Renée O’Connor: Uma mulher para ser mais que lembrada…

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 Por Natasha T. dos Santos

 

Renée O’Connor: Uma mulher para ser mais que lembrada….
Olá queridos Xenites, cá estou eu neste artigo desse mês, para escrever sobre uma pessoa importantíssima no nosso Xenaverse, ela faz aniversário nesse mês de fevereiro, dia 15, ela nos conquistou e encantou no seriado, começando como uma “simples” ajudante, sonhadora e falante personagem de Xena – A Princesa Guerreira, e terminou como melhor ‘amiga’, confidente emais importante na vida de Xena. Preciso dizer quem é ainda? Com vocês, nossa belíssima Renee O’Connor!
Renée O’Connor, ou simplesmente ”ROC” como chamam muitos de seus fãs, nasceu em 1971 no Estados Unidos.
Ela, uma formidável atriz que atuou pela primeira vez em sua carreira profissional aos 16 anos, em um comercial para McDonalds (e cá entre nós depois de ver ROC no comercial, abre o apetite e dá ‘aquela’ vontade de comer hambúrguer [risos]) depois ela atuou em Teen Angel mais conhecido como o New Mickey Mouse Club,e por aí ela fez muitos papéis e aparece até hoje nas telinhas, alguns com mais e outros com menos aparições.
Uma mulher de dignidade, profunda beleza e muito talento, de todos os papéis que ela fez, o que mais marcou sua carreira e fez sua estrela brilhar mundialmente, que a fez ter muitos fãs e admiradores foi em Xena – A Princesa Guerreira, como a sensível, corajosa e barda companheira de Xena,Gabrielle.
A Gabrielle de Renée O’Connor
Xena – A Princesa Guerreira é dos seriados mais famosos mundialmente. Xena apareceu de um crossover em Hércules em 1995, e deram tanto certo os capítulos com a Princesa Guerreira que ela logo tomou lugar em seu próprio seriado em 1995 no primeiro episódio da série (Sins of the Past / Pecados do Passado).
Renée foi escolhida, quando a atriz Sunny Doench desistiu das gravações da série de TV, para fazer a falante e sonhadoraGabrielle, a companheira e Amiga de Xena nas suas viagens. ROC foi convidada a atuar em alguns episódios de XWP, e ela concordou.
O que não esperavam é que assim como a perfeita Xena de Lucy Lawless, Renée O’Connor tomou seu lugar também nas telinhas, e apaixonou o público Xenite com o passar dos episódios. ROC faria apenas alguns episódios em Xena, mas o público gostou tanto da paixão e dedicação com que ela interpretava, que não teve outra: Renée tornou-se co-estrela da série como Gabrielle, ao lado de Lucy Lawless como Xena.
A Gabrielle de ROC começou como uma ”simples” ajudante de Xena e, com o passar da série, tornou-se melhor amiga de Xena, Barda e Guerreira.
As mudanças de Gabrielle ocorridas desde o primeiro capítulo ao último foram muitas, e o público amou as aparições de ROC e LL juntas.

PolÊmica em XWP, e… mais que Amizade??
Com o tempo, fãs de XWP começaram a ver o seriado com outros olhos. As aparições do subtexto desde o primeiro episódio com este (The Titans / Os Titãs) da primeira temporada deixaram os fãs confusos. Pode Gabrielle e Xena ter algo a mais que Amizade?
Lucy Lawless e Renée O’Connor tinham/têm muita química juntas: quando entravam em cena, seja com ou sem subtextos, arrasavam e encantavam. Essa questão entre Xena e Gabrielle foi tão profunda e bem atuada por elas que os fãs começaram a desconfiar até mesmo da natureza sexual de ambas as atrizes, ROC e LL, perguntando a elas se tinham algo a mais, mas logo elas trataram a situação com muito respeito e bom humor como sempre, dizendo que são “muito grandes amigas, nada a mais“.
Vida Pessoal de uma Estrela
ROC se casou com Steve Muir, na Nova Zelândia, em 14 de outubro de 2000, e em 22 de setembro de 2001 nasceu Miles Willian Muir, filho do casal. Eles se divorciaram em 2005 e cada um foi para o seu lado.
Renée teve um relacionamento com Jed Sura, um ator que ela conheceu filmando Diamonds and Guns. Eles tiveram uma bela filha, Iris Sura O’Connor, que nasceu em 19 de março de 2006.
Curiosidades ROCKers
– Renée foi capa da revista TV Guide durante 3 edições seguidas em 2001
– Foi listada em #3 na lista das 100 pessoas mais intrigantes do ano, em #2 em 1997;
– Renée entrou na lista Pessoas mais lindasde 1997 pela revista People;
– Renée foi listada em #45 na lista australiana das 100 mulheres mais sexys do ano em 2000;
– Lucy Lawless e Renée O’Connor não eram amigas só como Xena e Gabrielle, elas são MUITO amigas na vida real também, e apesar de ser um pouco difícil, elas sempre se encontram quando podem;
– Renée escalou o Kilimanjaro por “ordem” da sua mãe;
– Seus apelidos são: Ren, Stumpy (referente ao desenho Ren and Stimpy), e ”ROC” chamada carinhosamente assim pelos seus fãs;
– Ela dirigiu os episódios: “Deja vu All over again” e “Dangerous Prey” de Xena -Warrior Princess;
– Já trabalhou como instrutora de aeróbica e garçonete (já pensou, você chama o garçom e vem a loirona linda, Renée O’Connor!);
– ROC quase sempre dispensava dublê, ela realmente gostava do que fazia.

Depoimentos de ROCKers apaixonados
Existem tantos fãs que amam de paixão Renée, que a admiram tanto, que a adoram e idolatram. São aqueles que não pode ver as iniciais ”ROC” que já procuram saber do que se trata e ficam enlouquecidos. A lista é muito longa, o número de ROCKersé muito igual e competitivo com o número de Lawlers (fãs de Lucy Lawless), e têm aqueles que não escolhem, e simplesmente amam as duas. Então, para representar um pouco dos ROCKers, os fãs apaixonados por essa loira super simpática, convidei alguns amigos meus que caíram de amores por essa maravilhosa atriz, e deram algumas palavras de afeto em relação a ela:
“Quem é Renée O’Connor?
Pra qualquer um, ela pode ser apenas uma atriz que fez algumas pontas em filmes de pouco significado e se consagrou num papel único.
Mas não pra nós Xenites.
Às vezes alguns se perguntam, por que se declarar ROCker? Que brilho tem a mocinha loira ao lado da morenaça de 1,80m e olhos estonteantes?
Bom, a mocinha loira tem um brilho mais do que especial. Além da beleza rara, dos olhos verdes apaixonantes, o que conta é o carisma! O carisma da atriz E da personagem. A Lucy mesma afirma que, se fosse qualquer outra pessoa, se não fosse a Renée, seria horrível.
Renée conseguiu dar vida a Gabrielle de um modo que, quando assistimos a série, não vemos uma atriz interpretando, mas vemos a própria personagem como uma pessoa REAL, rindo, chorando, brilhando. Vemos a evolução das duas, da atriz E da personagem. Vemos o esforço, em todas as cenas onde as dublês eram dispensadas. Vemos a emoção nos olhos da Gabrielle criança da primeira temporada, ou da mulher guerreira de A Friend In Need. E é por trazer tudo isso para nós, que Renée O’Connor é especial para mim.
Porque ela é a atriz mais XENITE do cast, lembrando de cada cena com uma minúcia rara. Porque durante os comentários de episódios, é possível ver os olhos dela brilharem de emoção. Porque ela tem uma consideração grande com os fãs, sai em passeatas e quebra as regras, conversando com fãs e dando autógrafos quando não deveria fazê-lo por ordens superiores.
Porque ela mandou o emburrado Steve Muir (ex-marido) ir embora sozinho da convenção de 2003, porque ela iria atender aos fãs. E não importa a situação que ela apareça, seja em convenções, seja em shows da Lucy Lawless, seja em entrevistas relâmpago para o AfterEllen, seja em comentários de episódios ou Coffee Talks, ela sempre está com um sorriso no rosto e o brilho nos olhos esbanjando carisma, mas sempre mantendo a humildade.
É por isso que eu como ROCker, afirmo que amo a Renée atriz, a Renée guerreira, a Renée dançarina, a Renée produtora, diretora, lutadora, mãe dedicada, artista e XENITE.
E nesse mês tão especial, não posso deixar de dizer, Parabéns Renée!” – Mary Anne, ROCKer e Xenite Subber assumida, Diretora da Revista Xeníte.
“Como você pode descrever um amor, uma admiração por alguém que você nunca viu pessoalmente, com quem nunca falou? 
Um sentimento que te faz querer acompanhar sempre essa pessoa, saber tudo que está acontecendo com ela? Que se essa pessoa estiver sofrendo você também vai sofrer? 
É algo inexplicável, mas acontece. Você admira tanto uma pessoa que tudo que você queria era estar perto dela, saber como ela está, o que está sentindo, ajudar em tudo. Eu simplesmente amo e admiro Renée O’Connor, não tem como explicar, é além do que eu possa entender. 
Ela é uma pessoa incrível. O jeito como trata as pessoas, as ações que faz, o seu humor, seu talento. Gabrielle sem ROC seria somente mais uma personagem. As emoções passadas, da comédia ao drama, são de uma verdade incrível, ela consegue passar tudo que a personagem está sentindo, fica difícil não se emocionar ou rir com ela, o seu carisma cativa qualquer um. Eu amo todas essas coisas juntas, sou Rocker acima de tudo e sempre vou ser. Sempre vou defender, admirar, sempre e sempre. Pessoas como ela fazem o mundo melhor. E por último: ela é linda e eu amo ela!!!” – Divanice Soares (Diva), ROCKer e Xeníte.

“Ela é loira, ela é baixinha, ela é linda, ela é do Texas! 
Essa é Evelyn Renée O’Connor, de 37 anos, imortalizada no papel de 
Gabrielle, a barda e fiel parceira de Xena, a Princesa Guerreira. 

Em todos os trabalhos da ROC (assim carinhosamente chamada pelos Xenites), podemos notar sua face sensível e radiante ostentada apenas por alguém que ama o que faz. Claro que nós fãs sempre enxergaremos traços de Gabrielle em cada gesto ou palavra da Renée, mas na real isso não é um sintoma de fanatismo doentio: é que tanto ROC quanto a Gabby possuem características semelhantes, em especial a doçura. Mãe de dois filhos, ROC começou muito jovem sua carreira, em comerciais, inclusive um para a rede McDonald’s e alguma coisa para o Clube do Mickey em 1989. Quando apareceu no filme “Hércules e o Reino Perdido” em 1994, seu talento foi percebido pelos produtores executivos Sam Raimi e Rob Tapert, que a colocaram em seu filme “Darkman II”, e mais tarde em “Xena Warrior Princess”.

Ela morou em Auckland, Nova Zelândia, onde XWP era filmada, até o ano de 2001. Casou-se com Steve Muir, proprietário de uma rede de restaurantes, em outubro de 2000 em Austin, Texas. O casal teve um filho, Miles William Muir. Com o término de XWP, ROC mudou-se para sua terra natal e divorciou-se de Steve. Em 2005, ela teve uma menina com seu novo namorado, o ator Jed Sura. 
Renée possui duas companhias próprias de filmagens, ROC Pictures e ROC Productions.
Ela adora pintar, e sustenta suas produções independentes com a grana que lucra com a venda via eBay de seus quadros.
Também recebeu nomeações de algumas entidades lésbicas ao longo de sua carreira, mesmo após XWP chegar ao fim. Renée vem dedicando-se a trabalhos de atriz, produtora e co-diretora.

Essa é a nossa guerreira Gabrielle que, assim como nós, sente saudades de Xena desde meados de 2001.” – Robson Cardoso dos Santos (Rob), O Bardo Guerreiro, ROCKer e Xenite do Xenaverse.

“Renée O’Connor… Eu devia falar da ROC, esquecendo (ou dando pouca importância) para a Gabrielle. Mas não vou fazer isso pelo simples fato que sem Renée O’Connor nós, Xenites, jamais teríamos a nossa barda de Potédia. 
Um personagem pode ser um sucesso ou um fracasso, e grande parte da responsabilidade do que vai acontecer é do ator que o representa. ROC conseguiu transformar Gabrielle em algo mais que um sucesso: um marco na vida de muitos, e um exemplo para vários. O desenvolvimento da personagem durante as seis temporadas mostra também a evolução da atriz. Não que Renée não fosse uma grande atriz antes de interpretar Gabrielle. 
O fato é que Gabrielle nos mostrou o potencial dessa atriz nascida em Katy, Texas. Comédia, drama, ação, terror… Gabrielle é um resumo expandido (isso existe?) do talento de Renée.
Além do talento inegável como atriz, ROC também é produtora e diretora. E, apesar de hoje não ser mais uma celebridade tão conhecida na mídia, vale lembrar que até hoje existem milhares de pessoas que continuam adorando o trabalho da mãe do Miles e da Iris.
Vamos agradecer à Sunny Doench, porque ela desistiu de interpretar Gabrielle, dando a chance da estrela de nossa amada (Evelyn) Renée O’Connor. E, claro, dar parabéns a Renée, porque agora em 15 de fevereiro ela apaga sua 38ª velinha!” –Chris Barda, ROCKer, Xenite e Super Subber (Colunista Geral RX).

“Para quem conhece o mínimo de Xena, o nome Gabrielle não passa despercebido. Ela é representada pela atriz Evelyn Renée O’Connor, nascida no dia 15 de fevereiro de 1971 no Texas, EUA.
Gabrielle é a grande companheira de Xena que acompanha ela em todas as suas jornadas. Assim como Xena, Gabrielle é dotada de várias habilidades como lutar, pechinchar, tem um ótimo poder de persuasão, entre outras habilidades. Sabe lutar com o cajado, sais, mãos e pés e, mais tarde, aprende até a usar o Chakram. Já demonstrou também habilidades com a espada.
Teve numerosos romances (tanto shipper como subber) justamente por ser uma pessoa encantadora. Já pensou em deixar de lutar para seguir o “caminho da paz”, o que desistiu de fazer para a alegria de todos. Se tornou uma rainha amazona e, como tal, teve que ir à frente de várias batalhas. Começou com o cabelo comprido, mas em uma batalha no meio da quarta temporada ficou com o cabelo curto (odiado pela maior parte dos fãs) e assim permaneceu até o final da série. 
Começou como poetisa, virou guerreira e ficou conhecida como a Poetisa Guerreira.
Entre as várias lições que podemos aprender com Gabrielle no decorrer da série, a que mais se destaca é que vale a pena lutar por amor. Não precisa ser uma luta com sais ou espadas, mas uma luta do coração por aquilo que acreditamos.” – Léo, Xenite e participante constante da comunidade “Universidade Xenite”.

 

Bem, depois de tantas declarações, emoções, afeto e dedicação demonstrado em palavras, queria lhe dizer, mesmo que você nunca tenha conhecimento desse artigo, digo-lhe, Renne O’Connor, que você é uma atriz maravilhosa e espetacular, que a cada ano sua estrela brilhe sempre muito mais, e que esse seu lindo sorriso radiante que brilha como o sol surja sempre em seu rosto para tornar nós, seus fãs, cada vez mais felizes, pois você é dessas pessoas das quais mesmo estando longe, sentimos que está sempre bem perto de nosso coração: HAPPY BIRTHDAY, RENNE O’CONNOR.

Fontes de algumas frases/trechos deste artigo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9e_O’Connor

http://xenamovie.rg.com.br/

By: Natasha T. dos Santos (Nat Lee) [colunista de Astrologia/ musical/episódios e geral]

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Saindo do Armário

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Por Robson Cardoso dos Santos

Uma tarefa para guerreiros

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A expressão

Se é que ainda existe alguém que não saiba, “sair do armário” é a expressão utilizada para designar o ato de libertação a que os homossexuais se entregam ao assumirem abertamente sua opção sexual. Deixam, portanto, de serem enrustidos.

A atração

Sim, nós homens podemos sentir atração por outros homens, e vocês mulheres podem ferver de desejo por outras mulheres. Isso nos torna o quê? Pervertidos? Doentes? E eu rebato com uma pergunta: se ser homossexual fosse uma escolha nossa, por que escolheríamos bancar o papel de sacanas e doentes mentais, sofrendo o preconceito da sociedade? Complexo de mártir, seria?
Atração é o jogo de nossos hormônios aditivando nossos instintos, e nem sempre vemos a magia trabalhando no corpo do sexo oposto, e sim no nosso igual. Sabemos que na visão biológica/anatômica da coisa, o certo é um envolvimento de sexos opostos. Mas para muitas pessoas, um relacionamento não implica apenas em possibilitar uma procriação. E nem sempre o fator físico está ligado ao emocional.

 

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Por que permanecer no armário?

Quando a pessoa chega à puberdade, pode muitas vezes ficar em conflito consigo mesma, a respeito de seus desejos sexuais. Nos focando nos homossexuais, esta pessoa pode ter apresentado, ainda mesmo em sua infância, vestígios de que viria a ser gay em sua vida adulta. E, querendo ou não, nossa sexualidade é peça-chave do dia-a-dia de um ser social. Não vivemos numa crisálida. Quem nunca foi abordado por uma titia-coruja que, ao apertar-nos as bochechas, bradava: “Então, cadê a namorada?” E nossa cara de tomate mal sabia articular uma resposta, e quando esta sonava, era sempre uma mentira cuidadosamente lapidada.
Viver no armário pode ser confortável para essas pessoas que acabaram de atingir a adolescência, só que isso vai pesando à medida que percebem que precisarão de muito jogo de cintura para omitir e mentir sobre sua vida íntima. Ou incorporam uma personagem fictícia e andam com tribos héteros para sustentarem a imagem que a família (e a sociedade) espera deles, ou param de enxergarem-se através dos olhos dos outros e arrombam logo de uma vez a porta do armário. Muito homossexual enrustido permanece assim porque aprende sozinho e por pressão a deixar de lado seus sentimentos e instintos justamente por associarem o significado de instinto a uma coisa “animal” e, portanto, irracional, ingenuamente alheios à realidade de que instinto, sim, é uma chama impulsiva de nosso ser, mas que ele também se deixa guiar por questões do coração, como a emoção, o amor, e não apenas pelo sexo cru.
Homossexual não é um bicho que, por pura rebeldia, resolve experimentar sensações com o sexo igual ao seu. Aí repito, a fim de reforçar, por que Tártarus iríamos querer chamar atenção para uma vertente tão pessoal de nossa personalidade? Pra que iríamos mergulhar em algo que tanto nos exige esforço olímpico para nos mantermos na superfície? Longe de nós querermos chamar a atenção pra cima de nós a respeito de nossa sexualidade, essa coisa tão íntima que não carece de anúncio em público. 
É tanto desgaste para se aceitar, e para convencer pais e amigos de que continuamos a mesma pessoa, apenas com uma face de nós que eles nunca pensaram que poderia se manifestar de forma diferente. Somos homossexuais, mas esta é apenas uma das camadas da nossa personalidade, e não necessita de dedos apontados e olhares chocados por parte da sociedade. Por que quando alguém sai do armário, esta pessoa se torna apenas “aquilo”? Ninguém mais te enxerga pelos teus talentos, pelas outras facetas da tua vida. Você se consagra como o alvo de fofocas e piadinhas grosseiras. E isso deve-se a quê? Ao furor que as pessoas têm de definirem a sexualidade como uma faca de dois gumes, ou a pessoa é macho ou é dona-de-casa submissa, sem um muro no meio no qual se possa subir.

 

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Sufoco e necessidade de se assumir

O homossexual vê meninos e meninas de mãos dadas caminhando  no parque, no shopping, e mesmo sabendo que nunca teria coragem para andar por aí igual a eles, só que com alguém do mesmo sexo que o seu, impera nele o desejo de poder ao menos sair na rua de cara limpa, sem máscaras. Sofrimento por sofrimento, privação por privação, todo homossexual sonha em ao menos poder estar mais perto da realidade feliz que pertence aos héteros.
Nem todo homossexual apresenta características do sexo oposto em seus gestos e em sua voz, embora quase sempre seus gostos pessoais denunciem alguma “falha”. Um homem que curte Britney Spears ou uma mulher fanática por futebol, por exemplo. E o fato de uma lésbica não se comportar como “machorra” e ser completamente feminina, e um cara não sair por aí desmunhecando, isso não significa que essas criaturas não sofrem o aperto do armário. Por quanto tempo um gay masculino e uma lésbica feminina agüentariam desempenhar um personagem? Só porque o cara não tem trejeitos femininos significa que ele é um hétero que adoraria estar marchando por aí com uma mulher debaixo de cada braço? 
Em síntese: sair do armário é vital para a saúde mental de qualquer gay, seja ele afeminado ou não.

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Se assumindo – a revelação

O ideal para todo jovem homossexual seria que ele fosse o portador autêntico da notícia aos pais e familiares. O clima de constrangimento impera quando a família fica sabendo por terceiros, ou vai juntando peças como se a vida social de seu filho estivesse se montando fora dos padrões pudicos.
Pais nunca aceitam logo de cara quando um filho se assume homossexual. Não cabe a mim aqui citar percentuais sobre isso, porque estou tratando de pessoas, não de números. O termo que mais se ouve nesses casos é que os pais se “conformaram”, e isso entristece muito os jovens homossexuais, porque parece que o termo remete à morte de um ente querido. Mas eles devem estar cientes de que não podem exigir uma reação positiva de seus pais, assim como a família também não tem o poder de “curar” o filho.

 

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Como uma pessoa pode ser homossexual

Se somos homossexuais, isso seria fator de uma criação conturbada, margeada por pais ausentes ou violentos? Uma pessoa é homo hoje simplesmente porque acarretou conseqüências de suas vidas passadas? Ou seríamos vítimas de disfunções hormonais, um problema puramente biológico de nosso sistema, o que faz de nós, portanto, “inocentes”? 
É ótimo que cada pessoa seja livre para escolher a abordagem que melhor lhe convém para entender por quê existem homossexuais: se é uma questão psicológica, espiritual ou biológica. Acredito, porém, que seja uma barbaridade pensar que um rapaz é homossexual hoje porque ficou brincando de casinha e bonecas quando pequeno. Nem toda menina que é lésbica na vida adulta esteve brincando de carrinho em sua infância, e isso desmistifica a tese de que todo homossexual foi um hétero que teve má criação. É justo pensar que um ser humano foi moldado de forma errada? Isso deveria aplicar-se somente a serial-killers, pedófilos e arruaceiros, que se formaram nos monstros que são por causa de problemas num ambiente familiar desfavorável ao crescimento de uma criança sadia de corpo e mente.
Homossexual não é um projeto que saiu errado e que tem urgência de reparos.

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A vida de um homossexual

Ao contrário do que a sociedade com mentalidade de jirico pensa, a vida de um homossexual tem o mesmo solo que a de um hétero. Família, trabalho, lazer. Nem tudo está 24 horas por dia girando em torno da sexualidade. Assim como um hétero tem seus momentos a sós com quem namora, um homo também. Só que quando eles têm esses momentos com seus namoros em público, suas atitudes não podem “dar bandeira”. Não se trata de um gesto nobre de auto-sacrifício que fazemos por sabermos que nem todo mundo está pronto para encarar um casal gay abraçado no shopping: os homossexuais vão além, estão acima disso: são justamente os homossexuais que sabem conviver com as diferenças, coisa a que nem todo hétero se presta.
Estar em público com alguém a quem se pode e ao mesmo tempo não se pode tocar é uma tarefa árdua. E é aqui que me faço chato ao repetir pela terceira vez: será que nos submeteríamos a tanta privação e sofrimento unicamente porque teimamos em sermos diferentes da massa? Se ser “igual” é menos problemático, por que não o somos?

 

A palavra de Eli

O Amor. Ele move tudo. Não somos rebanhos rumo ao abatedouro, agindo por sede de sexo anômalo com gente do mesmo sexo que o nosso. Muitas coisas nos imantam a outra pessoa: um olhar, um cheiro, um corte de cabelo… Mas será que foi apenas o instinto que nos levou a essa sensação de atração? Será que desde a estaca zero nunca existiu algo trabalhando no volante dos nossos hormônios?
Nosso instinto sexual pode nos deixar atraídos por muita gente…
…mas somente o amor nos prenderá em definitivo a alguém.

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A seguir, confiram a mini-entrevista que fiz com Natasha Lee, a xenite do Exército Subber, a respeito dessa delicada porém tão natural temática do homossexualismo.
Quero agradecer a ela por tanta dedicação em suas respostas.

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As Amazonas, uma análise “a fundo”

Comentários


Por Robson Cardoso dos Santos

por Alti

s

 

Olá, minhas crianças da Nação Xenite! Acordei hoje com umas cócegas na periquita, e como fiquei sabendo que a loura irritante (como dizia a notável Callisto) valia-se de seus pergaminhos como uma espécie de terapia, cá estou eu para extravasar a energia que essa ebulição de hormônios tem me bombeado! 
Falarei sobre um assunto que muito agrada Xenites de ambos os sexos: as AMAZONAS. Eu AMOzona, e você? Hahahahahaha!!! Vamos à minha estréia na RX! Usem óculos escuros, garotos, porque a coisa será brilhosa!

 

Ephiny

s

 

Ah, essa gadeiuda! Sempre desconfiei que ela fazia um sexozito selvagem, e tive a confirmação disso quando vi Xenan troteando por aí… Menina, se aquilo não foi fruto de um ato de “O” sexo selvagem, não sei de mais nada! Essa moçoila, sempre que emputecia, aparecia em cena com o peito postado pra frente, ligeiramente arfante, como se estivesse prestes a ter uma falha cardíaca.

 

Velasca

s



Essa me fazia sentir espirais de sensações! Acelerava meu fluxo sangüíneo, essa coxuda/pernuda! Pena que eu jamais poderia estabelecer moradia com ela, porque Velasca tinha séria dificuldade de acatar ordens de superiores, e é claro que eu não iria ser submissa a essa vaca, ia?

 

Varia

s

Eu achava que Tara era um puxão nos meus pentelhos, até que a 6ª temporada me veio com essa mala sem rodinhas chamada Varia. Brabenta, caretuda e riot girl, Xena fez bem em ter metido umas palmadas no rabo dessazinha.

 

Yakut

s



Essa amazona tão necessária em XWP quanto abotoaduras em paletó de espantalho só me remete à minha infância, onde eu tomava YAKULT e cantava a música dos lactobacilos vivos! Mexeriquenta que só ela, tinha que ir fuçar nos meus ossos, imaginem vocês, a loka! Mas isso não foi de todo ruim!

Eris

ss

 

A profe pergunta: “No nosso teatrinho, quem quer fazer o papel da amazona que não fede nem cheira?” Eris ergueu as duas mãozinhas, só por garantia.

Cyane (Victoria Pratt – Adventures in the Sin Trade)

s



Eu bebi essa todinha! Evil Zina me fez um bom serviço com essa rainhazinha fuleira. Campeã em se vestir mal, parecendo cabide ambulante daqueles capachos de entrada de loja de 1,99.

Amarice

s

Amarice foi uma das pragas que meti no encalço da Princesa Guerreira. Poucos dias antes da crucificação (e mesmo depois da ressurreição) de Xena e Gabrielle, lá estava Amarice marchando e papagueando ao lado da dupla. Quantas noites de sexo animal e barulhento perdidas por causa de quem? Amarice! Ela dividia lados da fogueira perto de Xena e Gabrielle. Só se ela roncasse feito um búfalo não perceberia os horrores de gemidos vindos do edredom de Xena e sua loura. Ah, minha maior maldade disputando colado o pódio com o roubo da alma do bebê de Xena! Eu matei a privacidade daquelas devassas! Há!

Cyane (Selma Blair do futuro)

s

Fiasquenta, desajeitada, olhar blasé murcho… Essa guapa do futuro iniciou-se adulta na Nação, diferente das demais, que têm criação na tribo desde o nascimento. Caiu dos céus, por assim dizer, mas isso não explica sua expressão de capeta… Ou talvez explique, se de fato ela caiu de cara…

Bom, meu povo! Aqui me despeço, pois não quero que fiquem muito inebriados com meu carisma e tato com as palavras! Essa de “terapia em pergaminho” me deixou mais aliviada… Ou não, nem tanto… Pensando bem, vou fazer um chuveirinho aqui! Até a próxima!

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Feliz aniversário Renée!

Comentários

 

Por JuLLiana

 

d
 Que presente poderia ser dado a Renée O’Connor?

É pessoal, o segundo mês do ano chegou. Estamos animados para o carnaval, ritmo de festa, e uma data muito especial está chegando também: o dia 15, o aniversário da nossa diva Renée O’ Connor.
Nunca li o suficiente para imaginar como ela seria como pessoa, mas sempre admirei muito seu trabalho como atriz.
Cá entre nós, quem interpretaria melhor aquela garotinha falante, aventureira, inteligente, esperta e amiga que evolui tanto durante a série do que a nossa querida Renée O’ Connor?
Como a Lucy disse: “Olhando para trás imagino se não fosse Renée, imagino se fosse qualquer outra pessoa no mundo. Teria sido HORRÍVEL”.
Concordo plenamente com a Lucy. Acho que o papel de Gabrielle foi feito para ela. E é exatamente por eu me identificar tanto com a personagem Gabrielle e por eu achar Renée O’Connor insubstituível nesse papel que achei importante pesquisar um pouquinho de sua personalidade, gostos e homenageá-la aqui na RX, mesmo que ela não venha a ler.
Se a conhecêssemos, se fôssemos, por exemplo, convidados para sua festa de aniversário, teríamos que levar presentes e para isso, teríamos que conhecê-la, saber seus gostos musicais, cinematográficos, literários, esportivos etc.
Renée teve seu primeiro papel com 8 anos em uma peça de teatro e demonstrou paixão por atuar. Tudo começou há 30 anos.
O prato preferido de Renée é frango frito, com molho especial do restaurante da sua família “Threadgill’s”.

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“Threadgill’s”

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Sobre música, Renée curte os hits de sua juventude, baladas como Gloria Gersin, Sinead O’Connor, Tina Turner, Rent, Elton John, Rod Stewart, The Police, Dinah Washington, Celine Dion e musicais. Detesta Country. Identifica-se? ROC com certeza iria gostar de ganhar um desses CD’s ou DVD’s.
Renée gosta de literatura clássica e livros estrangeiros. Seu filme favorito é “The piano”, austrálo-hungáro-neozelândes, considerado um expoente do cinema da década de 90. Conta a história de uma mulher que não fala desde os seis anos de idade e se muda para a Nova Zelândia recém-colonizada. Em companhia da filha, ela conhece seu futuro marido, com o qual não se simpatiza. Para piorar a situação, o noivo se recusa a transportar o seu piano que é sua maior paixão. Porém o administrador adquire o instrumento e promete devolvê-lo caso ela lhe ensinasse a tocar. As aulas de piano com o tempo começam a se transformar num romance.
Interessante, não? 
No esporte, Renée é uma mulher de ação: já escalou Kilimanjaro.

 

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Também cavalga e luta kick boxe.

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Encara?

Renée se apaixona pelas coisas à sua volta. Escreveu um artigo sobre a NZ que fica bem claro sua admiração pelas pessoas dali e pelo país. Chama-se “The Freedom of New Zealand” (“A Liberdade da Nova Zelândia”). E também não esconde sua admiração por Lucy Lawless. Sobre essa ela diz:
“Eu não acho que conhecia toda minha sexualidade até aparecer em Xena e trabalhar ao lado de Lucy Lawless, que é uma mulher incrível, com sex appeal em tudo que faz. Ela tem segurança em quem é, e não pede desculpas por nada. Ela é uma boa pessoa e isso basta. Eu tenho aprendido com isso”.

Bem, depois de ler bastante sobre Renée, acho que a conclusão que chego é que ela é uma pessoa muito boa nas coisas que faz, como no teatro, na direção (ela dirigiu os episódios Deja Vu All Over Again e Dangerous Prey da série). Renée também parece ser uma pessoa agradável e supereducada. Bem, Renée é maravilhosa e graças a Deus está completando esse mês seu 38º aniversário. Que ela continue assim, com esse talento encantador. VIDA LONGA A RENÉE!

Para ler mais sobre Renée, confiram:

http://www.geocities.com/gabriellepa/index.html
http://xenamovie.rg.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9e_O’Connor

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The intoxicating dark side

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Por Yannara Marques

 

“ – Evil, the dark side. Intoxicating, isn’t it?
– Oh, yeah…It’s intoxicating.”
Xena e Gabrielle em Heart of Darkness

                
A discussão sobre a maldade. Suas origens, conceitos e implicações são bem anteriores aos Deuses Olímpicos. Assunto não só instigante como presente em nosso cotidiano… e em XWP.
Esperança, César, Alti, Najara, Callisto, Lúcifer, Ares… De que um vilão é feito?
Melhor seria perguntar: de que um ser humano é feito?
Por mais demoníacos, divinos ou espirituais que os personagens possam parecer, a série tem essa característica de fugir dos maniqueísmos típicos onde se tem uma linha exata separando os mocinhos dos bandidos. Algumas outras séries pecam nesse aspecto e criam um ideal de heroísmo quando poderiam ser bem melhor desenvolvidas se não ignorassem um lado humano tão necessário quanto a luz: as trevas.

         Segundo estudiosos, a origem da Maldade:

O filósofo grego Xenófanes de Cólofon (560-478 a.C.) foi o primeiro a propor que o mal perpassa todo o universo e da sua força nem os deuses escapam.

Charles Darwin, pai da teoria da evolução, pôs em xeque a idéia de uma natureza projetada por um Deus bondoso. Ele lembrava o exemplo de uma vespa que paralisa outros insetos para que sejam comidos vivos por suas larvas. E conclui que um “Deus onipotente e benéfico” não teria criado um ser assim.

O “maquiavélico” pensador renascentista italiano Nicolau Maquiavel admite, em seu clássico O Príncipe, que o governante deve, em certas ocasiões, ignorar os preceitos morais e até praticar o mal para se manter no poder.

Hanna Arendt. Filósofa judia, pondera que o mal pode tornar-se banal e espalhar-se pelo mundo dos homens como um fungo, porém apenas em sua superfície: “As raízes do mal não estão definitivamente instaladas no coração do homem e por não conseguirem penetrá-lo profundamente a ponto de fazer nele morada, podem ser arrancadas”.

O pisicologo Hume chegou a dizer: “Se todas as criaturas vivas fossem incapazes ou se o mundo fosse administrado por volições particulares, o mal nunca teria acesso ao universo”.

Grande filósofo do cristianismo, Santo Agostinho admite que coisas ruins acontecem igualmente a pessoas boas e más, mas diz que é a atitude piedosa diante do infortúnio que faz a diferença.

 

Como veem, mesmo filósofos e cientistas divergem quanto ao assunto.
“Sabe o que eu acho? Você queria que eles morressem, assim teria um motivo para ser uma vadia”.
É assim que Gabrielle na sua versão mais, digamos, “capetosa”, acusa Callisto. Um dos momentos mais intigantes da série – diga-se de passagem um dos meus favoritos.

Numa reportagem da Revista Veja (Ed. 2092 Dezembro de 2008), me apresentada pela Xenite Aninha, sobre Serial Killers,explica da diferença entre um ato maligno e caso de psicopatia.
“O psicopata entende intelectualmente a diferença entre o bem e o mal, mas é desprovido de piedade, empatia, remorso”.

Se o mal já estava presente dentro de nossa psicótica vilã apenas esperando ser despertado, levando esse debate para um plano bem mais prático, o que fazer?
Se a crueldade, violência, ambição, são instintivas a pobres mortais, o correto é perdoá-los toda vez que obedecem sua própria natureza ou não.
Saído agora de uma discussão do filme Dogville e voltando para XWP, Xena perdoou Callisto e trocou sua alma pela dela emFallen Angel apesar de todo o sofrimento que mutuamente causaram.

A própria Xena se arrependeu de seus atos malignos. Nas palavras de Quentin Tarantino:
“[…] Ela é atormentada por seus atos cruéis. Quer dizer, eles são cruéis, são verdadeiramente cruéis. Ela não era, como, aquele tipo má. Ela era um mal, uma pessoa homicida. Incontáveis números de mortos durante seu reinado, torturas, raças e tribos inteiras não existem mais por causa de Xena. Agora ela luta por redenção, mas ela sabe que não merece redenção e ela nunca terá redenção. A única coisa que ela pode fazer é só fazer o bem agora, no fundamento do dia a dia. Mas ela não merece piedade. Ela está pagando um débito que ela nunca poderá pagar e ela sempre pagará 10% no dólar”.

Xena pode mudar; Livia por uma intervenção divina voltou-se para caminho do amor; alguns fãs alegam que a mesma oportunidade não foi dada a Esperança e que mesmo sendo um recipiente para a mais pura maldade ela poderia ter um lado bondoso não descoberto. Pois mesmo O Destruidor, o próprio mal encarnado, não pode conter o grito de dor ao ver sua queridinha mãe morrer.

Será realmente que César e Alti – sendo humanos – nunca amaram alguém ou alguma coisa além do poder? Ou amor por uma causa se tornou uma obsessão como no caso de Najara?

Ares que, às vezes, tendo se aliado a Xena, não pôde fugir de seu destino de Deus da Guerra, nas palavras do mesmo: “É isso que eu faço”.

Enquanto toda essa polêmica culmina, seguimos amando odiar os vilões (vilões?) do intoxicantelado sombrio de XWP.

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Homenagens de Xena à Cultura Popular parte 7

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Por Mary Anne 

E quem diria que eu chegaria a parte 7 desse artigo! Mas estou feliz em ter chegado, e ainda mais animada porque tem muita coisa pra ser “destrinchada” na série. O trabalho é bastante e as pesquisas são quase constantes, mas para uma amante da Literatura e do Cinema, vale a pena. 

PRIMEIRA TEMPORADA

Warrior…Princess

WonderWoman.jpgNesse episódio somos apresentados á nova personagem, Princesa Diana, que não é nada menos que uma sósia de Xena. Muita gente associa o nome da Princesa como uma referência a Lady Di, contudo vamos puxar mais para o lado da ficção.Muita gente acaba não sabendo, ou esquecendo-se do fato que a Mulher Maravilha era na também conhecida como “Princess Diana”.

SEGUNDA TEMPORADA
Comedy of Eros

180px-CHANDOS3.jpgA referência aqui fica por conta do título do episódio, que traduzida literalmente ficaria “Comédia de Eros”, o que nos lembra imediatamente de “Comédia dos Erros”ou “Comedy of Errors”, peça famosa de William Shakespeare. Como muitas obras de Shakespeare que têm origens em textos clássicos, esta não foge à regra e é construída a partir de Os Menecmos ou Os Gêmeos, do romano Plauto.

 

 

TERCEIRA TEMPORADA
Tsunami
Poseidon Adventure.jpgTodo o enredo do episódio foi inspirado pelo filme  “The Poseidon Adventure” de 1972. Um transatlântico de luxo é atingido na véspera de Ano Novo por uma onda gigantesca, fazendo-o virar de cabeça para baixo. Um grupo de sobreviventes fica abaixo da linha d’água e tenta escapar da embarcação liderados pelo reverendo Frank Scott. O filme foi baseado no livro do autor Paul Gallico, lançado em 1969.

 

 

 

QUARTA TEMPORADA
Crusader

No folclore árabe criaturas nomeadas como Jinns, ou Djinns são consideradas gênios que podem ser malignos ou bondosos.
sNajara é uma versão torta de Joana D’Arc, figura histórica que dizia ter visões e ouvir a voz de Deus, o que lhe inspirava em batalha. Foi acusada de heresia e queimada numa estaca. Posteriormente acabou sendo canonizada pela igreja.

 

 

QUINTA TEMPORADA
Little Problems

Gabrielle tem uma fala “My little girl is selling Jr. Amazon cookies”. Nos Estados Unidos é comum garotas escoteiras venderem biscoitos para arrecadamento de fundos todos os anos.

Em certo ponto o gêmeo Castor, diz “My brother and I pride ourselves on being `cunning
linguists.”, frase que faz referência ao filme “James Bond – Tomorrow Never Dies” onde há o seguinte diálogo:
James Bond: [Enquanto estava na cama com uma professora de língua Escandinava] I always enjoyed learning a new tongue.
Moneypenny: You always were a cunning linguist, James.

Eu mantive no idioma original porque se traduzido, perderia o trocadilho. Por razões de essa ser uma Revista família eu não vou explicar a piada, só vou adiantar que “cunning” significa “esperto”, “habilidoso”…o resto vocês que descubram haha!

Enquanto conversando com os gêmeos Castor e Pólux, Gabrielle se apresenta como “Bruna”, e Afrodite meio incerta ao dizer seu nome responde “Hilda..?.”. Uma referência clara á personagem mítica Brunhilda, considerando que Gabrielle a Afrodite estavam usando trajes escandinavos. Elas também dizem ser de “Valholla”, ou seja, um nome distorcido para Valhalla.

SEXTA TEMPORADA
Path of Vengeance

O Escorpião e o Ganso citados pela historinha contada por Ares era na verdade uma distorção de uma das fábulas mais famosas de Esopo onde no lugar do ganso, havia um sapo. Esopo era um grego que vivei na mesma época de Safo.

 

 
 
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A grande jogada da ambiguidade

Comentários

 

Por Mary Anne

 

Okey, eu resolvi destruir minha reputação de vez, mas ambigüidade sempre foi um assunto que me fascinou e não é porque ela apareceu na novela das oito que eu vou ignorá-la.
No mês passado foi ao fim uma das novelas onde existiu uma das psicopatas mais “callísticas” da TV brasileira, a Flora. Mas não é dela que quero falar aqui.

Vocês devem estar se perguntando o que eu vou desenterrar dessa novela e comparar com Xena Warrior Princess, de novo.
Bom, XWP foi uma série que em um aspecto ou outro sempre esteve movida pela ambigüidade, principalmente quando se trata do relacionamento das duas protagonistas. A ambigüidade foi a sacada genial dos produtores, o modo de agradar a gregos e…romanos, não apenas quando se vem falar de subtexto, mas quem nunca ficou com a pulga atrás da orelha depois de ver The Furies pela primeira vez, pensando “ARES, pai de XENA, mas…?!”, ou quem não teve muita certeza se Xena estava ou não no barco na cena final da série?

A Favorita tem bastante em comum com XWP, por mais que seja um pouquinho desagradável comparar a nossa amada série com um produto pra cultura de massa brasileira e nós saibamos que a série é uma obra muito mais profunda e cheia de cultura.

Começando pela adorada Flora, que não era apenas uma vilã qualquer, mas uma PSICOPATA, tal qual uma certa loira de XWP!A questão que ficou foi, qual era a da Flora? Qual a origem de sua obsessão. Um fato ficou claro. Flora AMAVA Donatella, e a rejeição era seu maior temor. Paradoxo isso, se considerarmos que ambas se atazanaram a novela toda, não? Mas que tipo de amor era esse? Ora aparentando o velho “amor de irmãs”, ora parecendo algo mais subtextual. A resposta? Acredite no que você quiser.

Mas havia outro problema além desse amor, o complexo de inferioridade, o desdém. Em A Favorita, nenhuma das duas são santas. Flora era uma psicopata, mas Donatella uma rica esnobe que acabou se metamorfoseando. E será que isso não tinha raízes mais fundas?

“Chega de brincar de desenhar, eu quero brincar de cantar”
“Eu não sei cantar muito bem.”
“Mas eu sei”
.

Um simples diálogo infantil mostra o quanto Flora era arrastada pela irmã de criação, que não se importava com suas possíveis dificuldades uma vez que o que lhe importava era a sua própria habilidade.
As cenas de Donatella no teatro numa encenação onde humilhava Flora com o lenço que tanto lhe significava foram cruéis. Tão cruéis que me faz duvidar que boa parcela dos espectadores não tenham odiado a Donatella naquele momento, e ainda  mais quando a mesma rasgou a boneca que  importava tanto para a outra mulher.

Será que existia apenas uma vilã ali? Nada justifica o comportamento sádico e atormentador de Flora, mas por alguns momentos, meio isolados, Donatella foi ali não somente a mocinha da história, mas a “real bitch” de algumas situações.

No fim das contas, comoventemente, Donatella era A FAVORITA, não de Lara como Brasil pensou de início, mas de Flora, numa relação e sentimentos tortos e não convencionais, mas de um jeito que transpira complexidade psicológica.

Mas a ambigüidade parou por aí? Não.
Muita gente ficou com a maior cara de tacho no final da novela se perguntando quem em Tartarus era o pai da filha da Mariana. A resposta estava nas fuças do espectador, mas de maneira bastante subtextual, devido a natureza chocante do fato. O pai da filha de Mariana, era muito provavelmente o próprio pai de Mariana, e isso fica visível na frase da menina “Não encoste nela.Você não vai fazer com ela o que fez comigo”.

Qual o motivo de tanta relutância em perdoar? Por mais cafajeste e imprestável que Leonardo fosse, Catarina e Domênico já haviam lhe perdoado uma vez. Mas nunca Mariana, que sentia pavor de ficar no mesmo ambiente que o pai, que tinha completa repulsa pelo mesmo. Abuso Sexual foi jogado ao bolo de temas de uma maneira muito sutil, porque ainda hoje é um assunto que choca, que provoca mal estar ao se falar sobre.

Por último, venho aqui falar das uber Xena e uber Gab brazucas, ou seja, Catarina e Stela! Só pra constar, a parte do uber foi brincadeira.

A parcela que torcia por elas, na semana final da novela, só fez xingar. Xingar o autor. Xingar a Catarina. E xingar o pobre verdureiro com tipão de Joxer.
Como diabos podia João Emannuel Carneiro fazer Stela se consumir de amor não correspondido e de ciúmes enquanto Catarina andava pra cima e pra baixo “rolando como duas doninhas” com o verdurinha? Bom, no final o pé na bunda de Wanderley foi acertado e há quem diga que o subtexto favorece as soulmates brazucas.

Mas teimo em repetir, novela é cultura de massa, e quando a coisa sai um pouco da freqüência do cérebro dos espectadores e se torna preciso digerir as informações, o povo prefere simplesmente ficar com a casquinha e se contentar com ela.O que quero dizer com isso? Muitos afirmaram que Catarina não ficou nem com Wanderley nem com Stela. Mas o que foi aquele papo de “viver novas experiências e aventuras”? Coincidentemente logo ao lado da Stela, um dia depois de desistir de casar e em Buenos Aires, conhecida como capital Gay da America Latina. Detalhe: algumas semanas antes Catarina dizia para Stela que sonhava em passar a lua de mel em Buenos Aires, pois pelo jeito foi isso mesmo que ela fez!

Outro ponto interessante foi o último diálogo das duas na novela, onde Stela diz “eu fiquei tão feliz de você ter aceitado o meu convite”, mas lembremos aqui que a idéia de ir para Buenos Aires era de Catarina e não de Stela.Então, que convite era esse? Era aquele feito dois capítulos antes onde ela dizia que achava que Catarina deveria viver “novas experiências” antes de se atirar em Wanderley sem pensar.

E dá-lhe subtexto!

Em suma, o autor novo e meio inexperiente conseguiu fazer uma novela interessante. Com temas mais complexos que as novelas saturadas de Leblon e glamour carioca de Manoel Carlos, ou os dramas de imigrantes de Benedito. Ele cometeu gafes sim! Mas que não comete? No fim é apenas “Yet another ‘a favorita’ Inconsistence”.

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[Poesia]Uma e Outra

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Girrezi Duarte Ribas

TIRANDO O PÓ:

Revirando meus escritos antigos, caderninhos e agendas da época de colégio, encontro seguidamente algumas coisas que me fazer gargalhar ao perceber como somos bobinhos e nos preocupamos com bobagens durante a infância e o início da adolescência. Tudo é motivo de “procurar a quinta pata do gato”. Porém, em uma das minhas madrugadas entediantes de insônia própria das férias, encontrei algo que me deixou contente ao ver que algumas das minhas idéias e filosofias de antes fazem sentido, pois penso da mesma forma até hoje. Inspirada pela revolta que sempre me causaram (e causam) comentários homofóbicos de qualquer espécie, escrevi, há alguns anos, essa crítica metafórica a todos aqueles que crêem que as pessoas devem se comportar da mesma maneira, muitas vezes antiquada e imposta pela sociedade.
Hoje, com um olhar mais amadurecido, aplico esse meu momento “eu lírico” também ao universo xenite, como uma homenagem à uma relação que transcende carne, sexo ou tempo. Xena e Gabrielle são muito mais do que simples corpos sarados perdidos em alguma época morta. São lição de moral, de ética e de vida.

UMA E OUTRA

Tão lindas, são as estrelas
vivendo juntas, enamoradas,
profundeza que se perde
quando se vêem separadas.

Tão lindas, coroa e pedras!
Pólo de soberania,
enquanto a virtude cresce
sublime sonho irradia.

Tão lindas, noite e lua!
Das quais depende o destino.
Sem uma há desequilíbrio,
sem outra, há desatino.

Lindas são até as letras,
distantes, não têm sentido;
unidas, são melodia
a tudo que se há vivido.

Lindas também as palavras,
que se vestem de vagão:
uma ante outra, libertas,
fazem do medo canção.

Tão lindas, morte e vida…
…e um ciclo regenera!
Se amam tanto essas fases
que uma pela outra espera.

Tão lindas são as lembranças
que jamais nos chegam sós.
Lembrando de quem viemos,
agride a ti sobre nós?

De nós, o mesmo sorriso,
de nós o mesmo defeito
de nós a mesma virtude,
mas não o mesmo direito?

Mas se o verso desaponta…
…Ai! Terrível ignorância!

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Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer

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Por Tainara Nogueira

Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer
Então um dia Xena morreu!
Então um dia o amor acabou!
Então um dia a Paz se foi!
Então um dia já se tornam dias!
Vilões se tornam companheiros de caminhada!
Mas, ainda podemos lembrar-nos dos dias que ela viveu, nos dias que sentimentos viveram dentro de nós!
Se Xena fosse um sentimento… De coragem para os acanhados, de amor para Gabrielles… De inspiração para os sonhadores. Só que existem pessoas em nossas vidas que são Xenas ou Gabrielles para nós e quem sabe as duas.  Então algo inesperado acontece… Não que você seja a escolhida para que tudo de repente caia… Xena nunca pensou que seu irmão iria morrer e que ela seria uma assassina, ou que depois uma heroína… Que Gabrielle entraria na vida dela… Sempre achamos que vai ser com o outro, com um Joxer da vida… Com um camponês… Um desconhecido qualquer, mas com nós? NUNCA!
Talvez sejamos bons demais, ou quem sabe há muitos vilões para combater, muitas histórias a se contarem… Muita gente para ensinar. Nem sempre vai acontecer tudo exatamente como queremos, nem sempre, a não ser Xena (risos)… Vamos vencer todas as lutas e chegaremos a todos os lugares que queremos. Às vezes nosso caminho deve ser outro. Nem sempre sorriremos, ou teremos alguém por perto para sorrir por nós. Nem sempre as pessoas que mais amamos vão pensar como nós pensamos ou vão decidir o que nós queremos. Nem sempre a vida nos trará agradáveis surpresas, e nem sempre saberemos enxergar as que já chegaram. PENSE, REFLITA! Não é verdade que onde há luz não existe escuro? Na verdade, não deveríamos conhecer o escuro. Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final… Não se pode perder a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? Teve que enfrentar uma vilã que dá nos nervos? Acordou sem paciência? Descobriu que aquele vilão voltou?  A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?  Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu… Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão, e existem histórias que não se repetem, pessoas que não voltam, segundos que se vão, seriados que acabam… O que importa é o que fica no coração.
Tainara Ribeiro Nogueira de Souza

 

 

 

 

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O Símbolo Da Mulher

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Por Diéssica Duarte Ribas

 

Estava vendo Cradle of Hope, à 01:08 da madrugada (aproveitando as férias, hehe), quando percebi o quanto Xena é o retrato das mulheres.
Durante séculos, as mulheres foram tratadas como lixo, como escravas. Estavam submetidas à força física dos homens que as cercavam, como pais, maridos, e até desconhecidos. Eram tratadas como um simples aparelho reprodutor, que não gerava filhos, e sim sucessores. A luta foi árdua, desde o início dos tempos. E na época dos deuses antigos, raramente existiam mulheres que se sobressaíam perante os homens. Sabemos que com certeza elas existiam, porém, percebendo tão pouca consideração com as mulheres da época, quase não temos notícias de que alguma Xena um dia existiu. Mas hoje, temos consciência da verdadeira importância das mulheres em todos os cantos do mundo, e com isso, percebemos a evolução do feminismo através dos tempos.
Apesar de demorar séculos para imagem da mulher ser lapidada, acredito que a raça feminina sempre foi a mesma, com a diferença de que cada vez mais temos a coragem e a justiça ao nosso lado. Vejo isso por experiência própria: me submetia a qualquer coisa, sempre… Achava que só porque eram mais velhos do que eu (pais, professores, vizinhos, etc.) estavam sempre certos. Aquilo de ficar quieta sempre me deixava louca, pois era clara a minha razão nas “discussões” (às vezes, hehe). Foi quando, aos 9 anos, eu gritei: “e agora, quem poderá me defender??”. E veio a Xena e disse “EU! A Princesa Guerreira!”; e meu mundo estava salvo. Claro, meu adolescer me ajudou a ser mais solta, a falar mais, a compartilhar opiniões sem ter medo de ser contrariada. Mas o que realmente fez a diferença (novamente) foi a bonitinha do Chakram. Comecei a explorar as opiniões dos outros, como por exemplo: “Mas por que eu tenho que parar de conversar se meu colega está conversando?”, ou então: “Por que minha irmã ganhou dois negrinhos (aqui no sul brigadeiro é chamado de negrinho xD ) e eu só um?”, coisas pequenas assim, mas que auxiliaram na minha comunicação com os outros.
Voltando ao assunto, creio que Xena é a imagem das mulheres de hoje e de ontem. Ontem submissas, hoje corajosas. Podem perceber: as mulheres de hoje (com exceções) são completamente independentes, não precisam dos homens pra nada (algumas pra nada MESMO); lançam suas críticas sem medo algum, como se fossem chakrans pra matar o machismo alheio; não servem mais só pra pilotar fogão (ai como eu detesto essa expressão), pra serem donas de casa, pra dar à luz a 30 filhos e cuidá-los absolutamente sozinhas; lutam com muito ardor por seus direitos e por seus filhos, pois como diz Athena, “não há animal mais perigoso do que a mãe que protege sua cria”; não abaixam a cabeça pra qualquer comentário machista e quase sempre tem um “vai a merd*” pro engraçadinho da praia que diz: “ai, que gostosa!”;
Acredito nisso também pois Xena é uma das primeiras mulheres a se sobressair perante o machismo; e com certeza a pessoa que nunca viu Xena não tem o mesmo pensamento de quem já viu. Então eu pergunto: porque a comunidade homossexual se interessou tanto pela série? Será mesmo que foi só pelo romance X/G? Creio que não. O que tem em comum entre Xena e essa comunidade com certeza é o feminismo, a liberdade, o fato de não abaixar a cabeça pra homem nenhum. E o bom nisso tudo é que não atrai só a comunidade homossexual; atrai também aquelas que simplesmente querem lutar por seus direitos, que querem mais respeito, que estão cansadas de tanta humilhação por parte dos homens. Esse é meu caso.
XWP é importante também, vendo por esse angulo, para homens: homossexuais ou não. Aos homossexuais porque aprendem a admirar cada vez mais as mulheres, além de perceber que não é só por ser mulher que todas são obrigadas a usar maquiagem, a usar roupas sensuais, a serem vaidosas… enfim, aprendem a conhecer mais esse universo que tanto os encanta. E aos heterossexuais, principalmente; pois aprendem a acima de tudo RESPEITAR o nosso espaço, o nosso jeito de ser, e percebem que as mulheres têm forças SIM, mesmo não sendo física. Aliás, física sim… já imaginaram homens ganhando filhos? Eles não agüentariam… não mesmo.
Enfim, as mulheres de hoje merecem mais que respeito, merecem admiração. E eu, que já fui aquela menininha quietinha da sala de aula, me empolguei tanto com a Gabby em The Reckoning – sem subtexto -, e com a Xena e seus discursos pelos direitos das pessoas, que meu sonho é ser promotora de justiça, e espalhar essa idéia a todos os que me cercarem.
Beijos!

 

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