O Guardião –Em busca da lança sagrada

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                                                                                                                                                             Por Cris ‘Barda’ Penoni

            Talvez vocês já tenham visto esse filme. A Sessão da Tarde já exibiu umas duas vezes, e também já foi ao ar a sua continuação. Mas eu tenho meus motivos para falar de O Guardião (The Librarian), de 2004.

            Flynn Carson (Noah Wyle, o Dr. Carter, de ER) é o típico nerd. Sua vida inteira aconteceu dentro de escolas e universidades, e no início do filme ele está no seu 23º curso de graduação, arqueologia. Seu professor, preocupado com o fato de Flynn não ter uma vida que não seja a acadêmica, lhe dá o diploma dois meses antes do semestre terminar.
Como Flynn não pode se inscrever para outro curso até o novo semestre iniciar, ele resolve aparecer em uma entrevista de emprego para a qual ele foi convidado. E qual é a surpresa, ele é escolhido o novo bibliotecário da Biblioteca.
As surpresas são ainda maiores quando Flynn descobre que a Biblioteca guarda grande parte dos maiores segredos e relíquias mágicas do mundo: a Arca Perdida, a Caixa de Pandora, Excalibur…
Logo em seu primeiro dia de trabalho, uma organização criminosa rouba um pedaço da Lança do Destino, aquela que atravessou o peito de Jesus Cristo na cruz, para que não houvesse dúvidas que Ele estava morto. Judson (Bob Newhart), o chefão da Biblioteca, manda Flynn partir imediatamente, para recuperar os três pedaços da lança e proteger o mundo. E assim, acompanhado da bela e valente Nicole Noone (Sonya Walger), Flynn viaja para a Floresta Amazônica, onde o primeiro pedaço da lança está escondido.

            O filme é bem criativo, com personagens interessantíssimos. Os locais onde a aventura ocorre são magníficos, e quem gosta de História vai se deliciar com o filme.

            Mas, peraí… O que O Guardião tem a ver com Xena?
Joseph LoDuca. A trilha sonora fica por conta do gênio cujas composições embalaram as aventuras da Princesa Guerreira.
Sem contar a ação, as lutas e belas mulheres lutando muito mais que muito marmanjo.

            Fica a dica. E, para quem gostar do filme, vale a pena procurar as continuações, O Guardião 2 – O Retorno Às Minas do Rei Salomão e O Guardião 3 – A Maldição do Cálice de Judas.

 

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O Grande truque e XWP: A tênue linha entre a vingança e a obsessão

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Yannara Marques

 

 

É curioso como todo mês eu não tenho a mínima idéia sobre qual filme escrever para RX e de última hora descubro algo que lembra a serie em algum aspecto.
Quem já viu O Grande Truque deve estar pensando: “WTH?”. O filme em questão aparentemente não tem NADA a ver com XWP. De fato, são estórias diferentes, passadas em épocas diferentes. Então por que estou escrevendo sobre ele?

Primeiro, vamos entender a estória…

De Christopher Nolan  (o “grande” diretor de Batman – O cavaleiro das TrevasBatman begins e Amnésia) O Grande Truque (baseado no livro The Prestige) não é mais um épico cheio de ação e aventura com mulheres guerreiras se redimindo de seus Sins of the past. O longa em questão é até complicado de ser enquadrado em algum tipo especifico de gênero narrativo cinematográfico, o que parece ser uma estória de mágicos é pano de fundo para uma silenciosa e turbulenta disputa psicológica entre os protagonistas interpretados por Hugh Jackman e Christian Bale.

Na Inglaterra do século XIX, numa época onde centros de diversões eram amplamente requisitados e recompensados, ser mágico era altamente lucrativo – se fosse bom nisso. Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Bale) são dois mágicos que trabalham juntos e são melhores amigos até que um fatídico dia durante uma apresentação ocorre um acidente e a assistente e namorada de Robert morre. Robert imediatamente culpa Alfred, e começa a nutrir um incontrolável desejo de vingança.

Quando Alfred começa a ganhar fama com um novo truque o qual ninguém consegue explicar. Robert inicia sua obsessão em ser melhor que o “amigo”.

“Eu não faço isso pra me vingar, quero roubar o número dele.” – Robert revela no decorrer do filme

A vingança, que a principio tinha como motivador a morte da garota, avança e o conduz a um jogo de intrigas e poder, com conflitos e desfechos ambíguos com interpretações variadas.

Agora você está pensando: Onde entra XWP nisso tudo?

“Você criou um monstro com integridade Xena…. Assustador, não?– Callisto em Callisto

Todos se lembram de uma certa garotinha que teve a família morta por uma Senhora da Guerra e passou anos e anos nutrindo o desejo de, não só matá-la, mas ser melhor do que ela; fazer, o que ela faz, ser como ela.

Assim como para Robert, matar Alfred não era suficiente. E a sua vingança vai lentamente se transformando em uma perigosa obsessão, a vida de Callisto só tinha sentido enquanto se dedicava a Xena.

“Todos estes anos eu passei vivendo para destruir você. E então eu faço, e nada muda. Não me sinto melhor, apenas vazia.” – Callisto em Maternal Instincts

 

Outro ponto recorrente no filme é o questionamento dos sacrifícios. Que tipo de sacrifício que ambos os mágicos precisaram fazer para se dedicar à Mágica? Que tipo de sacrifício Alfred fez para seu truque ser um sucesso? Que tipo de sacrifício Robert fez para se vingar de Alfred? Que tipo de sacrifício Xena teve que fazer para lutar pelo Greater Good? Que tipo de sacrifícios Gabrielle fez para seguir Xena? Que tipo de sacrifícios nós fazemos todos os dias?

Caso alguém se aventure em ver o filme e desvendar os mistérios, fica a dica de algo um pouco melhor que Sessão da Tarde, apenas lembre-se: Olhe bem de perto.

 

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Subtexto(?) em Gabriel, a vingança de um anjo

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Josué Daniel

Alguém aqui já assistiu o filme? Não sei se estou enxergando coisas, mas, parece que percebi um certo subtexto masculino nele. O filme em si não é lá estas coisas, mas por este detalhe até que se torna interessante.

[Atenção: Spoilers à vista!]

Sipnose oficial: O anjo caído Sammael quer conquistar o mundo em nome da escuridão. Com a ajuda de seus perversos cúmplices ele está transformando tudo em escuridão, vícios, crueldade e violência. A vitória de Sammael estava garantida até a chegada de Gabriel, o último dos sete arcanjos do céu. Gabriel é jovem, forte e o mais nobre guerreiro já visto desde que Michael, seu antecessor, desapareceu. Rapidamente a coragem e os atributos de Gabriel ameaçam dizimar o mal de Sammael e redimir Jade, o anjo perdido com o coração de ouro. Mas Sammael possui a última carta nas mangas: O segredo do seu próprio passado, um conhecimento que pode destruir Gabriel para sempre.

Explicando melhor
Na luta do Inferno contra o Céu pela conquista da Terra, cada lado conta com 07 combatentes, eles são enviados de um em um pra Terra pra combater o oponente, só quando este um é derrotado o seguinte é enviado para substituí-lo. No caso do Céu, são 07 arcanjos, no do Inferno são 07 decadentes, Sammael também é o sétimo e último, assim como Gabriel.

Subtexto
Quando Gabriel chega à Terra ele tenta, antes de enfrentar Sammael, encontrar os demais arcanjos derrotados, só o último que foi Michael está desaparecido. Um dos arcanjos diz a Gabriel que se preocupa com ele, achando que o sumiço de Michael possa interferir em sua missão, uma vez que no Céu eles eram muitos ligados.

The end
Não vou contar o desfecho do filme, mas tenho que usar algumas das revelações finais. Sammael tinha a ajuda dos outros seis decadentes, mas fica impassível deixando que Gabriel vença um a um. Quando os dois se deparam para a batalha final, Gabriel descobre que Sammael na verdade é Michael, o arcanjo que havia desaparecido. Na verdade ele havia derrotado o verdadeiro Sammael e tomado o seu lugar na conquista da Terra.

Subtexto, novamente!
Em XWP um dos melhores subtextos que eu percebo é quando Xena depois de ter vencido um desafio ou obstáculo maior, diz que encontrou forças para fazê-lo pensando em Gabrielle. Na vida eu mesmo já senti algo assim, e posso afirmar que estava apaixonado pela pessoa que me deu forças, por isso que estas cenas de X&G me chamam atenção. No filme em questão, na batalha final, entre Gabriel e Michael, Michael fala que o que ele fez até agora foi por Gabriel… Eles lutam e o final só assistindo pra ver, faz tempo que assisti, mas estes dois momentos de subtexto foi que me ficaram na mente, na batalha final acho que é possível encontrar mais alguns…

Para debate…
A sinopse oficial diz que Sammael possui um segredo do seu passado que pode usar contra Gabriel, sem querer forçar a barra, não seria a relação entre eles? Só se fosse algo muito importante para chegar a ameaçar Gabriel…

Para os shippers
para não pegar ninguém de surpresa o filme tem esta tendência também… Gabriel vai para a cama com a Jade que aparece na sinopse oficial. Ela é uma mulher e um dos arcanjos derrotados pelo Sammael verdadeiro antes da chegada de Michael.
É isso aí, queria saber a opinião de vocês, se viajei muito ou se minhas percepções são no mínimo plausíveis

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A Maldição do Anel

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Yannara Marques

 

Aviso: Pode conter revelações sobre o enredo.

Qualquer Xenite fã da trilogia nórdica, ao passar os olhos pelo DVD desse longa, já vai deslizando os dedos sobre o objeto para ver mais de perto a capa.
Empolgante, bem feita e chamativa, porém nunca julgue um filme pela capa.

Lançado em 2004 e dirigido por Uli Edel, o filme A Maldição do Anel (Ring of the Nibelungs / Curse of the Ring), é baseado no mito germânico (um pouco diferente da versão islandesa mostrada em XWP), logo de início mostra o garotinho Siegfried, que em meio a um ataque no reino de seus pais é colocado num barco na tentativa de salvar-lhe a vida.
Logo mais é encontrado por um bondoso ferreiro que o adota como filho. O garoto então cresce trabalhando na ferraria sem conhecimento de sua ancestralidade real

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Um dia um barco de passagem o leva a conhecer a habilidosa guerreira, rainha da Islândia, Brunhilda, e a derrota num combate, bem como as runas haviam profetizado, jamais outro o faria.
Depois de se conhecerem a fundo (sim, tem subtexto nisso), seguem caminhos separados com a promessa de um dia se encontrarem, e enquanto isso, lembrar para sempre de seu amor.
Siegfried vem para o reino da Burgun, onde ele ganha o respeito do Rei Gunther e o amor da Princesa Kriemhilda. Porém, uma poderosa e má praga, na forma de um dragão, assola o reino, e cabe a Siegfried, armado apenas com a espada forjada com o metal dos deuses, matar o dragão Fafnir. 
Nosso herói o mata ganhando com si a fama e imortalidade após se banhar com o sangue da criatura, e se apodera do ouro do dragão, mesmo avisado pelo Nibelungs (donos do tesouro) sobre a maldição que lhe cairia.

Uma profecia, um dragão, uma rainha, um príncipe que desconhece sua origem, tesouro amaldiçoado…
Tudo vai bem…chato.
Até quase a metade, do filme, não aparenta ser mais que um “sessão da tarde” melhorado.
Fizeram um ótimo trabalho com a trilha sonora e direção de arte, mas já não se pode dizer o mesmo da atuação de de Benno Fürmann (Siegfried), onde umas legendas do tipo [triste], [feliz], [entediado], [sofrendo] durante suas cenas viriam a calhar, já que a cara “super expressiva” do ator não ajuda muito.

Então o filme é tão ruim assim?
Sabe aquela sensação de mastigar chiclete que já acabou o gosto?
Você fica ali mastigando, mastigando instintivamente algo insosso.
A estória começa boa, mas chegou num ponto em que, parece, o chiclete perdeu o sabor.
Parece.
Voltamos aqui ao crime do parecer.
Afinal, estórias dão voltas, e ainda havia muita estória pela frente.

Já perdendo a esperança – sem trocadilhos –, quase na metade do filme inicia-se uma rede de tramas e reviravoltas do tipo que te deixam estático pelo resto da seqüência.

O Conselheiro de Gunther, que cobiça o ouro para si, usa magia negra para fazer Siegfried apaixonar-se por Kriemhilda e esquecer Brunhilda. O protagonista viaja à Islândia, não para se encontrar com o amor que os deuses escolheram para ele, mas para, disfarçado de Gunther, ganhar a mão de Brunhilda para o rei.

Quando a verdade começa a vir a tona e antigos conflitos se inflamam, segue-se uma história intensa sobre ganância, glória, amor, perdão, heroísmo, sacrifício e destino.
E encerra com uma frase que qualquer Xenite que assistiu até o FIN entende muito bem seu significado:

“Todos que caminham sobre a terra devem morrer, mas o verdadeiro herói nunca morre. Em nossa memória ele viverá para sempre”.

No fim, A Maldição do Anel surpreende até mesmo quem já conhece a lenda. E prova que aquela primeira impressão sobre a capa não estava de todo enganada.

 

 

FONTE:
http://www.ring-of-the-nibelungs.com/

http://www.interfilmes.com/filme_15261_A.Maldicao.do.Anel-(Ring.of.the.Nibelungs.Curse.of.the.Ring).html

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Bedtime Stories : Lucy no elenco

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Robson Cardoso dos Santos

 

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Lançado no Brasil como “Um Faz de Conta que Acontece”, esta comédia da Disney chegou às telonas brasileiras no dia 23 de janeiro. Estrelado por Adam Sandler (Click, Como se Fosse a Primeira Vez), o filme figura nesta edição da RX por uma única razão: LUCY LAWLESS está no elenco.

A história gira em torno de Skeeter Bronson (Sandler), um funcionário de hotel bastante desapegado de ambições e sonhos. Quando sua irmã (Courteney Cox-Arquette, a Monica de Friends) precisa viajar atrás de emprego, ele fica de babá de seus dois sobrinhos, Patrick e Bobbi. Toda noite, na hora de dormir, ele conta histórias fantásticas para os moleques, que sempre se encarregam de incrementar alguma coisinha a fim de que a história não fique muito “chata”. Imaginem o susto que Skeeter tem ao constatar que, conforme correm os dias, algumas passagens das historinhas pra dormir começam a acontecer na vida real! Desse modo, Skeeter passa a afunilar as histórias, crente de que as palavras de seus sobrinhos podem trazer-lhe dádivas mágicas.

A premissa até que não é das piores, mas o filme nunca ousa aprofundar-se naquela gostosa magia Disney de “caminhamos para uma linda moral da história”, e isso por quê? Porque a moral em questão salta na cara do espectador logo que a projeção começa, de tão óbvia. E me pergunto: cadê aquela sutileza dos clássicos Disney, presente em metáforas e analogias? Parece que Bedtime Stories subestima as crianças, entregando-se gratuitamente na forma de Bugsy, o porquinho-da-Índia com olhões saltados das órbitas… Se era pra rir daquela “coisinha engraçadinha”, eu me peguei bocejando…

Tudo no filme é patético: as personagens, o elenco, as historinhas pra dormir (ora no Velho-Oeste, ora na Grécia Antiga, ora no espaço sideral).

Mas vamos ao ponto vital desta resenha: Lucy Lawless. Meses atrás, muitos Xenites fizeram alvoroço quando saiu a notícia de que LL integraria o elenco de Bedtime Stories, e deixei-me levar por essa onda. E essa onda teve de se fazer bastante forte pra me arrastar até esses 95 minutos de tormento apenas para conferir o trabalho mais recente da nossa eterna Xena…

 

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Mesmo que eu tentasse, eu não conseguiria medir palavras pra frear minha decepção com a atuação de LL nesse filme: ela estava medonha de feia, horrível com um cabelinho em corte chanel e enfiada num uniforme de recepcionista que dava-lhe um ar de pinguim. Lucy interpreta Aspen, uma mulher interesseira aliada de Kendall (Guy Pearce), o posudo ricaço que não deseja ver Skeeter na gerência do hotel, posto ao qual lhe foi concedida uma chance.

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Lucy não chega a um total de 4 minutos em cena durante todo o filme. Suas cenas são muito rápidas, infelizmente não o bastante para que seu fiasco passasse despercebido… Se ela ainda tivesse recebido o papel de Wendy, a irmã de Skeeter, seria menos sôfrego de se assistir a essa bomba, pois este outro papel possui mais influência na história (ainda que Courteney também apareça pouquíssimo em cena).

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Lucy parecia desconfortável, não por estar enfiada naquele terninho brega pra dedéu, ou por viver um papel chinfrim, mas porque ela não brilhou em momento algum, parecendo apagada mesmo. Mal se registra seus olhos. E há quem diga que ela apareceu aqui tanto quanto foi como a Madame VandersexXx de Eurotrip, mas acontece que como a cafetina alemã ela roubava toda a cena, com aquele sotaque hilário e aquele couro vermelho! Aqui ela não passa de uma vilãzinha descartável.

E pra contribuir com a lástima que é esse “Um Faz de Conta que Acontece”, temos o fator Adam “Quero Ser Jim Carrey” Sandler. Nunca fui com a cara desse sujeito, tão afetado, desconhecedor dos momentos certos para uma expressão engraçada, ou uma alteração no tom da voz. Peca tanto quanto o outro colega de profissão que se jura comediante, Ben Stiller, ambos tentando tirar graça de sua feiúra abissal. Sandler é exagerado, vazio na hora da brincadeira, com um ar de foca com déficit mental. Longe de uma simplicidade e simpatia de atuação de um Jim Carrey ou Mike Myers, que sempre pareciam à vontade em cena como se fossem papais-corujas a divertir seus bebezinhos no berço.

 

Este Bedtime Stories poderia muito bem ter saído direto em DVD, tamanha é sua mediocridade. Mas não: foi para as salas de cinema americanas, desembarcando agora no Brasil. Francamente, não sei dizer se isso é mérito de toda produção que conta com Adam Sandler como protagonista, porque ainda estou atrás de uma razão para entender por que tem gente pagando 15 mangos pra conferir essa tragédia…

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Um Faz de Conta que Acontece
Bedtime Stories
EUA, 2008 – 95 min
Infantil

Direção: Adam Shankman
Roteiro: Matt Lopez e Tim Herlihy
Elenco: Adam Sandler, Keri Russel, Richard Griffiths, Teresa Palmer, Russel Brand, Guy Pearce, Courteney Cox, Lucy Lawless.

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Beowulf and Grendel

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Yannara Marques

  

Chega mais um mês e outra edição da RX para preparar. Eu, para variar, mais uma vez não fazia idéia de que filme escolher, assisti inclusive a tão mencionado A maldição do anel, mas pretendo deixa-lo para uma digna análise futura. Eis que numa aventura por DVD’s abandonados no armário de casa me deparo com Bewulf and Grendel.
Ao contrário do que a maioria pensaria este não se trata do longa “A Lenda de Bewulf” (em português) onde Angelina Jolie deu o ar da graça em sua versão animada.

Ao continuar minha aventura pela obra, que na versão em português foi intitulada A lenda de Grende,l me deparo com belíssimas paisagens naturais islandesas e a já conhecida – e interessante – estória de autor desconhecido baseada num antigo poema Anglo-Saxão onde o bravo guerreiro Bewulf (Gerard Butler, O Fantasma da Opera; Lara Croft Tomb Raider: O Berço da Vida), que se oferece para ajudar o Rei Hrothgar a combater o temível Grendel, um troll que espalha o terror numa pequena aldeia.Beowulf está decidido a ajudar as pessoas e a acabar de uma vez por todas com o monstro. No entanto, o nosso herói descobre que o troll pode não ser a fera destruidora e sem alma que todos alegam, e que seu amigo Rei Hrothgar tem um pouco de culpa por esse se tornar o que é. Para apimentar a trama, a presença de uma akabruxa aka prostituta enquanto conquista o coração do protagonista esconde grandes segredos. O filme promete.

Promessa que não passaram de expectativas não cumpridas e ao longo da narrativa nem mesmo os deleitosos cenários conseguiam me tirar a cara de tédio. Um elenco não tão mal desperdiçado num roteiro “bacantinho”. O fundo épico cede lugar a um debate religioso entre o cristianismo ascendente e a presente devoção aos deuses nórticos, outra proposta igualmente mal explorada. O enredo segue uma linearidade que não oscila durante os 103 minutos, sem clímax, sem diálogos reflexivos, quando o começa a apresentar sinais de que a estória vai tomar novos rumos os nomes começam a subir na tela preta.
Devia ser acrescentado ao fim dessa tela o disclaimer: A promessa de um bom filme sobre Bewulf e Grendel foi prejudicada durante a produção deste filme.

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Serenity – A Luta pelo Amanhã

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Yannara Marques

 

Esse mês foi um tanto difícil escolher um filme para a nossa querida Revista. Assisti muitos, desde aqueles “óbvios” até mais desconhecidos, contudo havia um que me atormentava desde que o assisti há muito tempo, numa galáxia muito distante…não, não é Star Wars.

Por que Serenity?
Porque assim como Xena – A Princesa Guerreia, os fãs do seriado Firefly sonhavam ter um longa como continuação.
Porque foi escrito e dirigido por Joss Whedon, criador de Buffy (outro seriado que atrai muitos Xenites).
Porque conta com a atuação de Gina Torres (a primeira Cleopatra, que também deu o ar da graça em Hercules como Nebula),atriz cujo estilo faz que qualquer trabalho seu seja do tipo que “não se esquece tão cedo”.
Porque tem aventura e ação de tirar o fôlego dignas de To Helicon and Back.

O enredo nos traz uma nave (Serenity) modelo Firefly onde a tripulação do caçador de recompensas, Malcolm Reynolds(Nathan Fillion), que vaga clandestinamente pelo espaço fugindo de Reavers – uma espécie de humanos guiada por puro instinto selvagem e predador (de fazer até Metastopholis tremer as cadeiras) – e ainda fogem da Aliança, a qual os persegue por uma adolescente que “tem muitas habilidades” tanto no aspecto físico quanto psíquico, agora instável devido a experiências do governo. 
Meio clichê? Antes de qualquer coisa Serenity se destaca não por sua proposta, mas por seu desenvolvimento.
Um misto de Ficção Cientifica com Western e um toque épico – que se reflete principalmente na trilha sonora -, ganha boa vantagem em não necessitar apresentação de personagens – só isso já me tomaria um artigo inteiro – e pode assim ir direto ao conflito. Não se desespere se ainda não assistiu a série; com uma incrível sensibilidade, Joss, em cada fala ou close-up apresenta uma peculiaridade de seus personagens. 
Embora percebamos um leve desconforto por parte do criador ao trabalhar com cinema, não há nada que prejudique o produto final. Ao contrario do que não raramente ocorre, os efeitos de alta definição não roubam o lugar da narrativa, com criticas sociais que correm por uma linha tênue entre o sutil e o mordaz. E muito além de qualquer efeito estão as proezas de River (Summer Glau) no combate corpo-a-corpo, que se não estivesse a anos-luz de distância poderíamos suspeitar que a mesma andou tomando aulas com uma certa Princesa Guerreira e sua Barda.

“Seriados cancelados não se tornam filmes de grandes estúdios a menos que o criador, o elenco e os fãs acreditem além da razão.” – Joss Whedon nos extras do DVD.
Enquanto não perdemos as esperanças por um Xena Movie, Serenity nos convida a embarcar rumo a uma viagem surpreendente.

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Spartacus

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Yannara Marques

Eu estava pensando em ajudar a RX esse mês falando sobre algum filme. Fiquei um tempão pensando em qual seria quando veio a resposta: quero apresentar, para quem nunca ouviu falar, um épico de 1960 e 184 min: Spartacus! Se a sua primeira impressão foi um “whatahel!l”, olhe novamente. Se está agora tendo um déjà vu não é por acaso. Esse é o dito filme no qual aparecem algumas cenas em Athens City Academy of the Performing Bards.
O filme conta a história de um homem de descendência escrava que estava predestinado a morrer por atacar um guarda (lê-se romper o tendão dele com os dentes!). Um dia, um comerciante de escravos o compra e o leva para ser treinado. Lá conheceVarinia – escrava que se tornará sua mulher – e se destaca nos combates. Até que um dia, dois poderosos patrícios – um deles, Crassus – com suas mulheres chegam ao local e insistem para serem entretidos com um combate até a morte. Spartacus é escolhido para enfrentar um outro gladiador, o qual vence a luta, mas se recusa a matar seu opositor e tenta atacar os que assistiam, ato que lhe custa a vida. Isso enfurece Spartacus de tal maneira que ele acaba liderando uma revolta de escravos, que atinge metade da Itália, deixando o senado Romano tão inquieto que decide revidar.

Dirigido por Stanley Kubrick, famoso por ser minucioso em seus trabalhos, esse não deixa por menos. Cenas originais e comoventes dão à obra centenas de admiradores – incluindo Robert Tapert. É impossível evitar a euforia nas cenas em que o personagem principal (brilhantemente interpretado por Kirk Douglas), s-s-s-saa-saca sua espada (desculpe, momento Twickenham); a agonia ao vermos mais de 8500 de soldados romanos em formação marchando contra o exercito de escravos; a emoção quando, depois de capturados, esses preferiram a morte a entregar seu líder e um coro se levanta gritando “Eu sou Sparcatus!” – que já é um tema super abordado em XWP. Mas aqui me lembro do sacrifício de Cicrope em Lost Mariner para salvar sua tripulação; ou mesmo quando a esposa que ele, Spartacus, julgava morta o encontra morrendo na cruz e apresenta seu filho e diz que vai contar-lhe sobre os sonhos do pai.

Outro destaque para o personagem Antoninus, um jovem mágico e contador de histórias que se junta ao exército de escravos. No início, o líder não sabe como ele poderia servir ao grupo, mas depois de assistir a uma de sua apresentações, Spartacus lhe diz que estava enganado, que qualquer um pode aprender como manejar uma espada, mas o que ele fazia era o verdadeiro dom a ser apreciado. Não preciso nem comentar sobre a quem me lembra a trajetória desse jovem.

E se você é do tipo que não curte muito os filmes “antigos”, algumas vídeo-locadoras já têm uma versão remasterizada e sem cortes. Recomendado não somente para aqueles fãs de épicos, mas para todos que querem ver um filme bem trabalhado.Spartacus deixa qualquer Gladiador no chão.

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Valente – The Brave One

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Tainara Nogueira de Souza

Como Mary é muito requisitada, e às vezes (quase sempre) ela fica muito apertada e não dá para ela preencher tudo, então eu comentei com ela sobre o filme que tinha alugado e, se fosse bom, eu falaria dele.
Fui à locadora com a intenção de alugar algum filme que me fizesse lembrar Xena. Procurei algo mitológico, lutas, e do nada eu achei o filme Valente. A princípio, o filme não parece ter muito a ver com XWP. É um filme de suspense e que aborda temas que muitas vezes foram também abordados em Xena. O que me chamou atenção foi a sinopse que dizia que Erica, uma popular apresentadora de rádio de Nova York, viu seu noivo morrer e, ela mesma, também quase virou vítima fatal de um inesperado e selvagem ataque. Agora ela descobria dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida, alguém que vaga pela cidade à noite, armada e em busca de vingança, em conflito consigo mesma. Bem Xena, isso. Erica e seu namorado com quem iria casar são espancados, ele morre e ela fica inconsciente por alguns dias.
Erica fala no filme que quando amamos algo, toda vez que um pedaço dele se vai, você perde um pedaço de si próprio, de como é difícil reviver tudo. Ela começa a se sentir perseguida, fora do ar, sem rumo. Morrer já não importa mais.
Uma senhora diz para Erica que há muitas maneiras de morrer, mas é preciso achar uma maneira de viver… E isso é o mais difícil. Eu me lembrei da frase em que Gabby fala para Xena no episódio “Xena Contra o Exercito de Persa”.
Gabby: “Me ensinou que há coisa na vida as quais vale a pena morrer”.
Quando Erica mata pela primeira vez, não exatamente para fazer uma justiça com o que aconteceu com ela, mas sim por medo, talvez, ela sente o poder, talvez o mesmo poder que Xena sentiu quando matou alguém pela primeira vez. Mas as mãos de Erica tremeram. Será que de Xena também?
É quando Erica fala que é surpreendente, estarrecedor, descobrir que dentro de você há uma nova pessoa estranha. Uma pessoa que tem seus braços, suas pernas, seus olhos, que continua andando, comendo, e continua vivendo. 
Um detetive determinado começa a se interessar por Erica. O futuro de Erica é incerto, mas de uma coisa todos têm certeza:Valente é um filme tenso que desfere um soco emocional contra a boca do estômago.
Chega um ponto em que Erica aceita o que se tornou. Assim como Xena, ela tinha que viver… Xena não queria desaparecer.Xena cresceu livre e feliz ao lado dos irmãos e da mãe, até que sua vila é atacada por um exército. Seu irmão, Lyceus, morre no confronto.
Erica também era livre e feliz. Ela mesma diz que é horrível temer o lugar que parece ser o mais seguro, o lugar que um dia você amou, ver uma esquina que você conhecia tão bem e ter medo da sua própria sombra.
É difícil você entender como as pessoas têm medo, pessoas com medo de pessoas, da escuridão, da noite. Em minha opinião as duas sempre acharam que o medo pertencia aos outros e que ele nunca as atingiriam. E então ele atinge. Como Erica disse, quando ele atinge você descobre que ele esteve lá todo o tempo esperando, sob a superfície de tudo aquilo que você amava. E é nessa hora, creio eu, que seu coração adoece. Às vezes me pergunto se Xena se perguntava se um dia, um dia voltaria a ser o que era.
E depois que Erica mata novamente e Xena também… as mãos já não tremem mais.
Quando as mãos não tremem é a vantagem de estar do lado certo.
Será que Xena encontrava lugares e coisas quem nem ela sabia que existiam? Ou elas encontravam Xena?
Tanto Xena quanto Erica nunca voltariam a ser o que eram antes. Aquilo tudo que um dia se foi desaparece e acaba se tornando uma pessoa estranha. É quando nenhuma das duas podia parar para a morte, porque a morte gentilmente parou para elas.
Xena monta seu próprio exército e começa seu caminho de destruição e conquistas. Ela achava que podia machucar os outros, fazer o mal e sair ilesa, não queria saber as marcas que iria deixar e isso não assombrava ela. Matar com as próprias mãos, esperando que tudo simplesmente termine.
Erica e Xena se sentiam como Xena mesmo descreve:
Xena olha para um rio e fala pra Gabby que já foi assim (calma como a água); daí ela joga uma pedra (a água mexe), e fala que ficou daquele jeito; então a Gabby fala pra ela que depois a água fica calma novamente; então a Xena conclui: “Mas a pedra continua lá”.

Assim como Xena que tem Gabrielle, onde as duas trilharam um novo caminho, permeado pelo desejo de fazer o bem, destruindo as forças do mal pela força do poder que emana do amor e da amizade, Erica tem o detetive que a tira desse mundo estranho e escuro. Erica tem momentos XenaGabrielle e principalmente Callisto.
Enfim, um filme com boa produção; trilha sonora e atuação esplêndida de Jodie Foster (Erica Bain) e Terrence Howard (Detetive Mercer). Recomendo que assistam, para assim saber mais detalhes.

Tainara Nogueira de Souza

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A duplicidade presente em XWP e em El Labirinto del Fauno

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A duplicidade presente em XWP e em Il Labirinto del Fauno

Por Mary Anne M.W.

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Como sempre, todo final de mês eu me desespero porque lembro que não assisti nenhum filme digno de análise pra matéria da RX.

Confesso que até comecei a assistir “A Espada sem Sombra” novamente, pois ele tem alguns pontos comuns com XWP, mas desanimei na metade e resolvi utilizá-lo pra alguma outra edição.

Aí eu tentei pensar em outro…muitos me vieram na cabeça, mas por algum motivo nas duas últimas semanas sempre que ia mexer nos meus dvds um em especial parecia me encarar.O filme em questão é “Labirinto do Fauno” que eu assisti faz alguns meses e que me fascinou completamente.

A princípio o filme não parece ter muito a ver com XWP.
Bom, tem uma princesa, claro.Que é uma guerreira, de certo modo.É um épico e tem seres mitológicos, também…ops?Eu havia dito que parecia não ter muito a ver?
Acho que me equivoquei!
Na verdade são dois universos bem diferentes, XWP se passa na antiguidade e Labirinto del Fauno na década de 40 até onde lembro.
Contudo esse filme, chamado de “conto de fadas para adultos” tem um ponto muito comum com nossa adorada série.
Bom, ao leitor que não viu o filme, pretende fazê-lo e não quer spoiler, alerto que pare aqui.

Bom, continuando.
O ponto que mais as duas obras se aproximaram na minha visão foi a duplicidade.

Tenho um professor de Teoria Literária que costuma dizer que toda grande obra tem mais de uma interpretação.Em Xena é comum o velho debate de “Elas são amantes” X “Elas são como irmãs”, “Xena ama Gabrielle” X “Xena ama Ares”.

Embora cada ponto de vista seja mais claro do que água para quem o detêm, dificilmente teremos um fator chave que definirá quem está certo de uma vez por todas.

Em O Labirinto do Fauno acontece a mesma coisa.
Após uma saga enfrentada por Ofélia( Princesa Moana) onde ela tem de cumprir três tarefas cheias de fantasia, sendo orientada por um fauno,enquanto a “realidade” é a brutal guerra civil espanhola, o desfecho é chocante.Ofélia é morta pelo padrasto.Na visão fantástica do filme, ela não morre mas apenas volta para o reino onde sempre pertenceu, junto de seus pais.Na visão realista, ela apenas morre para salvar o irmão.
Há quem jure que todo o enredo era imaginação da garotinha de oito anos para fugir da realidade cruel em que vivia.Há quem jure que o fator da fantasia estava de fato presente e que ela era de fato a Princesa Moana.Há fatores no filme que sustentam fortemente cada uma dessas teorias, logo não há um ponto de escape que permita provar que teoria está certa, assim como acontece em Xena.

Dois Gênios esses tais de Guilhermo del Toro e Robert Tapert, não acham?
Não menos genial é a interpretação da pequena Ivana Baquero.
Palmas para o cinema mexicano!

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