça”, “Que cult!”, no geral temos:

Trash: (Lixo) Normalmente, é usado para definir produções de baixo orçamento e/ou amadoras, equipe e material baratos.

CultCult ou clássico cult é a denominação dada a tudo que seja relacionado com a cultura popular que possua um grupo de fãsdedicados. Geralmente, algo cult continua a ter admiradores e consumidores mesmo após não estar mais em evidência, devido à produção interrompida ou cancelada. Muitas obras e franquias, inclusive, atingem status de cult depois que suas “vidas úteis” supostamente expiraram. A palavra cult, em inglês, significa culto. (Fonte:Wikipedia)

Então, nossa serie é trash ou cult? Seria trash e cult?

Muitos não-Xenites apontam os (d)efeitos especiais da primeira temporada como toscos e mal feitos, o que não é exagero da parte deles:

Acompanhando a evolução da história, a estética da série ganhou sensível melhora, especialmente nas últimas temporadas. Já nas primeiras temporadas temos alguns (muitos) episódios de humor pastelão e figurino, efeitos e ambientação dignos de Ed Wood (conhecido mundialmente pela baixa, ou nenhuma, qualidade de seus filmes).

Vale lembrar que, no início, nem os próprios produtores acreditavam no projeto recém-saído do forno. O spin-off de Hércules usava os restos de cenários de sua série de origem; a qualidade da imagem era baixa por serem usadas películas de 16mm (modificado na 2ª temporada que passou a usar 35mm), e os episódios mantinham um aspecto “tosco”. Assim, Xena foi apresentada ao mundo, com todo o tom trash que tinha direito, mas… tinha algo mais.

Ignorado pela crítica, na cultura popular, A Princesa Guerreira é um clássico dos anos 90.
Quanto ao cult, achei uma definição interessante uma vez:
“O termo cult denota qualquer filme que, por motivo desvinculado de sua qualidade artística, atrai a devoção obsessiva de fãs. Muitos filmes cult são definidos: é tão ruim que é bom”.(Fonte: Cinema Guia ilustrado Zahar)

Independente de classificações como trashcult, e o “diabo à quatro”, seja pelo carisma das atrizes, pela profundidade da história, muita ação e aventura, o conjunto de tudo, ou qualquer outro motivo: que XWP atrai a devoção obsessiva dos fãs, isso não resta dúvida.

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

XENA no mundo dos GAMES

Comentários

Por Robson Cardoso dos Santos

 

Desde minha infância sonho em ver um bom game baseado em XWP. Pois é, continuo sonhando com isso ainda hoje, homem barbado que sou. E essa utopia que se estende desde 1995 é de indignar qualquer xenite, pois XENA foi uma série que renderia jogos eletrizantes, mas os únicos choques que sofri foram realmente no sentido pejorativo da palavra… NUNCA houve um joguinho sequer capaz de envolver o jogador com a atmosfera de ação radical do Xenaverse.

Entretanto, abordarei aqui 3 dos jogos mais significativos que XWP teve em sua carreira.

 

Playstation One

2

 

PONTOS POSITIVOS:

Uma Xena ágil, dotada do mesmo grito de Lucy na série na hora que rodopia distribuindo seus punhos na boca dos infelizes!
A ação é bem movimentada: temos de salvar aldeões cativos, empurrar pra um penhasco um Kronos o gigante, percorrer um labirinto à caça de um minotauro, invadir acampamentos de amazonas, acionar catapultas para derrubar muralhas, desviar-se de flechas e pedras em chamas, mirar o chakram para romper correntes que prendem pontes, derrotar um dragão, pulverizar esqueletos no Submundo e silenciar um poço de almas, arrancar a cabeça de três irmãs medusas, combinar símbolos sagrados para enfraquecer um sacerdote, e vencer uma feiticeira que vira um monstrão enquanto uma Gabrielle prestes a ser sacrificada está algemada com serpentes!!!
A nosso favor, um chakram sobre o qual temos o controle de sua rota com apenas 2 toques firmes no joystick!
Com o chakram, é possível arrancar filetes de sangue dos inimigos mais distantes enquanto estes encontram-se distraídos! Mirar nos locais mais sensíveis de seus corpos é a parte mais bacana! Dê-lhe espírito Evil Zina!
Mesmo sendo contra as normas do jogo usar o chakram a toda hora na luta corpo-a-corpo, é uma baita tentação pra qualquer Xenite fazer como Xena fez com Hefestos em “Looking Death in the Eye” – arremessar o chakram bem no tronco do oponente e pegá-lo de volta! O prazer dos arremessos à curta distância!
Temos também Gaby e sua incrível habilidade de se tornar prisioneira! E as frases de efeito durante o calor da batalha: “Ziiiiinaaaa!!!”, ou “Gabrielle, look out!”.
Cenários bem caracterizados (acampamento das amazonas, Tártaro, terras nórdicas, colinas, montanhas etc).
Xena vai recolhendo pergaminhos de Gabrielle ao longo do caminho, e também frascos lilases com poções pra restabelecer sua condição física.
Um roteiro consistente, com uma missão que vai se desenrolando da forma como a série o faria.

 

2

PONTOS NEGATIVOS:

Gráficos bem debilóides.
De personagens recorrentes da série, apenas o velho Ares (sem Horace e sem a fazenda!).

 

 

PS2

 

2

 

PONTOS NEGATIVOS (por primeiro os negativos, vocês entenderão o porquê…):

Algum primata da produtora BLAST! dever ter “elaborado” essa droga. Um chimpanzé, talvez. Não, não… um orangotango. Enfim, uma criatura cujo intelecto certamente encontrava-se travado na escala evolutiva.
De longe, o PIOR jogo de Playstation 2 em que já meti minhas mãos… E olhem que quase encomendei essa belezura importada…
Gráficos meia-boca disfarçados de uma simplicidade de detalhes para enganar a torcida, pois a coisa já parte ruim desde o menu.
Só podem ter colado essa Xena do PS2 com Durepox ou Super Bonder, porque não é possível, meu Zeus, que a dinâmica dessa personagem seja tão “dura”. Num primeiro momento, achei que meu primo havia mergulhado meu joystick num pote de graxa, porque não havia Eli que fizesse Xena distribuir uns golpes dignos de nossa Zoe Bell. Mas não, não… O problema não era em meu controle, e sim na jogabilidade dessa bomba.
Ares, Ares e mais uma vez Ares enchendo o “meu” saco, mantendo Gabrielle prisioneira num local aonde o nível da água vai subindo no intento de matar a barda afogada. Sem problema, pensam vocês, Xena consegue salvá-la na moleza. Acreditem: é justamente essa “MOLEZA” que impede Xena de chegar a tempo até a catacumba onde Gabrielle está acorrentada, pois um enorme percurso cheio de uma ladainha de escalar, empurrar e subir em blocos de pedra dentro de uma fortaleza acaba por atrasar Xena, e Gaby sempre vira aperitivo pra peixe. E, com a morte dela, Xena volta direto pro início da fase! Sem mentira, eu ria pra não chorar. E essa é apenas A PRIMEIRA ETAPA, meus amigos!
A cada passo, Xena pisa num pergaminho que se abre e cobre TODA (ênfase no TODA) a tela com umas palavrinhas de uma Gabrielle pra lá de desinformada. E leva mais uma meia hora pra ele se enrolar de volta e tocar o jogo em frente, e a ansiedade do player pra ver se a etapa seguinte é capaz de se mostrar menos ruim vai fervendo dentro das calças.
Meu primo de 12 anos (percebam) chegava a sugerir que fôssemos à locadora pra alugarmos um jogo “diferente”. A reação do Xenite eu nem preciso descrever aqui: eu mordia quem pegasse no meu joystick. E só dava Robson às 4 da manhã “tentando” zerar esse rascunho de jogo, gritando pro meu primo lá na cozinha: “Traz mais batatas fritas!”. Sim, eu precisava de energia pra não desistir dessa imundície! Era uma questão de honra, quase uma ofensa à minha virilidade ser derrotado por um joguinho que, de tão simples, era tão difícil de manejar!
Mais uma coisa: o que era aquele chakram que Xena arremessa? Assim que o jogo “startou’, pensei: “Mas que curioso, a Xena tá lançando um prato descartável de festa infantil..”. Não era prato. Era o chakram do PS2. Enlouqueci no ato, e até hoje esse jogo (que suei a camiseta pra baixar e gravar em mídia virgem, na fé de que fizesse jus à saga), permanece guardadinho no meu acervo XWP. E que descanse “SEM” paz.

PONTOS POSITIVOS:

Se alguém quiser, eu empresto esse jogo para que façam o sacrifício de encontrar algum mérito nessa birosca. Nesse poço de lava eu não pulo mais, não!

 

NINTENDO 64

“Talisman of Fate”
2

 

PONTOS POSITIVOS:

Joguinho agradável de duelo corpo-a-corpo, com uma variedade legal de personagens: Xena, Gabrielle, Joxer, Callisto, Ares, Velasca, Autolycus, César, Lao Ma, Ephiny, Hope, Despair, e versões alternativas de Xena (odalisca), Gabrielle (clássica e 5a temporada) e outros.
Técnicas especiais bem características: Autolycus, por exemplo, lança um dinar com seu polegar e pode anular metade de seu medidor de vida! Callisto faz brotar do solo “gêiseres” de fogo. Lao Ma usa suas técnicas hadouken. E por aí vai.
A missão é passar por todos os rounds, derrotando seus amigos-oponentes, e encarar o demônio Despair, que deseja apoderar-se do Talismã do Destino.
Gráficos anêmicos, mas pode-se reconhecer cada personagem sem erro, pois o figurino é fiel à série.
Ao final do jogo, se você derrota Despair, você aparece segurando o Talismã.

2

22

2

PONTOS NEGATIVOS:

Jogando no emulador, é praticamente impossível valer-se de todas as técnicas que as combinações de teclado exigem, como o arremesso de chakram, por exemplo. Dificílimo.
As vozes são de tapar de nojo… Nenhum esforço por parte da equipe de dublagem para pelo menos incorporar o tom que os atores deram às personagens na série.
Jogo curto, sem muito “trelelê”, cru e direto. Mate ou morra.

2

 

Vira e mexe lançam alguma dessas “pérolas” pra engasgar por um tempo o Xenite em seus protestos. Mas não a mim: mesmo engasgado, meu protesto por um jogo decente de XWP ainda soa bem alto e claro.

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!

Xena vs machismo

Comentários

Por Juliana

Desde os primórdios da humanidade, o homem parece reinar perante às mulheres. O homem caça, o homem luta, o homem participa de atividades políticas. A mulher sempre aparece como um ser mais frágil, indefeso, e que desde pequena é criada assim, como se tivesse nascido para servir ao homem. 
Claro que muita coisa mudou desde os primórdios, idade da pedra, antiga, medieval, moderna, até chegar à contemporânea. Ao longo desse período, nós mulheres batalhamos muito e tivemos muitas conquistas.
Inspirei-me a escrever, após ver um documentário sobre a Lei Maria da Penha, em que a própria representante da Lei deu seu depoimento e realmente foi comovente ver o rosto daquela mulher marcado, imaginar o quanto ela sofreu o tempo em que esteve casada.
Quando ainda pequenos, o meninos aprendem que devem ser bons de “porrada”, que são mais fortes do que as mulheres, são melhores para executar determinados trabalhos como dirigir, administrar uma empresa, trabalhar em fábricas, e isso faz com que se desenvolva uma visão de superioridade em relação a coisas que muitas vezes empatam com as mulheres, pois as mulheres foram feitas para cuidar da casa, dos filho,s e quando desempenham algum papel profissional ou diário que geralmente é executado por homens, muitos deles reagem com machismo. Exatamente como disse nosso amigo Harry Xenite: “Os homens começaram a ter atitudes primitivas (machistas) ao ver que as mulheres estavam conseguindo ficar lado a lado deles, que as mulheres criaram espaço no futebol, basquete, trabalho, presidência e muitas outras profissões e interesses”.
O ponto principal é que XENA surge justamente como uma série que mostra exatamente o contrário de toda essa visão machista explicada anteriormente. Mostra uma mulher guerreira que luta melhor que qualquer homem, amazonas que não têm o menor pudor para espancar, mulheres que não precisam de homens para viver, mulheres que humilham, que arrasam diante dos homens, mulheres que o mundo precisa para acabar de vez com o machismo.
Nós mulheres precisamos mostrar a nossa força. Todas somos guerreiras por dentro, somos mães, somos filhas, somos boas, somos fortes, somos competentes e não dependemos de homens pra sobreviver, porque nós lutamos para alcançar um lugar na sociedade, lutamos para resplandecer perante os homens, lutamos para provar que somos capazes de também mudar o mundo.
Não devemos aceitar o machismo, temos nosso poder. Vamos lá, unidas ninguém nos vencerá! Vamos seguir o exemplo de Xena, das amazonas e de tantas outras mulheres que dominam no seriado.
Afinal como diria nossa amiga amazona Terreis: “É um mundo de homens porque nós deixamos que seja!”.

Abaixo eu deixo o vídeo e a tradução de uma música que foi cantada por Xena (Lucy Lawless) em “Lyre, Lyre, Hearts on Fire” que trata exatamente disso, da conquista das mulheres!

Sisters are doing it for themselves
http://br.youtube.com/watch?v=GGe_yR6LIwI 

Houve um tempo quando nós podíamos dizer 
Que atrás de um grande homem 
Sempre existia uma grande mulher 
Bem, nesses tempos de mudança 
Você sabe que isso não é mais verdade 
Tanto que nós estamos saindo da cozinha 
Porque existe alguma coisa que esquecemos de dizer para você 

Irmãs estão fazendo por elas mesmas 
Se mantendo sobre seus próprios pés 
E badalando seus próprios sinos 
Irmãs estão fazendo por elas mesmas 

Agora essa é uma música para celebrar 
A consciência da liberação do estado feminino 
Mães, filhas e as filhas delas 
De mulher para mulher, nós estamos cantando com você 
[(essa parte não é cantada na cena)Agora o sexo frágil adquiriu um novo exterior, sim 
Nós nos tornamos doutoras, juízas, policiais também, ooh, oh sim 
Todos olhem ao seu redor 
Você pode ver, você pode ver, você pode ver 
Há uma mulher próxima a você, ooh sim ]

Irmãs estão fazendo por elas mesmas 
Se mantendo sobre seus próprios pés 
E badalando seus próprios sinos 
Irmãs estão fazendo por elas mesmas 

Oh, nós não estamos fazendo histórias 
Não, nós não estamos fazendo planos 
Você não sabe que um homem ainda ama uma mulher? 
E uma mulher ainda ama um homem? 

Houve um tempo quando nós podíamos dizer 
Que atrás de um grande homem 
Sempre existia uma grande mulher 
Bem, nesses tempos de mudança 
Você sabe que isso não é mais verdade 
Tanto que nós estamos saindo da cozinha 
Porque existe alguma coisa que esquecemos de dizer para você 

Irmãs estão fazendo por elas mesmas 
Se mantendo sobre seus próprios pés 
E badalando seus próprios sinos 
Irmãs estão fazendo por elas mesmas 

Irmãs estão fazendo por elas mesmas 
Nós estamos fazendo, fazendo 
Nós estamos fazendo, fazendo 
Irmãs estão fazendo por elas mesmas 
Todas as minhas irmãs, todas as minhas irmãs 
Irmãs estão fazendo por elas mesmas

Espero que tenham gostado! Abraços!

Juliana 

VN:F [1.9.22_1171]
Rating: 0 (from 0 votes)
Be Sociable, Share!