Entre a natureza e a escolha de ser bitch.

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Uma discussão sobre a verdadeira índole de alguém excepcional.

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 13

000000000Dedicado a Robson Cardoso dos Santos, o bardo amado de todo o fandom. Faz parte da minha Família Xenite, e de um seleto grupo de pessoas a quem me inspiro de vez em quando. A ti, amigo gaúcho, que também sofreu com a perda desse grande seriado.

Obs.: Contém alguns poucos spoilers da segunda temporada do seriado Kyle XY, mas nada que lhe impeça de assistir e entrar na vida desses personagens. Conheça um pouco e desvende esse enigma (spoilers em amarelo).
Obs. II: Artigo melhor lido acompanhado da música She Could Be You – Shawn Hlookoff, que faz parte da trilha da série e dá todo um toque especial a essa “bitch” (peçam a música pra mim!).

Para tudo que eu estou feliz. Do tipo muito contente dando cambalhotas em cima da cama. Foi um pouco antes de fevereiro de 2009 que as ideias para uma nova seção aqui na RX surgiram, inspiradas em toda nossa idolatria ao malfadar Altis, Callistos, Atenas, Najaras, Esperanças e toda a leva de vilãs de XWP. Através de uma votação na nossa comunidade no Orkut, o título da nova coluna estabeleceu-se: BITCH POWER. E foi assim que naquele mês, estrelando uma mulher barra pesada da série Prison Break, teve início este espaço de tanto prestígio pelos Xenites e xenisimpatizantes que fazem seus comentários e sugestões. A RX só existe por causa de vocês, e com a BP não é diferente. Que venham mais 12bitches pela frente!
Para falarmos da nossa bitch (será mesmo?), aqui vai uma pequena introdução ao universo de Kyle XY (2006 – 2009, criado por Eric Bress e J. Mackye Gruber): imagine-se despertando em meio a uma floresta, cercado por coisas amedrontadoras e desconhecidas. Você não lembra de nada antes de alguns segundos atrás quando começou a respirar, sem nem mesmo saber quem ou o que você é. Você anda pela rua, entre uma multidão de seres futuramente chamados de “pessoas”. Eles apontam para você, expressam sons sem sentido na sua direção; são agressivos, e você sente medo. Ah, sim: você também não tem umbigo. Melhor do que isso: imagine tudo isso acontecendo sem que você perceba de verdade todos esses fatos em um senso crítico, já que você é muito ingênuo para pensar sobre seu lugar no mundo. O que éexatamente esse mundo?
Bem, é assim que a vida de Kyle (Matt Dallas [27]) tem início; e ele é apresentado como se fosse um adulto, de fato. E é emKyle XY, série de televisão da ABC Family, onde você embarca na jornada dele em busca da verdade, da salvação, e especialmente do amor. E como todo amor é um prato cheio para o surgimento de uma bitch, com essa não foi diferente.

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            A misteriosa Jessi (Jaimie Alexander [25]) dá as caras nos primeiros minutos da segunda temporada, aparecendo no mundo da mesma forma excêntrica de Kyle: desnuda, curiosa e… sem umbigo. O contraste com Kyle? Ela não é tão inocente assim. Tanto é que, para se defender de uma agressão, Jessi (aka Jessica Hollander ou Jessi XX) abusa de sua superforça e mata seu violentador, um civil. Até que ponto, contudo, esse comportamento contraditório já é intrínseco à personagem e quais as chances de uma pessoa (?) como ela de mudar para melhor?
0000000            Ora, não vou estragar a surpresa e revelar o que Kyle e Jessi exatamente são. Basta entender que ambos têm origem não esclarecida, dotados de extrema inteligência e com certos “poderes” que um ser humano comum não tem, como se regenerar, mover certos objetos com a mente, correr como o vento, entre mil outros. Lembrou X-Men? Bem longe disso, Marvelmaníacos. Vale destacar que Jessi é por vezes mais esforçada em compreender seus limites e mais habilidosa que Kyle, superando-o em qualquer disputa, tentando provar de algum modo que ela tem valor, que ela é um ser digno, notável.
Acompanhando a série, vemos que Jessi não contou com uma dádiva que Kyle Trager pôde se apoiar: aoportunidade de pertencer a uma família. Jessi se descobre das piores maneiras possíveis, tudo através de sofrimento e decepções. Ao ser notada por um grupo de autoridades já anteriormente de olho em Kyle, Jessi é vítima de completa exploração e serve apenas como uma peça de tabuleiro nas ambições de quem pode – ou pensa que pode – comprá-la. Isso tudo em Kyle XY;desse modo, quando se fala em Destino, se fala emXENA.

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            Do destino de Jessi, porém, vai depender de você acompanhar a série a partir de agora. Como penúltima análise, que nos guiará diretamente para a última, só posso comparar Jessi com uma vilã de XWP: a própria Xena. E essa conclusão me surgiu há pouco tempo, quando ao mesmo tempo em que defini Jessi como um reflexo de Xena, consegui definir Kyle como espelho de Gabrielle. Por quê? Bem, se Kyle é o alge da pureza em uma pessoa, se tratando de Jessi as coisas se tornam maisobscuras, por todo esse lance de trevas naturais, que fazem parte dela, e que muitas vezes ela não consegue controlar através de revoltas e mágoas. Como em XWP, Kyle está sempre pronto para acalmar Jessi, e suas tentativas em torná-la uma pessoa melhor, aproveitando toda a sua capacidade em ser alguém evoluído, são incessantes, uma grande prova de amor que Kyle a oferece de modo semelhante com que Gabby fazia com Xena o tempo todo. Até Jessi compreender também as adversidades do mundo e de que modo ela pode combater seu espírito – ela mesma se define como broken, algo como “partida”, “dividida”, “defeituosa” –, uma longa jornada – sua própria jornada, ao lado de Kyle ou não – a aguarda. E qual caminho ela trilhará dependerá somente dela, pois como toda vilã, ela sempre tem uma escolha a fazer. Sugiro que você, Xenite, que começará a assistir a série, faça suas próprias observações; afinal, XENA está em todo lugar, só a gente sabe.

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            Para quem já assistiu e já sabe onde essa história vai dar (ou IA dar, já que a série foi covardemente cancelada sem um ponto final na terceira temporada), algumas observações renderam (**SPOILERS!!!**): a mais óbvia comparação de “Kessi” com “Xelle” (tá, ignorem essa nomenclatura) é após o episódio 03×02 – Psychic Friend, no qual uma cartomante afirma que a alma gêmea de Kyle estaria em perigo. Kyle crê fielmente que sua alma gêmea é a então namorada Amanda (Kristen Prout [19]). Por uma observação da própria Amanda no final do capítulo, Kyle percebe que a pessoa a quem salvou foi Jessi, e aí começa uma nova fase para seu coração: seria Jessi, de fato, sua alma gêmea? Nada mais XWP do que isso. Outro ponto observado, após descobrir as origens de Kyle e Jessi, é comparar o nascimento na “banheira” com o episódio de XWP 06×16 – Send in the Clones, com uma Xena e Gabrielle criadas artificialmente. Mas isso é apenas uma observação boba que nem deveria constar aqui.

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“Posso dizer que Kyle XY é aquela série que você olha e diz ‘Não vou assistir isso!’, mas garanto para você, que quando você assistir, não vai largar mais”, comenta Didi que não faço ideia de quem seja em um site de críticas sobre seriados. E eu digo o mesmo. O fato de Kyle XY não ter recebido um final apropriado para a qualidade de toda a série nunca me impediu de assistir a tudo avidamente. Lembro de ter assistido ao episódio piloto duas vezes, apenas porque era tudo tão perfeito como ponto de partida para a história do garoto Kyle que eu não podia imaginar como a série poderia continuar melhor do que já era. E não me arrependo de nenhum segundo sequer desde então.
Ainda quer saber se Jessi é ou não é uma bitch? Minha opinião particular: Jessi tem potencial. Para ser boa e para ser má. Simples assim. Ou não? Outra opinião: eu sempre acreditei em Xena até o fim. Outros não. Com Jessi, o embate espiritual quase que se repete. Ambas começaram como bitches, mas do futuro… bem, isso está nas mãos delas, e do Destino que decidirem escrever com suas ações.
Mês que vem, me ausento parcialmente da BP e abro caminho para minha amada e idolatrada manda a Vanusa se sentar aíMary Anne, que juntamente comigo na GP abordará uma personagem do mundo do Seeker e da Espada da Verdade, vistas na saga literária Sword of Truth, de Terry Goodkind, e no seriado Legend of the Seeker, também da rede ABC Studios. Nunca leu? Nunca viu?! Está perdendo uma grande história que, na TV americana, é produzida por ninguém menos que Rob Tapert eSam Raimi. Familiar? MUITO! Quer outro incentivo? Tudo é gravado na Nova Zelândia. Familiar de novo? Exato. E dá sempre um gostinho de quero mais. Assim como a BP, espero eu. Prepotência? Não mesmo. Confiança de que nosso trabalho recebe o prestígio de vocês, e sabendo disso é o que nos faz dedicar um tempinho todo mês para a nossa RX. Até mês que vem, desejo um ótimo artigo para a Mary Anne, e estarei de volta em abril. E não se esqueçam de votar e comentar, ok? Até 

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Medo. Muito medo. Você adotaria Esther?

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A maldade por trás dos olhos de uma… criança?

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 12

0000Dedicado a Julia Arduim Soardi, minha Ju, a mais nova Xenite da qual tenho orgulho de ter convertido. Minha amiga da Letras, do Ivo e de todas as horas. Tu não é órfã, mas te adotei como irmã para o resto da vida. Bem-vinda à família Xenite.

Obs.: Os spoilers do filme A Órfã estão ocultos nas linhas em amarelo, para quem já viu o filme e quer uma informação e observação a mais. O artigo, contudo, também se dirige àqueles que ainda não assistiram. Divirtam-se!

2010 bombando a todo vapor e a BITCH POWER não poderia de maneira alguma ficar para trás. Época de Ano Novo é tempo de reflexões para todos, tempo de acreditar, tempo de ter esperança (que palavra medonha para os Xenites, não?). E esperança era tudo o que a família Coleman tinha…
No filme A Órfã (Orphan [2009]; Direção de Jaume Collet-Serra, de A Casa de Cera),  Kate (Vera Farmiga [36] – Os Infiltrados) é uma esposa e mãe que teve um grande trauma recentemente ao abortar sua terceira bebê. Além disso, a mulher passou pela barra de largar o alcoolismo, o que causou certa turbulência dentro do âmbito familiar, em especial com seu marido, John(Peter Sarsgaard [38] – Plano de Voo). Entusiasmados, os dois decidem adotar uma menina já crescidinha, a fim de distribuir esse amor interrompido. É no orfanato da cidade que eles deparam-se com a encantadora Esther (pronuncia-se éster – informações sobre a atriz adiante!). Admirados com a sagacidade da menininha e suas feições de porcelana, o casal apaixona-se e leva-a para casa junto de seus dois filhos legítimos. Tudo parecia se encaixar em perfeita harmonia, até que a suposta paz da família Coleman é ameaçada. O comportamento admirável de Esther denota uma excentricidade aflita e conturbada, o que vai deixando a personagem Kate, sua mãe adotiva, cada vez mais intrigada. Afinal, o que há de errado com ela? A resposta: ela é uma bitch!

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O filme é delicioso em todo o seu terror, com uma história super bem contada e atuações tão profissionais que é difícil enxergar os atores por trás dos personagens. A filmografia é sensacional, surpreendendo os fãs do gênero em seus ângulos duvidosos e suspenses que ludibriam. A casa onde a história se passa ajuda no clima sombrio, contribuindo para a evolução do forte drama psicológico.
“Li o roteiro em duas horas e soube que queria interpretar Esther porque era uma personagem complexa. Não sei bem, mas algo me atraiu para ela. Achei que seria uma personagem desafiadora e divertida de fazer”. Essas palavras pertencem à atriz mirim Isabelle Fuhrman, uma verdadeira estrela tratando-se de seu primeiro papel como protagonista com apenas 12 anos. A figura já apareceu na série Ghost Whisperer, da nossa Girl Power Melinda Gordon (RX n. 17 <http://revistaxenite.vndv.com/girlpower17.html>), como a fantasma Gretchen Dennis no episódio 04×09 – Pieces of You, que lhe rendeu uma indicação ao Young Artist Award. Ela é um talento digno do Olimpo, e sua trajetória pelo mundo da atuação está apenas começando – deleite para nós.

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Sendo uma criança com os dois pés na maldade, Esther só pode ser comparada a uma bitchde XenaEsperança. A filha demoníaca de Gabrielle é um ótimo espelho para as loucuras ensandecidas de Esther. Das origens de Esther, sabe-se que ela veio da Rússia e escapou de um incêndio em sua antiga casa (seria um acidente?), o que talvez a distancie das origens tartáricas de Esperança. A chave do terror das duas, contudo, é a habilidade de utilizar seus traços infantis e aparentemente inocentes que trazem no rosto.

 

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            Para quem já viu o filme, algumas informações e reflexões extras a seguir (SPOILERS!): – o segredo de Esther é difícil de imaginar até mesmo para os mais habituados a esse estilo de filme, tendo crianças como vilãs. Geralmente, as explicações centram-se em filhos do demônio, espíritos corruptos ou seitas macabras. Não é o caso de Esther, uma menina… tá, vocês já viram o filme e sabem que não se trata de nenhuma criancinha. Sofrendo de uma rara deformação hormonal, Leena Klammer, seu verdadeiro nome, não tem 9 anos, mas sim 33 – total louca de hospício; seu corpo é de uma criança, e ela usa esse “atributo” infiltrando-se em famílias na esperança (olha ela de novo) de encontrar amor (?) na figura paterna. No caso de o pai não engatar na cantoria do “Me abraça e me beija / Me chama de meu amor”, ela mata toda sua família – e a ele, claro. Por essa razão, de ser uma adulta no corpo de uma criança, Esther/Leena/Dahak-vestido-de-boneca não consegue se enquadrar perfeitamente no perfil de Esperança, sendo assim uma repaginada nos filmes de terror e drama. Vocês podem conferir ainda um final alternativo para o filme. É de dar medo até no Hades: <http://www.youtube.com/watch?v=OM9IcZFeMjk>. 
O trailer do filme você pode conferir em <http://www.youtube.com/watch?v=cB5zcyckRzc>. Além disso, para quem já assistiu e quer saber como foi o por trás das câmeras, pode conferir o link <http://www.youtube.com/watch?v=LuxX53goRKw> com uma entrevista descontraída com Isabelle. Está sem legendas, mas o pessoal que manja inglês pode curtir numa boa. As piadas com o glare (o “olhar”) da menina são hilárias.

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            Espero que a dica de filme para o verão lhes apeteça. Como já disse, o filme vale por inúmeras razões, mas a principal delas é sem dúvidas a misteriosa personalidade de Esther. Vale passar na locadora. Para o mês que vem, minha dica é a sérieKyle XY – ou ao menos alguns episódios da primeira temporada, que tem um total de 10. Seria essa bitch… uma bitch? Não percam os prós e contras dessa personagem inesquecível e dessa série mágica. Tenham todos um 2010 digno de gritos de guerra de felicidade e… cuidado com os comportamentos que vão adotar por aí depois da Esther, fechado? Abraços e beixenites, aguardo ansioso seus votos e comentários. Até fevereiro!

 

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O olhar mais atormentador da lua nova

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A senhorita Volturi e todo o charme de ser uma bitch

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 11

Dedicado a todos(a) os(as) adulantes do Team Jacob – porque a gente prefere o calor e gosta mais de cachorro!

Obs.: É possível que você encontre algum spoiler neste artigo referente à saga Crepúsculo. No que se refere ao último livro, Amanhecer, você encontra na parte em amarelo, que você conseguirá acessar passando o mouse por cima das linhas do texto. Fora isso, as informações aqui divulgadas se referem, basicamente, ao segundo livro da saga, Lua Nova.

000000000De volta para mais uma BITCH POWER para vocês, amigos Xenites e eventuais leitores!
E todo mundo sabe que foi nesse mês que passou, mais especificamente no dia 20 de novembro, que estreou a tão, mas TÃO aguardada sequência da saga Crepúsculo/Twilight, levando as menininhas enlouquecidas trilhonésimas pessoas aos cinemas de todo o mundo. Evitei de comparecer no dia da estreia, pois minha experiência com filmes “modinha” não é das melhores – meus ouvidos que o digam, porque não sei definir se o pior é ouvir os gritos das pessoas em momentos absurdos do filme ou se o ruim mesmo é não ouvir definitivamente nada do que é dito pelos atores. Para quem viu e/ou para quem leu, trago novamente à BP uma vilã de dar calafrios no pescoço, surgida no livro Lua Nova (New Moon, 2006) da escritoracheia da grana norte-americana Stephenie Meyer (1973 –).
No mês retrasado você conferiu aqui um pouco mais da primeira vilã a ganhar vida nas páginas de Crepúsculo, a vampira com as artes de escapeVictoria (<http://revistaxenite.vndv.com/bitchpower9.html>), rendendo bons comentários – gostei de ver! E, após um momentoqueria-ser-um-Power-Ranger sinto-falta-de-ser-criança, agora é a vez de Jane Volturi!
Na trama de Lua Nova, a tosca heroína Bella Swan se vê em depressão após o vampiro purpurinado Edward Cullen lhe dar um fora de esmigalhar o coração. Em um surto teenager para lá de dramático, Bella se desespera e tenta entrar em situações de risco para conseguir acessar em sua mente o vampiro que agora está longe – total surto psicológico, mas enfim… Condenado a uma vida (?) de tristeza sem sua amada – ele não tinha dado um fora nela? –, Edward tem uma crise de Drama Queen resolve pôr um fim à sua existência, clamando pela morte sob as mãos da família mais poderosa no mundo vampírico: o clã dos Volturi. Nas palavras do próprio mocinho – sou mais Jacob Black eu, hein… –, esse clã seria “o mais próximo da realeza” entre os sugadores de sangue. Ricos, poderosos e temidos, os Volturi impõem a regra de que a discrição é o caminho do sucesso, ou, em outras palavras, “fica na tua, vampiro!”. Tendo conhecimento desse comportamento proibido e não conseguindo o consentimento do clã para uma morte por assassinato voluntário, o senhorito Cullen resolve ter um momento “como uma deusa” revelar-se à luz do sol tilintando freneticamente em uma praça movimentadíssima na Itália, e cabe à Bella (risos, muitos risos…) salvar o amor de sua vida e deixar o amigo Jacob abandonado e infeliz em Forks.

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            Quando tudo parece bem novamente, os Volturi retornam e quem entra em cena é a nossa bitch Jane (oba, chegamos nela)! Nanica e ainda assim imponente como uma rainha, Jane tem um rosto contemplativamente ríspido e aterrador. Seusolhos vermelhos parecem, à primeira vista, iguais aos de qualquer outro vampiro que se alimente de sangue humano, exceto quando se descobre do que os olhos de Jane são capazes. Como mostrado no livro e no filme – digno de palmas, admito, com a esplendorosa atuação de Dakota Fanning (Guerra dos Mundos, 2005) –, com apenas um olhar e um pouco de concentração, Jane consegue fazer sua vítima (no caso, Edward que bem que mereceu) sentir dores insuportáveis pelo corpo todo, o que parece uma cópia barata de Cruciatus condenando a presa à imobilidade pela tortura. Fora isso, apesar de não ser devidamente mostrado, é presumível que Jane seja extremamente forte e rápida como todos os outros imortais, além da beleza aniquiladora.

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            Jane indubitavelmente lembra a bruxa Alti de Xena: Warrior Princess, tanto pelo poder que seus olhos carregam, somados à maldade natural, quanto pela sua própria presença conturbadora em cena, sendo uma das poucas integrantes da gangue dark na saga Crepúsculo. Por opção ou por não saber aproveitar as riquezas que tem em mãos, Stephenie Meyer não desenvolveu muito a personagem, nesse livro e tampouco nos outros. Folheando as páginas de Lua Nova em busca de uma frase de efeito da personagem, não encontrei qualquer enunciação decente, ainda que no filme a tenham enriquecido como a Jane se faz jus. Em Amanhecer (spoiler), tudo acomete para um grand finale, com batalhas épicas entre as famílias de vampiros do mundo inteiro, envolvendo até mesmo Bella, agora vampira, linda e com superpoderes! Ainda que os temores concernentes a Jane se manifestem sempre que seu nome é citado ou sua voz é ouvida, nada de drástico acontece com ela até as últimas linhas. Lamentável, sim, para quem dedicou tempo lendo a saga inteira à espera de qualquer reviravolta sensacional. Ao contrário de XWP, onde sempre que Xena e Alti se encontravam, fosse qual fosse a escala cármica em que estivessem presentes, tudo podia acontecer e de fato acontecia, com Bella e Jane a coisa fica sempre em ameaças e anticlímax de causar bocejos. Contudo, vale ressaltar que por mais que Jane remeta a Alti, Bella está anos luz distante em se parecer com Xena, convenhamos, Xenites e Twilighters.

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            De um modo ou de outro, Jane é uma personagem bastante interessante e merece seu lugar aqui na BP. Anseio por conferir as sequências cinematográficas da saga, Eclipse e Amanhecer, e poder admirar um pouco mais dessa bitchamedrontadora. Das razões de Jane pouco se sabe, mas visto que ela permanece em um corpo de menina – aludindo à inesquecível Claudia de Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles, 1976), criação da estadunidense Anne Rice (1941 -) –, a senhorita Volturi parece não ter culpa do destino que sofreu, logo não sendo incriminada por beber do sangue humano, considerando que o caso da família “vegetariana” Cullen é raro entre os seres mitológicos. Quem somos nós, carnívoros, para julgá-la?

            Parece mentira, mas mais um ano termina. Meu coração palpita ao pensar que a RX é uma realidade e que faço parte disso tudo. Agradeço a todos que prestigiaram a proposta da BP desde o começo e que seguem lendo e comentando até hoje. Meu muito obrigado! Tenham todos um Natal fantástico (sem bitches por perto!). Para 2010, sigo nas bitches com ares juvenis e já adianto: o que essa vilã esconde está além do que você pode supor. Quer saber mais? Assista ao filme A Órfã (Orphan, 2009) e prepare seus comentários para a BP n. 12! Você consegue conferir o filme nos cinemas e também na internet, onde existem inúmeras fontes e legendas disponíveis, é só procurar. Abraços e beixenites para todos vocês, e continuem votando ecomentando aqui na BITCH POWER e as vilãs que tanto amamos odiar!

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É hora de morfar e detonar 3 bitches de uma vez!

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Repulsivas, Intoxicantes, Universais! Power Bitches? BITCH POWER!

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 10

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Saudade dessa revista! A cada mês eu gosto mais de fazer parte dessa história Xenite, ainda que me atrase um pouquinho – desculpa, Mary Anne! Indo ao que interessa, para comemorar o dia das crianças do mês de outubro, novembro chega trazendo 3 vilãs da infância da maior parte da galera televisiva da década de 1990. Afinal, quem nunca viu os heróis mais coloridos da face da Terra? Poderes místicos advindos de dragões, de animais, do tempo, do espaço, de espadas e Megazords, eles eram osPower Rangers! Contudo, o assunto aqui são as vilãs, então não percamos mais tempo, pois Zordon os convoca para esta missão! Vista sua cor favorita e boa leitura!

Fontes principais: Wikipédia – e memória infantil!

 

            RITA REPULSA

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Ela foi a primeira vilã a aparecer no caminho dos Rangers, no lendário Mighty Morphing Power Rangers (1993-1995 – 147 episódios).
Há cerca de mil anos atrás, Zordon, o grande mestre dos Power Rangers, aprisionou Rita Repulsaem uma cápsula e largou-a a deriva no espaço, e ela só saiu de lá ao ser encontrada por dois astronautas aleatórios. Jurando conquistar o primeiro planeta que visse pela frente, Rita e seus comparsas que estavam presos junto com ela depararam-se com o planeta Terra.

 

0000000            Ao descobrir os Power Rangers, Rita tentou de tudo que foi maneira acabar com a bondade no mundo e eliminar os guerreiros de identidade secreta. Na maior parte das vezes, Rita mandava um monstro com algum poder especial contra os guerreiros do bem, e sempre acabava intervindo com seu cajado mágico para aumentar o tamanho e potência dos monstrengos, obrigando a galera Ranger a evocar oMegazord, um robô gigante controlado pelos cinco Rangers ao mesmo tempo – quem esquece as lutas em meio da cidade, derrubando os prédios de maquete?
Depois de ser encolhida, presa novamente, libertada outra vez e refugiada com seu marido monstro, seu final é bem feliz para uma bruxa de maldade: no final de Power Rangers in Space (1998 – 43 episódios), com a morte de Zordon, Rita magicamente se transforma de volta em humana, e passa a viver feliz da vida com seu esposo. Mais tarde ela se torna a Mystic Mother em Power Rangers: Mystic Force(2006 – 32 episódios), sem maiores participações.
Rita foi eleita há um tempo atrás como a vilã preferida dosRangermaníacos. Não é por menos, afinal, ela é hilária!
Semelhança em XWPCallisto, por suas intermináveis idas e vindas e um toque de insanidade.

            DIVATOX

0000000            Adorada por mim na infância, essa vilã com trejeitos de madame chegou perto, mas bem perto mesmo de destruir os Power Rangers de uma vez por todas.
Viajando pelo universo em seu submarino voador, Divatox e sua trupe infame vem à Terra em busca de vingança dos Rangers, após um de seus planos malignos com os antigos RangersKimberly e Jason dar errado. Conhecida majoritariamente como a Rainha do Mal em Power Rangers: Turbo (1997 – 45 episódios) e, mais tarde, como Rainha das Trevas do Espaço emPower Rangers in Space, Divatox era uma vilã aparentemente fraca, porém com grande poder de articulação, domínio e força.
Também atingida após a morte proposital de Zordon, Divatox tem seu fim com longos cabelos castanhos ao vento e um belo vestido branco, dançando fascinada ao contemplar sua verdadeira beleza.
Entre seus poderes, algo como raios lasers de Super-Mulher – do cão! – saíam de suas lentes coloridas. Além disso, inesquecível o episódio onde Divatox enrola um Power Ranger encolhido com a língua métrica, comprovando teorias de que ela não seria de todo humana.
Semelhança em XWP: uma versão negra de Afrodite.

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            ASTRONEMA
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            Por último e nada menos importante, a minha vilã preferida em matéria de complexidade! Em meio ao teor mais sombrio e de enfoque emocional maior de Power Rangers in SpaceAstronema dava certos calafrios nas pobres crianças telespectadoras.

 

 

0000000            Assim como Divatox, essa guerreira do espaço quase aniquilou os Rangers, a Terra e a Galáxia toda com sua tropa perversa. Suas intenções baseavam-se em sua suposta fidelidade a Espectro Negro, um tipo de mentor das artes das trevas da menina. O fato é que Astronema sempre foi Karone, a irmã desaparecida do então Ranger vermelho Andros que vivia à procura de sua irmã sumida. Quando criança, ambos sonhavam juntos em tornarem-se Rangers. Ao descobrir que Karone fora sequestrada e tornara-se uma guerreira do mal, Andros tenta de tudo para convertê-la de volta. Suas batalhas quase acabam na morte de Astronema/Karone, que não se curou totalmente com a morte de Zordon por conter chips de controle instalados em sua cabeça. Com as lágrimas de amor fraterno de Andros, Karone desperta novamente e volta para a Terra.
Karone retorna em Power Rangers: Lost Galaxy (1999 – 45 episódios), conseguindo após muitas reviravoltas se tornar a Ranger rosa da equipe até o fim da temporada, realizando seu sonho de infância assim como seu irmão.
Semelhança em XWP: à própria Xena, pelo histórico de trevas, processo de regeneração e caminhada pelo caminho do bem em seguida.

            Eu particularmente AMO nostalgia. Espero que tenham gostado e curtido junto comigo essas vilãs de outros mundos – e do tão conhecido mundo infantil. E por falar em nostalgia, no mês de dezembro a BP traz de volta a saga Crepúsculocom uma nova vilã. Quer a dica? Assista Lua Nova nos cinemas e depois a gente conversa. Abraços e, como ordena a Divatox, não esqueçam:

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She’s a bitch, she’s bad and she bites!

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A BP sob a luz do crepúsculo!

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 09

Obs.: Contém pequenos spoilers da trama da saga Crepúsculo, nada que comprometa sua leitura. Pode ler à vontade!

   Artigo dedicado às minhas amigas letrandas da UFRGS, fanáticas ao quadrado por Edward Cullen, Jacob Black e companhia.

   Xenites do meu Brasil e do mundo todo, mais uma BP! Muita informação, sangue e bom-humor. Eu falei sangue?

   Sangue sim, quando se fala de vampiras barra pesada como a bitchdo mês do outubro – mês de dia das bruxas, mas a gente generaliza para todas as criaturas noturnas! Apresento-lhes a vampira Victoria, a primeira vilã a aparecer nas páginas da saga Crepúsculo, da autoria da escritora norte-americana Stephenie Meyer. Na trama do primeiro livro, Victoria surge do meio do nada junto de dois vampiros homens:Laurent, o líder do trio corre-pega-morde; e James, o vampiro rastreador que persegue a heroína Bella e “peguete” de Victoria. O grupo nômade é a primeira impressão que Bella tem de vampiros que vivem sua real natureza de sugar o sangue de humanos, diferentemente dos Cullen.

   Falando francamente, a Vic não aparece muito no primeiro livro nem no segundo, Lua Nova, onde ocupa um papel mais de uma preocupação do que uma verdadeira ameaça. Ela ainda volta emEclipse e… bem, aí é spoiler demais. Mas é mais ou menos o seguinte (passe o mouse para ler, tá certo?):ansiando pela vingança contra Edward, que em Crepúsculo matou seu namoradinho James, Victoria monta um pequeno exército de vampiros recém-criados para ajudá-la na efetivação de seus objetivos cruéis: matar Bella na frente de Edward e deixar as coisas quites entre eles.

   Não sei por que cargas d’água não pintaram os cabelos da atriz Rachelle Lefevre, que interpreta a bitch nos primeiros dois filmes (Crepúsculo/Twilight, 2008; Lua Nova/New Moon, estreia em novembro de 2009), de vermelho. Esse, porém, é o menor dos problemas da versão cinematográfica. Mas é um bom filme, de coração! Victoria aparece ainda mais do que no livro, suas características sendo melhor percebidas. Com trejeitos à la Mulher-Gato, cabelos frequentemente descritos como fogo vivo e um potencial que deixa a desejar, contudo, infelizmente a autora Meyer não a desenvolve o suficiente.

   Victoria não tem nada de especial a não ser o seu “talento sobrenatural” de autopreservação. Linda, forte, rápida e boa de briga como a maioria dos sanguessugas, vingativa, Victoria me lembra ninguém mais, ninguém menos que Callisto. Mas me dói (no lado negro do meu coração) comparar tal vilã com alguém tão odiosamente especial do universo Xenite…

   Para terminar, Lafevre dá lugar a Bryce Dallas Howard no filme Eclipse, programado para estrear na metade de 2010. Ainda que a saga Crepúsculo insista em caminhar na trilha do tá-quase-lá-mas-nunca-chega (ou em linguajar mais apropriado, na técnica do anticlímax), Victoria dá uma boa vilã. Quando aparece. E não deixa muita saudade.

   Vam’bora para a parte dois, com a vampira… bem, deixo só o gostinho para quem gostou; mais Crepúsculo, só em dezembro. Sim, eu sei, eu prometi uma BP em dose dupla, mas convenhamos que temos bastante o que falar dessas bitches. Assim, dá tempo de vocês lerem os livros, assistirem ao Lua Nova e refletirem melhor sobre a vampira dos Volturi. Quem são Volturi? Quem é a bitch? O que o colunista da BP tomou de café da manhã no dia que escreveu a coluna? Tudo isso eu deixo para dezembro. E para novembro, em homenagem ao dia das crianças, um momento nostalgia em três partes – tudo num artigo só, agora é promessa! – com as vilãs mais famosas que atrapalhavam a vida dos guerreiros morfadores. Ficou fácil, né?

   Por favor, peço encarecidamente: VOTEM e COMENTEM, certinho? Um abraço e beixenites para vocês!

   

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Nem sempre a Fênix vem para renascer.

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Quando ela aparece, pode ser o fim de toda a existência.

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 08

            Eu já devo tê-los enjoado de tanta mulherada da Marvel, não? Que seja, blasfemem-me nos comentários – menos de filho de uma bacante, que minha mãe não anda sugando sangue até onde eu saiba! Eu nem leio mais os gibis, mas é fato inegável que essa empresa criativa possui um verdadeiro arsenal de personagens, alguns indispensáveis quando o assunto éGirl Power ou, nesse caso, BITCH POWER!
000            Para os mais chegados nas aventuras mutantes, a X-Woman Jean Grey já faz parte do coração. No time mutante desde os primórdios, a Garota Marvel – seu codinome no princípio – é uma das mulheres mais populares dos gibis. Seus poderes fenomenais, como a telecinese(capacidade de mover objetos com a mente) e a telepatia, sempre foram de extremo potencial, obrigando seu mentor Charles Xavier a obstruí-los parcialmente até que ela fosse regularmente treinada e amadurecesse como mutante. Xavier tinha razão em partes, mas era ingênuo quanto ao mal que estava por vir…
Como consequência desses bloqueios psíquicos, Jean Grey desenvolveu uma espécie de personalidade alternativa, denominada Fênix. É extremamente difícil definir a Fênix por completo, já que ela é uma mistura de divindade, poderes além do sobrenatural, magias e intenções desconhecidas. Para ilustrar, recorro a um fato dos próprios gibis, original de Uncanny X-Men 134 – Junho de 1979 – Heroes and Hellfire, que saiu num conjunto da Panini Comics denominado A Saga da Fênix Negra, na coleção Os Maiores Clássicos dos X-Men (Volume 4 – Maio de 2006 – imagem ao lado); na página 112, a Fênix tortura um dos membros do Clube do Inferno, a fim de demonstrar seu poder. A descrição segue assim: “(…) Ao toque de Jean, a mente de Jason Wyngarde se expande à velocidade do pensamento, passando de um extremo da realidade a outro instantaneamente, atravessando todo o espaço-tempo. / Num piscar de olhos, o mestre mental se vê em contato com o universo… e seu cérebro é invadido pela miríade de contraditórias verdades existenciais absolutas. / Ele grita. Incapaz de aceitar, ele corre. Impossibilitado de fugir, ele se afoga. Afinal, Jason é apenas humano… Um homem dotado de consciência limitada, poder limitado, habilidades limitadas… Instantaneamente transformado num deus. / Certas pessoas conseguem sobreviver à experiência. / Outras, não.” Respira fundo que o medo passa.

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            O impressionante da Fênix é que, por ser extremamente complexa, ela é incompreensível, e resta aos herois mutantes apenas impedi-la. Se seus poderes já eram agressivos quando apenas Jean Grey, como Fênix a força de destruição é infinita. Jean Grey é uma mutante Ômega (o ranking mais poderoso – nos filmes, é abordado como Nível 5, assim como Magneto), mas nada se compara aos extremos da força negra que habita sua mente. A Fênix se alimenta de energia, e em um dos seus “passeios atrás de comida” pelo espaço sideral, a Fênix literalmente drena e se alimenta de inúmeras estrelas e planetas – inclusive habitados, onde mata mais de bilhões de seres. E isso foi muito forte, para leitores e produtores. “Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos…”, chegou a dizer um deles no período de produção.
Comparada aos vilões de XENA, o mais próximo dela seria algum deus, senão o próprio Zeus, pelo domínio onipotente que possui. A luta interna de Jean, contudo, assemelha-se à de Xena, logo que ela precisa equilibrar a sua força sobrenatural com o equilíbrio humano, assim como Xena põe na balança o seu lado negro e seu lado bom. Mas isso é coisa da GP…
Nos cinemas, a Fênix tem destaque especial em X-Men: O Confronto Final. As cenas são impressionantes, e a atuação da holandesa Famke Janssen (44) é admirável quando interpreta a bitch, tanto é que recebeu o Prêmio Saturno de melhor atriz coadjuvante pelo filme! Vale – muito – a pena!

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            Para quem perdeu, pois o artigo saiu com atraso na RX nº 14, vocês conferem a GP da Tempestade (> http://revistaxenite.vndv.com/girlpower14.html <), outra das mutantes poderosas – do bem, dessa vez. Prometo ficar longe da Marvel por um tempo, pessoal, e de presente para os twilighters de plantão, mês que vem tem BP em dose dupla e vampiresca! Um grande abraço, VOTEMCOMENTEM e até lá!

 

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Saiba por que essa feiticeira apavora os gamemaníacos.

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Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 07

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            Quem joga videogame com certeza já ouviu falar dessa saga de sucesso, ainda que não goste do estilo de RPG, lutas determinadas por turnos onde você seleciona o ataque, a magia, o item, o monstro guardião e mais um milhão de detalhes e uma estória que requer horas e horas de jogo que enriquecem a franquia. Estou falando da saga Final Fantasy, que já conta com mais de 16 jogos e dois filmes baseados nas estórias. Nesta edição da BP, falarei da vilã mais temida de Final Fantasy VIII, a aterrorizante feiticeira (sorceress em inglês) Edea Kramer. Mas… Será que ela, Edea, é realmente esse monstro?
            A história é fantástica como todas as outras. Desta vez, acompanhamos a aventura de Squall e seus amigos em busca da destruição de uma feiticeira com sede de poder. Em um mundo mágico cercado de monstros e poderes sobrenaturais, as feiticeiras sempre foram uma raça temida por todos os outros. Antigamente, algumas feiticeiras chegaram a dominar ou até mesmo destruir algumas nações em busca de mais poder, e tudo parecia estabilizado até Edea surgir.

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            Na estória, sabe-se que só há uma feiticeira por geração, e que ela pode transferir seu poder para outra mulher – na maioria dos casos. O mistério permeia o jogo todo e aos poucos os enigmas vêm à mesa. Tudo na verdade faz parte de um grande plano de uma poderosa feiticeira do futuro, chamada Ultimecia. Suas ambições são desconhecidas, mas sabe-se que ela está atrás de uma mulher chamada Ellone, antiga conhecida de Squall, o heroi da trama. Ellone parece ter a capacidade de voltar do tempo através dos pensamentos, e isso permitiria que Ultimecia fundisse seus poderes com a feiticeira do passadoAdel, assim comprimindo o tempo e sendo a governante de todas as eras. Já imaginou?

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            Por que escolhi Edea para ser a protagonista da BP? Simples: ela é a chave para Ultimecia realizar o que quer. Investigando-se as razões de Ultimecia ser tão maligna, a mais provável seria a de uma revolta contra a raça humana, uma vez que os humanos julgam as feiticeiras como ameaças constantes, culpadas de muitas desgraças no passado.

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            Sem dúvida, Edea/Ultimecia me lembra Alti e suas infindáveis vidas perseguindo Xena e Gabrielle através dos tempos. Edea ganhou uma trilha sonora especial para o jogo, e sempre que entra em cena o clima é assombroso e a tensão preenche todo o ambiente. Além disso, o fato de antigamente ela ter sido uma pessoa especial na vida de Squall e seus amigos não deixa a tarefa de derrotá-la mais agradável. Até a verdade aparecer, o sucesso de Edea só poderá ser impedido através da justiça e da luta pelo Bem Maior. E particularmente do amor. E é nisso que a oitava edição de FF ganha pontos no seu roteiro.

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            Tem muita gente envolvida nisso tudo, e fica claro que Edea é mais uma vítima da feiticeira Ultimecia – que é a grande bitch, se você parar para pensar. Decidi abordar Edea por ela ser a vilã mais óbvia quando se começa a jogar até o fim do segundo CD do jogo, lançado originalmente para Playstation 1 e dividido em quatro mídias. Quem tiver a oportunidade de jogar no seu console ou através de um emulador no PC vai poder conferir toda essa aventura. Mês que vem, um poder supremo encarnado em uma alma pura renasce especialmente para a BP. Adivinhou? Não perca a BP de setembro, com mais uma bitch que amamos odiar. VOTEM e COMENTEM! Até lá, e um abraço a todos!

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            Para mais informações sobre Edea e sobre Final Fantasy VIII (ou sobre toda a saga), acesse <http://www.finalfantasy.com.br/index.php?ffb=ffs/ff8/sorcress >.

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Uma “Princesa Guerreira-wannabe”?

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Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 06

Criada para ser má, ela vive na sombra de sua inspiração!

            BITCH POWER na área outra vez! Mesmo com os contratempos, a redação não descansa para trazer até você, Xenite ou leitor eventual da RX, um trabalho feito com dedicação e amor ao que fazemos. Mas não é de amor que vou falar esse mês. Seria dedicação?
Para quem lembra da GIRL POWER n.º 07 (< http://www.revistaxenite.com.br/girlpower7.html >), essa vilã kombatente já é familiar. Seu nome é Mileena (pronuncia-se “milína” ou “mãlína”), a clone maligna da GP Princesa Kitana na saga de sucesso Mortal Kombat. Sendo a primeira personagem feminina no papel de vilã em Mortal Kombat II (ignorando o fato de que Kitana seria uma vilã, mas apenas aparentemente) e a primeira vilã feminina em videogames de luta em uma época onde isso era incomum, Mileena dava um glamour diferente às lutas sangrentas do jogo. Idêntica à sua comparsa Kitana, Mileena carregava dois sais como arma de luta – assim como Gabrielle e como a GP n.º 13 Elektra (a qual, como o bardoRob acertadamente observou, não fiz nenhuma comparação com a Gabby – foi puro esquecimento)! Inicialmente, as armas não lhe davam muita diferença sobre os outros lutadores, mas nos últimos jogos da franquia MK elas se mostram úteis e adequadas para o estilo rápido e ágil de Mileena, além de corresponderem a seu instinto assassino. Seus estilos de luta nos jogos mais atuais, além dos Sais, são as artes Ying Yeng (sob a qual ela consegue dar bons chutes à distância e utiliza golpes com as pontas dos dedos) e Mian Chuan (golpes mais fechados de braços e grandes esticadas de pernas).

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            Sua história é resumidamente a seguinte: levando-se em conta o que já foi dito na GP07, Mileena foi criada pelo vilão feiticeiro Shang Tsung, sob ordens do grande imperador Shao Kahn, para vigiar a Princesa Kitana como uma verdadeira irmã faria. Algumas fontes afirmam, porém, que Shang Tsung a criou designando-a para, um dia, tomar o legado de Kitana e, por consequência, do imperador. Convivendo lado a lado com Kitana, Mileena não demorou a perceber que seu valor não poderia nem ser comparado com o da Princesa, uma vez que seu dever era protegê-la sobre qualquer custo. As duas, juntamente com a guerreira verde Jade – quem sabe uma futura GP? -, eram a força de uma equipe de assassinas especiais do império de Kahn, cada qual com suas habilidades especiais. Mileena esconde sob o véu a marca registrada de uma Tarkatan, uma raça de monstros da qual Baraka – o lutador com duas lâminas que saem de seus braços – é o líder. Essa marca, que nada mais é do que dentes extremamente afiados, é na verdade um erro resultante do processo de clonagem de Kitana, onde Shang Tsung utilizou a essência da princesa e da raça Tarkatan para compor sua criação. Mileena é frequentemente associada ao monstro vilão, e durante toda a história dos torneios é vista em alianças com Baraka, amigáveis ou não.

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            Uma singela linha do tempo: Em Mortal Kombat II, Mileena descobre que Kitana agora sabe a verdade sobre seu passado – que Shao Kahn assassinou seu verdadeiro pai e que Mileena não é sua irmã porcaria nenhuma – e investe em um ataque mortal. Mileena é derrotada pela princesa guerreira, e sua essência é transferida para o Netherealm – ou Inferno, como preferirem. Durante Ultimate Mortal Kombat III, Mileena é convocada por Shao Kahn do mundo infernal para ajudá-lo contra os lutadores do bem. Shinnok, um feiticeiro maligno que havia lhe recrutado no Inferno como uma de suas aliadas, acredita que esse retorno ao mundo dos vivos permitirá que Mileena fique de espiã dos acontecimentos da Terra, e Shinnok lhe dá a habilidade de ler os pensamentos de Kitana. Após mais uma derrota do imperador – e um suposto encontro com Sonya Blade, não muito amigável, resultante em outra derrota da Bitch -, ela retorna ao Inferno. Em Mortal Kombat Gold (que acontece junto com a linha histórica de MK4) Mileena ajuda Shinnok a estabelecer seu reinado no mundo real, e tenta mais uma vez acabar com a vida de Kitana. Sem sucesso, Mileena termina presa nas jaulas de Edenia, o mundo onde Kitana vive e é considerada princesa e onde Mileena também se criou, e fica de fora do torneio seguinte, o Mortal Kombat: Deadly Alliance. Ela retorna em Mortal Kombat: Deception, aproveitando-se da morte de Kitana e tomando seu lugar como líder do exército de Edenia, em prol do grande vilão Onaga, um dragão poderoso que certamente lhe daria muitos trunfos. Quando a farsa é derrubada, Mileena foge e tenta tomar o posto de rainha absoluta de Edenia, antes que Shao Kahn retorne mais uma vez no posto de imperador maior. Mileena pensa conseguir o trono, mas uma invasão do antigo imperador interrompe seus planos, e ela obriga-se a render-se e prestar serviços ao seu antigo mestre que, bem ou mal – mais pra mal do que pra bem -, é a figura mais próxima de um pai que Mileena tem. Apesar de tudo, Mileena não está contente de servir Shao Kahn uma vez que tinha o domínio daquele mundo nas mãos, nem está feliz com a volta de Kitana. Seu destino agora é imprevisível, e só um próximo Mortal Kombat responderá todas as perguntas remanescentes.

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            Como Fatalities (movimentos de finalização do oponente), Mileena apresenta até agora seis variedades (fonte: >http://pt.wikipedia.org/wiki/Mileena < ):

  • Surgery: Mileena usa seus sais como facas para esfaquear o oponente dezenas de vezes. (MK2)
  • Man Eater: Mileena tira seu véu e suga o oponente, depois vomita seus ossos. Surreal, mas apavorante. (MK2, UMK3).
  • Nail Shooter: Mileena abre um pote contendo pregos e engole todos, e em seguida atira todos no oponente. (UMK3, MKG).
  • Sai Flings: Mileena joga vários sais no adversário, mutilando-o. (MKG).
  • Devoration: Mileena tira seu véu e vai para cima do oponente arancando sua cabeça a dentadas, cuspindo-a em seguida e exibindo a boca completamente ensanguentada – de dar arrepios nos mais corajosos! (MKD).
  • Killing sais: Mileena arremessa suas sais para o alto e depois chuta os sais no oponente como uma ninja profissional. (MKD).

            Em Mortal Kombat: Deception há ainda a forma de suicídio, Hara-Kiri, na qual Mileena crava os sais na própria cabeça, um de cada lado, e cai morta.
Nos cinemas, Mileena foi interpretada por Dana Hee. Apesar da boa cena de luta na lama contra Sonya (Sandra Hess, que na cena seguinte aparece vitoriosa e com a blusa branca limpinha!), Mileena tem uma única fala em resposta à surpresa de Sonya pela semelhança com a aliada do bem. “Kitana?!” exclama Sonya; “Bem que gostaria!” responde Mileena, que daí em diante apenas solta alguns gemidos de exclamações durante a luta. O filme Mortal Kombat – A Aniquilação não é lá essas coisas, né…

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            Comparar Mileena com algum vilão de XENA é difícil, uma vez que sua história é muito particular. O que se leva em conta na trajetória de maldades de Mileena é que ela foi criada com objetivos determinados, mas sua vida agora é dedicada a tomar o posto de Kitana a qualquer custo, ainda que esta não tenha culpa de ser quem é, e sim é vítima de artimanhas e manipulações horríveis contra seu povo, seu mundo, sua família, seus amigos e a ela mesma. Mileena só descansará quando enfim Kitana não mais respirar, e então reinará absoluta e única. Mas e toda essa dedicação valerá de alguma coisa? Acredito que Mileena só existe e só pode existir enquanto Kitana existir, pois Mileena não vê alternativa sendo ela própria. Talvez nesse ponto ela se aproxime de Callisto em relação a Xena, mas… quanto vale a determinação de ser outra pessoa?

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            Fico por aqui no mês de julho. Mês que vem, uma vilã que tem o poder de tranformar uma das “fantasias finais” em um terrível pesadelo. Fique atento e de olho sempre na BITCH POWER, e as vilãs que amamos odiar. COMENTEM, e muito obrigado.

 

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Ela dá sentido à blasfêmia “bruxa”!

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Ela sabe a magia de ser Bitch!

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BITCH POWER – n. 05

Por Alessandro Chmiel

Obs.: o colunista supõe que o leitor conheça o mundo de Harry Potter e se compromete a não revelar spoilers do último livro.

            BITCH POWER na área, nessa comemoração de um ano da RX! Vida longa à Xena & Gabrielle, vida longa a Revista Xenite, e vida longa, é claro, a Bitch Power!
Pois é, mas “vida longa” a gente só deseja pra seção, porque pra essa Bitch de junho a gente não deseja nem mais um suspiro. Ela foi a primeira mulher a ser apresentada como Comensal da Morte no mundo mágico de Harry Potter, nas fantásticas linhas de J. K. Rowling, e é uma das piores e mais fiéis seguidoras de Lord Voldemort!
Seu nome é Belatriz Black Lestrange, ou simplesmente Belatriz Lestrange. Assim como muitos personagens da saga potteriana, Bella – como é chamada por seus comparsas – estudou em Hogwarts e logo teve seu casamento marcado com Rodolphus Lestrange, um bruxo puro-sangue. Ambos eram aliados de Lord Voldemort, o grande bruxo das Trevas, que queria porque queria um mundo dominado por bruxos de sangue puro, sem humanos ou misturas étnicas.

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            Quando Voldemort desapareceu após a tentativa frustrada de matar Harry Potter, Belatriz e seus comparsasComensais da Morte foram atrás dos membros da Ordem da Fênix – algo como “a CIA do mundo mágico” – atrás de informações. Por ter torturado dois membros da Ordem, Belatriz tornou-se prisioneira em Azkaban, a pior prisão bruxa que existe. Passados quatorze anos após a queda do seu mestre, a quem sempre foi fiel e admiradora (alguns dizem que vai além da admiração), Belatriz consegue escapar da prisão junto de outros Comensais e ajuda Voldemort a causar escândalos e medo no mundo mágico outra vez.

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            A megera tem tudo para ser uma bitch de verdade: um visual inusitado e perturbador e uma postura além do que se chamaria de temperamental. “Azkaban descarnara o rosto de Belatriz Lestrange, tornando-o feio e escaveirado, mas estava vivo com um fulgor fanático e febril”, narra Rowling, através da esplendorosa tradução de Lia Wyler, em Harry Potter e a Ordem da Fênix (p. 634). A figura se veste mal por opção, e nem preciso descrever com todas as fotos que a ilustram. Seu comportamento caminha na linha de surtos psicóticos, já que ela nunca parece apresentar uma conduta considerada sã.

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            Nos filmes da saga Harry Potter, quem a interpreta é a atriz inglesa Helena Bonham Carter (Clube da LutaSweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet), nascida em 1966, em Londres. Brilhante como sempre, Helena capta bem a essência mística e perturbada da personagem rowliniana. Para conferir sua atuação, é só conferir os filmes da saga ou pesquisar a personagem no YouTube. Quem é fã do bruxinho Potter aguarda mais que ansiosamente o sexto filme da série, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, com estreia prevista para o dia 15 de julho – presentão de aniversário pra mim! – com a participação de Helena garantida! (Link do trailer: http://www.youtube.com/watch?v=wxd2oj7h240 ).

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            Se não ficou muito claro o perfil dessa vilã, peço perdão e justifico-me confessando que Rowling não explora muito a história dessa verdadeira bruxa malvada. Ainda assim, quem não leu os livros pode saber: está perdendo um dos maiores trunfos da literatura mundial dos últimos tempos. Na próxima edição da BP, é a vez de uma bitch do mundo do Kombate se defender com sais e dentes – e põe dentes nisso, moça! Não esqueçam de votar e comentar, certo? Obrigado, e até lá!

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Você conhece Raven Darkholme?

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Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 04
A mutante mais viracasaca do pedaço – no pedaço da BP!

            Duvido que alguém desgoste de X-MEN aqui nessa nação Xenite. Se não gostam, no mínimo devem se identificar com ao menos 1 dos mutantes, que são tantos e tão diferentes que povoam inclusive universos paralelos. A criatividade deStan Lee e sua trupe de roteiristas sempre esteve a mil, e continua pesada até hoje. Para provar o sucesso dos mutantes, dê uma olhada nos cinemas hoje mesmo para conferir mais um filme da saga X-MEN, estrelando o adamantiumizado Wolverine e seu passado esquecido. Apesar de se tratar de X-MEN, o time feminino não deixa por menos, tanto nos bonzinhos filhotes do telepata Professor Charles Xavier quanto nas malevolências de Magneto heavy metal e afins. E dessa mutação para a maldade que lhes apresento uma das vilãs mais populares da série, a metamorfa Mística.

aaaaaaaa

            Seu nome real é Raven Darkholme – que quase não parece um nome verdadeiro -, e essa mutante sofreu muito na vida. De pele azulada e cabelos vermelhos, ela teve sorte de controlar seus poderes ainda pequena, e transformar-se em aparências de pessoas “normais” para minimizar os traumas de ser uma mutante em um mundo majoritariamente humano. Quando deu a luz ao futuro X-Man teleportador Noturno, com aparência semelhante à sua, Raven viu-se numa situação parecida com a de Gabrielle ao ter Esperança nos braços em XWP 03×05 – Gabrielle’s Hope: com medo de machucarem seu filho, Raven abandonou-o em um rio para o bem de ambos. Certamente, foi a coisa mais difícil que ela já fez.
Ao longo dos anos, Raven foi ficando mais e mais revoltada com o preconceito dos humanos em relação aos mutantes, e fez parte de inúmeros grupos pró-mutantes, variando de acordo com seus interesses. Seu objetivo maior é sempre prezar a potência mutante no planeta, e ela já fez coisas bem ruins para tentar atingir suas metas. Aliar-se com Magneto e fazer um mundo só de mutantes foi um dos muitos planos de destruição da ruiva azul. Treinando firme, Mística é uma excelente lutadora, tanto na parte corporal quanto com armas de fogo. Não tendo nenhum poder de ataque, ela intensificou suas habilidades marciais, e pode matar alguém em poucos golpes. Além disso, suas interpretações ao imitar outras pessoas são dignas de Oscar. Se houvesse uma categoria “atuação persuasiva e ilusória mal-intencionada”, não haveria competidores contra Mística.

aaaaaaaa

            Sabe-se que nos gibis ela vive trocando de lados. Nas últimas histórias, Mística inclusive habitava a Mansão X, lar doce lar dos X-MEN, vigiando de perto o romance de sua antiga filha adotiva, a mutante sugapoderes Vampira. Mística desaprova o “genro” energizador de baralhos Gambit, dizendo que ele não é bom o suficiente para ela, tentando a todo custo provar ser uma boa mãe. Mística adotara Vampira quando esta era ainda uma criança, sob seus cuidados e dos de Sina, sua parceira amorosa com o poder de prever o futuro. Por uma das previsões de sua companheira, Mística desistiu de criá-la e fazê-la sofrer ainda mais. Essa relação do passado com Sina fica sempre nas entrelinhas, comprovando que mística ébissexual.
Mística, como todos os tipos de vilões (acredito eu), tem grande capacidade para ser boa, tanto que seu papel é fundamental em certas missões dos heróis mutantes. Sua desculpa para a maldade se “justifica” pelo desprezo humano, pela falsa superioridade em ser “normal”, por essa variação de fascismo que os mutantes encaram com frequência. Ainda assim, seurancor é o veneno presente em suas veias, e a culpa por não ter sido uma boa mãe para nenhum de seus filhos. Sua maior semelhança com o Xenaverse? Como alguém que finge ser mil e uma pessoas, eu diria que ela é um pouco de todos: César, em seu anseio pelo poder; Callisto, pelo desejo incessante de vingança; Alti, pela constante perseguição a quem julga lhe fazer mal; um tanto de Ares, pela prepotência até mesmo indecente.

aaaaaaaa

            Uma esperança para ela? Talvez. De uma visão Xenite, que viu toda a reviravolta da nossa Princesa Guerreira, é possível acreditar que, um dia, dependendo das circunstâncias, Mística consiga estabelecer suas metas de fortificar os mutantes sem ser necessário destruir vidas humanas, até mesmo fazendo parte dos X-MEN. Apesar disso, sempre me parece que quando a situação esquenta para o lado dela, Mística cai novamente nas garras da violência gratuita os dos artifícios desonestos.

aaaaaaa

            Quem quiser conferir um pouco mais sobre a Mística, o que não falta é material. Nas bancas, os gibis X-MEN, X-MEN EXTRA, WOLVERINE, além de cadernos especiais, trazem a guerreira azul seguidamente. Você confere as participações dela nos desenhos animados – em especial em X-MEN EVOLUTION, onde muitos dos episódios centralizam a vilã e suas conturbadas relações e desejos de provar ser a melhor. Na sétima arte, confira Mística na trilogia dos X-MEN, se ainda não viu. Ela é muito bem interpretada, e você saca um pouco mais de sua personalidade cruel (ver foto acima).

aaaaaa

            A todos um ótimo mês de maio – desculpem pela demora da postagem! – e mês que vem estou de volta, com uma vilã alucinada de um mundo bruxo que, certamente, vocês já ouviram falar. Até lá! (Ah, não esqueçam: VOTEM eCOMENTEM! Obrigado).

 

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