Robson Cardoso dos Santos

“A alma é um olho sem pálpebra.”

Victor Hugo

Definição

Alma [latim: anima, do grego: anemos= sopro, emanação, ar] – É o ser imaterial, distinto e individual, unido ao corpo que lhe serve de invólucro temporário, isto é, o Espírito em estado de encarnação.

Você tem um corpo? Se respondeu “sim”, quem é este “eu” que tem um corpo? Não poderia ser o corpo, certo? – não se pode dizer que o corpo tem um corpo. Então, isso é o que chamamos de alma!

Uma alma é Energia Divina; é existência além da matéria. É a parte de você que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. Não se pode ver a alma. Ela é para o corpo aquilo que o astronauta é para a roupa espacial; funciona como uma bateria, dando vida e animação. Tire o astronauta da roupa, e esta será basicamente inútil. Tire a alma do corpo, e o corpo basicamente desmorona. (Isso é a morte – a separação entre corpo e alma).

Tremores da alma

Dizem que “o que os olhos não vêem, o coração não sente”. E isso é bem verdade. A alma imortal, tomada neste ditado popular como o coração, interfere diretamente no humor de nossos sentimentos humanos. Tudo que nossos olhos enxergam pode funcionar como um leme para nossas palavras e ações, e agitar as águas plácidas de nosso ser. E seu eu interior acaba refletindo no eu exterior.

Como um exemplo simples: se sua namorada é toda amorosa com você, não há motivo para que você alimente nenhuma inquietação interior, ok? Você está tranquilo no relacionamento. Daí certo dia, um amigo seu chega te dizendo que sua garota foi vista beijando outro cara. Qual a sua reação imediata? Confia no amor que ela sempre disse sentir por você e ignora a fofoca? Ou você se rói de aflição, louco de vontade de serrar a garganta da guria? Em situações assim, a alma sempre estremece, como se você estivesse preso no porão de um navio naufragado por causa de uma Tsunami… sufocando… e precisa tomar alguma atitude emergencial em busca de oxigênio.

Seus olhos precisam “ver” sua namorada agarrada com outro sujeito, a fim de que você possa digerir duas coisas: primeiro, o fato de que ela é uma vagabunda; e segundo, a lamentável realidade que você foi feito de palhaço e ganhou um par de chifres. Enquanto seus olhos não mirarem a traição, sua alma vai virar vítima de um inferno de suposições, e a pulguinha fica atrás da orelha mesmo depois que você chega pra sua namorada perguntando da onde surgiu a tal fofoca, porque, afinal, onde há fumaça, há fogo.

Olhos negros

Por trás de olhos inteiramente negros, não há nada. Olhos negros são um simbolismo para a maldade, a ausência da luz humana. Como os olhos são considerados a Janela da Alma, se o branco de sua córnea e a cor de sua íris se perderem num pretume, como se o negro de sua pupila tivesse tomado conta, isso indica que há algo errado com a sua pureza original.

O lado malvado de Xena nos foi apresentado pela primeira vez em XWP no episódio 1×03 – Dreamworker.  Essa Xena malévola de tempos antigos tinha olhos negros, numa clara personificação de um ser desprovido de luz e bondade.


Dentre os inimigos que saíram dos sarcófagos em 3×12 – The Bitter Suite, estavam uma Xena e uma Gabrielle de olhos negros, simbolizando o ódio.                                                                                                           


Sensibilidade

A alma é dotada de uma sensibilidade muito mais apurada do que a que nossos cinco sentidos carnais podem nos oferecer. Quem disse que dor física só se dá por uma facada na pele ou por um câncer agarrado a algum órgão interior? Muitas dores da alma vêm do que nossos olhos (e podemos abranger o sentido da audição também) testemunham à nossa volta. Uma harmonia dos sentidos orgânicos com o sentido imortal. O que as pessoas fazem ou deixam de fazer conosco pode agitar nossas convicções internas mais silenciosas.

Muitas vezes, você vê um amigo sorrindo, mas seus olhos denunciam tristeza, e não me refiro ao evidente inchaço avermelhado típico de quem andou chorando. Estou falando de algo mais sutil, daquela faísca opaca na íris dele, indicativa de que o corpo pode estar saudável e os dentes exibindo um cartão de felicidade, mas que algo está atormentando sua alma. Não é todo mundo que é capaz de identificar a verdadeira emoção de um olhar, assim como nem todo mundo é legível com apenas uma olhada.

Xena e Gabrielle eram capazes de enxergar mundos dentro dos olhos uma da outra. Mundos passados, mundos futuros, e a realidade presente. Existe coisa mais mágica do que alguém ter o tato de perceber suas emoções mais secretas, que, mesmo colocadas em palavras, jamais fariam justiça ao que seus olhos estão expressando em quadro mudo?

Auto-ajuda

Não são raros os livros de auto-ajuda que ensinam o homem a assumir o controle de suas emoções, filtrar o que pode afetar nossa alma, a fim de que nossas palavras e atos não machuquem a ninguém e, por consequência, a nós mesmos. Afinal, quem nunca se sentiu deslocado e sedento por se encontrar? São sensações espirituais esmagadoras até mesmo para o corpo físico, mas como não somos os primeiros nem seremos os últimos a nos sentirmos assim, por que não tomamos lições com mestres que já alcançaram uma sabedoria mais ampla e elevada que a nossa?

Sabem aquelas obras que te deixam boquiaberto por você nunca ter se dado conta de certas verdades da vida, mesmo as mais óbvias? Este é o caso do filme “Poder Além da Vida” e do livro em que o filme se baseia, “O Caminho do Guerreiro Pacífico”, de Dan Millman. Tanto um como o outro lembram muito a 4a temporada de XWP, no quesito dúvidas existenciais e busca pela compreensão do caminho. Dan, o autor e protagonista das experiências narradas, é alguém cujos olhos são faróis indicando sua vida vazia e insossa. Ele acaba conhecendo um senhor que pode muito bem funcionar como um Eli ou uma Lao Ma da Modernidade, ajudando Dan a acalmar urgências desnecessárias.

Só pra dar uma ideia pra vocês do peso dessas maravilhas, eis a sinopse:

“Apesar do sucesso de sua carreira, o atleta campeão do mundo Dan Millman é perseguido por um sentimento de que algo está faltando na sua vida. Despertado certa madrugada por um pesadelo sombrio, ele vai até um posto de gasolina, encontra um velho chamado Sócrates, e seu mundo se modifica para sempre. Guiado por esse excêntrico velho guerreiro, atraído para uma jovem mulher ardilosa chamada Joy, Dan inicia uma odisséia espiritual nos reinos da luz e da sombra, do romance e do mistério, rumo a um confronto final que o libertará ou destruirá.”

Algumas mensagens da obra:

“A jornada é que traz a felicidade, não o destino.”

“Aquele que mais tem dificuldade em amar é o que necessita mais de amor.”

“Algumas vezes é preciso perder a cabeça para conseguir pensar racionalmente.”

”As pessoas têm medo do que há dentro delas,
mas é o único lugar onde encontrarão o que precisam.’

Eu recomendo! Procurem! Certamente vai dar a vocês alguma inspiração para o âmago.

Então, vou ficando por aqui, meu amigos. Sabemos que muitos escritores e compositores já dissertaram sobre a alma, mas e você? Já tentou?

“A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.”
Mário Quintana

“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.”
Bob Marley

“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”
Rubem Alves

“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.”
Clarice Lispector

“Amar é mudar a alma de casa.”
Mário Quintana

“O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.”
Michelangelo

“Minha alma é feita de luz e trevas; nada de brumas. Ou faz bom tempo ou há temporal; as temperaturas variáveis são de pouca duração.”
Victoria Ocampo

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 Robson Cardoso dos Santos

O poder de um busto a favor do Bem

Nos humanos, o nome é seios. Quando nos referimos aos animais, chamamos de tetas. Em ambos os casos, as mamas são a parte feminina do corpo de um mamífero, e têm a função de produzir leite para alimentar os filhotes em seus primeiros meses de vida.

Seios volumosos e durinhos são o modelo que a sociedade oferece às mulheres caso elas desejem se enquadrar em seu título popular de “gostosa”. Uma moça com uma comissão de frente chama a atenção, pára o trânsito, dá torcicolo no pescoço de muito marmanjo por aí. Mas nem todas as mulheres contam com essa dádiva natural em sua anatomia, então apelam para as próteses de silicone. O silicone, hoje em dia, é para a mulher o que o cachorro é para o homem: o melhor amigo.

Que Xena provocava homens sem precisar fazer esforço de qualquer natureza, isso todos nós sabemos. Por consequência, provoca xenites também, a danada. Olhos azuis estonteantes, lábios vermelho-perigo, cabelos negros esvoaçantes, coxas firmes, voz rouca e… um belo par de seios. Se vestida naquele seu couro estiloso ela já emanava uma aura embriagante, imagine a sensação de vê-la completamente nua na sua frente! Coisa de louco!

São raros os xenites (digo raros porque talvez as crianças – e somente elas – não se encaixem nessa legião) que nunca assistiram XWP dando uma boa olhada no físico da heroína protagonista. Caramba, ela era mais bonita e produzida do que qualquer outra mulher que aparecia em cena! Não dava pra não se encantar com os traços fortes e ao mesmo tempo muito femininos e angelicais de Xena. Que nem cantava Rita Lee, “com a sutileza de um furacão, você vai tomando conta do meu coração…”. Acho que Rita compôs essa música logo depois de dar uma lidinha em alguns pergaminhos de Gabrielle…

Esses nossos amigos aí esqueceram completamente da luta corporal em que estavam empenhados, e não podemos censurá-los por isso: do rio próximo, uma sereia morena, bem menos inocente do que a Ariel da Disney, desfilava nuazinha e molhada para levar um papinho com eles na margem…

Pela baba escorrendo pelo queixo do Deus da Guerra, podemos imaginar (sim, infelizmente pra gente é só imaginação, companheiros…) que Xena possui um baita par de seios maciços como mármore. Ô delícia!

E o privilegiado Ares viu os peitos de Xena não uma vez, mas várias (The Reckoning, Chakram, Amphipolis Under Siege…), mas, assim como nós, não chegou a provar da textura. Pela cara do deus guerreiro, a qualidade do produto é de dar água na boca! Até uma boa dose de álcool ele teve de virar, quando foi convidado pra dar um alôzinho para os “meninões” de Xena! Impossível não se “acender” com uma visão paradisíaca dessas!

Virgil tinha uma quedinha por Gabrielle, mas quando a roupa de Xena tirou folga de seu corpo em Who’s Gurkhan?, ele parecia muito com seu pai taradão! Algo como Joxer vislumbrando Meg! E falando nisso, Meg, Diana e Leah eram sortudas de terem uma “embalagem” igualzinha à de Xena.

É por isso que eu lhes digo, companheiros: não importa se tu és hetero, homo, padre ou freira – a menos que tu sejas cego, Xena vai te corromper do jeitinho que corrompeu Lúcifer! E com um corpo desses, a Princesa Guerreira vence qualquer batalha contra você sem que ela precise erguer a espada. Afinal, essa parte de erguer a espada fica por nossa conta, né?!!!

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Camila Conceição

O diferente assusta. Venda nossos olhos e encobre qualquer rastro de razão que nos torne possível sensibilizar algo em comum. 
O medo é o caminho para o ódio, a estrela guia para a ignorância. 
Muitas vezes sangue será derramado, gritos de horror serão ouvidos e tímpanos inocentes serão dilacerados com os ruídos da verdade.
E como derrubar as vendas de nossos olhos e ultrapassar as barreiras do preconceito? Como pode ser possível nos libertar dos nossos valores e premissas? Como não perder a humanidade e saber até onde ela vai?
Xena encontrou, por mais de uma vez, a Horda. Uma tribo violenta que, a todo custo, tentava se apoderar daquilo que necessitavam. Kautaka! Esse era o bem de maior valor. Aquilo pelo qual, no leito de morte, chamavam,pediam, imploravam. 
A guerreira por pouco não teve seu fim nos machados da Horda. Escapou por pouco e os reencontrou em The Price. Ao lado de Gabrielle reorganizou o exército dentro da pequena fortaleza, fez emboscadas e, apesar da desvantagem, fez um bom estrago.
A Evil Xena parecia estar de volta! O olhar, os gestos e até mesmo a voz assustavam. Não era a Xena, nossa heroína redimida, era a outra há muito adormecida.
Olho por olho, dente por dente… fogo por fogo!
Gabrielle não iria abaixar a cabeça para esse tipo de atitude. Ela já estava no caminho do amor mesmo sem perceber de fato. Bastou dois minutos de “diálogo” com um membro da horda para ela descobrir que o Deus da Guerra deles era, na verdade, água.
Quantas pessoas são capazes de fazer o que ela fez? O que é ser um herói afinal?
Talvez lutar em prol daquilo que se acredita. Ou talvez baixar não a cabeça, mas as armas. E com um mínimo de cordialidade tentar ouvir seu semelhante.
Quem sabe compartilhar daquilo que temos de melhor e em abundancia? Kautaka, comida, tecnologia, cultura. Mas só quem sabe… 
Também em Doughter of Pomira eles reaparecem. E por menos favorito que esse episódio seja entre os fãs da série, ele é um dos que trazem uma grande moral. 
Todos determinavam o que era melhor para Pilí, mas todos se esqueceram o que Pilí queria. Cabia a ela decidir seu futuro, seu destino. Independentemente das circunstâncias. Ela possuía uma identidade intrínseca, não selvagem, ignorante ou burra. Diferente, somente diferente.
Ela possuía os valores de uma família, sabia seu lugar em uma sociedade. Apenas as roupas, as cores, os acessórios e o idioma a diferenciavam da maioria (1).

Será que não existe uma Pilí dentro de cada um de nós? Não Somos iguais afinal.
Bastou ela colocar um vestido e pentear as madeixas que magicamente adquiriu humanidade. Der repente ela fazia parte de uma sociedade decente. Ela era gente. Ela era uma semelhante, uma igual.
Mas ela não era ela…
Também em The Abbys nos é apresentada uma nova cara da Horda. Talvez uma outra tribo que fale o mesmo idioma, já que ao final do episódio um membro, ao ver a queda d’água em sua direção, grita por Kautaka.  Agora com hábitos canibais (2) e ainda no caminho de Xena e Gabrielle eles estão extremamente hostis. Não querem saber de conversa, só comida. Possuem roupagem diferente com cabeças e pele de animais para se disfarçarem. 
As tribos canibais existiram nos primórdios espalhados pelo globo e na Europa, se focavam principalmente na França e na Espanha. Grandes povos com cultura e inteligência nata praticavam o canibalismo com fins além do apetite. Também era motivo religioso, de guerra ou para homenagear um parente falecido. Xena retratou bem os canibais os mostrando com dentes lixados até adquirirem uma ponta.

No Brasil temos em destaque as tribos Tupinambás (3) que comiam a carne de seus inimigos acreditando consumir, na verdade, sua sabedoria e astúcia. Embora seja possível também que os navegadores e colonizadores tenham registrado erroneamente essas informações a fim de terem uma justificativa para escravizar esses “animais” (4). 
Seja como for, espero que desde já, nós como Xenites de mentes abertas temos o dever de passar por cima das barreiras da ignorância e olhar além da superfície. Agir como somos e respeitar mesmo aqueles que não nos são semelhantes já que nem sempre haverá uma Gabrielle disposta a se arriscar numa missão suicida somente para dar água à moribundos que não falam seu idioma.

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Natasha T. dos Santos

Xenítes, 2009 chegou ao fim e finalmente chegou 2010! Antes de mais nada espero que todos vocês tenham um ano maravilhoso e também que a nossa Revista Xeníte continue cada vez mais popular nacionalmente e internacionalmente, graças a vocês leitores com sua atenção reservada a nossa revista on-line e seus comentários, seja criticando, elogiando ou até mesmo sugerindo, agradeço a todos vocês que fazem nós escrevermos cada vez com mais vontade.
Voltando ao artigo, quis colocar um título qual fosse bem inteligente e ao mesmo tempo despertasse a curiosidade do leitor, então escolhi esta frase de Mário Quintana. Agora fico aqui pensando, como posso começar o que eu pretendo escrever? Não quero algo melodramático. Somente quero que todos entendam o que tenho a transmitir.
2009 não foi um ano tão fácil, teve sim suas alegrias e momentos maravilhosos, mas para muitos este ano foi marcado como um ano de perdas, a perca de alguém muito especial, assim como aconteceu comigo, fiquei sabendo que alguns xenítes também que passaram por isso, e talvez pelo meu espírito xeníte estar mais aflorado neste começo de ano, estou aqui…
Na realidade, o que seria a morte? Ficamos aqui imaginando o ‘porque’ de esta tão indesejável existir, e quando nós perdemos alguém, sentimos a dor que esta causa, e as primeiras coisas que fazemos é nos revoltarmos com tudo e todos, depois ficamos inconformados e achamos que esta dor nunca irá sarar, e isto não é verdade, esta dor é como se fosse uma ferida aberta, que com o tempo vai se cicatrizando, só que esta ferida é tão profunda que deixa algumas marcas… esta marca a qual me refiro se chama saudade.

Quando estamos raciocinando melhor pensamos: O que tem lá do lado de lá? Xena W.P já explorou bastante esse ‘lado de lá’ nos mostrando possibilidades de como achamos que seja a vida pós-morte. Também vimos muitas vezes em X.W.P a dor da perca de alguém muito especial, principalmente com Gabrielle e Xena que não passou somente uma vez, mas várias vezes… se já sofremos horrores com a primeira perda, imagine Gabrielle e Xena que sofreram várias.
Abaixo algumas citações feitas por Gabrielle:
“A maioria das pessoas pensa na morte como o fim, quando na verdade a morte pode ser o começo” 
“A vida é eterna, não tem começo e não tem fim. Os entes queridos que encontramos em nossa jornada, retornarão varias e varias vezes. nós nunca morremos, porque na verdade estamos sempre nascendo” 
“Existe dois tipos de lágrimas. Aquela para quem deixamos ir e a outra lágrima para quem nunca deixamos partir” 

Depois ficamos nos perguntando, será que existe vida pós-morte? será que tem alguém nos esperando do lado de lá?  Será que Deus realmente está lá para nos receber? Bem, independente de sua crença ou religião, todos, sem exceção já pensaram nisto, ou se não pensaram, ainda vão se fazer perguntas como esta, porque afinal todos nós um dia vamos querer saber onde acaba nossa jornada.
Quanto a nossos familiares/amigos que se foram, assim como diz/dizia Avril Lavigne:
“The day you slipped away
Was the day I found
It won’t be the same”
A saudade e as lembranças ficam, é duro de se readaptar, mas tudo passa, eles agora se transformaram em anjos protetores que irá nos auxiliar nos momentos mais difíceis e qual também irá compartilhar todas as nossas alegrias.
Há duas frases que acho muito interessante e gostaria de deixar como dica:
“O passado não reconhece seu lugar: está sempre presente” – Mario Quintana
“O futuro tortura-nos e o passado encandeia-nos. É por aí que se nos escapa o presente” – Gustave Flaubert 
Então viva o presente, desfrute de tudo o que há de bom na vida, faça eternos amigos, dê valor a seus familiares (incluindo seu bicho de estimação), conheça um amor que lhe faça bem, sonhe… por acaso alguém é de pedra? Mas sempre com um pé no chão para não correr o risco de se frustrar, faça tudo o que lhe deixa feliz e esqueça o que os outros irão dizer (quem sabe eles não têm a mesma vontade que a sua?), e acima de tudo seja sempre você mesmo (a)… Viva la Vida.

Artigo dedicado especialmente ao meu avô que faleceu dia 09/11/09 e também a todos aqueles que perderam alguém, seja neste ou em anos passados.

Desejo a vocês xenítes um maravilhoso começo de ano ou quem sabe até um recomeço. Abraços xenísticos a todos e até a próxima edição! [Colunista Natasha Lee]

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Formatura Xenite

Por Shion Malfoy…. 
quer dizer, pelo jornalista Nigel, em primeiríssima mão tá!
E estou renomeando este artigo…

(ficou beeeem melhor viu!!!)

Olá pessoal que nos assisti. A última vez que me viram ao vivo a câmera deu uma pane e não pudemos registrar a confirmação que passei um tempão para ter – e vocês também! – daquelas duas heroínas que andam por aí pelo mundo antigo,

Como esse ‘pequeno’ probleminha me custou o emprego eu venho até vocês porque neste final de ano que passou, muitas escolas ao redor do mundo chegaram ao final do seu ano letivo. E eu não podia faltar para cobrir as formaturas completas delas não é?!?

E acompanhei uma especial, a Amphipolis High School! Então, siga câmera, e VOCÊ também!

Primeiro: A aula da saudade

É um ritual famoso entre as escolas e universidades programar uma aula especial antes do termino de tudo, que chamam de Aula da Saudade. Exatamente por isso, por que vai deixar MUITAS saudades. É uma aula descontraída, porque os alunos, professores e coordenadores estão mais entrosados, em clima de despedida, alegria  e tristeza juntas.

Na AHS não foi diferente. Primeiro porque as garotas vieram deslumbrantes, em seus vestidos esportes fino que os estilistas da moda grega e romana só fizeram elogios.

A primeira a chegar foi a loirinha mais linda do mundo dos bardos. Gabrielle chegou mais cedo porque ela que organizou tudo e queria que saísse tudo PERFEITO. Tentamos falar com ela, mas a barda estava tão apressada que só declarou isso:

– Falem com a Xena! EU NÃO POSSO!

Ela alisou os cabelos, e fez uma franginha que ficou quase original. Lembrou muito o passado dela não é?!?

– E cadê a Xena? Olha ela ali!

A Princesa Guerreira chegou logo após, e demorou a entrar porque tava fazendo a vistoria na segurança.

– Sempre preocupada com a segurança né, Xena!

– E como VOCÊS ENTRARAM?

Ela parecia BEM nervosa. Eu admito que não fui convidado, mas vou passar tudo para vocês de qualquer jeito. A Xena realmente tava um luxo. Ela sempre soube sair com o vermelho e causar inveja nas taberneiras de plantão. Mas ela mesma não se agüenta, foi logo para a mesinha das bebidas.

Logo em seguida os outros estudantes foram chegando, cada um mais animado do que o outro.

Joxer veio com um cheiro podre, parecia que tinha jogado TODO o frasco de perfume em cima dele sem nem ter tomado banho. E ainda trouxe a Meg a tira colo… o que não impediu que o garoto se enchesse de novatas rodeando-o. O cara até que tava apresentável.

Afrodite e Ares, os mais velhos a se formarem, porque repetiram demais o último ano chegaram juntinhos. Ninguém por aqui acreditou quando viram os boletins deles. Alguns dizem que a deusa da beleza só passou em Português e Literatura com uma ajudinha especial de uma certa escritora. E o bad boy mais popular do ginásio parece que ameaçou mandar o filho do coordenador para o Hades, caso suas notas nas exatas não ficassem pelo menos maiores que 11!

Apesar dos comentários esses também estavam impecáveis como sempre. Afrodite como sempre muito gostos… quer dizer, bela, e Ares com sua pode de galã de Hollywood! (Foquem nas pernas dela, nas pernas…)

(Comentário dos bastidores, gravado sem consentimento do jornalista: ‘O Ares se achou o último Rei Leão do safári da Disney naquela apresentação com a Xena… repetente! A faculdade dele vai ser na Bastilha daqui a uns séculos…)

Bem, os outros chegaram atrasados mais tudo bem, pegamos tudinho. Eve se desculpou dizendo que estava dando uma palestra com o tema ‘Os ensinamentos de Eli na educação dos jovens trovadores’ na Academia de Bardos de Athena. Veio simples como sempre… ai que saudades do tempo da Lívia!

Virgil ficou bem longe da bebida. Recomendação da Xena, dizem. Ela disse algo como ‘não pode acontecer o mesmo que aconteceu com o Lucif…’ e perdemos o resto da conversinha… meu olho ainda está doendo por isso.

As amazonas, apesar de fazerem parte de uma escola rival, o Internato Atlético para Mulheres da Floresta, apareceram na confraternização da AHS. Mas não ficaram muito tempo. Varia deu um ataque quando viu a Eve desfilando entre os formandos e saiu correndo. E a Varia não tem senso de moda…

Os Deuses também marcaram presença, apesar de Xena ter levantado os olhos – e o chakram! – quando eles apareceram no auditório. Apesar de tudo, eles gostaram na festinha que se seguiu as apresentações e aos vídeos que lembraram todo o ano que eles passaram juntos.

Como vocês podem perceber a Aula da Saudade foi um evento marcante na vida dessas pessoas, coisas que eles não esqueceram jamais. Do mesmo que esse ano (seis anos, para ser mais exato) os marcou, também marcou a nós todos que os acompanhamos de pertinho. Essa festa não seguiu a cronologia da série (ficou bem confuso né… nem eu entendi quando vi o Virgil e o Joxer-novo conversando com as veteranas). Mas sei que os ‘formandos’ sempre sentirão saudades uns dos outros, assim como nós deles.

Abaixo segue alguns flagras da Festa de Formatura, e a palavra do Shion Malfoy, já que roubei o espaço da coluna dele aqui da Revista Xenite (também, ninguém queria me dar mais emprego nesse meio…)!

Festa de Formatura – Flagras
                         

A Gabby se soltou quando Poker Face tocou na boate grega…

… e a Xena não deixou por menos: deu uma de Shakira!

Afrodite pegou geral… no final nem sabia quem tava pegando!

A Xena não se segurou… nem a Eve (aquela nunca me enganou!)

Mas a noite mesmo foram dos formandos subbers que esperaram a noite toda por isso!!!

Obs.: Finalmente ganhei minha pagino de volta. Esse Nigel é um saco! Sem brincadeiras, isso foi só uma descontração que saiu de uma idéia meio louca numa noite de terça feira. Para vocês que finalizaram um ciclo em 2009, seja na escola ou na faculdade, saibam que existe muito mais caminhos para serem trilhados, apesar do passado deixar muitas saudades. Bom 2010 para vocês. E prometo não deixar o Nigel ocupar mais seus olhos!!!

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Andréia Lopes

Um ano extremamente proveitoso quando falamos de interação entre os Xenites. 
Esse ano muitos xenitas e xenitos se conheceram e isso é muito bom, pois tivemos a oportunidade de tirar do mundo virtual muitas e boas amizades, além claro de estreitar aquelas já existentes.

Logo no início do ano, o pessoal de Brasília se reuniu pela primeira vez pra uma ocasião especial, que foi preparar a homenagem de aniversário pra Mary Anne, e lá estavam PH, Marina, Ruana e Yannara, que de maneira simples deixaram seu abraço para a aniversariante do mês, e aproveitando a ocasião se conheceram pessoalmente. Aliás, essa galera ai se reuniu dias atrás novamente para matar as saudades.

Pessoal de Brasília se encontrando para um sorvete (Ruana, Yannara, Marina e Pedro Henrique)

Em seguida foi a vez do pessoal carioca que teve a chance de ver pessoalmente a Renee, numa pequena reunião e claro algumas paulistas também estiveram por lá levando o carinho dos xenites paulistas (Dieli, Angel e Suh).

Galera de São Paulo e Rio de Janeiro prestigiando a vinda de Renee ao Brasil

Sem dúvida um dia que ficou marcado para todos que estiveram presentes e em especial cito aqui a minha amiga Bidi, que com a cara e coragem foi até onde nenhuma outra xenite foi (rsrs), essa sim mostrou determinação e força de vontade, pois mesmo sem saber se obteria sucesso foi e deu a cara para bater. Tiro o meu boné para Bidi.
  
Bidi de Robert ali no cantinho

Depois da aventura carioca, foi à vez das paulistas se encontrarem em dois em São Paulo Capital e esse também foi um momento marcante para a galera (Ro, Dieli, Elaine, Leandro, Thalita, Angel e Suh) que se encontrou primeiro para um passeio por São Paulo (sábado) e depois no Ibirapuera para uma manhã e tarde de pura diversão com jogos e uma almoço regado a soja (rsrs).

 
Galera de São Paulo em dois momentos: ao lado esquerdo pessoal no sábado (Diéli, Rosangela, Thalita, Elaine e Leandro), lado direito ( Diéli, Thalita, Angel, Suh, Chapo  e Keyse) no encontro de domingo no Ibirapuera

Lá para meados de setembro a galera do Rio de Janeiro, encorajados por Olivia também se reuniu para um dia de confraternização, de onde sei saíram boas e novas amizades.

 
Meninas do Rio de Janeiro encabeçadas pela Olivia em mais um encontro Xenite (Bru, Rita, Olivia, Sabrina, Dani e Nahalli).
E fechando agora em dezembro a galera paulista (RO, Dieli, Chapo e Elaine) voltaram a se encontrar para juntas comemorarem o aniversário de Diéli e Chapo. Como sempre um final de semana maravilhoso e de interação, o que quebra a frieza da net, trazendo o mundo virtual pro mundo real relacionamentos e boas amizades.

 
Pessoal comemorando o níver da Chapo e da Diéli (Diéli, Ro e Chapo, Chapo, Elaine e Ro) jogando sinuca e no Shopping

O ano também guardou boas surpresas para o Xenites que tiveram de volta a TV Record, embora com algumas ressalvas a exibição de Xena, o que causou uma grande surpresa uma vez que a TV Record exibiu os episódios finais do seriado, conquistando desta forma novos fãs e fidelizando os já existentes.

Também há que se destacar o sentimento de companheirismo mostrado ao longo do ano quando o espírito solidário dos amigos Xenites se fez presente nas vidas de muitos que precisavam de um ombro amigo, uma mão estendida ou simplesmente de um oi para ter seu dia alegrado com um sorriso no rosto do seu amigo.

Ser Xenite é muito mais que apenas assistir ao seriado e cultuar LL e ROC, é ser solidário com seu amigo, é mostrar que apesar das adversidades com carinho e apoio pode-se ir mais adiante, é ser capaz de perdoar quando isso se torna uma coisa sobre humana de se fazer é ser simplesmente aquela pessoa que está ao nosso lado sem nada a mais pedir em troca que um simples sorriso.

Para todos esses Xenites deixo aqui muito obrigado por terem feito de nosso ano de 2009, um ano mais que especial, Que venha 2010 com mais amigos, mais aventuras e mais risos, mais Pingüins, Patas, Veadas, Duendes, Abelhas, Ursos e Ursas, Leões da Montanha, Chapolins, Potes de Ouro no final do Arco Iris, Rios de Groselha, Rock and Roll, Viagens na maionese, Russas, Máfia de Cerveja e por ai vai

Viva 2009 e que 2010 a gente se encontre todos os dias.

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Titus

Todos sabem que um dos grandes problemas que o mundo enfrenta é o aquecimento global, que é intensificado pela emissão de gases poluentes como o CO2 (gás carbônico), CH4 (metano), entre outros. É de senso comum também que devem ser tomadas atitudes, mesmo que mínimas, para ajudar a salvar o planeta. E as pessoas o fazem (pelo menos algumas), mas quem pode, faz mais ainda.
Aproveitando sua influência como atriz e cantora, Lucy Lawless faz parte de um grupo de celebridades neozelandesas, que tem como fim fazer John Key – o primeiro-ministro da Nova Zelândia – assinar um acordo na COP15 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009 / Conferência de Copenhague), defendendo a redução da emissão de CO2 em 40% até 2020.
Para tal missão não se tornar repetitiva, desinteressante e tudo o que repeliria a atenção dos cidadãos, foi organizado o “Planet A Concert”, que, como diz o nome, é um concerto – provavelmente beneficente. Além das músicas cantadas por, dentre tantos artistas, Lucy-Lawless-Flawless-Diva, houve uma apresentação de Haka (dança típica do povo nativo da Nova Zelândia) com mais de 4000 pessoas, praticamente um Flash Mob! Ok, quase, mas pelo menos chamou a atenção, que era o objetivo.
A tracklist do concerto contou com “Losing My Religion”; “Fooled Around & Fell in Love”; “Delta Dawn”; “G.L.O.R.I.A.” e “Karma (We All Shine On)”. Nesta última, ela joga o warcry da Xena durante um intervalo na música, para dar aquele charme.
Com todo esse barulho que o povo fez, John Key foi à Copenhague tentar estabelecer algum acordo, porém a COP15 não firmou nenhum pacto ainda. A única decisão tomada, mas que ainda corre risco de desmoronar, é de que os países desenvolvidos contribuirão tecnológica e financeiramente com os países pobres, para que eles também possam ajudar a reduzir os efeitos do aquecimento global. 
Mas devemos ser otimistas, a própria Lucy Lawless disse isso em muitas de suas mensagens animadoras a respeito desse tema tão delicado. Quem quiser colaborar de alguma maneira com mensagens positivas para o primeiro-ministro John Key, já para o Twitter!  – @johnkeypm. So, battle on and sign on, Xenites!

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Tainara Nogueira de Souza.

Amigos Xenites.
Paz, paz, paz e paz… É tão procurada, falam tanto dela, mas como encontramos?
Então quer um caminho? Precisa se direcionar?
Bom, como já dizia Gandhi não há caminho para a paz, porque ela mesma é o caminho.
Quem nunca quis, ouviu dizer ou procurou a bendita paz interior?
Eu ficava vendo Eli falando, Gabrielle agindo, em muitos momentos até Xena agindo com tanta serenidade, tão tranqüilos, e eu ficava pensando: Será essa a tão almejada paz interior?
Ah, todos temos dias cheios, todos temos escola, todos temos deveres, todo mundo fica com raiva, seja com uma briga no namoro, seja por algo que nos fizeram, ou simplesmente pelos dias lotados. Até mesmo Xena com lutas, pessoas precisando de sua ajuda, e isso e aquilo. E às vezes você só quer ter calmo o bastante para ver tudo, para agir no ritmo da vida e não sair esmurrando ou de mal com a vida.
Um dia, depois de um super dia agitado, minha mãe chegou a casa, sentou no sofá e começou a conversa comigo e meu irmão, nossas famosas reuniões de família, e ela ria como se não tivesse trabalhado um dia todo, e ela sorria como se não estivesse estressada, mais tarde eu a perguntei:
– Mãe, como você consegue?
E ela me disse:
– É minha paz interior, temos que estar tranqüilos e serenos com nós mesmos para assim sermos com os outros.
Pois é, desde então eu sou o caminho da minha própria paz interior.
Ninguém tem culpa de nada que acontece em seus relacionamentos, no seu trabalho, nos seus estudos, tudo isso, exatamente tudo depende apenas de você mesmo e as conseqüências aparecem mesmo.
Imagine se Eli não ouvisse alguém porque estava cansado, ou se Xena deixasse de ajudar alguém porque não estava com vontade ou se Gabrielle desistisse de ser como era porque não estava com disposição.
Precisa estar muito bem consigo mesmo e ter a consciência de que não é culpa de ninguém.
Claro, que muitos ou todo mundo já cometeu o erro de descontar em alguém, mas é bom já que é começo de ano avaliar como estamos agindo e mudar. 
Como dia 1 é o dia mundial da paz e eu não acredito na expressão “paz se ou houver guerra” acho particularmente que nós fazemos nossa paz, então resolvi não falar da paz mundial, de não causar guerra e tudo mais, mas falar da paz pessoal, a interior que cada um pode ter, porque mesmo em XWP não era apenas a capacidade de estourar ou não uma super guerra, mas a capacidade de agir durante e sempre no cotidiano de nossas guerreiras. Temos paz mundial se estamos bem com nós mesmo podendo ter a capacidade de estar bem com os outros, é isso que é belo e é isso que é paz. E isso Xena mostrou, a partir do momento que estava bem, ela podia fazer o bem. Se há uma coisa que aprendi assistindo XWP é que nós somos o caminho, nós podemos mudar e nós fazemos o melhor quando queremos.
Espero que todos possam estar calmos e tranqüilos para agir no ritmo da vida, troquem discussões por conversas, troquem caras amarradas por sorrisos. E comemorem o dia da paz mundial, comemore dando potência a sua própria. 
Não adianta querermos mudar o mundo, e implantar coisas mundialmente se primeiro não nos salvamos. Pare de procurar sua paz interior nos outros, pare de procurar o caminho e seja o próprio caminho. E não deixe que se torne apenas um ideal.

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Robson Cardosos dos Santos

A violência em XWP

A ideia para este artigo veio da senhora minha mãe. Estava eu, certo dia, assistindo XWP, e a matriarca da casa estava do lado bufando de indignação diante de uma luta em que Xena encontrava-se em certa desvantagem. Lembrei-me de uma observação que dona Claudete fez quando eu era bem pequeno, e estava assistindo comigo a um episódio de Batman Animated Series, onde o morcegão tomava uma baita surra de um de seus inimigos mais encorpados: “Ai, filho, que Batman mais molenga! Heróis não deviam apanhar tanto assim!”.E essa lembrança me fez questionar duas coisas; primeiro: o que eu, como fã, sinto ao conferir as lutas em que Xena é praticamente reduzida a um farrapo humano?; e segundo: é realmente apropriado mostrar tamanha degradação de um ícone pop?

Violência: uma válvula de escape

Seu chefe te encheu o saco e tu ficou amaldiçoando ele o dia inteiro? Sua namorada te traiu e tu planeja “agradecê-la” pelo par de chifres? Tem vontade de puxar uma metralhadora, mirar nesses infelizes e enfiar o dedo no gatilho? Ou prefere métodos de tortura mais anacrônicos, como adagas e chicotes?

A mente humana fervilha quando algum aborrecimento parece distante de nossa capacidade de resolução imediata e temos de simplesmente “baixar as orelhas” diante de certas pessoas e situações, recolhendo-nos à sombra da submissão. E a violência que vemos em filmes de repente nos parece tão atraente e convidativa e nos convencemos que a vida seria mais suportável se pudéssemos livrar o mundo daquela criatura imbecil que só ocupa espaço. Assim sendo, é naturalmente humano pensar que a violência é o melhor remédio para a cura de nossos problemas. O desejo da prática da violência é uma válvula de escape, um extravase de nossas raivas, aflições e ansiedades; nos sentimos excitados, nos sentimos relaxados assistindo nossos heróis sortudamente abençoados com o privilégio de cometer os atos sanguinolentos que jamais poderemos executar nesta vida. Ou melhor, até podemos realizar tais atrocidades contra nossos desafetos, mas eu sou mais a favor de levar desaforos pra casa e contar até 10 até me acalmar do que ter de ver o sol nascer quadrado na manhã seguinte e deixar órfãos por aí. E, obviamente, é punível por lei qualquer ato malvado para com nosso vizinho. Estou falando de cadeia, meus amigos. As chances de escaparmos impunes, igual a nossos heróis, são pequenininhas.

Desde pequeno eu tenho um fascínio mórbido por violência gráfica; verdadeira adoração por filmes onde vísceras e membros escorrem grudentos pela tela. Mas ver pessoas morrendo no cinema e na TV só me excita quando eu não tenho um especial afeto pela personagem espancada. Percebi que me perturba um pouco ver minhas heroínas favoritas tomando porradas cruéis. Elas não são como a Buffy, que possui uma resistência física sobrenatural e uma veloz capacidade de cicatrização. Xena e Gabrielle são humanas de carne, osso e esforço, desprovidas de dons místicos como minha doce Caça-Vampiros loira. E ver Xena banhada de sangue, por mais belas que sejam a fotografia da cena e a atuação de dor de Lucy, sempre fico me remexendo de inquietação…

Callisto, César, Najara, Alti e Yodoshi, só pra citar alguns, foram responsáveis por hematomas bastante graves em nossa Princesa Guerreira. Todo Xenite se choca com a violência desferida no corpo de nossa amada Xena, e flui em nossas veias um veneninho chamado desejo de vingança. O bom é que Xena sempre ia lá e dava o troco geralmente em um dinar mais caro! Mas até que ponto os machucados de Xena eram realistas?

Diante de inimigos tão poderosos, por vezes deuses e monstros, Xena nem sempre tinha sorte de vencer ilesa. Após muita técnica e suor, ela cantava vitória, mas havia momentos em que essa cantoria vinha num timbre de dor. E devemos considerar justo que ela de vez em quando escapasse com bem mais do que um simples arranhão, já que as habilidades dela eram incríveis ao ponto de humilhar as cartas na manga de qualquer oponente. Então, pra equilibrar a balança, ao passo que Xena pulverizava a maioria de seus rivais com larga vantagem, alguns poucos deles engrenavam num mano-a-mano em pé de igualdade com ela. Resultado disso: muito, muito sangue.

Alguns machucados de Xena chegaram a latejar na carne dos Xenites. Quem não roeu os dedos ao ver Xena perder os braços em The Way, lutando contra Indrajit? Que tal dedicarmos um minuto de silêncio e rezarmos para Krishna? Se não fosse graças a ele, meus amigos, Gabrielle teria virado viúva muito antes de um certo AFIN…

Najara foi uma que conseguiu em apenas um episódio ferir Xena fisicamente de maneiras mais brutais do que Callisto vinha tentando “sem sucesso” há 4 temporadas. Bom, tia Call tinha seus méritos por ser mais engenhosa, feria Xena mais emocional do que fisicamente, roubava o corpo dela em sonhos de culpa, metia uma adaga em Argo, conspirava para a morte do filho dela etc. Mas como até o mais metódico dos vilões tem seu limite de cautela, Callisto teve uma hora que embrabeceu e tacou o chakram na coluna de Xena em Ides of March. Simples assim.

E os homens do assassino dos pais de Gabrielle? Eles praticamente moeram nossa Xena em Who’s Gurkhan? Olho roxo, inchaços e sangueira escancarados como tudo que a 6ª temporada teve de elevado ao cubo se comparado com os 5 anos anteriores (não implícita aqui uma indireta para os subbers, ok?).

E quem sofria assistindo de camarote era Gabrielle. Imaginem a agonia da barda ao ver sua amada Xena machucada daquele jeito em Destiny? Ou caída e indefesa em Ides of March? Em ambos os casos, Gabrielle foi além do limite de sua experiência e crenças espirituais e lutou pela vida de sua amiga. Não é o que amigos fazem uns pelos outros antes de se tornaram qualquer coisa acima disso?

E aquela Xena morta e decapitada em AFIN? Me embrulha o estômago só de pensar em como é ver o amor da sua vida machucado dessa maneira bárbara. Eu trocava de lugar com ele no mesmo instante. Tu não?

Se tu leu este artigo e ficou pensando que existem dores piores do que as físicas, como, por exemplo, sentir o que Gabrielle sentiu em seu coração nas situações acima… só uma dica: faça de seu corpo um alvo para uma nuvem de flechas e depois me diga o que dói mais: tristeza de espírito ou furos na tua carne! Brincadeiras à parte, tenho uma pessoa muito especial na minha vida que me diz que a intensidade de uma dor é muito particular: eu posso sofrer horrores com um pontapé no meu saco, mas as Xenites mulheres aí jamais saberão o que é essa agonia, assim como eu nunca terei a noção da dor de um parto. Gabrielle sofria ao ver o sofrimento da pessoa que amava, porque dor emocional se alastra pela cabeça, pelo coração, pela alma, e atinge em cheio o físico, dá tonturas, aperto no estômago, arrepios de frio. E ficar em posição fetal só por preocuparmos-nos tanto com alguém que acha muito sacrificante estender a mão pro telefone, discar o nosso número e nos falar: “Oi, só te ligando pra avisar que tô bem! Como tu estás? Saudade…”.

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Tainara Nogueira.

Mais um ano está indo embora. Creio que esse ano foi ótimo para nós Xenites, a participação cada vez maior de todos, Record que se mostrou quase boazinha por um pequeno período… Então, para podermos começar mais um ano com boas vibrações, estava pensando em dicas para começar 2010 com o pé direito.

– Primeiro, comece o ano já assistindo o seu episódio favorito de XWP, desde já esqueça de mandar trilhões de e-mails para a Record. Compensa mais você deixar baixando da internet e poder assistir quando quiser. 
– Mantenha seu espírito Xenite, alimente-o.
– Aprenda sempre. Não pense que só porque já conhece bem XWP, já assistiu várias vezes que sabe de tudo, aprende também com os que estão chegando agora. 
– Ria muito. Vá assistir um daqueles episódios super engraçados, ou vá rir com Gabrielle novinha e toda inocente. Mantenha sempre um sorriso no rosto.
– Purifique a alma e não guarde só para você o que aprende assistindo XWP, compartilhe com os outros.
– Nunca se esqueça dos seus amigos Xenites, temos exemplos. Temos em nós a história de Xena, Gabrielle, Joxer…
– Tome cuidado com sua saúde, até mesmo Xena e Gabrielle ficavam machucadas. É verdade que nunca as vi com gripe suína, mas se cuide mesmo assim.
– Não espere alguém dizer que te ama pra você dizer também. Xena e Gabrielle não perdiam a oportunidade, demonstre.
– Dê o melhor de si. 
– Conserve. Não deixe sua essência mudar. Não deixe que sua chama Xenite apague. 
Bom começo de ano!

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