Entrevista com galera que compareceu no encontro de Brasília

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Por Lucy

Em cima, Pedro Henrique e Andressa.Embaixo, Ruanna, Yannara e Marina

 

A RX este mês procurou arriscar e divulgar uma entrevista coletiva, exclusiva!
Os Xenites Andressa, Marina, Pedro Henrique, Ruanna e Yannara resolveram se encontrar em Brasília no mês de janeiro e contam como foi a experiência!

-RX: Como surgiu a ideia de haver um encontro Xenite?

Andressa: Nós pensamos várias vezes nesse encontro, porque existem outros Xenites aqui na nossa city e queríamos juntar todos, mas sempre dava algo errado e era desmarcado.
Combinamos um lugar que era mais próximo para todos e o encontro aconteceu. 
Marina: Foi uma ideia de todos. Já que havia vários Xenites no mesmo lugar resolvemos marcar de nos conhecermos.

Pedro Henrique: Nós nos conhecemos pela internet, através da comunidade, e como morávamos todos em Brasília, decidimos que tínhamos que marcar um dia para nos conhecer.

Ruanna: Nós nos conhecemos pela comunidade, e nisso fomos nos adicionando no MSN e uma coisa levou a outra. Estávamos doidos pra nos conhecer além do MSN e falar sobre Xena ao vivo.

-RX: Algum de vocês já se conhecia?

A: Bom, eu e o PH estudamos juntos alguns anos, foi ele que comentou comigo sobre a série, amei, e em 2006 eu entrei pra uma outra comu de Xena. A Ru eu também já conhecia pessoalmente, mas a Yannara e a Marina conheci no encontro mesmo.
M: Não. Nenhum pessoalmente.

PH: Eu já conhecia a Andressa, porque estudamos juntos desde a 8ª série.

R: Eu conhecia a Andressa, somente!

Y:. Conversávamos mais pelo MSN e Orkut mesmo.

-RX: O que sentiram no momento em que chegaram lá? Emoção, vergonha, timidez, alegria?

A: Eu fui a primeira a chegar, quando vi que não tinha ninguém em frente ao lugar marcado eu pensei: ”Será que eu to no lugar errado?!” ahuahauhauhauhua, algum tempo depois todos chegaram e foi muito bacana ter todos os Xenites que combinaram presentes.
M: Eu fiquei muito empolgada. Sei lá… aquela sensação de encontrar alguém que 
você gosta é… muito bom.

PH: Timidez.

R: Particularmente eu senti tudo isso de uma vez só. Quando vi o resto do pessoal, pensei comigo “finalmente aconteceu o nosso encontro”, uma alegria sem explicações. Foi tudo de uma vez.

 

Y: Uma salada de sentimentos. Vergonha (e muita) é inevitável, mas foi passando a medida que a gente foi conversando.

-RX: Antes disso, quais eram suas expectativas para o encontro?

A: Pensei que não ia rolar de novo! (risos) Mas deu tudo certo e foi muito bom.

M: Eu esperava que nos déssemos bem logo de cara. Porque afinal, a gente tem
um interesse em comum.

PH: As melhores possíveis.

R: Que durasse mais tempo. Cheguei atrasada.

Y: Foi assim, aconteceu bem quando eu estava num regime frenético de estudos, eu nem acreditei que pudesse mesmo acontecer. No dia, mesmo pela manhã recebi a mensagem no meu celular confirmando, foi aí que pensei: “Caracas, isso está realmente acontecendo”. Durante os intervalos de aulas daquele dia eu ficava imaginando: “Como será que eles são? Altos, magros, cara redonda, quadrada, fedidos, cheirosos…”, na hora isso nem importava tanto. –PS: todo mundo é bem cheirosinho por sinal.

 

-RX: Imaginaram que seria diferente? Como?

A: Os Xenites, pelo menos a maioria, são sempre engraçados, imaginei um encontro bem agradável e assim foi.
M: Eu esperava um PH mais contido. Na verdade ele é. O que é natural, mas aos poucos ele foi se soltando.

PH: Não. Achei mesmo que conversaríamos sobre Xena e vários outros assuntos.

R: Não. Acho que aconteceu exatamente o que tinha que acontecer. As expectativas eram imensas só que sem palavras para descrever.

Y: Na “programação”, não. Só pensava em conhecer as galeras e gravar um certo vídeo constrangedor.

RX: Dá pra explicar a diferença que houve entre o encontro que imaginavam antes e o de como foi?

A: Só de ter realmente o encontro já foi ótimo, no começo ficamos tímidos, mas logo foi tudo muito natural, o que eu esperava que fosse mesmo.
M: Foi tudo que eu esperava que fosse.

PH: Não teve nenhuma diferença, foi basicamente como eu imaginei que seria.

R: Pensei que duraria mais tempo, mas por motivos trabalhadores, não pude chegar a tempo.

-RX: Mudou alguma coisa em relação à maneira que se relacionavam antes pela internet a partir do momento que se conheceram? O que?

A: Eu não conhecia a Yan e a Marina nem pela internet, então foi ótimo ter conhecido as duas e saber que eles todos estão por perto, na mesma cidade, e também pela internet.  
M: Sim. As conversas surgem com mais freqüência agora.

PH: Mudou. Eu passei a conversar mais pela internet com todas elas.

R: Sim. Não com as meninas, mas com o PH nós não nos falávamos muito bem, mas depois do encontro pudemos conversar mais pelo MSN. Agora EU considero quase amigos ”íntimos”.

Y: Passamos a nos falar mais.

 

-RX: Onde foi o encontro? Aonde foram? Qual lugar mais gostou de ter ido? Qual foi o momento em que mais se divertiu? O que mais gostou?

A: O encontro foi no Shopping, fomos a FNAC, ver alguns seriados que vendem por lá, inclusive Xena. Vimos alguns CD’s  e andamos um pouco. Eu gostei do lugar onde foi feito o vídeo para Mary, fora do shopping, era final de tarde e o céu estava muito lindo.

M: Foi num shopping em Brasília. O melhor foi na hora de gravar o vídeo pra Mary.
Todas as palhaçadas que a gente fez.

PH: Fomos ao Shopping, o momento mais divertido definitivamente foi quando filmamos na câmera da Yannara.

R: Foi em Brasília – DF, Park Shopping. Fomos na Fnac, loja de DVD’s, CD’s etc., fomos ver o DVD de Xena. Na gravação do vídeo para a Mary. Gostei de tudo, do começo e do FIN.

Y: Foi num shopping perto daqui. Passeio normal, pelas lojas, escadas rolantes, Hot Zone. O encontro todo foi divertido, mas nada supera ver o Pedro Henrique fazendo vozinha sexy da Alti.

 

RX: Dá pra definir o encontro com uma só palavra?

A: Xenístico… (isso foi plágio?! hauhauahuh)

M: Saudade.

PH: Divertido

R: Realizado.

Y: Primeiro.

 

-RX: Qual foi o momento mais Xenite mesmo ? ^^

A: A hora do vídeo.
M: Na hora da gravação do vídeo pra Mary.

PH: Quando estávamos filmando.

R: Quando o PH imitou a Alti.

Y: Teve uma hora que algumas garotas alegrinhas incorporaram amazonas e começaram a dançar.

 

-RX: Dá pra falar algo sobre o vídeo para a Mary?

A: Foi muito engraçado, acabamos fazendo dois vídeos na realidade.
Um deles foi para Mary, a idéia foi da Deh, mas teve um pouco de cada um de nós, acho que ela gostou!
M: Dá sim. Ela não vai ver o behind the scenes.

PH: Sim, que apesar da timidez, fizemos algo bem bacana.

R: Ri todos os momentos. Não sabíamos o que falar, foi tudo no improviso. Falamos muita besteira, mas no fim tudo saiu bem.

Y: O que eu teria que eu poderia dizer? Que estávamos morrendo de vergonha de gravar aquilo? Que um monte de gente passava perto com um olhar de “que diabos eles estão fazendo”? Que quase morri para converter e editar a tempo? Que toda vez que eu reassisto morro de rir? Me recuso a comentar aquele vídeo!

 

RX: Mandem um recado para o pessoal da RX!

A: É muito bom ter pessoas que pensam da mesma forma que você e gostam das mesmas coisas. Principalmente falando de Xena.
Então se tiverem a oportunidade, se encontrem de vez em quando, faz muito bem, é divertido e movimenta a comu! Haha, tudo de melhor! Beijo a todos os Xenites!
M: Não percam a oportunidade de conhecerem uns aos outros.

PH: Nós temos muitas habilidades.

R: Como eu adoro essa revista. Pessoal, o que seria de meus conhecimentos xenísticos sem vocês?! A revista que eu tenho um imenso prazer de ler. Continuem fazendo esse trabalho ótimo que vocês fazem. Batlle On \o Xenites!

Y: Vocês provam que os Xenites não são um bando de loucos viciados em frente a um PC. Rio, aprendo, me emociono, e paro pra pensar. Eu sei o quanto é trabalhoso manter a revista, mas ao ver uma capa atualizada no começo do mês você enche o peito e diz “Yes, nós somos Xenites!”.

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RX Entrevista: Lucia Nobrega…a criadora de Little Xena e Little Gabrielle

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Por Lucy

 Nesta edição de janeiro a nossa entrevistada é a Lúcia Nóbrega, respeitada artista, brasileira e que tem sua própia página no Ausxip (www.ausxip.com/lucia). 
Ela faz ilustrações das temporadas virtuais com subtexto e tirinhas das fofas Little Xena e Little Gabrielle e ainda fez uma iluatração especial para nós da RX. Confiram.

Revista Xenite: Olá Lúcia! Você poderia nos contar sobre como e quando foi a primeira vez que você assistiu a série? Quando foi que tomou conhecimento dela? O que te fez ir assistir e o que mais te chamou atenção quando viu?

Lúcia Nóbrega:Bem, a primeira vez que tomei conhecimento da existência da série foi através de uns vídeos americanos de Star Trek Next Generation que um amigo meu de trabalho na Editora Abril costumava me emprestar (Eu era uma Trekie naquela época), no meio dos episódios havia propagandas americanas e lá pelas tantas aparecia umas chamadas da Xena, eu morria de rir porque as chamadas enfatizavam mais a força de Xena e ela me parecia exagerada, pensei que se tratava de uma série de quinta categoria. Quando num belo dia vi chamadas de Xena no SBT, imediatamente a reconheci e por pura curiosidade e pra rir um pouco eu decidi assistir.  Peguei bem no meio do segundo episódio, o “Chariots of War “ bem na hora em que a Xena rasga o vestido e bate nuns 10 bandidos, não preciso dizer que caí na gargalhada, mas ao final do episódio eu já não ria mais e comecei a achar que ela era melhor do que eu pensava e para coroar fui atraída pela frase final de Gabrielle quando respondeu a Xena que não sentia mais falta de sua família pois tinha a ela, pensei: Aí tem alguma coisa, vou assistir pra ver até onde isso vai. E vi, me apaixonei pela série e fiz tantos amigos nos lugares mais distantes por causa dela..

RX: A partir de que momento voe começou a ilustrar Xena e Gabrielle?

LN: Assim que descobri a Internet e passei a vasculhar o Xenaverse lá pros idos de 1999 eu achei o site da MaryD, o AUSXIP (Australian Xena Information Page). Era e continua sendo o melhor site de Xena do mundo, acabara de criar a Little Xena e a Little Gabby como uma forma de homenagem à série no estilo que eu mais conhecia que é o do desenho infantil, já que sou profissional de Histórias em Quadrinhos. Enviei os meus desenhos para MaryD e pedi que coloca-se nas páginas de artes de fãs do site, mas ela gostou tanto da Little Xena que colocou como logo da pagina do What’s New, daí vieram pedidos para fazer as piadinhas semanais e posteriormente o Subtext season. Foi assim que tudo começo.

RX: Você já tinha conhecimento de seus dons artísticos para desenhar antes de Xena?

LN:Eu sou profissional de Histórias em Quadrinhos, sou roteirista e desenhista. Trabalhei nos estúdios de Maurício de Sousa, na verdade aprendi tudo lá, desenhar e escrever. Com Xena fazendo as ilustrações do Subtext Season descobri que podia fazer desenho sério também, pintando com o computador, antes disso nunca me atrevi.

RX: Você poderia citar outro dom que a série despertou em você?

LN: Não acredito em dom, acredito em níveis de sensibilidade. Xena transportou a minha sensibilidade para um nível mais libertário por assim dizer, derrubou barreiras e me fez desenhar o que eu nunca pensei que desenharia um dia.

RX: Como você classificaria seus desenhos? Qual a sua visão sobre eles?

LN: Meus desenhos não são perfeitos, se alguém ficar muito tempo olhando pra eles vai notar um monte de defeitos, mas eu não gosto mesmo de perfeição, tenho horror a gente  perfeccionistas, pra mim isso não é qualidade. O que é importante é colocar alma no desenho e isso eu tenho certeza que consegui colocar e é por isso que os defeitos passam desapercebidos.

RX: Você prefere fazer as ilustrações da temporada virtual com subtexto ou as tirinhas da Little Xena e Gabrielle?

LN: Sempre gostei mais da Little Xena e Gabby, apesar de que fazer piadinha é difícil, mas meu reino é o infantil. Gostei muito de fazer as ilustrações, mas elas são muito trabalhosas e me tomam muito tempo.

RX: Quando foi que você começou a se relacionar com outras pessoas do Xenaverse? Qual foi a importância disso pra você?

LN: A primeira pessoa foi a MaryD. Meu inglês era limitado, tanto quanto o meu conhecimento de internet, mas com MaryD aprendi as primeiras noções de comportamento ao se comunicar por email,  ao mesmo tempo fui ficando mais fluente na língua. Assim que a Little Xena saiu no AUSXIP recebi emails de diversos lugares no mundo, veio dos USA claro, a maioria,  veio da França, Itália, Peru, Venezuela, Paquistão, Nova Zelândia, Inglaterra, até do Kuweit e Sirilanka. A importância dessa abertura para mundo através da Xena foi ampliar o meu mundinho tão estreito em que eu vivia.

RX: Como foi que você conseguiu a ilustrar as temporadas virtuais com subtexto? Alguém a chamou?

LN: Fui convidada pelo grupo do Subtext Season, elas me pediram que fizesse as cenas que nunca tínhamos visto em Xena na a série normal, eu entendi que teria que fazer as cenas que todo mundo gostaria de ver, as mais românticas em especial. A Tarefa foi mais tranqüila tendo os ótimos textos em mãos das melhores bardas do Xenaverse.

RX: Você as lê? Gosta? Recomenda? Por quê? Pode nos contar um pouco sobre seu ep. das temporadas virtuais com subtexto favorito?

LN: Eu li todas logicamente, o grupo sempre discutiu cada episódio antes de colocar na Net, e eu tinha que apresentar cada ilustração para o grupo para aprovação, houve algumas que eu precisei modificar, tiveram outras que eu ousei mais e só o grupo pode ver. Eu acho as histórias do  subtext season  mais fieis à Xena original. Eu consigo ver as personagens realmente, se eu não acreditasse nelas não poderia retratá-las. Recomendo por isso mesmo, pra quem ficou chocado com o final de Xena original pode contar com esta boa continuação alternativa. 
Tem muitas histórias que eu gostei da temporada virtual, cada uma oferecia uma cena legal pra fazer, um desafio diferente. Eu gostei, por exemplo, do episódio “Cloning Around” não tenho certeza se é este o nome, mas me lembro bem que essa história foi muito difícil de ilustrar e ao mesmo tempo muito gratificante e deu pra fazer algumas brincadeiras, por exemplo, na ilustração em que os clones de Xena e Gabby estão indo para a convenção de carro a Gabby tem um guia de ruas no colo, esse guia é uma cópia do guia de São Paulo e tem um traço vermelho mostrando o caminho pra minha casa lá em Tucuruvi.

RX: Você prefere ilustrar ep.s de que gênero? Por quê?

LN: Eu prefiro realmente trabalhar com o universo infantil, por isso sempre vou preferir lidar com a Little Xena. Quanto aos desenhos adultos, gosto do subtexto simplesmente porque acredito nele ao assistir a série original e como qualquer fã também quero ver as cenas que o Robert Tapert ficou nos devendo.

RX: Quando faz seus trabalhos, põe neles algum aspecto pessoal? Qual?

LN: Sim, claro, a sensibilidade é pessoal e ela comanda a sua arte, todo desenhista faz isso mesmo que inconscientemente. Minhas ilustrações são muito coloridas, tem muita luz, adoro fazer aquele céu azul com nuvens brancas rosadas na base, as margaridas do campo, as folhas no chão, sou muito romântica e Xena e Gabby é a expressão desse meu lado.

RX: De que maneira você nunca retrataria Xena e Gabrielle? Por quê?

LN: Eu sou da ala do Xenaverse que é mais romântica, água com açúcar mesmo, não acredito que Xena e Gabby tenham uma relação tipo “Sado-masoquista”. Por isso jamais as retrataria assim,

RX: Você conhece alguém no elenco?Já foi a uma XenaCON ou concerto da Lucy? Poderia contar sobre isso?

LN: Não conheço a Lucy nem a Renee. Conheci Katerine Fugate, Robert Trebor e Steven Sears quando fui na Xenacon de 2001, a última Xenacon em Pasadena com a Lucy ainda de cabelos negros e a Renee grávida pela primeira vez, aquela convenção foi inesquecível, encontrei muitos fãs da Little Xena (Não havia ainda, a Subtext virtual season) que foram muito amáveis comigo e me trataram como se eu fosse uma estrela, foi muito bom para o meu ego. Em maio deste ano fui à convenção em Londres e assisti ao concerto da Lucy, foi muito empolgante e divertido, gostei muito.

RX: Qual foi a sua maior realização Xenite?

LN: Foram as amizades que fiz com Xenites maravilhosos pelo mundo.

RX: Há algo relacionado a Xena que você queira?

LN: EU QUERO UM FILME EM QUE A XENA VENHA PARA O MUNDO DOS VIVOS E PARA A SUA GABRIELLE!!!!!!!!!!!!!

RX: Sobre a Melissa Good( roteirista de dois ep.s da 6ª temporada). Dizem que você a conhece a um bom tempo e que vocês são boas amigas. Poderia contar um pouco sobre esse relacionamento? Quando se conheceram? Como foi?

LN: Como todo xenite que se presa eu devorei os fanfictions de Melissa Good, foram os primeiros que li, foi assim que tomei conhecimento de sua existência, depois com os trabalhos do Subtext Season, tive a oportunidade de ter um maior contato com ela e graças às convenções pude encontrá-la pessoalmente.

 

RX: Tem alguém que ainda queira conhecer?

LN: Quero conhecer MaryD, até hoje nunca nos encontramos mas construímos uma bonita amizade via internet.

RX: Como são feitos seus desenhos?

LN: A Little Xena é totalmente desenhada à mão livre, depois escaneada e pintada no Photoshop já as ilustrações do subtext season é outra história, não é a minha especialidade então eu criei o meu próprio jeito. Eu faço primeiro uma montagem de fotografias da cena, junto braços, corpos diferentes para conseguir o efeito que eu quero, depois imprimo a montagem e com um papel vegetal por cima copio os traços fazendo os ajustes para que tudo fique coeso, como por exemplo: colocar uma roupa diferente se for necessário, mudar o cabelo e assim por diante, o resultado final é escaneado e pintado no Photoshop.

RX: Tem algum valor que a série tenha adicionado à sua vida?

LN: A série abriu os meus olhos, expandiu os meus horizontes.

RX: Imagino que você seja subber. Se eu estiver certa, o que a faz acreditar que entre Xena e Gabby há “algo mais” e em que momento chegou a essa conclusão?

LN: Sim sou subber. Já no segundo episódio vi possibilidades na frase final de Gabrielle como disse antes. Achei que elas poderiam vir a ter um romance, e acabaram tendo muito mais do que isso, elas são almas gêmeas ligadas por um amor transcendental.

RX: Da 1ª a 4ª temporada?Qual foi a sua preferida e por quê?

 

LN: A quarta temporada. Gostei das histórias na Índia, especialmente “Between the Lines”. Adorei o “Ides of March”. Este último repassei a cena do calabouço trocentas vezes. Acho que foi uma temporada onde o subtext ganhou mais força, onde elas passaram a ser “soulmates,” almas gêmeas mesmo e a Gabby cresceu muito.

RX: E ep. qual você prefere na série? Por quê?

 

LN: Esta é difícil. Eu adoro o Ides of March mas acho que vou ficar com o When Fates Collide da sexta temporada, absolutamente lindo, é a apoteose do Subtexto. Não importa o que o destino prepare nada separa Xena de Gabby e mais, Gabby foi capaz de destruir um mundo para ter Xena de volta.

RX: Tem algum ep. na série, que foi exibido e você não goste? Por quê?

LN: Eu não gosto do Fish Stick, aquele que se passa no fundo do mar, achei uma bobagem só.

RX: Qual personagem você mais gosta?Porque?

LN: Eu gosto de Xena. Gosto do fato dela ter um passado obscuro onde se pode sempre visitar e ter surpresas incríveis. Gosto do seu carinho por Gabby. Do jeito que ela aprendeu a respeitá-la. Gosto de sua força, de sua ira, mas aí é mérito de Lucy Lawless, ela convence bem.

RX: Você se identifica com esse personagem de alguma maneira?
 LN: Não, não me identifico com Xena, me identifico mais com Gabby da primeira temporada, simples contadora de histórias seguindo sua ídola, essa sou eu.

RX: Na série tem algum personagem que você ache dispensável? Porque?

LN: Dos personagens fixos não dispensaria ninguém, acho que todos tem o seu espaço.

RX: Seu trabalho já foi criticado alguma vez? Se sim, como foi? O que você pensou? Reagiu de alguma forma? Como?

LN: Só uma vez um rapaz disse que eu não fazia bem as mãos se referindo as ilustrações do Subtext Season, eu concordei, porque não faço bem mesmo as mãos, e também não tinha muito tempo para trabalhá-las melhor.

RX: Você mudaria algo na série? Se sim, pode dizer o que?

LN: Mudaria o final, Aquilo foi a coisa mais estúpida que alguém poderia fazer, onde o Robert Tapert estava com a cabeça???

RX: O que você diria as personagens Xena e Gabrielle se elas existissem e você pudesse falar com elas?

LN: Não acham que está na hora de parar, arrumar uma casinha e construir família?

RX: E se pudesse ajudá-las de alguma forma? Como seria?

LN: Eu me ofereceria pra fazer uma pintura delas pra colocar na parede no alto da lareira da tal casinha.

RX: Se não existisse Xena? Como você imagina que sua vida seria agora? Xena mudou sua vida? Em que aspecto?
 LN: Sim, Xena e Gabby ampliou os meus horizontes e abriu os meus olhos. Só gostaria que elas tivessem aparecido mais cedo na minha vida.

RX: Você poderia descrever sua vida xenite em uma só palavra? Qual?

LN: Xena pra mim significa antes de tudo “Liberdade. 

RX: Você poderia mandar uma mensagem para os xenites, algo bem especial, se possível algo focado no ano novo, uma mensagem?

LN: Desejo a todos os xenites um 2009 muito feliz e de esperança que o sonhado filme de Xena vire realidade, a gente merece por tantos anos de dedicação á série. Battle on sempre!
 RX: Obrigada!

 

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Entrevista com Robson

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Por Lucy

Nesse mês a vítima, quer dizer o entrevistado, foi o Robson, a figura clássica do fandom! Personalidade forte, opiniões firmes e um coração enorme!

RX:Bem , eu vou fazer umas perguntas sobre sua história, as opiniões que você tem e tipo algumas coisas sobre o Natal, sobre o ep. Solstice Carol por exemplo

ROBSON: Responderei a toda e qualquer pergunta!!

RX: Robson, como foi que você descobriu Xena?

R:Bom, era um dia da semana qualquer, horário de verão, recém havíamos instalado TV a cabo aqui em casa…e minha mãe caçava algum programa q fosse dublado pra assistir enquanto preparava a janta.Tcharan!! USA Channel (extinto já). Era 19h, e tava passando 1.02 – Chariots of War.

RX: E o que mais te chamou atenção na série no inicio?

R:Desde esse dia em diante, minha mãe e eu víamos a série rigorosamente sem perder nenhum episódio.O que mais me chamou atenção foi aquela baita mulher de olhos violentamente azuis, com couro!! Ah, o couro!! E o grito dela?? Apaixonei na hora por ela e pelo chakram!! Achei muito inteligente o chakram!

RX:Legal! Xena influencia muito sua vida?

R:Sim!! Em tudo!! Nunca parei de assistir

RX: Em que aspectos ela influenciou na sua vida espiritual?

R:Sempre fui adepto das teorias espíritas, então a 4a temporada me jogou muita coisa na cara a meu próprio respeito

RX: Você poderia citar?

R: Sim, amor incondicional. Como sou filho único, sempre dei todo meu carinho a amigos que me agradecerem com um pé na bunda de potência olímpica. Hoje em dia eu não sou mais assim.

RX:E como você é hoje em dia?

R:Eu era muito Gabrielle, amava os outros antes de mim mesmo. Hoje sou meio “Evil Zina”

RX:Bem, então nesse aspecto,  influenciou na sua vida social também.E quando vovcê começou a ter contatos com outros xenites?

R: No Orkut em 2006. Antes disso fiz amizade com um guri no colégio que também conhecia XWP, mas estava longe de ser xenite

RX:E essas amizades são muito importantes pra você?

R:São!! Toda paixão é melhor quando se pode compartilhá-la! Eu talvez hoje nem tivesse forças pra manter vivo meu espírito xenite se não tivesse ajuda dos amigos xenites que tenho espalhados pelo Brasil.

RX:Qual foi a maior qualidade que você adquiriu como xenite?

R: Ser bardo! E com isso quero dizer que virei apreciador de uma boa estória. Quer me conquistar? Indique-me uma estória que eu possa passar adiante contando a outros. Sem falar que minha cabeça é pura ficção da realidade!

RX:Você também curte as atrizes e tal? Ou você só é fã da série mesmo?

R: Sim!! LL e ROC mostram na vida real (e em outros papéis) o que foram dentro de XWP. Raro ver amizades assim, e como sou amante de boas amizades…

RX:Bem você gostaria de conhecê-las um dia?

R: CLARO!! Quem não? E AS DUAS JUNTAS!

RX:Qual seu maior sonho como xenite?

R: Morrer xenite

RX: Boa resposta

RX: O que você diria a LL e ROC?

R: Que eu sei o que as personagens delas experimentaram.

RX: E para as próprias personagem, se de algum jeito elas existissem e você tivesse a chance de se encontrar com elas?

R:Pra Xena: “Cuide bem da sua barda/alma gêmea e não a abandone!!” E pra Gabrielle: “Cuide bem da sua Princesa Guerreira/alma gêmea e não a abandone!!”

RX:Awww! Que Lindo! Se você tivesse a chance de ajudá-las de alguma forma, como seria?

R: Segurando a Xena pelas costas e gritando pra Gabrielle: “Vira logo essas cinzas nessa droga de fonte!!” E TCHARANNNN! 7a temporada!!

RX: Qual foi em sua opinião  a atitude mais xenite que você já tomou na sua vida?

R:Difícil essa… Me puxei pra comprar temporadas importadas, sentei amigos e família pra assistirem Xena comigo (alguns converti!!), aceitei o lance almas-gêmeas…

RX:Qual seu ep. favorito?

R:E eu que achei a anterior difícil!! Bom, ONE AGAINST AN ARMY é de roer os dedos de apreensão… Tudo podia ter acabado ali, e, se acabasse, teria sido melhor que no FIN, porque elas morreriam juntas certas do amor uma pela outra.

RX: E a sua temporada favorita?

R: Sou defensor da 5a, mas a 3a é de arrasar!!

RX: O que você faz quando algum  xenite fala mal da série?

R:Eu discurso até o limite dos caracteres estourar, daí passo pro próximo lote de caracteres!!

RX: E qual seu personagem predileto?

R: GABRIELLE!!

RX: Por que?

R: Porque a evolução dela, as crenças dela, o jeito de amar a Xena, o estilo de lutar (sais) – é tudo a ver comigo!!

RX:Foi nela que você se inspirou para fazer seu álbum do bardo ?

R: Foi, e um pouco no Virgil, porque a Gabrielle também se comoveu quando soube que ele, filho do velho amigo Joxer, escrevia pergaminhos!! E eu adoro escrever, só preciso de um herói pra eu narrar as aventuras!

RX:E você escreve mesmo?

R: Não profissionalmente, mas pretendo futuramente! Quando eu era pequeno, eu escrevia com detalhes cada episódio de Xena que eu via. Lotei umas 4 agendas… 3 anos atrás, quando fui reler, era CADA ERRO de dar medo… Joxer era “Jókser”!! Mas eu era criança e queria manter registros, caso a série sumisse do mapa!

R: Bardo mesmo hein?

RX: E hoje sua maior inspiração continua sendo Xena  E Gabby?

R:Sim!! Os roteiristas souberam me cativar com uma boa estória. Vejo as 6 temporadas como uma estória única sem interrupções, como num livro.

RX: Qual foi o  maior absurdo que você ouviu alguém falar sobre Xena?

R:Estávamos meu amigo e eu assistindo o FIN no quarto dos pais dele.  Na cena em que Xena está ensinando o pinch pra Gaby, entra o pai do meu amigo… ele vê a cena romântica (o lance do “se eu tivesse apenas 30 segundos de vida…”), e o velho, acho que bêbado, diz: “Vou me cuidar, hein? Se essa Xena aí chega perto da minha mulher, tô ralado…”   ¬¬

RX:Coitado dele.Você ficou quieto né?

R: Fiquei num vermelhão!! Meu amigo morria de dar risada!

RX: Em que situações do seu dia-a-dia você gostaria de ter Xena e Gabby por perto?

R:Tomando banho comigo, q nem elas faziam na banheira!! uhu! Banho eu tomo várias vezes ao dia, então estaria saciado!

RX: Em q aspectos você mais se identifica com a Xena?

R:Com Xena?? Não muita coisa… só o amor pela Gabrielle. Sou muito protetor. Sempre que mexeram com quem eu amo, eu virava uma dríade.

RX: Então em que aspecto você se identifica com a Gabby?

R: A lista é uma epopéia!! Tem a paixão por animais (Tobias, lembra??), tem a ânsia de colocar ação em palavras (narrar estórias), sou contador de causos (pra primos pequenos!!), sou impulsivo, fiel, tagarela, simpático, brincalhão, e sei amar!!

RX: E com o Joxer?

R:Faço muitas piadas sem graça, ou q as pessoas entendem duas semanas depois que  contei¬¬. 

RX: Mas tipo, tem um personagem secundário que você se identifique muito?

R:Ah, o Virgil!! Ele é bonitão (não que eu seja!). Mas ele tem um charme que eu também tenho, acho que é o charme de quem mexe com palavras, gente que escreve.

RX: Você é shipper, subber, bitexter, horsertexter? E qual sua opinião sobre o subtexto.

R: Nunca me enquadrei em nenhuma, mas definitivamente horsetexter EU NÃO SOU!! Quanto ao subtexto, acho uma coisa que merece aplausos. Os roteiristas mexem com o mais difícil da arte escrita – a sutilidade. Subtextos na série são sutis, nada vulgares. Foi um trabalho puxado deles, sempre na dose certa.

RX: Imagine que Xena não existisse.Sua vida seria diferente?

R:Sim, eu poderia não ter a humanidade que tenho hoje! Buffy teria me ajudado bastante, mas não 1/3 do que Xena fez por mim. E ainda faz.

RX: Que mensagem você mandaria para os xenites?

R: Xenites> Xena e Gabrielle podem parecer ficção pra quem vê de fora, então vejam a vantagem que vocês têm: VOCÊS as vêem de dentro! Elas foram e são reais, nossa fé no merecimento de uma alma-gêmea pra deitar e contar estrelas conosco!

RX:Arrasou

R:Eu sou assim!

RX:Mary mandou a pergunta dela.Gigante.

R:Manda!

RX: 1) Você é um dos xenites veteranos que cresceu assistindo Xena, o que eu particularmente admiro muito.Mas como você enxerga seu futuro como Xenite?Será que teremos um vovô Rob dizendo pros netos sossegarem ou a Alti – versão xenite de bicho papão e velho do saco- vai pegá-los.
2) Rob Bardo viajou no tempo, f parar numa reunião da Universal e mr. Tapert jogou a responsabilidade do grand finale de Xena nas suas mãos?E aí, morre, vive, viaja, o que acontece?

R:Nem precisava ter me dito q essas partiram da Mary!! A 1a: eu pretendo sim criar uma família só minha, e passar o legado xenite pros meus pequeninos! Huuum, um menino, sempre quis ter um!! Devem ser o Tártarus pra criar!! Que tal Virgil pra nome? Pra menina não posso dar o nome de Gabrielle, porque minha melhor amiga e ex-namorada se chama Gabrielle, então ficaria estranho o nome da TIA FAVORITA pra minha filha!! Então, Callisto soa bem! Sim, serei o vovô contador de estórias! E sei que vou chegar a essa idade acompanhado com uma outra veia xenística na cadeira de balanço ao meu lado!! \o/ Ajuda a meu favor na criação dos filhotes!
2a pergunta: Na minha versão do final da série, eu teria uma versão madura do final de SINS OF THE PAST. Xena dizendo: “Pra onde vou, encontrarei dificuldades.” E Gabrielle dizendo: “É pra isso que servem os amigos. Ficam ao teu lado apesar das dificuldades.” E Xena: “Certo…amiga…” E as duas partindo pra mais uma aventura, e os xenites que calassem a boca em seus pedidos para uma 7a temporada! Achei injusto Xena ter morrido no FIN e se redimido sozinha. O que Gabrielle tinha pecado e sofrido em sua vida era bem menos do que o que a “Evil Zina”  tinha passado, mas as duas poderiam ter permanecido juntas em vida, sem destino, mas certas da companhia uma da outra. Coisa mais triste dar adeus a quem se ama.

Eu JAMAIS daria adeus. Eu iria junto!

RX:I nteressante.Cara romântico você hein?

R: Na dose certa. E não é romantismo. É firmeza nos ideais de amor. Amor é ideal, não acha? Essencial de essência.

RX: Tipo, ideal de  amor é meio complicado pra eu entender, tipo, cada um sonha com um tipo de amor, um tipo de pessoal pra passar a vida, mas é difícil achar alguém exatamente como a gente sonha, as pessoas as vezes são um pouco diferentes.

R: O erro é buscar alguém com quem se sonha. Abra os olhos e veja que a realidade é bem mais generosa do que as artes de Morpheus.

RX: Aham.Mas foi assim que eu entendi seus ideais, como a pessoa com quem você sonha.

R:Como assim?

RX: Na verdade eu não entendi o que você quis dizer com ideais de amor.

R: No lance criar família. Amor é a base. Estava surda a Eli??

RX: Eu entendi agora. Love is the way!

R:Issae!!

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Entrevista com Maree

Comentários

Por Lucy

  Nesta edição, a entrevistada foi alguém, sem dúvidas, muito especial para todos que lêem a revista e também para todos nós que trabalhamos nela. Ela foi a grande idealizadora desse projeto que esse mês chega à 7ª edição deixando os Xenites orgulhosos e admirados cada vez mais. Este mês vamos conhecer um pouco mais sobre ela que hoje não é mais tão viciada em Xena, mas conta o que Xena deixou de bom em sua vida e, apesar de tudo, deixou um grande presente para a nação fã dessa grande guerreira!

R: Quando  foi que você viu a série XWP pela primeira vez?

M: Maio de 2007.

R: E o que mais te chamou atenção?

M: Se eu falar a verdade, metade da comunidade Xenite vai me matar. Mas o que eu posso fazer? Foi o Marcus, lindo, negão de tirar o chapéu.

R: Você começou a ver a série por causa dele?

M: Eu comecei a assistir a série porque não tava passando nada na televisão e na hora a Record tava exibindo a segunda temporada, aí eu resolvi assistir.

R: Você hoje em dia é mesmo muito fã da série?

M: Olha, a fase de “excitação” já passou, como eu acho que era pra passar. Mas por um curto prazo eu fui igualmente “viciada” como muitos. Foi uma parte boa da minha vida. Fiz ótimos amigos, alguns até eu trouxe pra vida real. Mas passou, hoje em dia eu só gosto, mas não assisto mais.

R: O que você mais gostava de fazer quando era viciada em XENA?

M: Assistir XENA, né?  Ah, não, aqui no MSN tinha o antigo Chat (Ah, aquela época era tão boa). Enfim, e eu conheci pessoas interessantíssimas, adorava entrar na NET pra conversar com elas.

R: Como se sente sabendo que também deixou algo muito valioso para os Xenites (a revista)?

M: Foi uma idéia simples que podia ter saído da cabeça de qualquer um, mas fico feliz que tenha sido da minha. E fico mais feliz ainda por saber que agradou a todos. Bom, pelo menos eu ainda não vi nenhuma reclamação a respeito.

R: O que você mais admira na personagem Xena?

M: Personalidade forte, mulher decidida. Era como eu gostaria de ser!

R: E na Gabby? O que você mais admira nela?

M: A sensibilidade.

R: Já falaram mal de Xena para você? O que você fez ou faria?

M: Já falaram sim, mas o que eu posso fazer? Cada um tem o direito à sua própria opinião, mas eu defendi o meu ponto de vista até onde pude.

R: O que você faria pra ajudar Xena ou Gabby de alguma forma?

R: Eu iria à sala de Robert Tapert, e mudaria o roteiro do FIN.

R: E como seria?

M: Akemi nem sonharia em existir.

R: Tem alguma frase que te marca?

M: “Come and get me”. (“Venha me pegar!”)

R: Qual assunto relacionado a XENA você mais gosta?

M: Mitologia, eu amo!

R: Você tem algo de XENA que você goste muito? Algum material?

M: Os episódios no PC.

R: No seu dia-a-dia, o que te faz lembrar Xena?

M: Nossa, a comunidade, de vez em quando eu entro e só me lembro de Xena. 

R: O que você diria à Xena?

M: “You got many skills!” (“Você tem muitas habilidades!”)

R: E à Gabby?

M: “You’re so cute!” (“Você é tão fofa!”)

R: Com qual personagem você mais se identifica?

M: Ah, é bem complicado, faz uma pergunta mais fácil!

R: Qual ep. você mais gosta ou gostava? Por quê?

M: “Old Ares has a Farm” e “Kindred Spirits”. Adoro os episódios cômicos, e esses são os melhores.

R: Você conhece outros Xenites pessoalmente?

M: Conheço dois que antes conhecia só da net, o Alessandro e a Roberta.

R: Tem alguma música que lhe faça lembrar a série? Por quê?

M: Ugly Side da banda Blue October. O ritmo me lembra a introdução da série.

R: O que você descobriu de novo em sua vida assistindo XENA? Há algo que você descobriu que podia ser?

M: Essa é uma pergunta bem complexa, eu teria que pensar bastante a respeito.

R: Qual a sua opinião sobre o subtexto? Você acredita nele?

M: Acredito, acho que foi um ponto mega importante pra série. Um diferencial.

R: Você tinha algum preconceito antes de assistir a série e que depois passou a não ter mais, como muitas pessoas alegam?

M: Na verdade, não.

R: Você já escreveu fics?

M: Já, mas com outro pseudônimo.

R: Como assim?

M: Não assinava minhas fics, com meu nome, e sim com um pseudônimo, uma outra identidade.

R: E qual foi a fic que mais gostou de escrever? Poderia contar um pouco sobre ela?

M: Força do Destino. É baseada no livro A Dama das Camélias (Alexandre Dumas Filho, 1848). É um romance trágico.

R: É uber ou clássica?

M: Uber. Apesar de ser passada no passado.

R: No que se inspirou para fazer? Além de Xena e Gabby, em que momento estava? Como se sentia?

M: Eu na verdade estava muito bem (to falando a respeito do amor), mas sempre tive vontade de escrever uma tragédia. Queria um final atípico e escrevi.

R: Tem algo da série que você possa dizer que vai levar pra sempre?

M: Aprendi a valorizar mais as minhas amizades, e a entender a morte um pouco melhor.

R: De que forma a série fez você entender melhor a morte?

M: Eu sei que a série é ficção, mas dá pra você entender os sentimentos do personagem. Esse ano aconteceu uma tragédia na minha vida, semelhante à morte de Xena em FIN. A dor de perder a pessoa em quem você mais confia é a pior que existe. Mas eu sei que a vida continua apesar de ser difícil saber “como” isso vai acontecer. Mas no fim das contas o que vale é você saber aproveitar tudo aquilo que a pessoa te ensinou e saber que o amor que existiu vai ser real, mesmo após a morte.

 

R: Fala um pouco da sua banda pro pessoal Xenite!

M: Minha banda se chama Lachesis, tem um mês e uma semana de formação e nós somos todos vizinhos. Fazemos cover de Cranberries, Audioslave, Zeca Baleiro, Metallica, Saxon.  Tudo misturado. Nós participamos de um festival (era a nossa primeira apresentação) e levamos o 3º lugar entre 10 bandas (eram 12, mas 2 faltaram). Foi um bom resultado. 

R: O que você gostaria de dizer para os Xenites do Brasil e do mundo?

M: Battle On, folks! (“Em batalha, pessoal!”)

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Entrevista Mary Anne.

Comentários

Por Lucy

  Chegamos a 5ª edição da RX. Quem diria? Devemos nos orgulhar muito disso, afinal cada um colaborou com suas idéias, suas habilidades, conhecimentos, novidades. Nessa edição a entrevistada foi a nossa Colunista geral, resenhista , webdeveloper e grande amiga xenite Mary. 
 Ela cultivou o respeito e a admiração do fadom brasileiro com suas novidades e conhecimento sobre a série. 
 Este mês também temos mais uma novidade, os Xenites também tiveram a oportunidade de mandar suas perguntas pra Mary, inédito!Agora vejamos no que deu! :)

R: Olá Mary! Como foi que tudo começou? Quando você começou a assistir a série?

M: No começo de 2006. Eu ouvia diariamente na escola uma amiga minha dizendo que iria chegar em casa, se jogar no sofá e assistir Xena.Ficava imaginando o que de tão incrível havia em Xena, coisa que as memórias dos poucos episódios que vi quando criança não me esclareciam.Um dia mudando os canais de TV acabei parando na Record.Passava algum episódio da segunda temporada.Comecei a assistir e virou hábito.Depois virou paixão.

R: Então a sua visão sobre a série mudou muito. Você poderia explicar essa diferença em relação a quando era uma criança e a mais tarde quando virou um hábito e uma paixão?

M: Na época em que passava no sbt eu não dava muita importancia pra tv.Minha mãe assistia Xena e Hércules religiosamente, e consequentemente eu as vezes parava pra ver algum episódio.Lembro de poucas coisas, episódios como Destiny, The Quest, Lost Mariner…Mas com 10, 11 anos não se tem uma visão muito profunda da mensagem que a série passa.Antes, o que eu via era apenas duas garotas dando porrada nos bandidos.Agora são duas garotas vivendo situações extremas que não se resumem a ação, mas sim trazem mensagens sobre amor, perdão, amizade, além de todo aspecto mitológico da série, o que para uma amante da mitologia, é um prato cheio.

R: Sua mãe assistia a série religiosamente? Como assim?

M: É, mais ou menos isso.Lembro de eu tentar raptar a tv algumas vezes para jogar video game e ela quase me fuzilar com o olhar porque estava passando a série.Parecia a própria Xena pronta para entrar em modo “kill them all”.Hoje ela não liga mais, mas ainda assiste alguns episódios quando estou vendo.

R:Quando começou a entrar em sites e fóruns para discutir a série?

M: Logo que comecei a ver a série. Sempre que gosto de algo começo a pesquisar o máximo sobre o assunto. Mas só comecei a participar mais assiduamente, postando, a partir de abril de 2006 mais ou menos.

R:O que te levou a ir até a comunidade “Xena não era lésbica” e discutir a sexualidade dela?
M:Encontrei-a nas relacionadas de outras comunidades, como encontrei várias comunidades de títulos interessantes.Sempre dou uma olhada nos tópicos e algumas mensagens lá me chamaram atenção, pois haviam argumentos completamente “viajados”, coisas bem sem nexo sendo falada por gente que ostentava uma posição de dono da verdade.Eu não resisto e uma boa discussão e fui lá “desmontar alguns argumentos”.Não que quisesse fazer alguém pensar diferente, mas achei que seria uma “batalha interessante”.Isso me rendeu boas risadas por várias semanas, porque o povo se estressava e os argumentos ficavam cada vez mais ridículos. Até que apareceu a Laraíne, a primeira shipper de lá com quem consegui ter uma conversa realmente.Com argumentos bem fundados.E foi algo legal, porque de nossas conversas surgiu a UX que completou um ano já.

R: Qual sua opinião em relação a visão dos shippers? Você pensaria como eles? Você concorda com eles em algum aspecto?
 
M: Em certo ponto sim.Se não existisse Gabrielle na série  – duvido que eu assistisse se assim fosse, mas hipoteticamente – a relação de Xena e Ares seria algo interessante de ser explorado.Mas isso funcionaria se as coisas ficassem mais ou menos como era na terceira temporada entre eles.Na quinta temporada Ares ficou meio patético se arrastando atrás de Xena como um cachorrinho babão – que venham as pedras.Mas não acho que um envolvimento entre ambos – mesmo sem Gabrielle no enredo – daria certo.Seria uma guerra de egos.A não ser que Ares permanecesse mortal.
  
R: Então hipoteticamente falando, o que você acharia interessante na relação de Ares e Xena?

M: Porque até a terceira temporada Ares era deliberadamente mau. Ele agia como deus da guerra, irônico, sarcástico, determinado.Ficava entendido que ele gostava da Xena, mas ele ainda tinha aquele aspecto obscuro. A Xena dessa temporada ainda não tinha um desenvolvimento espiritual tão grande quando desenvolveu na quarta.Podia ter recaídas em seu lado negro.Era algo com o que ela tinha que lutar.Seria interessante explorar esse magnetismo, vê-la tentando resistir a esse magnetismo que ele teria sobre ela, por causa de sua consciência e de suas escolhas pelo bem supremo.

Aninha pergunta: Em qual episódio ela sentiu que Xena e Gabrielle se amam mais do que amigas… e como ela se sentiu depois disso?

M: Logo nos primeiros episódios que assisti em 2006.Acho que em especial “Lost Mariner” – por causa do sacrifício da Xena e do discurso do Cecrops sobre a salvação através do amor – e em “Ulysses” – com Xena dizendo a Gabrielle que só aprendeu a amar por causa dela.Eu sempre tive mania de ler nas entrelinhas do tudo que leio/assisto, coisa de quem gosta de literatura, então a percepção foi quase imediata.Como me senti?Normal.Apenas esperei pelos próximos episódios pra ver se minha suspeita se confirmava ou eu que estava viajando.

R:E quando percebeu que não estava “viajando”?

 M:Eu assistia os episódios com muitos intervalos na época, porque trabalhava três dias na semana e só assistia nos outros três que sobrava ( passava no sábado).Acredito que tenha sido na terceira temporada.A cena de Been There Done That onde Joxer pergunta do chupão, e em The Debt onde Xena estende o braço procurando Gabrielle enquanto dormia.

R:Você prefere os subtextos mais dramáticos ou mais engraçados?

M: Acredito que meio a meio.A Day in the Life é um episódio muito bom  – não só pelos subtextos – cheio deles.When Fates Collide, é quase Shakesperiano e igualmente bom.Acho que depende mais do roteirista.

Déh pergunta: Como você se sente sendo uma das pessoas mais importantes dentro das comunidades das quais faz parte, sendo um exemplo pra muito de nós?

M:Bom, pra começar não me acho tudo isso.Todos os fãs são importantes, pois cada um deles é que faz as comunidades.Sobre minha participação no fandom, eu sou apenas uma apaixonada pela série, tudo é conseqüência disso.Fico feliz quando posso trazer mais informação ao fandom e ajudar outros fãs, mas isso não me torna mais importante que ninguém.

R:Qual foi a coisa que você mais gostou de fazer para o fandom?

M: O meu objetivo sempre foi conseguir reunir o máximo de informação possível.Tem muita coisa no fandom estrangeiro as quais os fãs brasileiros não têm acesso por causa da barreira da língua ou por não terem conhecimento de onde procurar mesmo.Através dos sites, sempre tentei dar esse acesso aos brasileiros, mas não fiz isso sozinha.Sempre teve muita gente envolvida.

R: Os xenites te admiram muito e são muito gratos por tudo que você acrescenta sobre a série. Você tem algo a nos agradecer também? Aos amigos que você fez? A todos os xenites que você conheceu? o que agradeceria a eles? o que você admira neles? O que o fandom acrescentou na sua vida? Você pode dar exemplos?

M: Óbviamente eu agradeço a todos, pois com todo mundo se aprende um pouco.Tive muitas conversas agradáveis com xenites, ainda tenho, agradeço a todos pelas idéias boas que foram dadas, como os sites que foram idéias do próprio fandom, como a Revista que foi idéia da Mary Stocks, as carteirinhas que foram idéia do Robson.Os fãs brasileiros são admiravelmente apaixonados e sem dúvida fizeram minha vida mais alegre.Não tem um dia, por mais ocupado que seja, que eu não dê uma zapeada pelas comunidades.

R:Em que aspectos Xena influenciou na sua vida?

M: Xena entrou na minha vida num momento complicado. Ou melhor, ela me ajudou a passar por esse momento.Primeiro pelas mensagens de amizade incondicional e perdão que a série transmitia, o que me ajudaram muito e segundo porque de algum modo XWP se tornou uma espécie de foco.Na época que iniciei o projeto do primeiro site – o xenamovie – eu procurava desesperadamente algo para ocupar minha mente o máximo de tempo possível, e encontrei algo prazeroso, a que eu pude me dedicar e que me ajudou a passar por um momento difícil.

R: Então Xena foi como uma terapia?

M: Em certo aspecto sim.Terapia, Hobby…acredito que possa ser definido de várias formas.

R: E qual a mensagem na série que mas poderia ser aplicada na sua vida, a mensagem que mais te marca?

M: A de que brigas, desavenças e intrigas por pouca coisa é ridículo.Xena e Gabrielle passaram por tantas coisas ( vide fatos da terceira temporada, Solan, Hope, fatos do The Debt)  e ainda assim se perdoaram.Por que nós, telespectadores não podemos fazer o mesmo em nossas vidas reais?

R: No seu dia-a-dia, o que te faz pensar: “O que a Xena faria?” ou “O que Gabrielle faria?”. Isso acontece?Você poderia dar exemplos?

M:Quando vejo alguma injustiça muito grande no dia a dia fico imaginando o quanto seria bom ter uma Xena ali pra dar uma dura -ou uma surra bem dada em alguns casos –  em quem a comete De uma maneira menos “prática” e mais teórica, faço faculdade de letras e todos os conceitos de Literatura que vejo nas aulas, fico imaginando como se aplicariam na série.

R: Você poria dar algum exemplo de algum livro que tenha lido e tenha te feito lembrar da série?

M: É engraçado, porque eu acabo vendo “ubers” – possíveis reencarnações – em vários filmes e livros .
Por exemplo, “Por quem os sinos Dobram” de Ernest Hemingway, retrata um casal, Robert e Maria, que viveram um amor intenso num período de guerra, o qual acaba em sacrifício.Impossível não fazer um paralelo.

R: O que você faz quando pessoas de fora criticam a série?

M: Mando irem assistir novela,  e digo que estou muito bem com Xena porque eu consigo entender o que a série passa.

Laraine pergunta: Após XWP, você descobriu algum lado seu que não conhecia? Você acha que ajudou no seu crescimento como pessoa?

M:Algum lado exatamente não, mas sem dúvidas ajudou no meu crescimento.A série me ensinou lições preciosas e únicas.Hoje sou uma pessoa mais tolerante, aprendi a perdoar e a aprendi que por pior que seja uma pessoa, ela tem em seu interior um lado bom,que pode ser despertado.
XWP me ensinou a acreditar mais nas pessoas.Me fez acreditar que num mundo quase caótico como o de hoje, ainda existem pessoas boas, sensíveis e que prezam os valores de amizade e amor, pois foram muitas pessoas assim que conheci como companheiros de fandom.Acreditar no mundo tem se tornado cada vez mais difícil, mas XWP me ensinou isso.

Laraíne: Até que ponto você acha que os preceitos de XWP podem ser incluidos na vida dos xenites?

M:Parafraseando o mestre Eli, o amor é o caminho.A frase pode parecer simples e até boba, mas é isso que deveria ser incluso na vida de todos, o que resolveria boa parte desses problemões do mundo, mais ou menos como diz a música daquele comercial da coca-cola “give a little love and it all comes back to you”.
E não, não me refiro a um tipo só de amor.Houveram tantos exemplos na série!O amor que Xena sentia por Gabrielle e vice-versa – seja ele visto da forma que for – é provavelmente aquilo que todos almejam.Mas ainda tem o amor que ambas sentiam por todos os amigos, pelos seus pais – ainda que houvessem problemas – pelos seus filhos – fossem quem fossem, crianças, demônios, assassinos -.O amor pela humanidade, a cada batalha pelo bem supremo.O amor pelos irmãos.Todos os outros preceitos da série, derivam desse sentimento.A amizade,o perdão, a redenção, a salvação.
Se isso fosse aplicado na vida de todos, não existiria tanta gente infeliz.Não existiria gente com orgulho demais para dizer que ama um amigo, para perdir perdão e para perdoar.Existiria mais gente acreditando em si mesma, porque alguém acreditou antes.
Eu acho que esses são os principais ensinamentos que foram passados nesses seis anos de série, seja nos episódios mais dramáticos onde as personagens vão aos extremos, seja nos episódios mais “bobinhos”.É uma pena que exista gente que não entende essas mensagens, que se preocupa em reclamar pelos efeitos da série não serem tão bons quanto os das séries e filmes superficiais e vazios que eles assistem.

Laraíne: Em que ponto chave da série você percebeu que não poderia ser uma não subber?

M:Desde que percebi a intensidade do relacionamento das duas personagens, o que foi logo que comecei a ver a série.
Mas teve aqueles momentos extremos em que dava pra pensar “É, elas se amam de todas as formas que é possível amar alguém”, como o sacrifício de Gabrielle no final da terceira temporada e o estado de Xena buscando por ela no começo da quarta.Acho que esses foram os momentos mais marcantes que vi enquanto ainda assistia pela TV.

R:Qual frase mais te marcou?

M: Vou citar duas que tem significados em áreas diferentes. “A vida é eterna, não tem começo e nem fim.Os amigos amados que encontramos em nossa jornada retornam para nós tempo após tempo.Nunca morremos, porque nunca realmente nascemos”.A maior parte da minha vida estive em contato com conceitos espíritas e quando escutei essa frase até ri, pois era exatamente o que eu acreditava. E a outra é curiosamente uma frase do Ares é algo no que eu sempre acreditei.”Não. A vida não é digna de se viver. Ela é para ser tomada e surrada. 
E combatida e formada na sua imagem. É aí onde o sentido repousa. No que 
você pode insinuar-se à vida. Para aqueles que simplesmente aturam a vida, 
sim: ela é uma piada muito sórdida. Mas para aqueles que a formam com a sua 
vontade, a piada está em quem se coloca no caminho”Sendo contra o comodismo.Se a gente ficar parado e não agir seremos feitos de gato e sapato pela vida.Quem quer ser alguém tem que sair na chuva, se molhar, correr atrás….surrar a vida.Extrair dela o máximo de conhecimento, de força, de aprendizado.Não apenas aturá-la, mas explorá-la.

R: E a Callisto? Qual sua visão em relação a essa personagem? Fez tanto mau. Mas você acha que ela tinha seus motivos para ser louca?

M: Callisto não era má.Ela foi feita má.Má era a Alti, por exemplo, a maldade em Alti era intrínseca.Callisto foi corrompida pela dor, pela vingança.É uma personagem de determinação admirável.Irônica, com boas tiradas, uma vilã que agrada.Psicopata.

R:Você se identifica com ela em algum aspecto?
                           
M:Na ironia.Algumas pessoas do fandom dizem que boto medo, por eu postar comentários irônicos as vezes.
Não vejo razão pra medo.Mas não, não acho que eu tenha muito da Callisto.

R:E com Ares?

M: Não que eu consiga lembrar pelo menos hahaha

R: Com Joxer?

M: A Gab-Cêntricidade – viva os neologismos – hahahaha.Sem dúvida.

R:O que você mais admira na Gabby?

M: A evolução dela.Ela tinha um objetivo, um sonho e o seguiu até alcançar o desenvolvimento pleno dele.Personagem de complexidade psicológica imensa.
além claro, de ser uma loirinha adorável e linda.

R:Você se identifica com a Xena em algum aspecto?

M: O unico que consigo pensar agora é o mau humor hahaha. Xena teve uns momentos de palhaçada, apesar de séria na maioria do tempo, eu sou assim também.

Tito pergunta: Qual temporada você mais gosta? Porque?

M: Quarta temporada eu acredito que ela foi meio que o auge da série. Porque ela tem aquele “gostinho” de Xena clássica ainda, mas já é possível ver uma evolução muito grande de ambas.Gabrielle já é uma guerreira, embora não saiba, e o fato de não saber a faça entrar naquela onda de pacifismo.Mas é uma temporada de evoluções e revelações.Trás episódios incríveis como os Sin Trades, a trilogia Indiana e Ides of March é de uma beleza e comoção vista em poucos episódios.

R:Existe alguma temporada que você não tenha gostado de ver?

M: A que menos me chama a atenção é a primeira.foi o ponto de partida e tem episódios ótimos como Sins of Past, Greater Good, Callisto e Is there a Doctor in the House, mas os roteiros em sua maioria não tinham muita profundidade ainda.

R: Você tem algum sonho relacionado ao xena verse que vc queira muito realizar?

M: conhecer a Reneé.Ter acesso a todo material de mídia americano – dvds, cds, posteres – ir pra uma convenção. E…ROUBAR TODO BANCO DE DADOS DA SHARON DELANEY!Enfim, tudo que um fã quer.

R:Se pudesse dizer alguma coisa pra Xena ou Gabrielle, pra quem seria? E o que seria?

M: Pra Xena e pra Gabrielle…”Obrigado por existirem e por me fazerem ser uma pessoa melhor.O mundo precisa de heróis como vocês”

R: Se você pudesse ter escolher viver uma aventura ao lado delas, em qual você gostaria de estar ajudando? Em qual ep.? Porque?O que faria para ajudar?

M: Hum!Pergunta interessante.O problema é ter de escolher UMA resposta haha.Mas, sendo um pouco egoísta…eu queria ter participado do FIN, para ajudar a Gabrielle a recuperar as cinzas antes e conseguir colocá-las na fonte antes que a Xena impedisse haha.

R:Você mudaria alguma coisa na série? O que?

M:O final.Faria que o Steven Sears escrevesse o final da série.

R: E como ele escreveria?

M: Steven Sears já declarou que em sua versão do FIN, haveria uma batalha épica de diversos povos, amazonas, tribos, warlords.Algo que remetesse a famosa batalha de Corinto.Uma coisa digna de Senhor dos Anéis, segundo ele.Onde Xena morreria, para salvar Gabrielle, porque ela saberia que Gabrielle era a esperança do povo.Então Gabrielle se tornaria a grande líder do Mundo Conhecido, tendo Xena em espírito como guia .Acredito que os fãs conseguiriam aceitar isso melhor.

R: Qual o pior defeito da personagem Xena pra você?

M: O fato dela fazer tudo do seu jeito, deixando os outros nas escuras muitas vezes.Individualismo em excesso

R: E da Gabrielle?

M: A demasiada compaixão chega a ser um defeito muitas vezes.Como nos casos onde caiu na conversa da Najara quando já sabia que ela era má, apanhou da Tara e não conseguiu dar a surra que a Varia merecia.

R:Se não existisse Xena? Como pensa que seria sua vida?

M: Provavelmente mais vazia.Eu não seria uma pessoa tão compreensiva.Não teria conhecido TANTA gente especial.Enfim, não consigo imaginar minha vida sem a série.

R:Poderia mandar uma mensagem para os xenites do mundo?

M: Não deixem o fandom morrer.Cada xenite, em cada canto do mundo é especial, porque mostra como uma série que muitas vezes é taxada de “bobinha”, tem muito mais profundidade do que as pessoas pensam.Os que entendem a mensagem dela e são tocados de alguma forma são pessoa especiais que abriram suas mentes para várias mensagens valiosas que de um jeito ou de outro mudaram suas vidas.Preservem essas mensagens!Honrem o fandom.

R: Você descreva os xenite em uma só palavra?

M: únicos

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Entrevista com Chapo, xenite de longa data!

Comentários

Por Lucy

 Camila, mas conhecida como Chapo, ativa nas comunidades  Xenites desde 2004, conta um pouco sobre o que aprendeu com a série, os encontros e o que isso tudo significa para ela!

L:Vamos falar sobre Xena! É sempre gostoso falar dela, você não acha?

C: É sempre um prazer falar de Xena  as vezes rende mais assunto que sexo se bem q é só juntar os dois e ser feliz!

(RISOS)

L: Quando começou a gostar de Xena?

C: Acho q nem me entendia por gente e ja gostava, mas se vc precisa de um numero de idade, eu diria uns 8 anos, mais precisamente na época do sbt. Bons tempos!

L: E o que te levou a continuar gostando?

C: Bem, eu sempre fui uma pessoa solitária. Não necessariamente sozinha, mas solitária. E Xena sempre estava lá me ensinando algo, me fazendo rir, chorar (confesso que não sou de muitas lágrimas, mas FIN me quebrou as pernas). Além de ser uma série abrangente, que te ensina muito e te instiga a aprender cada vez mais, não só nos livros de historia sobre a época dos Deuses antigos, mas sobre o ser humano em si e tudo aquilo que somos capazes de atingir com nossa força inabalável, que vai muitas vezes além dos músculos.

L: Qual foi a maior lição que a série te passou?

C: Foi o fato de Xena, mesmo quando as vezes lhe parecia impossível, se utilizava da força do amor(seja lá como se acredite que seja o amor de X&G) pra vencer as batalhas. Acho que não estou só quando trago essas lições pra minha vida pessoal e faço das minhas lutas, ao longo do existir, vitórias pra que se possa vencer a batalha. Digo, no final das contas, basta a força do amor (por si ou por outrem) pra se triunfar. Eu realmente acredito nessa lição.

L: Você conheceu muitas pessoas a longo da sua jornada xenite, não é?

C: Ja perdi as contas de quantos xenites conheci pessoalmente.

L: Você pode contar algum fato relacionado a Xena que tenha marcado sua vida?

C: Eu conheci minha namorada linda, a conheci no primeiro encontro xenite de SP
nem dei bola pra ela, coitada, depois de uns dois anos voltamos a nos falar aí q a magia começou e estamos juntas a 4 meses agora. Mas num conta pro pai dela !!

L: Você acha Xena  de alguma forma  abriu sua mente para enchergar certas coisas que antes não percebia?

C: Ah sem duvida! Ela influencia todos os dias da minha vida, ela me mudou pra sempre, o rio foi pra sempre modificado depois que Xena caiu no meu rio de conhecimento(q num é lá grande coisa mas enfim…). Minha visão sobre as coisas mudou não vejo mais com olhos de preconceito ou ignorância e os outros se tornaram muito mais humanos depois de Xena  e adquiri a habilidade de perdoar , coisa q jamais antes de xena achei q teria!!

L: Você já passou por alguma situação em que a série te motivou pra enfrentar alguma dificuldade, como alguma crise em sua vida?

C: A separação dos meus pais foi bem difícil pra mim, pois ninguém sentou comigo a mesa e explicou o q acontecia, eu simplesmente vi meu pai com a mala na mão dando adeus e carrego minha parcela de culpa comigo, mas Xena estava lá me ensinando que mesmo quando ha grandes dificuldades, é preciso entender o outro lado e aceitar as decisões das pessoas as quais vc não possui o controle.

L: Quando foi que percebeu isso?

C: Bitter suíte, mesmo com toda aquela mágoa guardada, elas se perdoaram, porque o amor entre elas era maior e mais forte  e nada mais importava , assim como amo meus pais  mesmo q tenham me magoado por terem se separado eu não posso ser egoísta a ponto de querer q eles fiquem juntos só pra minha satisfação, assim como gabrielle não foi egoísta quando não jogou as cinzas, entendeu o lado de xena e o q era preciso ser feito.

L: Como você acha que seria sua vida se não houvesse Xena?

C: Uma bosta!! Eu não saberia quem realmente sou e não seria sincera comigo mesma e muito menos com minha família. Sem contar todos os valores morais que a série me trouxe e que se perderiam no vácuo do acaso. Eu seria bem vazia, no mínimo.

L: E qual a sua atitude diante de pessoas que falam mau da série sem conhecer?

C: Primeiramente eu reconheço que os efeitos num são lá essas coisas, mas isso nem é o mais importante da série porque eu entendo q Xena é propagada como uma série de ação, quando não é, pelo menos pra mim a ação é somente uma conseqüência do inevitável devido a tudo que ela passa e passou então, quando estão abertos a conhecer melhor a serie, eu mostro tudo de bom que nela há. Senão no máximo sinto dó, pois muito perdem.

L: O que você mais admira na personagem Xena?

C: A força de vontade dela,  seja pro bem ou por mal, o fato dela nunca se dar por vencida faz dela campeã, mesmo quando perde.

L: Você se identifica com ela em algum aspecto?

C: Nossa muito! 
 
Sou como ela de não se dar por vencida. Porque a ópera só acaba depois que a gorda termina. Além de ser meio fechada, então dá aquele ar de misteriosa, mas eu sou uma palhaça q num para de fazer piada sarcástica e às vezes a xena dá esses surtos também.

L: Com qual personagem você mais se identifica?

C: Xena, e um pouco de Gabrielle.

L: Com a Gabrielle em que aspecto?

C: Por adquirir a habilidade de perdoar, a Gabby é aquela que tudo perdoa. 

L: O que você achou do show da LL em London?

C: Acho q nem vi, pra mim LL e Xena são maçã e laranja, porque LL já virou a pagina sabe? Ela não é a Xena. Ela é ela (mudei sua vida depois dessa), LL arrebenta cantando e tals… Mas nem me ligo na carreira dela.

L: E se a Xena fosse interpretada por outra pessoa? Muitos Xenites dizem que não iam gostar, e você?

C: Acho q ia ser uma série como o Hércules. Boa mas cansativa. 
Além do mais LL deu a cara a Xena. Sem ela não teríamos as caras e bocas da Meg e das outras cópias que não lembro os nomes agora e não teríamos também o clima entre LL e ROC, talvez elas nem se dessem bem e gabrielle morreria em ‘doctor’, ou até antes e a serie não teria tantos ep.s  bons,engraçados e a serie não duraria tanto e se durasse, talvez não teria a mesma qualidade imagina a tragédia grega e não mudaria minha vida, e eu seria vazia, ainda bem q existe LL!

L: Tem algum sonho relacionado a Xena que você gostaria de realizar?

C: Eu queria poder dizer cara a cara pra LL e ROC o quanto essa série me fez e faz bem e como sou feliz por elas terem interpretado suas respectivas personagens. Mesmo que eu só receba um ‘ok’ de resposta, só o fato de elas saberem já faz toda a diferença. Porque essa série mudou tanto minha vida, que é preciso agradecer a alguém. Que seja então a elas.

L: Você vai a muitos encontros?
C: Não mais, a vida anda corrida, mas o povo de SP vira e mexe se encontra, o ultimo encontro q fiquei sabendo foi no Zôo.

L: Os encontros que você ia, duravam muito tempo?

C: A tarde toda.

L: Marcavam pela internet?

C: Aham. É difícil é as agendas darem certo, mas somos xenites e não desistimos nunca.

L: Quando chegavam no encontro, como se sentiam? Alegres, tímidas, iam se soltando aos poucos ou iam logo se abraçando?

C: O primeiro encontro foi muito engraçado, ficamos eufóricas, foi muito legal perceber q eu tinha companhia em minha loucura pela xena , os seguintes foram todos bons sempre muita alegria encontrar os amigos xenites, mas definitivamente o primeiro encontro mudou a vida de todas nós, digo todas porque só tinha mulher lá.

L: O que fizeram? As pessoas olhavam?

C: Que nada! Só tem encontros de doidos naquele parque(Ibirapuera)  o pessoal já ta acostumado, os encontros da Madonna, harry potter, senhor dos anéis e de vários fã clubes de bandas acontecem lá, dá pra se imaginar o naipe da coisa e a gente conversou bastante, tinha tanta coisa pra falar q nem rolou o passeio de bike tradicionalíssimo pra quem vai ao parque.

L: Jantaram juntas?Como foi? Num bar? Restaurante? Pique nique?

C: Foi um encontro meio a esmo, jogaram a idéia na comunidade e quem pode,foi. Foi bem divertido, 
comemos uns lanches e talls.

L: O que mais fizeram além de conversar?

C: Rimos, rimos, rimos. Estávamos uma pilha de felicidade. Tentamos agir normalmente, nos outros encontros eu fiquei sabendo que uivaram até pra lua.

L: O que esses encontros significam pra você?

C:Bem, eu conheci minha alma gêmea lá ( e não fui a única). Conheci pessoas muito especiais que acrescentam a minha vida sempre. Significa mudança pra melhor,  somos uma nação forte, mesmo q distantes.

L: Legal, qual foi o momento mais marcante de todas os encontros que você  já foi?

C: Acho q o momento do toco mágico, quando as xenites chegavam a Akimi ligava a musiquinha da Xena pra dar as boas vindas, e todos caiam na risada. 

L: E as cons aí em SP? Como são?

C: Não sei. A q eu fui foram 16 pessoas, foi interessante, num posso dizer q foi alucinante acabou sendo um encontro mais caro pro cara que organizou , coitado, perdeu mó grana, mas foi pouca gente porque ele marcou no dia de alguma prova estadual sei lá, um monte de gente num pode ir.

L: Então o que fizeram lá?

C: Sentamos e assistimos uns vídeos de coffe talk, uns bloopers e conversamos muito, foi até engraçado, um momento em q passavam umas fotos, aí apareceu a foto da LL de noiva casando lá com o Tapert, todo mundo vaiou, muito engraçado!

L: Você conheceu muita gente lá?

C: Só conheci gente legal, ser xenite é uma benção, te torna um ser humano melhor e tirei prova disso com as pessoas q conheci, uma mais legal q a outra uma mais compreensiva que a outra.

L: Se você tivesse a oportunide de falar com as personagens Xena e Gabrielle? O que falaria?

C: casa logo poha!!!!!

L:Qual a sua opinião sobre Joxer?

C: Amo ele de paixão, ele é um incompreendido, ele mesmo não se compreende, mas tenta sempre fazer o q é o melhor e tem um coração de ouro!

L: Você já passou  por alguma mudança interna? Assim como Xena?

C: Com certeza, acho que todos nós passamos, mas não saberia definir somente em palavras, só posso dizer que aos poucos vou melhorando, pretendo atingir a perfeição. sei que dizem ser impossivel, mas talvez só seja porque assim se acredita. Então, pelo menos enquanto tenho a boa intenção de melhorar, vou continuar.

L: Você tem algum material de Xena que signifique muito pra você?

C: Minha boneca, nem tirei da embalagem, ta a anos lá, e veio direto dos EUA , ninguém toca nela, nem minha mãe, nem ninguém, o povo tem até medo de chegar perto.

L: Quer mandar um recado pra algum xenite?

C: Ah sim!

Pra todos os xenites,

Nunca desistam dos seus objetivos. Pois ha algo traçado pra cada um de nós. e não importa o quanto nos desviem do caminho, as coisas sempre acontecem exatamente como devem ser…exatamente.

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Entrevista com Laraíne, ficwriter, shipper, uma contra o exército subber.

Comentários

Por Lucy

 Laraíne foi a nossa entrevistada da 4ª edição da RX, uma xenite sem dúvida muito especial, ela é uma shipper no meio de uma maioria subber e que defende seu ponto de vista com argumentos que sem dúvidas merecem o respeito e admiração de toda nação Xenite.
Ela nos conta como tudo começou, quando se tornou shipper, quando descobriu o subtexto, as influencias de série em sua vida, fala sobre seu relacionamento com outros xenites, com os colegas subbers, etc.

R: Quando foi que você viu Xena pela primeira vez?

L: É uma história meio triste, era 2006, primeiro dias das férias de inverno, eu tive um pequeno acidente (machuquei feio o pé), e fiquei um tempo de molho sem poder sair de casa, logo, eu olhava muita televisão, só não olhava a Record, aí um belo dia eu troquei e tava passando o Hércules, eu assistia há muito tempo atrás, e depois começou a Xena. Foi amor à primeira vista e eu não parei mais de olhar.

R: Qual foi o primeiro ep.  que você lembra de ter visto?

L: The titans, o primeiro com o pé machucado.

R: Quando foi que você descobriu o subtexto?

L: Eu procurei sobre Xena no PC e tal, fiquei um tempão pesquisando até descobrir o subtexto, antes eu pensava que todos achavam o mesmo que eu. 
Foi na comunidade “Xena não era lésbica”, eu sempre tava procurando comunidades de Xena e quando vi essa fiquei curiosa, porque realmente nunca tinha cogitado a hipótese aí vi o tópico principal, onde estavam Mary, Eris e Brunhilda, lutando contra não subbers, talvez anti subbers e pronto, dei uma de enxerida e entrei na discussão, entrei bem de enxerida mesmo, porque o pessoal lá tava tentando correr das gurias, tava bem ‘feia’ a coisa e eu simplesmente achei que o nosso lado devia ser defendido com argumentos. Então fui ler e aprender um pouco sobre o tal do subtexto, claro pra poder embasar meus argumentos, é praticamente isso.

R: E você acredita que Xena ama quem? Gabrielle, Ares ou outro?

L: Na boa, Xena tem uma atração muito forte por Ares, mas não definiria como amor. Ela realmente ama Gabrielle já provou isso muitas vezes, só não acho que isso envolva romance. Gabrielle alma, Ares corpo.

R: Você considera o subtexto de alguma forma? Tem algum ep. Que você considera subber?

L: Não há um episódio que eu considere subber, depende muito de como você olha.

R: Então você não acredita no subtexto?

L: Subtexto nada mais é do que a visão de algumas pessoas, sobre determinadas cenas, não é como se não existisse, mas a partir do momento em que eu olho e consigo enxergar as cenas chave do subtexto, como algo que não precisa ser exatamente o que ele prega, ele não se torna subber, fica apenas amizade entre elas. Esse negócio de subber e não-subber e anti-subber é só a visão das pessoas e como a cena tocou dentro de si. Nunca neguei o subtexto, a partir do momento que o conheci, apenas não me guio por ele.

R: Qual dessas discussões foi a mais longa?
L: Foi essa mesmo do inicio, primeiro começamos eu e Mary, ela pareceu aceitar meu ponto de vista, ficamos um tempão debatendo depois pareceu que simplesmente aceitamos os argumentos uma da outra e entramos numa trégua temporária, porque às vezes ainda rolam algumas discussões, claro que boas, mas a mais comprida foi à primeira.

R: xena influencia na sua vida de alguma maneira?

L: Meus amigos diriam que sim principalmente quando pulo e digo: “cortei o fluxo de sangue pro seu cérebro, você morrerá em 30 s se não disser onde está Gabrielle”. Mas pra quem assiste é capaz de ver a mensagem do seriado e não só as lutas, há muitas lições a serem aprendidas, o poder do perdão, do bem das outras pessoas além do seu, do poder de transformação que um sentimento verdadeiro pode trazer existem muitas mensagens, em alguns momentos da minha vida, Lao Ma me influencia um pouco é bom ter  serenidade e isso aprenderam muito com XWP, mas principalmente a parte de voltar atrás e desfazer seus erros é uma lição que todos deveríamos ter absorvido, as pessoas pensam que é só pancadaria, mas é muito mais que isso.

R: Tem algum personagem que você se identifique?

L: Me identifico um pouco com a Amarice.

R: Em que aspecto? Por quê?

L: Acho que além do cabelo cacheado, ela tem um pouco da minha personalidade, aquela vontade de ajudar, mas que nem sempre da certo, a vontade de ser algo sempre melhor e procurar por isso, um pouco da impulsividade dela da aparente dureza, mas que no fundo tem bom coração… Sem querer puxar brasa pro meu braseiro, lógico.

R: E qual foi a melhor coisa que já te aconteceu nesse Xenaverse?

L: Acho que cresci muito sabe, compartilhando idéias, é muito fácil você se isolar, quando não tem ninguém por perto que goste do mesmo que você. É bom ter alguém que não pense igual a você, compartilhar isso, essas diferenças, trás um crescimento pra gente, gosto do ritmo de ajuda, que rola entre os xenites. Pra mim depois do baque que foi ver LL loira, a parte do xenaverse que não é simplesmente olhar Xena foi o que mais me atraiu, as pessoas e o que o seriado trouxe a cada uma.

R: Você tem algum episódio favorito? Qual?

L: É estranho pra uma não-subber, mas gosto muito de “The quest”. Se não fosse por Callisto virar anjo, eu diria “Fallen Angel”.

R: E o que te chamou atenção em “The quest”?

L: Bom, gostei das proximidades entre as personagens, quero dizer, pra mim, foi ali que Gabrielle e Xena realmente notaram o que uma representa pra outra, não como amantes, igual aos subbers, mas como almas que devem estar juntas. A partir do momento que xena morreu, ou quase, desencadeou o que cada uma mudou na outra. Acho lindo a Gabby se cansando a levar Xena pra onde ela queria. Xena sempre defendeu a Gabby. Pra mim foi ali que Gabrielle notou o que representava, não vejo o quase beijo como algo sexual, vejo como a maneira delas unirem suas almas, tipo ‘alma mesmo da xena que tava morta’ e a da Gabby que se desligou só para encontrá-la.  É simplesmente essa entrega, sem valor sexual que valorizo.

R: Seu círculo social aumentou com a série?

L: Claro, considero como amigos a maioria do pessoal da comunidade, que conheci graças a XWP, gosto tanto da maioria como gosto dos amigos reais, apesar de não conhecê-los, acho que um gosto comum une as pessoas.

R: Então, isso quer dizer que você realmente não conhece nenhum pessoalmente?

L: Não. Moro muito longe. Tem alguns que moram aqui perto, em santa Maria, mas ainda sim é longe, sobre conhecê-los, claro que gostaria,   fazer uma confraternização ao vivo da comunidade da universidade xenite seria muito legal, meio que uma mini convenção brasileira.

R: Já que tocou no assunto…  Se fosse possível uma convenção dessas e Você tivesse a oportunidade de nos apresentar algo (algum vídeo, alguma idéia, teoria sobre a série), o que seria?

L: Creio que seria uma teoria sobre: o que torna uma pessoa não-subber. Sempre tive vontade de fazer um documentário sobre como XWP mudou a vida das pessoas como isso as faz sentir mesmo depois de tanto tempo do fim da série. Sem falar numa fic
que realmente explicasse a relação entre X & A . Tenho muitas idéias.

R: Algumas pessoas da comunidade brincam dizendo Laraíne “quase-subber”. Isso seria possível? Você poderia se tornar subber com o passar do tempo?

L: Na boa acho que não poderia me tornar subber e não é por ser cabeça dura nem nada é porque eu realmente consigo ver a série sem o subtexto, consigo interpretá-la assim. Acho difícil mudar de idéia porque a atual me satisfaz e até agora já ouvi muitos e muitos argumentos subbers, mas nenhum que conseguisse derrubar minha teoria. Então se ela continua de pé, não há porque abandoná-la.

R: E como é ser uma shipper no meio de uma maioria subber?

L: Acho divertido!!
Por que na verdade não gostaria de ser membro de uma comunidade onde todos concordam sempre. È chato. Eu gosto do clima de eterna argumentação, porque sabemos que ninguém vai ganhar nisso, mas me sinto em casa, eles respeitam muito meu ponto de vista, logo, pra mim ta legal!

R: E o que você mais admira neles?

L: A suprema força de vontade pra acreditar no subtexto. (RISOS). Brincadeira, lógico!!
O respeito algo que infelizmente muitas vezes faltava nos não-subbers, o respeito pela opinião alheia e a argumentação. Na verdade quando nossos colegas ‘shippers’ repudiam o subtexto só por isso, sem argumentação, além de uma falta de respeito acaba fazendo com que todos nós pareçamos um bando de ignorantes ou ingênuos e não é isso, claro que não.

R: Então, já que você admira o respeito e a capacidade de compreender e aceitar a opinião alheia no pessoal da comunidade. Você acha que a série ensina esses valores?

L: Acho. Na maior parte do tempo passa isso sim, não é só a parte do Ely e tal ou da Lao ma mas até quando a Xena salva a Callisto de ser um demônio ela está fazendo exatamente isso. 
Ela sabe o que callisto pensa, sabe que é errado e, no entanto não tenta quebrá-la pela força bruta, apesar de já ter rolado muita pancadaria não foi exatamente por isso e no fim acaba fazendo algo que é melhor pras duas independentes de opinião. Acho que não foi um exemplo completamente ‘entendível’.

R: Tem alguma frase na série que tenha te emocionado ou que signifique algo para você na sua vida, que de alguma forma te ensinou algo?

L: Gosto muito dessa: “You’re brought out the best in me, before I meet you, no one saw me for who I was. I felt…invisible! But you saw all the things that I could be. You save me.”
Acho que é importante achar alguém que goste de você pelo que você é. É difícil achar isso!

 

 R: Traduzindo: “Você me fez mostrar o melhor de mim, antes de te conhecer, ninguém me via como eu era de verdade. Eu me sentia… invisível! Mas você viu todas as coisas que eu poderia ser. Você me salvou.”- Idos de março.

R: O que te inspirou a escrever a fic “Por dentro”?

L: Bom foi do nada, eu tava numa palestra que era muito chata na verdade, então, tocou uma música que não sei o nome até hoje e aí foi surgindo, pedi uma folha pra uma amiga e pronto, veio como está!

R: Você já tinha vontade de escrever fics?

L: Já tinha escrito algumas coisas fora do xenaverse, mas nunca tinha imaginado que eu escreveria uma fic, achei que tinha que ter muita criatividade e tal.

R: você já fez outros trabalhos no Xenaverse?

L: Eu só escrevo mesmo, não tenho muito talento com edição de fotos nem nada, o ano passado, até comecei  a fazer um site, mas ia acabar ficando apenas uma compilação dos atuais então larguei de mão, na época até comecei a aprender Java script pra fazer…

R: você acha que xwp te despertou algum talento que antes estava oculto?

L: acho que me despertou a coragem de publicar o que escrevo, o que nunca tinha feito antes, eu já escrevia, mas nunca nada tão profundo digamos apenas pequenos contos policiais.

R: E o que mais te chamou atenção na série inicialmente?

L: A primeira vista, a mitologia grega e claro a Xena dando umas porradas… Ainda mais que o primeiro ep. que foi The Titans.

R: E depois? Com o passar dos episódios?

L: Muitas coisas, a mitologia ainda mais, apesar de ter alguns furos cruéis, as mensagens de lealdade, amizade, e das escolhas certas, por trás de tudo. Não é a típica série com a mocinha sofredora. Sim alguém que tinha um passado sujo e que sabia disso, nãa queria esconder, simplesmente fazer o melhor que pudesse dali pra frente.

R: você se identifica com a série nesse aspecto de alguma forma?

L: se eu me identifico? Acho que sim, acho que a série reflete muitas coisas nas quais eu acredito principalmente na parte de não tentar mudar a pessoa que se ama e sim aceitá-la e se possível ajudá-la a crescer.

R: Tem algo sujo em seu passado que você busca melhorar assim como a Xena?

L: Não que eu lembre!
Mas acho que às vezes as pessoas tendem a enfrentar seus medos se tornando o que temem, entende? Todos têm atitudes que devem ou queriam mudar. Só no meu caso eu nunca fiz nada tão evil xena…

R: Você se identifica em algum aspecto com a Xena?

L: Acho que tenho a mesmo vontade de fazer o melhor, se esforçar, a idéia que sacrifícios devem existir para que algo seja mudado, mas principalmente a vontade de proteger quem se gosta acima de tudo, até do bem supremo.
R: … e com a Gabby?

L: Fora gostar de escrever? A parte de tentar se encontrar, e arriscar tudo pelo que acho que é certo. Só que claro que ela tem a xena pra salvar ela se algo der errado e
eu não!!

L: Não vai perguntar do Joxer também?

R: eu não ia perguntar, mais já que você citou: Você tem algo em comum com Joxer?

L: Graças aos deuses não. Ta eu sou um pouco atrapalhada as vezes, mas não com tanta freqüência.

R: Você já fez alguma coisa para parecer com a Xena?

L: Eu costumo usar o cabelo meio preso às vezes, mas isso não quer dizer que fico parecida. Sem contar quando tento imitar o gritinho.

R: Tem algum ep. que você não goste?

L: The Prodigal, não gosto muito de Ten little, mas gosto menos de The prodigal ou  da filha da pomira agora não lembro o nome em inglês.

R: Porque não gosta de The prodigal?

L: Porque é um ep. Meio tosco. A Gabby voltando, o herói que de herói não tinha nada.

R: se você pudesse de alguma forma, se encontrar com Xena e Gabrielle e ajudá-las de alguma forma, como seria?

L: Primeiramente roubava o porte de cinzas da gabby! Mas de verdade eu queria era ir pra batalha!

 

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Entrevista com Doug, the Warrior Prince.

Comentários

Por Lucy

Na segunda semana da RX o entrevistado foi o Doug, muito conhecido por seus vídeos na internet em que aparece fazendo movimentos usados pela personagem Xena na série e usando as roupas e armas feitas pelo próprio. Ele conta um pouco sobre como sua vida e as influências da série sobre ele, conta também como foi ir a uma Xena con e ao Concerto de Lucy Lawless que aconteceu em maio deste ano em Londres,como foi conhecer diversos atores da série e inclusive conta um pouco sobre como foi conviver alguns momentos com a magnífica Lucy Lawless.

Repórter: Você foi à Xena con? Como foi?
Doug: Sim. Aconteceram coisas que eu não estava prevendo. O fato de eu estar na mesma cidade onde ocorreu a Con foi mera coincidência! Fui pra Londres pra estudar e trabalhar e vim a saber por terceiros. E quando me informei sobre as datas vi-me de mãos atadas, pois minha passagem de volta estava marcada exatamente um mês antes da Con. E de impulso, eu decidi abrir mão de algumas coisas, podendo me custar multa/advertência/penalidade de passaporte. Fiquei um mês na Europa ilegal pra poder ir à con.
Quando entrei no site da Creation pra fazer a reserva, não me restavam mais os tickets preferências (os com a LL então, já estavam esgotados) só havia os econômicos, que não me garantiam poltrona, então teria que assistir tudo de longe, no fundo da Con e comprar o ticket só pra domingo, porque foram 3 dias de con (cada dia tinha que pagar por um ticket) e ainda tinha o concerto LL que era a parte. Mas quando eu fui fazer a compra, percebi que todos os tickets eram feitos no cartão e eu não trabalho com cartão, então achei que tudo ia por água abaixo!
Comecei a enviar vários e-mails para Contact Us do site de tal de Adam e ele foi me dando opções que não eram muitas. Uma delas era eu ir ao show no dia e tentar achar o convite na porta, mas com um possível reajuste de preço!
No dia seguinte pós termino da Con, ainda lá em Londres eu peguei um caderno e comecei a anotar toda a minha experiência detalhadamente. Agora que eu voltei, eu estou passando tudo para o computador, colocando fotos e vídeos, fazendo um documentário completo sobre isso.

R: Doug, isso seria interessante, os seus vídeos são muito bons!
D: Ah obrigado, graças a eles eu estive na con como convidado! Bem o que eu fiz foi invadir o hotel um dia antes da con, não sei se você reparou, mas eu tenho um álbum no meu orkut: Na Trilha Da LL , onde eu invadi o hotel meses atrás pra tirar fotos do hotel já que eu não ia ir pra con. Fui aí que tive essa idéia, invadi o hotel mais uma vez sem ser percebido e fui até o espaço da Con, o hotel era um labirinto! E quando cheguei ao grande salão, veio um homem ao meu encontro querendo saber quem eu era. Resumindo… Depois eu explicar quem eu era, ele me fez uma proposta: convidou-me pra fazer parte da equipe Creation e eu entrei pra Convenção sem botar a mão no bolso tanto na Con, quanto no Concerto. De inicio eu trabalhei com a Sharon (a empresaria da LL). Ficamos eu e ela organizando a mesa de fotos e tals e eu perguntando sobre a LL, e foi lá que encontrei esse tal de Adam que me reconheceu. E por sorte o Adam trabalhava na parte dos vídeos que iam pro telão. E foi quando eu apresentei os meus vídeos (estavam no meu mp3). E depois de assistir, ele me convidou pra fazer parte dos guests. Ou seja, a Eve foi para o palco, depois eu, no sábado passaram três vídeos meus e fiquei para responder as perguntas. As pessoas me reconheciam, porque meus vídeos estão no youtube. E a noite, que teve um tal de “balada com os convidados”. Eu fiquei de quarda-costas da Eve, Brunhilda e Atena, minha foi não deixar fãs agarrar, tirar foto e essas coisas.
Depois conheci o Steven Sears, ele foi o primeiro que eu gravei dando mensagem pro Brasil e todos os atores ficaram de cara quando eu disse que vim do Brasil, todos adoram o Brasil e falaram que seria ótimo uma con aqui. O Joseph Loduca fez uma revelação estrondosa pra mim e também filmei falando sobre o Brasil para mim. Depois teve os lances no backstage, eu perguntei se ela sabia que tinha muitos fãs brasileiros e ela disse que Sim! Que sempre soube que xena foi um sucesso aqui, mas, que nunca chegou a viajar pra cá! Ai eu perguntei sobre a possibilidade de uma Con dessas aqui e ela me disse que estava conversando sobre isso com o Joseph horas atrás! E ai eu fui checar essa historia com ele pra ver se ela não estava me enrolando e ele confirmou.

R: Como a Lucy é?(personalidade)

D: Sempre sorridente, mas na hora de dar as instruções bem sérias. Ela é deliciosa!haha(minha opinião).

R: Bem a roupa dela causou muita polêmica, eu particularmente acho que foi de matar. E você o que pensa?

D: Principalmente pra quem estava lá pertinho dela. Eu quase tive uma crise. Porque quando ela entrou, ela estava comportada. Cantou umas duas musicas com roupa normal, mas quando cantou, “I touch myself” foi que ela de repente tirou a roupa de cima, e lá estava ela: extra sexy!
O pessoal berrava, mas tem uma razão por ela ter se vestido assim. Não é o que todos pensam. Igual teve um foram na comu dizendo: ela não precisava disso blábláblá.
Primeiro, ela disse que cantaria musicas que marcaram a vida dela em algum aspecto, como se aquelas musicas tivessem sido a trilha sonora da vida dela e ela canta interpretando as letras. E a musica I touch myself e as próximas seguintes foram mais sensuais. E segundo ela, um “Odre a Masturbação”, esse o motivo das roupas ousadas. Eu filmei. Na verdade como eu estava como parte da equipe da Creation, eu entrei pelos fundos com os organizadores e ficamos com ela no ensaio, filmei ela no ensaio também, ela sem maquiagem e nada bem casual, ainda perfeita!

R: Você chegou a pensar que aquilo tudo era um sonho, ou era tudo bem real?

D: No começo parecia que alguma coisa ia dar errado, porque ta tudo muito dando certo, mas não podia pensar que aquilo era sonho eu estava bem dentro da realidade com todos ali pra ter memórias bem formadas.

R: Você chegou a conhecer Renné O’ Connor?

D: Não. Conheci varias pessoas do elenco, mas a Roc estava num projeto de algum fillme, se não me engano.

R: Você acha que virão outras oportunidades?

D: Ah sim! To contando com minha volta pra próxima Con como convidado.

R: Você poderia contar um pouco sobre os vídeos em que aqueles que trabalharam na série mandam mensagens pro Brasil?

D: É, todas as vezes que eu estive cara a cara eu mantinha a câmera ligada e perguntava até mesmo sem saberem que eu estava filmando. Primeiro foi o Steven Sears,que foi o primeiro guest que eu encontrei , eu liguei a câmera do cel e dei um close nele e ele tava num grupo de pessoas conversando, quando ele me viu filmando ele veio até a câmera e eu pedi pra ele dar um Oi pro Brasil, ae ele: Ohh BRAZIL??? HI THERE BRAZIL!!
A gente conversou mais. Depois na mesa de autógrafos também, teve também a Paris (Atena), na hora que eu cheguei pra conversar eu estava com a câmera desligada, ai ela quis saber de onde eu era e quando eu disse Brasil ela deu um pulo BRASIL????? Nós deveríamos fazer uma Con no Brasil!! Você não acha?? (falando pra empresaria dela), ai eu >> PARIS!!! Vou ligar a câmera.. repita essa mesma frase pros fãs do Brasil!!!! E ela fez.

R: O que mais te impressionou na con ou no concert?

D: Eu comprando um lanche pra Lucy com meu dinheiro (ela pediu). Teve uma hora que estava passando um episodio da xena no laptop, porque o pessoal dos vídeos estava selecionando clips pro telão, e estava eu e a lucy, ombro a ombro, assistindo o episodio e toda hora que passava uma cena boa de luta, ela dava aquela erguida na sobrancelha e um sorrisinho de canto, tipo>> eu fiz aquilo! hehe… E eu só observando ela com o canto dos olhos! LINDA!

R: Você a abraçou?

D: Não porque eu não sabia se podia!! Não queria ser repreendido pelo pessoal da Creation, e a gente tava trabalhando junto, mas ela chegou até mim antes que eu pensasse em abraçá-la (lógico que ja havia pensando nesse tipo de “contato” muito tempo antes de ir pra con). Antes que eu demonstrasse a euforia, ela perguntou meu nome e apertamos as mãos! E ela deu aquele sorrisao.

R: Você teve contato com outros xenites lá em Londres? Que não trabalharam na série?

D: Com os fãs do mundo!!Com a Deborahzzy que faz vídeos no youtube, com a Xenas Wannabes espalhadas por lá, algumas pessoas me reconheceram também antes mesmo de eu ir ao palco.
E ficamos numa roda de pessoas debatendo a serie. Bem legal!

R: Você se vestiu de xeno alguma vez?

D: Se eu tivesse deixado o Brasil sabendo que iria pra uma convenção da Xena eu até teria feito isso, mas só uso a roupa nos vídeos ou treinamentos.

R: Você pretende ir outra vez num a con?

D: Se der certo, talvez consiga ir pra do ano q vem em LA.

R: Poderia descrever a experiência do Concert ou da Xenacon em uma só palavra?

D: Xenastico!!

R: Quando você viu Xena pela primeira vez?

D: Eu devia estar às margens dos 12 pra 13 anos.

R: E quando foi que você começou a fazer seu chakram, espada? Deve ter levado muito tempo.

D: A idéia surgiu da certeza que um Chakram poderia ser sim uma ótima arma de caça… E resolvi
criar um pra provar, talvez pra mim mesmo ou pras os descredos, que o impossível é só o possível não tentado… essa filosofia eu sigo desde então…
E tudo isso vem do meu fascínio por medievalismo e mitologia. Fiz o chakram com pelo menos meus 15 anos. Tudo é feito simplesmente com uma chapa de metal resistente e inoxidável cortada por uma maquina especifica nas medidas certas. Polimento pra se ter superfície espelhosa, adicionar lamina de corte. E a uma chapa de metal resistente e inoxidável cortada por uma maquina especifica nas medidas certas. Polimento pra se ter superfície espelhosa, adicionar lamina de corte. É a arte do “jagged” e “square”. Tem-se um Chakram.

R: Onde você treinava os saltos, movimentos quando estava começando?No quintal da sua casa? Em praças? Qual era o local?

D: Eu fazia um intensivo de treinamentos baseados no que eu via na Xena. Fim de semana ia pro mato e treinava a beira de um rio, tinha uma espécie de lugar preparado pra eu treinar, altura de barrancos, areia, essas coisas. Quando fui pegando jeito usei o quintal de casa mesmo, como mostra em um dos meus vídeos.

R: Quando estava começando, você não tinha medo? Você já se machucou alguma vez?

D: Eu sempre fui fascinado por mitologia e artes marciais, principalmente os que envolvem acrobacias, mas até então era só um interesse, nunca havia entrado pra aulas ou algo do tipo. Hoje em dia, eu acredito que certas habilidades já faziam parte de mim, estava adormecido e quando conheci Xena foi explosão, foi instantâneo. Foi por ela que eu aprendi o que sei hoje, tanto que hoje eu dia eu trabalho com Pontos de Pressão, inclusive trabalhei com isso em Londres, a técnica de pontos de pressão na forma Tsubo, o de amenizar dores, o de cura.
Minha mão tem varias cicatrizes do meu Chakram nos meus dias de treinamentos, há seis anos atrás, e já tive que ir pra cirurgia, cortei fora um tendão com a espada.

R: O que as pessoas comentam quando vêem que você gosta tanto da Xena? Aquelas que não conhecem a série, elas elogiam ou criticam?

D: As pessoas que me vêem não fazem ligação imediata com Xena. Pensam que faço uma luta qualquer.

R: É porque muitos xenites costumam escutar comentários um tanto desagradável vindo de pessoas que não conhecem a série. O que você acha disso?

D: Sei. Sabe no episodio The Deliverer? Quando a Gabby começa a tese coisas-ante-coisas? O que seriam as cidades sem casas, o que seriam casas sem pessoas… etc, etc?
É mais ou menos isso que acontece, as pessoas não que conhecem Xena a associam com Hercules, Hercules que veio da Disney, Disney q é pra criança. Isso é inconsciente, mas acontece.

R: O que você acha que a série tem a passar por cultura?

D: Sim, veja bem, como cultura levada a fundo, da pra aprender Astrologia (pelo nome Callisto) e Medicina! As técnicas usadas “There a Doctor in The House” foram elogiadas pela minha mãe que é enfermeira.

R: O que você achou do final da série?

D: Achei que enfiaram um monte de lorotas desnecessárias, e não incluíram o essencial pra por um basta na serie. A lucy com filhos pra criar e a ROC oficializada grávida, meio que um episodio as pressas, mas não foi um episodio ruim, teve o contraste magno com a Gabrielle que não segura um gato pelo rabo sem Xena do primeiro episodio, com ela se mostrando espadachim pra resgatar o corpo. Aquilo me dá calafrios até hoje.

R: Você acredita no subtexto que há na série? O que pensa sobre ele?

D: Hum… Claro! Principalmente quando a própia Lucy entregou a Xena numa Con. Mas teve o Steven Sears (roteirista de Xena) esclarecendo isso, ele disse o seguinte> Se vocês acreditam que X & G são amantes, um casal! VOCES ESTAO CORRETISSIMOS! Se vocês acham que só é uma amizade duradoura! VOCES TB ESTAO CORRETISSIMOS! A resposta pra essa pergunta esta aonde VOCES se identificam com elas… Ponto final! E todo mundo sacou!

R: Fale um pouco sobre o vídeo que você fez sobre referências a Xena em séries, desenhos, músicas, etc?

D: Eu só fiz aquele de parte 1 e 2, existem mais referencias por ai, mas preciso sentar pra virar a internet do avesso pra achar e montar.

R: Você chegou a assistir a Rihana, quando a entender que estava se referindo a Xena? Foi em Londres?

D: Não cheguei a ver, mas fui eu quem criou um tópico na comunidade caindo matando em cima desse artigo que saiu ridícula!! Não sei se foi em Londres, acho que foi na Itália.

R: Foi daí que saiu a inspiração para o vídeo?

D: Foi!!

Pra mostrar como ela é mencionada em chave de ouro!

R: Se você pudesse ajudar Xena ou Gabrielle em algum momento, com suas habilidades, ou até mesmo conselhos, como você ajudaria? (baseando-se nos ep.s da série)

D: Como eu ajudaria??? Não fazendo minha cama de acampamento ENTRE as duas…uma lição que a Tara teve que aprender…

R: Sem Xena, sua vida seria diferente?

D: Engraçado… Essa foi uma das perguntas feitas quando eu estive no palco mostrando meus vídeos, disse que se Xena foi faísca que eu precisava pro pavio em mim fazer sentido… sem ela hj eu seria um asmático sedentário.

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Entrevista com Angelina – A xenite brasileira que conheceu ROC

Comentários

Por Lucy

Nesta primeira edição da Revista Xenite, idealizada na Ux(Universidade Xenite), a nossa entrevistada foi a Angelina que mora em São Paulo é ROCker assumida e no ínicio desse ano passou por uma experiência inésquecivel, que provalvelmente todos os xenites do Brasil sonham em tem. Ela conta como foi ir a uma convenção, como foi falar com Renné O’Connor, conta sobre sua vida como fã de Xena, dá sua opinião em alguns assuntos sobre a série, etc.

R:Então vamos começar a falar do começo de tudo? Quando foi a primeira vez que você viu Xena? Você lembra?

A:Lembro sim!!Não sei exatamente quantos anos eu tinha… Uns 14 ou 15 e já assistia Hércules e o jovem Hércules no sbt porque adorava mitologia ai vi a propaganda de Xena e comecei a assistir desde o primeiro episodio!!E claro me apaixonei e deixei Hércules de lado!!rsrsrs

 

 

R:Mas e aí, qual foi o primeiro presente que você ganhou de xena?

A: Só muito tempo depois quando já passava na record e eu fiz amizades com umas xenites. A Simone me deu um retrato autográfado pela própia Reneé.

R:Porque você gosta tanto da Gabby? Em que aspecto você se identifica com ela?

A:Eu me identifico muito com a Gabby acho que por causa desse amor todo que ela sente pela vida!!Ela respeita a vida acima de tudo e eu acho isso lindo!!Eu sou meio como ela… Não acho certo tirar a vida de alguém em hipótese alguma!E mesmo depois que ela vira uma guerreira, não perde a meiguisse e a inocência que são marca da Gabby e também adoro escrever!

R:E você se identifica em algum aspecto com a Xena?

A:a Xena defende com todas as suas forças quem ela ama!!Acho que nesse ponto me identifico sim!!

R:Se você encontrasse alguma forma, um jeito de se encontrar com Xena ou Gabby (personagens mesmo). O que você diria a elas?

A: Me leva com vocês?

R: Tem alguma frase em Xena que te marcou? te fez rir? chorar?

A:Aí frases lindas é o que não falta, adoro os diálogos do Ep. “Xena, contra o exército persa”… quando a Xena diz:”Até na morte eu jamais vou deixar você”..Ou alguma coisa assim!

 

R:Ah, você deve ter muitos amigos xenites em São Paulo. Como você se sentiu ao saber que finalmente ia chegar a hora de ver a Reneé?

A: Tenho um grupinho de amigos xenites aqui mesmo, nos encontramos direto pra falar de Xena!!!Inclusive uma curiosinha aqui assistindo a entrevista…A Suh!rsrsrs
Eu não conseguia acreditar que ia ver a Reneé!!! Parecia um sonho, ela pra mim era meio que intocável…caraca era a Gabby e não tinha caido a ficha ainda!!
A primeira vez que eu a vi foi na passeata dos escritores na rua um dia antes da convenção…na quinta feira a tarde!!!
Eu cheguei na passeata e como não vi tumulo nenhum pensei:”Bom a Ren não deve ter chegado ainda. Mas quando dei mais uns passos a vi lá paradinha converdsando com o pai da Iris numa boa no meio da rua!!!
Meu coração desparuo e minha perna tremeu… não sabia se corria e agarrava ela, se chorava, se gritava!rsrsrs

R:Você poderia descrêva-la em uma só palavra?

A:Perfeita!!!

R:E depois que você viu a Ren, o que vocÊ mais gostou de ter visto?

A:Eu adorei estar no meio de tantas xenites!!Estar reunida com um monte de pessoas que amam a série tanto quanto eu foi maravilhoso!Ficar 4 dias falando, vivendo e respirando Xena foi o melhor momento da minha vida!

R:E teve algo mais que te impressionou? Algo que alguém falou ou disse?

A:O amor que as pessoas tem pela série e por elas me impressionou muito.As pessoas realmente levam a sério os ensinamentos de Xena e Gabby para a vida!!No concerto da Lucy, no segundo dia eu fiquei meio atrás e não conseguia enxergar nada, ai foi uma moça na minha frente e falou que eu poderia passar na frente dela e todas foram me passando para frente ate´que cheguei bem perto do palco. Quando agradeci uma delas disse:”Esse é o espírito Xenite, ajudar quem precise sempre.” Achei isso demais!!

R:E como foi ver a Lucy?

A:Eu como sou Rocker assumida estava muito mais empolgada para ver a Renne mas claro que também amo a LL, mas achava que não ia me emocionar muito já que a Lucy agora está com um estilo tão diferante do da Xena… Acho que se ela estivese com o cabelo preto a la Xena eu ia me emocionar mais. Mas a Lucy me surpreendeu. Ela é muito louca e o show dela foi muito bom…Ela é realmente muito linda!!Os olhos dela me impressionaram demais. São de um azul que não dá pra descrevar. Ela é muito animada e completamente maluca!!

R:E teve outra pessoa que te impressionou bastante além dessas duas?

A:Eu adorei a Adrienne que fez a Lívia!!Ela é tímida e muito engraçada também!!Contou umas histórias ótimas da vida dela!! A que fez a Brunhilda… esqueci o nome dela…rsrsrs…também é muito engraçada!Ela falou da vida dela,do filho dela, leiloou até o sutiã!!maluquinha!!rsrsrs

R:O que vocÊ diria pra pessoas que sonham em conhecer Lucy ou Reneé algum dia?

A:Eu diria que se isso é realmente um sonho deveriam lutar por ele omo eu lutei pra alcançá-lo, fazer de tudo para conseguir porque realmente valeu muito a pena!Elas são demais!!!

R: Agora você poderia falar um pouco dos seus amigos xenites?Manda um recedo pra eles!

A:Nossa. Minhas amigas xenites são demais! Já aprontamos muito teve uma época ano passado que nos reunimos no Ibirapuera para treinar luta com bastão!!Cada um confeccionou o seu bastão e assistimos os episódios… Decoravamos os movimentos e ficavamos treinando, lutando!!Era demais!!Ainda nos reuniamos para ficar conversar sobre Xena! Já tivemos encontros até na praia.
O recado que eu gostaria de mandar pro pessoal Xenite é que temos que ser unidos!Nós somos uma nação como a nação amazona e juntos seremos fortes!!Temos que mostrar nossa força!!Quem sabe a Ren e a Lucy reparem na gente e venham fazer uma con aqui!!rsrsrs

R: Você acha que sua vida seria diferente se não houvesse Xena?

A: Com certeza!!Primeiro não teria conhecidao tanta gente legal, amizades de verdae que através da série como a Bel, a Carol, a Simone,a Chapo e tantas outras!!Graças a Xena conheci a Suh, a melhor amiga do planeta… e minha vida não seria tão feliz sem minhas conversas na net sobre Xena, sem assitir todo dia um episódio, morrer de rir ou chorar de emoção com as duas!! Xena mudou minha vida para muito melhor!!

R: Angel, para finalizar, você pode descrever essa sua vida xenite em uma só palavra?

A:Completa!!!

Foi ótimo entrevistá-la e ter a Suh de acompanhante. Foi um prazer!

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Loira, cruel e com uma arma nada usual: Ela não pode ser menos do que é, e ela é Mistress Denna.

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Por Mary Anne M.W.

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BITCH POWER – n. 14

‘Cause I’d rather feel pain than nothing at all ~ Pain – Three Days Grace

Dedico esse artigo à três Seekernites que considero pra caramba: Alessandro, Pedro Henrique, e Dyg.

Olá meus queridos leitores do BitchPower! Nesse mês excepcionalmente estou metendo o nariz na coluna do meu amigão Alessandro Chmiel, para falar de uma vilã que me conquistou imediatamente. Uma vilã que eu amo tanto quanto odeio, e que eu gostaria de apresentar a aqueles que ainda não a conhecem: Denna, a Mord’Sith preferida de Darken Rahl.

Agora a cabeça do leitor deve ter sido invadido por duas perguntas básicas: Quem é Denna, e que Hades é uma MORD’ SITH. Para aqueles que não fazem a mínima idéia do que estou falando, digo o seguinte: Bem vindos ao “Seekerverse”, ou melhor, o universo da saga “Sword of Truth”, de Terry Goodkind, na qual foi baseada a série produzida por Robert Tapert e Sam Raimi, Legend of the Seeker.

Mas atenção! Esse artigo está cheio de spoilers, portanto se você não quiser ter nenhuma revelação sobre o enredo de Legend of the Seeker, ou do livro “Wizard First Rule” não prossiga!

Para entender quem é Denna, é necessário entender O QUE é Denna. As Mord’Sith, basicamente são um grupo de elite de mulheres guerreiras originárias da terra de D’Hara. Elas foram magicamente criadas para defender o Mestre D’Hara, acima de qualquer coisa, com quem compartilham um laço de fidelidade dificilmente quebrado. As marcas registradas de uma Mord’Sith são o couro apertado, mais usualmente vermelho (“Para esconder o sangue das vítimas”), a trança única e o poderoso Agiel, uma arma com formato de bastão, com o poder de emitir dores excruciantes nas vítimas. E quando eu digo, excruciantes, use toda sua imaginação para ter uma idéia do que os pobres cativos dessas verdadeiras dominatrix sofrem. Outro poder interessante, e provavelmente o que mais define uma Mord’Sith, é o fato de que quando alguém usa mágica contra uma delas, elas tem o poder de capturar a mágica dessa pessoa, e usá-la contra ela, em forma de dor.

Agora vamos ao que realmente interessa: a bitch da vez. A primeira coisa que o leitor precisa ter em mente agora, é que existem DUAS Dennas. Ou quase isso. Quando digo isso, me refiro ao fato da Denna apresentada no livro ser MUITO diferente da Denna apresentada na série televisiva, tanto fisicamente, quanto psicologicamente e ainda em relação a seus poderes. A Denna do livro, apresenta cabelo castanho avermelhado preso em uma longa trança e pele branca. Já a Denna da série, embora tenha sua longa trança e pele muito branca, é loira e conta com um poder adicional chamado de “Sopro da Vida”, que tem o poder de ressuscitar alguém morto que ainda tenha o calor em seu corpo, algo muito útil, já que não são poucos os que morrem durante o treinamento. Mas ainda assim, as diferenças mais gritantes são as que dizem respeito ao psicológico da personagem e seu comportamento. A Denna apresentada na série, não é exatamente tão interessante. Na minha visão de espectadora, ela é uma vilã regular, que adora fazer os outros sentirem dor à mando do mestre Rahl. Uma simples bitch torturadora sem honra, que não demonstra exatamente a lealdade inquebrável a um Lord Rahl, como deveria fazer. Deixo claro aqui que estou falando da personagem em sua construção, jamais desmerecendo a grande atuação da talentosa Jessica Marais que conseguiu dar a Denna uma crueldade única, com seus trejeitos e sua voz sexy. Mas para aqueles que acham que Richard sofre nas mãos dela na série, eu sinto lhes informar, mas na série ele sofre 10% do que sofre no livro. E Gookind SABE ser descritivo, como vocês podem ver no trecho abaixo que relata a primeira aparição de Denna no livro:

A espada caiu no chão quando a dor o fez ajoelhar, dilacerando-o, dobrando seu corpo.  Com a mão ainda na cintura, ainda sorrindo, ela parou ao lado dele. Richard cruzou os braços com força, vomitando sangue, sufocando. Fogo queimava todo seu corpo. A dor da magia o estava consumindo, tirando o ar dos seus pulmões. Richard caiu com o rosto na terra, tentando em vão gritar, respirar. Pensou em Kahlan um instante, mas então a dor tirou-lhe até isso. Denna comprimiu o Agiel no lado do corpo de Richard. Richard gritou de dor, embora não quisesse dar a ela essa satisfação. Todos os seus músculos enrijeceram com a agonia daquela coisa no seu corpo. Sua mente só pensava em se livrar daquilo. Denna pressionou um pouco mais, fazendo-o gritar mais alto. Richard ouviu um estalo e sentiu uma costela se quebrando. Ela retirou o Agiel e sangue quente brotou do lado do corpo dele. Richard estava coberto de suor, deitado na terra, ofegante, as lágrimas escorrendo dos olhos. Tinha a impressão de que a dor lhe dilacerava todos os músculos. Tinha terra e sangue na boca ( Wizard’s First Rule – Primeira Regra do mago)

Sangue, ossos partindo, lábios partidos, joelhadas, pontapés, músculos retesando. Essas são algumas palavras que povoam as descrições das cenas de Denna, interagindo com um Richard Cypher completamente indefeso e impotente na obra “Primeira Regra do Mago”. E é na Denna trazida pelo livro que eu me focarei mais nesse artigo, já que ela é a minha preferida, embora eu goste de imaginá-la com a aparência física da lindíssima Jessica Marais.

Para entender a crueldade de Denna, é necessário entender o porquê de ela ser a Mord’Sith preferida de Darken Rahl, e o motivo dela ter sido escolhida para treinar Richard Cypher:

[Alerta de spoilers leves]

Darken Rahl, o tirano governante do território  D’Hara precisava do conhecimento que Richard detinha para ativar as caixas da Orden, que lhe dariam poder além da imaginação. Sem esse conhecimento, Darken Rahl morreria no primeiro dia do próximo inverno. O único meio de fazer Richard lhe entregar esse conhecimento, era quebrar sua vontade de modo que nosso herói  jurasse obediência à Mord Sith e ao Lord Rahl.

Denna era famosa por sua capacidade de levar suas vítimas ao extremo, sempre tendo a sensibilidade para perceber quando parar e evitar a morte do torturado. Ser capturado por Mistress Denna era perder o direito a qualquer subjetividade, passando a vítima desse modo a pertencer à sua torturadora. Richard enquanto cativo perdeu o direito de dormir, de falar, de comer ou de sequer sentir raiva de sua treinadora, assumindo assim uma visão distorcida onde via misericórdia nos atos mais cruéis de Denna. Já dizia o nosso grande Ares, que “A dor é apenas o modo da natureza dizer ‘Hey, você está vivo’. Aceite isso.”. E as vítimas de Denna permaneciam vivas por mais tempo do que as vítimas de qualquer Mord’Sith, pelo simples prazer de poder torturá-las mais. Vivas…mas perdendo gradualmente a sanidade, à cada sessão de torturas.

Mas assim como nossa conhecida loira malvada Callisto, que era cruel devido ao trauma de perder a família ainda criança e se encher de desejo de vingança, Denna também tinha uma motivação, e eu diria que Denna e Callisto, nesse sentido, são vilãs bastante parecidas já que as duas tiveram dramas familiares em sua infância. Não citarei aqui em que exatamente consiste esse drama no caso de Denna, mas aviso ao caro leitor que vale muito a pena conhecer a personagem através do livro. Certamente ela pode ensinar o leitor algumas coisas sobre a dor.

Talvez o mais fascinante sobre Denna, é a reviravolta de sentimentos que ela causa no leitor durante sua história. Se você é do tipo de pessoa que realmente entra na história, você chegará a sentir as dores de Richard e odiar a falta de humanidade da personagem fortemente. Contudo, assim como nosso herói, depois de alguns capítulos, passamos a entender Denna, e a perceber que “ela não pode ser nem menos, nem mais do que ela é.”. E ela é uma Mord’Sith, treinada para causar uma dor que ela conhece muito bem, pois é através dessa dor que essas garotas inocentes são “quebradas” ainda muito novas para se transformarem na guarda de Elite do Lord Rahl.

Inevitavelmente, no decorrer da história acabamos percebendo que Denna é muito mais do que ela própria pensa ser, e a personagem – ressalto, no livro – se mostra uma peça chave na evolução e autoconhecimento de Richard Cypher, não somente nos dois primeiros livros onde ela aparece, mas posteriormente também, já que uma mulher como Denna é alguém para se temer, mas nunca para se esquecer, e Richard entende bem isso.

O final de Denna, na saga Sword of Truth é digno e surpreendente, e é desse aspecto que eu particularmente sinto mais falta na Denna de Legend of the Seeker. A Denna trazida à TV sofreu uma distorção enorme em sua história, e embora isso até seja compreensível pelo fato do show ser apenas baseado, e não uma cópia fiel dos livros, foi algo bastante prejudicial à grandeza que a personagem poderia alcançar.

Mas seja a bitch sem escrúpulos trazida na série, ou a honrada Mord’Sith dos livros, Denna é uma personagem memorável que vale a pena conhecer. Quem tiver interesse, permitam-se entrar no Seekerverse através da TV ou dos livros e conhecer também outros personagens fascinantes assim como Denna.

Agradeço a atenção dos leitores e o espaço cedido pelo grande amigo Alessandro. No mês que vem ele está de volta com uma bitch que causa tanto arrepios quanto gargalhadas, e que assim como Denna, nós amamos tanto quanto odiamos!
Ah, e não se esqueçam! Comentem! Vocês não gostariam de ver a Denna chateada pela falta de comentários, gostariam?

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