Uma “lendária” heroína trash da terra dos olhos puxados! P de Power, P de Patrine – Estrela Fascinante!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 18

00000            Preparem-se, Xenites, para a versão meu-pior-pesadelo-infantil relâmpago na GIRL POWER!
Ok, nada de pior pesadelo, afinal eu lembro de levar o prato para o sofá da sala e comer assistindo Patrine, há MUITO extinto da TV brasileira. Na época, meados de 1993, a Manchete, também extinta, exibia o nebuloso seriadinho japonês, inesquecível para muitas crianças da época – mas bem que você tinha esquecido, não é?
Patrine, ou melhor, Yuko Murakami – aqui no Brasil (vai saber lá por quê…) chamada de Sayuri Murakami – é uma tímida menina que mora junto dos pais e do irmão e irmã mais novos, Hideki e Tomoko. No episódio piloto da série (links no final do artigo), criada por Shotaro Ishinomori, Sayuri encontra um velho misterioso enquanto orava. O velho, admirado com a força e a pose da menina, sem nem dar “bom dia” nem perguntar “o que você faz da vida? Quer ser uma heroína?”, impõe sobre os ombros de Sayuri o fardo de ser a protetora da cidade (que está longe de ser uma Gotham City)! Abitolado, o velho explica ser o deus da referida cidade e que, agora, encontrara a menina ideal para encarnar Patrine, uma tal deusa protetora que tinha a força e a “coragem” (preste atenção nas aspas, é importante!) necessárias para combater as “terríveis” (olha as aspas de novo!) forças do mal. Ou assim dizia a lenda… (Abertura brasileira: <http://www.youtube.com/watch?v=65UgclPtWYY >).

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            Os inimigos de Patrine eram uma piada, do tipo que ia desde um ladrão de fitas de videogame (o que seria a premonição do apocalipse se surgisse na sua cidade, obviamente) até o Diabo do Inferno, arquiinimigo de Patrine que ficou malvado porque sua mãe (sim, mamãe querida do demo!) não ter deixado o pobre diabozinho tocar o sino de Ano Novo – ou alguma bizarrice assim (risco de surto no meu cérebro em meio a tanta pesquisa abobalhada sobre essa palhaçada que inventei de abordar na GP. Sigam lendo, por favor!). Eventualmente, Patrine ganha uma aliada, que era ninguém menos que sua irmã mais nova. O “mistério” (aspas…) se manteve até o último episódio… Espera, mistério para as duas mocorongas, a gente sabia desde o começo, por favor! Ambas guardavam suas identidades secretas uma da outra, ou seja, você luta com sua própria irmã e nem tá sabendo. Gente, é o trash do trash
O fato é que Patrine, de um jeito ou de outro, fez sucesso no Brasil – tá, um pouquinho só – e virou quase (agora não são aspas, é o itálico!) um cult como XWP, sendo até mesmo a possível precursora de Sailor Moon. Nas palavras dos escritores da JBox.com (link adiante):

            A série era um horror, uma atrocidade, um descaso com os telespectadores, um insulto, um… Ei, mas era legal! Quando eu assistia ainda era criança e eu não via tantos defeitos e me apaixonei por ela. Talvez essa seja uma virtude das crianças: não verem os defeitos que adultos babões como nós vemos.

            Para enriquecer o artigo, veja o que dizem sobre a série em < http://www.jbox.com.br/materias/patrine/ > (e é muito bem escrito! Quem quiser, leia com carinho que o texto é muito informativo e engraçadíssimo):

Já vimos o autor (que é uma cruza de Marlene Mattos com Reginaldo Rossi x_x) apresentar umas séries um tanto “trash” como Bicrossers e Machineman na década de 80, mas nada supera o que se assiste em Patrine (Powatorin com um sotaque meio francês no Japão – aliás, na França o nome da heroína significa seios XD). A série tem uma imensa lista de características que fazem dela a mais tosca das produções tokusatsu já exibidas no Brasil. Mas quem ta aí pra isso?

            Comparações com XENA?! Não vou arriscar meu lugar na RX comparando a moçoila de carnaval japonês com a nossa Princesa Guerreira. Fala sério, você esperava outra coisa? Tudo bem, UMA só: ambas lutam por amor (PRONTO, FALEI).

Divirtam-se/torturem-se/riam muito com o primeiro episódio dublado:
http://www.youtube.com/watch?v=3sluR_wKIwQ >
http://www.youtube.com/watch?v=xg4ea2NY4vc >

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            Votem (em uma estrelinha – estrelinha fascinante!) e comentem (esculachem mesmo, porque o resto a gente perdoa, menos a Patrine!), e mês que vem a gente se vê com a recente criação (ou cópia?) de J. J. Abrams nos seriados americanos. Perdão se alguém não gostou do meu desastrado senso de humor: a intenção informativa foi das melhores! Até dezembro!

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Quando os mortos sussurram… essa Girl Power fará de tudo para atendê-los!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 17

0000Olá a todos os prestigiadores da Girl Power, bem-vindos! Mês das bruxas, do submundo, do além… Momento de pensar no sobrenatural aqui na GP.                                                                              Já pensou em estar cercado de espíritos? Pessoas que já morreram e que ainda não encontraram a paz eterna, vagando por este mundo buscando respostas e resoluções para seus problemas terrenos. Espíritos atormentados, exilados em seu desespero particular, nos corredores sem sentido do além-mundo. E se quando a gente morre, não conseguimos fazer a passagem final? Se a luz estiver lá e não conseguimos alcançá-la, ou se a luz nem mesmo surge à nossa frente? No mundo de Ghost Whisperer, os fantasmas têm uma heroína.                                            A série, criada por John Gray, estreou em 2005 nos Estados Unidos.Ghost Whisperer conta a história de Melinda Gordon (Jennifer Love Hewitt – de Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado -, também produtora da série), uma jovem mulher que após o casamento mudou-se para a cidadezinha de Grandview e montou uma loja de antiguidades. Uma vida bem pacata, considerando, apenas, que Melinda pode falar com os mortos.

   Para falar da GP, é preciso considerar a atmosfera do seriado. Seguindo a trilha dramática, Ghost Whisperer tem episódios independentes – no estilo “uma coisa de cada vez” -, mas que aos poucos constroem a costura complexa que o seriado esconde. A série é repleta de simbolismo, misturando suspense, terror e uma choradeira que enriquece o coração aqui e ali, perfeito para aqueles dias de chuva e achocolatado com bolacha. Cada episódio centra um espírito com um problema particular: uma mãe, um avô, um filho… Pessoas normais, falecidas, ainda presas à Terra por negócios inacabados, que podem ser tanto bons quanto ruins. Na maioria das vezes, as intenções do espírito são refletidas em suas feições, amedrontadoras nos fantasmas mal-intencionados. Alguns possuem a habilidade tão fortalecida de drenar energia dos lugares e dos vivos, que são capazes de interagir com o mundo real. Vai que a luz que piscou na sua casa esses dias não era exatamente um problema na fiação elétrica?

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   Ninguém melhor que MELINDA para a dura missão de atravessar os espíritos presos à Terra para a luz. Sem prender-se a religiões – ainda que o Espiritismo seja mais evidente -, Melinda interpreta essa luz como o descanso final, o lugar ideal onde as almas devem dirigir-se, encontrar-se com os entes que já se foram e seguir um novo caminho. Tendo aprendido a lidar com os dois mundos desde pequena com sua falecida avó, Melinda Gordon equilibra o trabalho na Como Nunca Foi – Antiguidades (a loja da qual Melinda é dona e, por conter objetos com grande histórico, é um forte atrativo para espíritos ambulantes) e seu casamento com Jim Clancy (David Conrad, de Penetras Bons de Bico) com sua missão de vida – salvar quem já morreu. Se pensarmos bem, sofrer nessa vida é temporário, mas sofrer para sempre?

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   Melinda Gordon não tem nenhuma habilidade de guerreira como Xena ou Gabrielle, mas suas semelhanças com nossas heroínas encontram-se magnanimamente no coração, na bondade baseada no altruísmo, no desejo de fazer o bem. Eu sempre penso em como seria se Melinda encontrasse o espírito de Xena por aí, imaginando o trabalhão que seria encaminhar um espírito tão atormentado como o da Princesa Guerreira. Mas creio que, após Gabrielle, Xena encontrou a sua luz particular, e nenhum outro caminho seria considerado como digno de percorrer por Xena.

   Melinda Gordon é um anjo na Terra, e sua benevolência é tanta que às vezes confunde quem está ao seu redor. Mesmo que nem todos acreditem em seu dom de ver espíritos, Melinda segue acreditando em si mesma, e só por isso Ghost Whisperer já conta muitos pontos.

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   Para terminar, declaro uma reflexão após tantos episódios vistos (ainda que eu tenha terminado somente a terceira temporada, considerando que a quinta já rola na net!). O que se pode perceber é que Melinda não luta por uma causa perdida. Eu explico: pode parecer que, ao ajudar os mortos, Melinda apenas cerra os olhos do corpo sem vida, cede um conforto que não mais faz sentido neste plano terreno. Pode-nos parecer que, mesmo enviando o espírito para a luz, uma única coisa é definitiva: a morte, e essa não tem volta. O que nos resta é refletir sobre o que fazemos aqui neste mundo em vida, se deixaremos nossos problemas pendentes, se faremos tudo virar de cabeça para baixo a ponto de colocar tudo a perder, e esperar para, quem sabe, encontrar uma Melinda Gordon por aí para resolver todos os nossos problemas depois de morto.

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   Fica aqui a dica para este seriado apaixonante e sensível que é Ghost Whisperer, sem término previsto e com muita história para contar. Até onde eu vi, o submundo fica cada vez mais sub, e Melinda precisará ser cada vez mais forte na guerra entre a luz e as trevas. Mês que vem, em parceria com a Bitch Power na comemoração do Dia das Crianças, vamos relembrar – para quem viu, é inesquecível! – de uma heroína japonesa peculiar que faz parte da infância de muitos! Lembrou de alguma coisa? Aguarde a RX de novembro e confira! Sem mais, peço humildemente que VOTEM e COMENTEM o artigo. É sempre, SEMPRE válido o que vocês, leitores, têm a dizer sobre o nosso trabalho. Obrigado, e até breve!

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De “trouxa” ela não tem nada! A bruxa mais idolatrada da literatura!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 16

0000            Obs.: Peraí, quando se fala de Harry Potter precisa-se de observações? Sem grandes spoilers para os desantenados.                                 Revista Xenite rolando, e a Girl Power recomeçando!                                  Ainda não é outubro, o mês das bruxas, mas aqui na GP as coisas acontecem com antecedência! Mentira do seu colunista: estou um tanto atrasado, pois o último filme dessa saga encantadora da literatura estreou nos cinemas em julho deste ano. Harry Potter e o Enigma do Príncipe é outro dos sucessos do bruxo órfão e seus amigos e, ainda que tenha deixado a desejar em muitos aspectos e  apelado no quesito somos-adolescentes-e-podemos-beijar-à-vontade-pelos-cantos-da-escola, ainda é uma delícia assistir nossos personagens ganharem vida na pele dos atores ex-mirins. Como nosso assunto é Girl Power, preciso deixar Harry e Rony de lado.

Nosso assunto é Hermione Jean Granger, que entrou no trio de amigos como o cérebro do time. Nascida trouxa – filha de pais não-bruxos -, Hermione é extremamente estudiosa para assim compensar os pré-julgamentos que possam aparecer no caminho (os preconceituosos julgam os não-nascidos bruxos como “sangue ruim”). Tímida e ao mesmo tempo astuta, Hermione simboliza muito da capacidade feminina em matéria de inteligência e capacidade, muitas vezes superiores aos machões de plantão. Não é para menos que J. K. Rowling, a grande mente por trás de HP, identifique-se com a personagem que criou.

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            Creio que não seja tão pertinente falar do mundo mágico onde Hermione vive nas linhas de Rowling (já comentado na BITCH POWER nº 05, da RX nº 13 – http://revistaxenite.vndv.com/bitchpower5.html -), portanto posso seguir direto à sua análise. O que faz de Hermione uma GP?
Da inteligência nós já falamos, não é? Uma simples observação de sua sede de saber, então: quem não lembra do terceiro livro, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, quando Hermione se matricula em tantas matérias que precisou de um vira-tempo, um amuleto que lhe permitira voltar no tempo para assistir às aulas de mesmo horário?

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            Uma das características marcantes da Srta. Granger é a coragem que toda GP precisa ter. Ela poderia muito bem encolher-se nos estudos e deixar que Harry passasse por todas as dificuldades sozinho. Ela, por sua vez, não encara as amizades dela com indiferença, não raro impondo-as na frente de seus próprios interesses. Harry Potter que agradeça, pois não foi só uma vez que Hermione salvou sua pele…

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00000            A bruxinha do bem ainda tem disposição para as grandes causas, como ajudar na luta pela liberdade dos elfos domésticos, as criaturas como o Dobby e Winky, criando o movimento F.A.L.E. (Fundação de Apoio à Libertação dos Elfos-Domésticos), detalhe de sua história pessoal que os filmes ignoram. Ela crê em um abuso humano contra os elfos, mesmo que esses aceitem seu carma de serviçais. Assim como a gente viu com Gabrielle, aos poucos Hermione percebe que nem todos querem ser ajudados.
Hermione me chama a atenção pela sua maturidade, seu processo de crescimento e seu esforço em ser alguém capacitado, e de variadas maneiras ela me lembra Gabrielle. Desse modo, sua trajetória vale de espelho, tanto quanto a de Harry Potter.
E eu que tinha pensado que esse mês não tinha muito a ver com nossa GP. Tem sim! De acordo com informações pottermaníacas, Hermione faz aniversário no dia 19 de setembro. Se você ainda não leu esta obra imperdível da literatura mundial, “comemore” da melhor forma e leia os sete livros da saga. Pela frente, os fãs anseiam pelos dois volumes da última parte da história no cinema, Harry Potter e as Relíquias da Morte, com mais uma atuação esplêndida da britânica Emma Watson.
Fico por aqui – passa logo, gripe, passa! -, fazendo um pedido sincero: opinem, pessoal. Se vocês leram tudo, opinem, qualquer opinião é válida. Mês que vem estou de volta – espero que são e melhor inspirado – trazendo uma mulher com um dom especial, um jeito diferente de lidar com a morte – e que tem tudo a ver com a vida. Não esqueçam,VOTEM e COMENTEM. Abração, povo Xenite!

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A Girl Power que decidiu revidar. Humana. Heroína. Mulher. Você a subestima?

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 15

000000            Obs.: Para melhor “apreciação” do artigo que se segue, faz-se necessária uma sessão de cinema em casa com o filme NUNCA MAIS (Enough, 2002), com a cantora/atriz Jennifer Lopez. Todavia, confira o trailer no link a seguir: (< http://www.youtube.com/watch?v=nWwOlMeGp-o >). O artigo pode conter spoilers, mas prometo não contar o final.                                                                      GIRL POWER de agosto na sua Revista Xenite! Continuamos de férias, e o ócio ainda nos dá certa preguiça, mas isso não dá razão para pararmos com a produção praRX, correto? Corretíssimo! Para quem não conferiu por motivos de atraso na minha produção, pode conferir a GP de julho passado com a X-Man Tempestade. Confere lá!

Nesta edição, vasculhei a sétima arte à procura de alguma mulher admirável, que fosse forte mesmo sem ser invencível. Foi pensando em uma Girl mais humana que optei pela graciosa e determinada heroína Slim, protagonizada pela talentosa cantora e surpreendente atriz Jennifer Lopez (de A Sogra, 2005). Na trama de Nunca Mais(Enough, 2002), Slim é uma garçonete que vive uma vida simples, distante do pai que a abandonara aos 3 anos e sem a mãe, falecida. Em meio ao serviço, ela conheceMitch Hiller (Billy Campbell), um homem galante que seria seu futuro marido alguns meses depois. Casados, felizes, eles compram uma bela mansão e logo têm uma filha,Gracie (a fofa Tessa Allen). Tudo ia às mil maravilhas até que, quatro anos depois, Slim descobre que Mitch a está traindo. Convencida da traição, Slim resolve tirar satisfações com seu marido, que numa atitude completamente repreensível e covarde a agride com um tapa no rosto. Ao perguntar se não tinha o direito de bater na própria mulher, e ter como resposta um suplicante “não, você não tem!”, ele lança um soco no rosto dela, ferindo-a não só exteriormente. Temendo por sua vida e pela sua filha pequena, ela toma a decisão de fugir. “Eu não sou dessas mulheres que apanha do marido”, diz ela para sua amiga Ginny (Juliette Lewis) em uma cena dolorosa. Ela não sofreria nas mãos de Mitch. Nunca mais.

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            Porém o problema continua quando fugir não se mostra uma tarefa fácil nos dias de hoje, ainda mais se seu caçador for um rico empresário insano e sem qualquer escrúpulos ou limites, que exige ter Slim perto de si por “amá-la” e “não saber viver” sem ela. Tarde demais para buscar ajuda na polícia, ela apela para um conselheiro jurídico, para os amigos que acabam sofrendo ameaças e até para o pai que largara a família tantos anos atrás. Após alguns percalços e perseguições sem fim – todas perigosas -, seu pai lhe paga um treinador na arte da autodefesa. Tudo se encaminha para uma via sem saída: Slim absolutamente não tem escolha a não ser revidar. “Eu ataco. (‘E depois?’, questiona o treinador.) E depois nada. (‘Por que?’) Porque eu não paro de atacar”. Determinada a dar um fim no maior drama de sua vida, ela parte com tudo numa tentativa mortalmente arriscada.

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            Slim, por ter escolhido revidar, seria comparada com Xena nesse plano, mas isso é simples demais para chegar a um equilíbrio entre as duas. Slim poderia ser qualquer aldeã do mundo antigo que cansou de sofrer nas mãos do mesmo carrasco. Uma amazona da atualidade, obstinada a não se deixar derrotar apenas por ser trivializada como menor e mais fraca. Um ponto em comum com Xena é a força que ambas tiram de suas “filhotes” – a alma de mãe é mais forte que qualquer músculo masculino.

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            Um dos fatores mais pesarosos é o filme não ter recebido grandes críticas positivas, ainda que J-Lo apresente uma de suas melhores performances no cinema. Ainda assim, nós Xenites sabemos bem como é valorizar algo verdadeiramente bom sem o reconhecimento geral que seria merecido. Portanto, duvido que você venha a sentir que perdeu seu tempo se for até uma locadora e assistir o DVD de 116 minutos. O disco conta ainda com um lindo clipe da cantora entoando Alive (Viva), canção presente no filme – que a propósito possui uma excelente trilha sonora, nas mãos do músico David Arnold.

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            O abuso que Slim sofre como esposa é um caso triste, real e seriíssimo, mas a mensagem do filme com certeza não é partir para a pancadaria contra um marido malvado. Assistindo, você consegue perceber a que ponto as coisas foram chegando, sendo que Slim desliza na parte central do problema, não querendo envolver a polícia no caso em primeira instância. Talvez sirva, sim, para lutar contra a passividade de quem sofre qualquer abuso familiar. E isso Nunca Mais pode nos ensinar, como XWP nos ensinou a seu modo.

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            Vou ficando por aqui. Não deixe de conferir a Bitch Power sobre a feiticeira Edea, de Final Fantasy VIII. Mês que vem, a sapiência vai enfeitiçar a GP, com toda a magia e grandiosidade feminina digna de toda Girl Power. Por favor, deixe seu COMENTÁRIO e seu VOTO. É muuuuito importante que nós, colunistas, saibamos da receptividade do público leitor. Combinado? Até setembro, Xenites!

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Mais Que Um Seriado De Ação

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Por Cris Penoni ([email protected])

         Qualquer desavisado poderia assistir um episódio de Xena e dizer que se trata de um seriado de ação com pouca coisa a contar. Os efeitos especiais não são tão especiais assim, as coisas que Xena faz são impossíveis, eles estragam toda a mitologia, a História…
Sinceramente, não são os efeitos especiais que me chamam atenção em XWP.  Nem os pulos que Xena dá. A mitologia pode ter sido um diferencial no início, mas se fosse só a mitologia, eu teria deixado Xena de lado depois de “Prometheus”… A História, a mesma coisa: no início chamou a atenção de uma pessoa louca pela Grécia Antiga, mas aquelas roupas eram tão medievais que se eu assistisse Xena – Warrior Princess por causa do fator História eu teria desistido logo no início.
Então, o que é Xena? Um seriado de ação que encontrei no meio da programação do acaso da Rede Record?
Pelos deuses, é claro que é mais que isso.

Como descrever o que é XWP? Eu começaria dizendo que é um seriado com um roteiro agradável. Talvez existam seriados com roteiros fantásticos, mas eu acho que nunca vou encontrar um que se compare com o roteiro de Xena. Mesmo nas horas que chega a ser ridículo. Quem não precisa rir de cenas ridículas? (In sickness and in hell é o exemplo do ridículo que funciona). Como dizem por aí: “Rir é um bom remédio”.
E se rir é um bom remédio, chorar faz bem. Lava a alma, nos faz entrar em contato com alguns sentimentos que às vezes nem sabemos que existem. (E me lembrar de como me senti ao ver One against na army ou até mesmo Sacrifice II, sem saber que a Gabrielle não havia morrido me faz pensar que sem os momentos difíceis, os bons momentos perdem o sentido).
Tem ainda aqueles episódios que prendem a atenção, como as duas partes de Adventures in the Sin Trade. Querer entender tudo de uma vez, saber o que acontece em seguida… (“O que Alti tem a ver com o passado de Xena?”, “Será que ela vai encontrar a Gabrielle agora?”, e ficando de olhos grudados na tv enquanto Xena e Alti travam aquela batalha espiritual… ZEUS!).
E o que dizer dos episódios-releitura? A Solstice carol e If the shoe fits… são episódios clássicos! Como não se render ao charme de um conto de Natal/ Solstício como aquele? E as diversas versões para o conto da Gata Borralheira? São episódios com graça, com beleza. Com leveza.
Não posso me esquecer da galeria de personagens secundários inesquecíveis que XWP me ensinou a amar: Joxer, Callisto, Afrodite, Amarice, Eli, Lila, Ares, Solan, Autólycus, Argo, Salmoneus, Ephiny, Meg, Diana, Leah, Minyah, e tantos outros! E os vilões que eu amo odiar? Esperança, Alti, Velasca, Najara… O que seria da minha vida de xenite sem esses personagens e outros mais que eu poderia citar?
Finalmente, chego em Xena e Gabrielle. Tudo o que já foi dito sobre elas, juntas ou individualmente, seja na versão shipper, seja na versão subber… Reparar erros, fazer o possível para ajudar a quem precisa, ter coragem para buscar aquilo que se quer da vida. Amar as pessoas, perdoar os erros daqueles que amamos. Quantas lições a Princesa Guerreira de Amphipolis e a Barda de Potédia já me ensinaram? Inúmeras. E ainda existem outras que aprenderei quando finalmente ver os episódios que me faltam. Sem contar a lição da paciência, que sou obrigada a tomar enquanto não consigo ver o que me falta.
Não sei se isso realmente é tudo o que Xena – Warrior Princess é. Mas, uma coisa eu garanto: Xena é muito mais que um seriado de ação.

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Come on baby, light my CAMPFIRE

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Mary Anne M.W.

“Parece que tudo aquilo existiu…que as conversas de acampamento a noite foram reais…e que elas ainda estão em algum lugar lá fora, lutando por aquilo que acreditaram. É loucura pensar assim? Acreditar que um amor tão profundo possa realmente existir?”
Essa foi a frase que ouvi uma amiga dizer há alguns meses.Essa minha amiga, a Bruna, foi uma das responsáveis por eu ser a xenite que sou, pois foi ela que insistentemente MANDOU que eu assistisse a série no começo de 2006.Quando finalmente resolvi fazê-lo, viciei.
Minha amiga nunca foi uma pessoa muito cibernética. Raramente entrou nos fóruns da série mas foram inúmeras as longas conversas que tínhamos e eventualmente ainda temos sobre o Xenaverse.
A resposta que dei para a pergunta dela foi “Se for…somos todos loucos então.”
A série acabou. Trouxe lágrimas. Trouxe sorrisos. E chegou ao fim. Mas dizem que a história não acaba quando o livro se fecha.Será que acontece o mesmo com as séries?
Na época dos deuses antigos e também nos tempos modernos.Uma humanidade carente clama por uma heroína.
Não é bem isso que estamos acostumados a ouvir na abertura, mas é o quadro que se pode observar.
Um dos aspectos mais interessantes de XWP é o fato dela perdurar.O que quero dizer com isso?Bom, em literatura, diz-se que um livro é bom, não por vender muito, mas por atravessar gerações.Acredito que o mesmo aconteça com Xena.
Xena começou em 1995, ano em que muitos dos fãs de hoje, nem nascido tinham.
É curioso observar o quanto um programa de tv com efeitos especiais muitas vezes precários, consegue conquistar adultos, crianças, pré-adolescentes e adolescentes e perdurar, o que não ocorre com muitas séries que foram consideradas moderninhas e bem feitas.
Por que isso acontece?Eu não sou psicóloga – e nem pretendo – mas creio que talvez os seres humanos tenham uma carência por heróis.
Viver não é algo fácil. O dia-dia pode ser uma selva perigosa a se atravessar, nós vemos pessoas passando fome, violência na TV, guerras no Oriente entre tantos outros infinitos problemas.Quem nunca pensou que seria tudo mais fácil se existisse uma Xena e uma Gabrielle para resolver essas coisas?
Quem nunca quis ser um guerreiro ou guerreira como elas e sair chutando os traseiros e arrumando o mundo?
Fica mais fácil se identificar com Xena do que com Super Man ou Homem Aranha por exemplo. Ela é humana, mortal, não tem super – poderes. Ela sofre, ela se machuca, ela eventualmente fracassa. Ela morre. Morre?

Você leitor. Quando assiste o FIN, que sensação tem? De que Gabrielle iria continuar sozinha? De que ela se tornaria a sucessora de Xena? De que ela iria para o Egito e traria Xena de volta? Independente disso, Xena não ficou morta, porque ela e Gabrielle vivem constantemente nas nossas mentes e corações – por mais manjada e piegas que essa frase possa soar.
Nós sorrimos com elas, sofremos com elas, passamos apuros com elas, e choramos com elas.
Nós sentimos a dor quando Gabrielle levou uma flechada em One Against an Army e também sentimos dor com as flechas de A Friend In Need.
Nós gritamos com Xena quando Gabrielle caiu no fosso de lava, e choramos a morte de Joxer com elas, dois anos depois.
Elas se tornaram parte de nós, parte de quem somos, e só morrerão, se nós deixarmos que morram. Se não deixarmos…as conversas diante de fogueiras de acampamento sempre existirão. Os banhos de rio. O calor das batalhas. Os momentos de descontração.
Por isso Xenite, o que quero dizer, é: Não deixe Xena e Gabrielle morrerem.
Passe adiante esse amor, converta amigos, primos, sobrinhos, irmãos em xenites.Não importa a sua idade, nunca se acha velho demais para acreditar nas nossas heroínas, nunca deixe o brilho do seu olhar sobre elas se apagar.Nunca deixe o fogo do acampamento se extinguir.O mundo precisa de heróis, mesmo que fictícios, porque eles ainda trazem para nós força da ideologia do bem triunfar sobre o mal. Um mundo sem heróis, é uma caixa de Pandora falha, de onde a Esperança escapou.E quando isso acontecer, não será difícil de viver no nosso mundo.Será impossível

 

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O tempo fechou na GIRL POWER! Não é só de um guarda-chuva que os vilões vão precisar para detê-la.

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 14

To atrasado, mas to aqui! Ufa! Mês de julho pra lá de corrido – e de preguiçoso, pois pra quem estuda, essas férias foram muito bem-vindas. Aqui no sul o frio tá cada dia mais intenso, uma chuvinha de vez em quando, nunca passando dos 15º C. Queria eu ter o poder de aquecer toda essa friagem. Ou apenas fazer chover quando me sentisse triste, fazer raiar o sol num passeio a dois. E queria mesmo! Afinal, desde que comecei a gostar de X-MEN, o poder dessa mutante sempre me fascinou.
Seu nome já diz tudo: Tempestade (Storm no original em inglês)! Seu nome de nascença é Ororo Munroe (Ororo, no árabe persa, significando “a grande mãe” – nos gibis, já vi relações como “a mais bela” e coisas do gênero). Meu objetivo aqui não é detalhar toda a sua trilha no mundo MARVEL, mas aqui vai uma pequena parte de suas origens.

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            Órfã desde criança, Ororo perdeu os pais em um trágico acidente, quando um avião de guerra caiu sobre sua casa, restando apenas destroços, os cadáveres de N’Dare (Princesa do Quênia) e David (fotógrafo americano) Monroe, e uma pobre menina respirando sob os escombros – daí vem um de seus grandes traumas: a claustrofobia. Perdida, Ororo é resgatada por um grande ladrão que a treina na arte de roubar para sobreviver. Junto de outros órfãos, Ororo cresce sozinha e sem família. Durante a pré-adolescência, aos poucos ela vai descobrindo o poder dentro de si. Quando chora, a chuva cai do céu; quando está enfurecida, raios explodem sem aviso prévio; os ventos sempre a seguindo, por vezes levando-a consigo pelo ar.
Após um período de descobertas, Ororo parte em busca de um mundo novo, ajudando tribos da África com suas habilidades controladoras do tempo. Pouco a pouco, Ororo conquista seu espaço e decide estabelecer seu lugar em uma região que pertenceu aos seus antepassados. Lá, Ororo é considerada uma deusa da tempestade, ajudando quem precisa, até que um dia um professor chamado Charles Xavier se apresenta e explica sua condição: ela não é nenhuma deusa, e sim uma mutante, que poderá ajudar um mundo que precisa dela, ainda que possam julgá-la por ser quem é – diferente.

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            Desse modo, Ororo Munroe é convocada para os X-MEN sob o título de Tempestade, e segue sua vida como uma habilidosa guerreira e uma das mais poderosas mutantes que o mundo Marvel conhece. Seus poderes são variados: além de poder voar (sonho!), ela pode controlar o tempo em todos os sentidos, mudando a temperatura atmosférica, criando trovões, ciclones, ventanias, tormentas, nevascas, neblina… Suas emoções são grandes influenciadoras de seus poderes, por isso Tempestade precisa sempre manter controle de seus sentimentos. Além das habilidades mutantes, Tempestade possui um grande porte atlético e é capaz de lutar de igual para igual contra o baixinho de garras de adamantium Wolverine.

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            Tempestade participa ativamente do time de Xavier, e fora dos gibis ela já apareceu no antigo desenho animado X-MEN Animated, no popular X-MEN: Evolution (que ainda deve passar no SBT, de segunda à sexta, em qualquer horário que o Silvio achar melhor exibir), e atualmente no recém criado Wolverine and the X-MEN. Nos cinemas, a vencedora do OscarHalle Berry atuou na trilogia dos mutantes, atuação esta que rendeu muitos elogios, tirando a peruca cabulosa do primeiro filme e o fato de que até Hugh “Wolvie” Jackman ficou mais alto que Tempestade, que tem 1,80m de altura – tão alta quanto Xena! Tempestade é personagem garantida em todos os jogos lançados para videogames da turma mutante, e poder controlá-la me dá calafrios na espinha SEMPRE!

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            Seu sucesso como mutante lhe rendeu a liderança de alguns times existentes na franquia, derivados de sua inteligência, sagacidade, espírito guerreiro e integridade. Ororo é uma mulher que aprendeu a duras penas a ser alguém na vida, um aspecto onde ela ganha de Xena. Acredito que a semelhança entre elas esteja mais fora de suas histórias particulares, e dentro do mundo real em termos de influências culturais, uma vez que Tempestade foi a primeira mulher negra a liderar um time de heróis na década de 1970. Sua personagem constantemente chama a atenção para o continente africano e seus sérios problemas, e sem dúvida é uma das mais populares entre os X-fãs – incluindo quem vos fala! (De fato, o X tem algo de muito forte na minha vida…).

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            Agosto chegou rápido, mas podem contar com mais GIRL POWER por aí. A dica é assistirem ao filme Nunca Mais(Enough, 2002), com uma Jennifer Lopez de tirar o fôlego – e de chutar traseiros – em uma personagem que pode se chamar deforte – em muitos sentidos equivalentes a uma mulher. Fico por aqui, e espero que tenham gostado. VOTEM eCOMENTEM, e até a próxima!

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Heroína assassina? Dos quadrinhos da Marvel, pras linhas da GIRL POWER!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 13

Um ano.
Parece mentira, mas faz todo esse tempo que isso tudo começou. Essa verdade que dá tanto orgulho que é a RX. Fazer parte dessa história é como estar em episódios futurísticos de XENA, levando sua mensagem através das nossas palavras. Parabéns pra REVISTA XENITE.
E já que é edição de um ano, nada mais justo que escolher uma heroína digna de um espaço na GIRL POWER. Originária dos quadrinhos do Demolidor, a assassina Elektra Natchios tem uma história muitíssimo parecida com a da Princesa Guerreira.
Para começar, Elektra deu as caras no meio da história de Matt Murdock, o Demolidor (Dare Devil, no original em inglês), como uma vilã. Assim como Xena em HÉRCULES, ela era originalmente uma bitch. De bitch, Elektra vai despertando um sentimento bem contrário ao ódio no coração do guerreiro cego, e um laço de amor é firmado. Preciso dizer mais?

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            Preciso. Elektra vem a ganhar sua própria série nos quadrinhos – uma série spin-off, o mesmo caso de XWP -, mas de um jeito um pouco diferente da nossa Princesa. Em HTLJ, Xena sai de cena com a intenção de buscar redenção, em um longo processo para se regenerar – essa história vocês já conhecem bem, certo? Nas páginas de Demolidor – O Homem Sem Medo, contudo, Elektra sofre seu Desafio de um jeito diferente do corredor polonês.
Tudo bem, eu puxei o gatilho e nem pus a bala ainda. É preciso entender um pouco da história dessa duvidosa heroína primeiro (Obs.: a história de Elektra, como qualquer personagem da Marvel, apresenta discrepâncias ao longo dos anos e das adaptações cinematográficas. Dito isso, justifico minha possível ignorância quanto a pequenos detalhes, mas o principal está escrito aqui; afinal, a GP serve para trazer interesse ao leitor em pesquisar mais sobre todas as heroínas, não é mesmo? – sim, podem xingar o colunista nos comentários).
Elektra sofreu muito quando criança, quando sua mãe foi assassinada por um clã desconhecido. Seu pai, por medidas preventivas, resolve criar Elektra no intuito de transformá-la não numa guerreira, primordialmente, mas em uma mulher que saiba se defender com sua força, sabedoria e outros dotes que todo bom lutador precisa. E assim seguiu sua infância, até que por volta da sua juventude, um grupo de assassinos gregos matou o seu pai, e a pequena ninja volta para sua terra natal (Grécia) para curar sua dor.
Anos mais tarde, Elektra retorna para os Estados Unidos e reencontra Matt, então de codinome Demolidor, sendo ela agora uma assassina de aluguel contratada pelo Rei do Crime. O curioso é que a missão da moça era matar justamente seu antigo amor, Demolidor. Depois de muitas brigas – físicas ou não – os dois se reconciliam. O antigo possuidor desse trono, conhecido como Mercenário (Bullseye, no original), resolve matar Elektra para ocupar seu antigo lugar que lhe era digno. A luta dos dois nos gibis marcou a década de 1980, sendo a morte de Elektra uma das mais brutais de todos os tempos, envolvendo muito sangue e humilhação. Seu corpo volta à vida pelas mãos de seu antigo mestre, Stick, um ninja cego com habilidades sobrenaturais. E assim renasce uma nova mulher.

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            É desse modo trágico que a assassina de vermelho sai das cenas de Demolidor, para retornar tempos mais tarde. Hoje em dia, a ressurreição de algum personagem marveliano parece comum e entediante, mas na época foi bastante discutida e gera polêmicas até hoje. Diferente de Xena, Elektra ressurge em sua própria série alguns anos mais tarde, após reaparecer emDemolidor como uma anti-heroína (vestida de branco) e algumas vezes como vilã (roupa vermelha). Em sua série, Elektra é mostrada ainda como uma assassina, mas em busca de redenção.
Voltemos agora para as comparações com Xena. O que se restringe à Princesa Guerreira, ela deixa de ser uma assassina por completo para seguir sua trajetória de redenção. E quanto a Elektra, por que ela continua sendo uma homicida mesmo após ter encontrado a morte? Essa é a grande questão da sua própria saga de quadrinhos. Talvez Elektra não busque necessariamente por redenção, e sim por atos, pequenos que sejam, que possam redimi-la de ser quem ela é. Afinal, é da natureza dela matar, é o que ela faz de melhor. Nada justificável, mas plausível para alguém que pode não ser uma verdadeira heroína, mas uma lutadora de moral questionável.

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            Nos cinemas, a belíssima Jennifer Garner (que já apareceu por aqui na pele de Sydney Bristow – GP n. 09) encarna a guerreira nos filmes Demolidor – O Homem Sem Medo (com Ben Affleck, seu atual marido – 2003) e numa sequência só sua,Elektra (2005). O seu filme não recebeu críticas muito favoráveis em questão do roteiro, mas quem assistir e prestar realmente atenção não só na sua história, mas na da pequena Abby (Kirsten Prout), poderá perceber que estão sendo contadas duas histórias que remetem a Elektra, a da sua busca por uma vida diferente (centrada nela) e da sua infância (na pele de Abby). Eu só fui entender o filme e sua essência quando o assisti pela quinta vez, mas espero que vocês entendam de primeira. Quem não entender, pelo menos vai curtir a linda Jen e a fotografia de tirar o fôlego.

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            Ainda não enjoou da Marvel? Mês que vem, uma das minhas heroínas favoritas vai deixar todo mundo em choque! Mentira, mas que esse frio aqui do sul me fez pensar nela, isso sim. Espero que tenham gostado dessa anti-heroína muito semelhante à Xena. Deixem seu voto e seus comentários, ok? Abraços e beixenites!

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Uma bela moça perambula entre os zumbis!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 12

Destemida e habilidosa, ela é Jill Valentine!

Mês novo, RX nova! E é ela mesma, Jill Valentine, da série Resident Evil, que brilha na seção de maio da GIRL POWER.
Tudo começou com o primeiro volume da série, onde Jill e Chris Redfield, oficiais do S.T.A.R.S. (Serviço de Táticas Especiais e Resgate – Special Tactics And Rescue Services), algo como a SWAT americana, vão até as Montanhas Arklay investigar uma série de homicídios canibais. Dentro de uma mansão isolada, os heróis deparam-se com criaturas mortas-vivas vítimas de uma liberação do T-Vírus, e constatam que tudo não passava de fachada para um laboratório secreto da Umbrella Corporations, uma grande empresa que estuda potenciais biológicos e é a grande culpada da criação desse vírus e de todo o estrago, nesse e em todos os outros jogos.

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Nesse primeiro jogo, Jill é “apenas” uma soldado tentando sobreviver no meio de um pandemônio de zumbis. Mas é no terceiro jogo da saga que Jill mostra um pouco das suas facetas humanas. Dentro da cidade de Racoon, Jill decide por livre e espontânea vontade enfrentar as criaturas de fome insaciável e desvendar as tramas e trapaças da Corporação Umbrella.

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            Por que uma criatura “sem noção” dessas aparece em uma coluna como a GP?
Imagine a situação: uma cidade quase que inteiramente destruída; a noite é profunda, e os céus têm cor de medo; as criaturas escondem-se em cada canto misterioso, grunhindo e urrando por carne humana – por você. Sim, lá está você. Sozinho. Fugindo. Conseguem captar a dramaticidade? É nesse inferno terreno que Jill se encontra, armada de uma pistola e sua faca de estimação. Ao longo da história, outras armas e itens são coletados para os embates contra criaturas como zumbis, pitbulls em carne-viva, monstros que lembram o Homem-Aranha do avesso, bichos que parecem minhocas gigantescas, aranhas mutantes, vilões humanos e o titã de extermínio Nemesis, que persegue nossa heroína do início ao fim.

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            Originalmente um homem comum, Nemesis é o resultado de uma exposição à outra variação do vírus infectante. Assim nasceu o parente de ogro que tem mais de dois metros de altura, músculos mais grossos que o tronco de Jill, com tentáculos roxos e venenosos em um braço, e nada menos que uma bazuca com mísseis aparentemente infinitos no outro. Ainda acha pouco para fazer de Jill uma heroína?

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            A oficial da S.T.A.R.S. perambula completamente sozinha, encontrando alguns sobreviventes com curto tempo de vida, ou com mortes iminentes – com exceção de Carlos Oliveira, uma parceria (brasileira?) essencial na sobrevivência dela durante uma situação complicada. Apesar disso, ela conta única e exclusivamente consigo mesma para montar os quebracabeças, abrir seu caminho entre as portas e derrotar seus inimigos descerebrados. A Lara Croft que me desculpe (sinto que vão me lançar chakrams nas mãos, né, Mary Anne?), mas Jill tem muito mais estômago que a arqueóloga (eu amo a Lara também, certo, Tomb-riders? Leiam a GP nº 5 e entenderão).

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            Suas semelhanças com Xena? Há pouca referência para se afirmar características concretas em Jill Valentine (Jill = derivado do masculino Julian, nome sustentado por santos antigamente. Valentine = forma feminina de Valentinus, significa “forte, vigoroso, saudável”; São Valentino foi um mártir do século III – há o dia de São Valentino, 14 de fevereiro, comemorado como o Dia dos Namorados nos EUA – Fonte: http://www.behindthename.com), baseando-se apenas na trama dos jogos e falas da nossa Girl. Ao observarmos as façanhas violentas – e de que outro modo seria contra zumbis? – da nossaheroína, podemos comparar sua IGNORÂNCIA – no sentido grotesco da palavra, conotando agressividade extrema, falta de sensibilidade, dureza de atitude -, algo parecido com o “botar pra quebrar” que a Princesa Guerreira faz tão bem.
Sua aparição nos cinemas deixou meio a desejar, já que a maldita Alice, protagonista criada exclusivamente para os filmes (não esperem uma GP da Alice, pois eu não farei! Por mais que goste da Milla.), toma conta de todo o roteiro, deixando Jill como coadjuvante de uma história que foi definida por ela e mais ninguém – desconsiderando aqui Leon S. Kennedy eClaire Redfield, protagonistas de RE 2, que se passa ao mesmo tempo de RE 3. Mesmo assim, Jill está muito semelhante com seu visual em polígonos do Playstation, e a atriz faz um trabalho relativamente bom mostrando toda a brutalidade de Jill ao repetir sem dosagem de delicadeza a sentença “Shoot in the head! (Atire na cabeça!)”.

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Jill ressurge em RE 5, onde seu antigo parceiro Chris retorna como protagonista. Uma suposta morte da heroína nubla a trama do jogo, mas espera-se com fé que seja apenas uma armação dos roteiros muito bem criados nas histórias de RE. Espero que vocês possam dar uma conferida nos games e/ou nos filmes, e acabem conhecendo uma das minhas Girl Power’s preferidas.
Mês que vem, uma assassina moderna com as mesmas armas da Barda Guerreira faz sua passagem pela RX na edição de aniversário. Por favor, VOTEM (é só um clique) e COMENTEM (são apenas alguns segundos e poucas palavras para se digitar). Agradeço a atenção de todos, espero que tenham gostado, sugiram o que acharem conveniente, critiquem positiva ou negativamente, e até o mês de junho com mais GIRL POWER e suas heroínas no time do Bem Maior.

aaa“(…) Mas é certo que uma vez que a roda da justiça começa a girar, não há nada que a detenha”.                                                                                                                                         Jill Valentine, na introdução de Resident Evil 3, preparando-se para um dos maiores desafios de sua vida.

 

 

 

 

 

 

 

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Abram alas para a heroína brazuca!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 11

Um orgulho da cultura nacional na GP!

ELA SURGIU EM tirinhas de jornal em 1963. Sim, faz um BOM TEMPO, mais de 45 anos atrás. Ainda assim, ela está até hoje – e principalmente nos dias de hoje – fazendo um sucesso estrondoso entre crianças, adolescentes e crianças grandes. Recentemente, ela surgiu em uma nova fase que está estourando em vendas dos quadrinhos/mangás. Galera Xenite, a nossaheroína de abril é a brasileiríssima Mônica, da famigerada Turma da Mônica.

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O que essa menininha faz aqui na GIRL POWER? Bom, pra início de conversa, só o fato de ela estar a quase meio século nas bancas e em todo tipo de merchandising é um notável começo. Criada pelo cartunista Maurício de Souza, que tomou a inspiração em sua própria filha atrapalhada, Mônica e sua turma protagonizam uma infinidade de histórias, se metem em todas as confusões (im)possíveis, já venderam mais de um bilhão de quadrinhos ao redor do mundo e incentivaram a leitura de muitos brasileiros – inclusive daquele que vos fala!

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Mais que uma pop star das bancas de revista, Mônica tem muitas características de uma guerreira – inclusive similares às deXena, sim senhores! -, que a colocam nessa seção. Vamos a elas:
1 – Mônica é como a “dona da rua” do Bairro do Limoeiro. Todos os meninos têm medo dela, e sua fama de duronaultrapassa os limites da atmosfera – exatamente: há seres do espaço que estão cientes do poder que a dentucinha carrega. Fama de bad girl? Um ponto de semelhança com Xena.

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2 – Ela é forte. Assim, MUITO forte. Mesmo contra um adulto, é raro existir alguém páreo para suas coelhadas ou qualquer coisa que exija sua força física. Alguém lembrou da Princesa Guerreira? Mais um pontinho.
3 – Seu nível analítico nas situações problemáticas – porque algumas histórias exigem alguma perspicácia – é bem avançado para uma menina, apesar da paciência da baixinha não ser das mais altas. Inteligente e estouradinha? Essa menina tem um pé em Amphípolis…

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4 – Algum leitor proficiente de suas historinhas já percebeu o quanto a Mônica é metida em fatos verídicos? Desde os primórdios da História, incluindo paródias de seriados com gente perdida numa ilha (a série “LOSTINHO”), tudo tem um dedinho da Mônica? Se o assunto é intertextualidade (a conexão e referências que um texto tem com um ou mais textos), Xena é um banquete deles!
5 – No fim das contas, o que a Mônica mais quer é o bem de seus amigos, fazendo de tudo para concertar as situações. Xena de novo? Com certeza!

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Xenites, não subjuguem meu juízo de comparação ao relacionar a guerreira da Grécia com a gorduchinha – em forma na versão teen! – do Bairro do Limoeiro. Como fã de ambas, nada mais justo do que colocar a Mônica Souza numa seção como a GP, que estampa todo mês alguma personalidade feminina que tem algo em comum tanto com a Princesa quanto com a Barda Guerreira.

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Perdão aos críticos de plantão e a quem preza um texto que discorra por mais tempo, mas vou ficando por aqui. Mês que vem, uma sobrevivente de Raccoon City pinta – com sangue! – por aqui. Até lá, amigos Xenites! E por favor, não esqueçam: votemcomentem!!! Obrigado!

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