Pedro Henrique, o grande guerreiro do Xenaverse

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Por Robson Cardoso dos Santos.

Olá, xenites! Esta é minha estreia como colunista fixo da sessão de Entrevistas da Revista Xenite. E como eu não poderia deixar de ter uma entrada (sem subtexto) triunfal, resolvi chamar para colocar a boca no meu microfone (sem subtexto de novo!) o meu grande amigo do fandom, Pedro Henrique!

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Então, vamos lá, Pedro!

  1. Sabemos que você é um xenite da Era USA Channel. De lá até hoje, houve alguma época em que você meio que “distanciou-se” de XWP? Se sim, a que deveu-se esse hiato?

Sim, eu sou e fico feliz de ter crescido assistindo Xena no USA. Em meados de 2003, quando o USA parou de reprisar da terceira temporada até a sexta e tirou a série da grade, eu parei de assistir, embora tivesse gravado episódios de lá em algumas fitas, fiquei um tempo distanciado da série. Acho que o fator determinante para que isso ocorresse foi que nesse ano e depois conheci outras séries, como Smallville, Friends e Charmed. Séries que me atraíram muito depois de Xena. E embora eu tenha me afastado um pouquinho da Princesa Guerreira, sempre assistia, uma vez ou outra, episódios clássicos como Maternal Instincts, Sacrifice 1 e 2, Between the Lines, The Ides of March, Chakram, Looking Death in the Eye, Lívia, Eve, Motherhood, metade da sexta temporada e A Friend In Need, todos gravados na época do USA. Meu fanatismo voltou com força total quando descobri através da comunidade do Orkut que a nossa Princesa Guerreira estaria de volta na Rede Record, precisamente em 5 de fevereiro de 2006 às 14h00.

2- Que personagem da série você gostaria de ter interpretado o papel por um episódio?
Eu gostaria de ter interpretado o Lyceus! Irmão da Xena morto em Corinto. Porque é a personagem que mais me identifico da série, a que mais gosto, a que idolatro e o Lyceus é o que mais se aproxima dela e também porque o pouco que mostraram da personagem, dava para perceber que era uma personagem bem interessante.

3- Você acha que a série precisava de mais episódios futuristas? Por quê?
Honestamente? Eu acho que a série teve até demais. Eu, particularmente, não gosto de quase nenhum. Gosto de The Xena Scrolls, Send in the Clones e olhe lá. Eu realmente não gosto dos outros.

4- Já viciou alguém em Xena? De que modo?
Já sim. Três amigos meu. No ensino médio, andávamos sempre juntos e comentávamos sobre diversas coisas. Quando começou a passar Xena na Record, eu fiz com que todos assistissem e eles acabaram viciando tanto quanto eu. Até comentávamos na aula do dia seguinte o que tinha acontecido.

5- Que inimigos do Batman seriam uma verdadeira pedra na bota de Xena? Por quê?
Acho que o mais complicadinho seria o Coringa. Por quê? Se você assistiu Batman, O Cavaleiro das Trevas, deve ter uma idéia da insanidade que corrompe aquele vilão. Ele é tão louco, ou mais, quanto a própria Callisto. E ambos sabemos que esta última causou na vida da Princesa Guerreira. Os outros vilões do Batman, Xena pisaria com a maior facilidade do mundo, assim como o próprio Batman.

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6- Você sempre consegue distinguir que Renée O’Connor tem olhos verdes?
Novamente, tenho que ser honesto. Eu geralmente não reparo. 

7- Como muitos xenites, você também é fã de The Legend of the Seeker. Que pontos em comum, além da parte técnica, você vê entre XWP e LotS?
Qualquer um que já tenha assistido Legend of the Seeker e Xena: Warrior Princess, seja esta pessoa fã ou não, percebe facilmente as semelhanças. Tanto na psique dos personagens, quanto na relação que desenvolvem entre si. Posso citar Richard e Kahlan e comparar amplamente com Xena e Gabrielle. Ambos estão dispostos a dar a vida pelo outro e só nisso já sai uma comparação.
A personalidade do Richard é idêntica à personalidade da Gabrielle, já a Kahlan, sempre mais parecida com a Xena e, recentemente a Cara, que também é super parecida com a Xena. Nos trejeitos, nas opiniões e, de vez em quando, até nas técnicas de luta. 
Lembram quando Xena descobriu que Hope era um ser maligno? Ela quis matar a filha da Gabrielle de qualquer forma. Estava disposta a matá-la pelo bem comum. Podemos comparar isso com a Kahlan em Broken, da segunda temporada de Legend of the Seeker, onde a Confessora Anabelle confessa o Richard, arriscando pôr em cheque a missão do portador da espada da verdade. Kahlan estava disposta a sacrificar a última confessora além dela em prol do bem comum. Sacrificar alguém em prol do bem maior,  Xena e Kahlan sempre estão dispostas, mas Richard e Gabrielle não desistem até perceberem que não há outra saída.

8- Que outra série você acha que se firma ao lado de XWP como cult dos anos 90? Por quê?
Buffy: The Vampire Slayer. Porque da mesma forma que Xena inovou em inúmeros sentidos, Buffy também teve seu mérito. Abriu portas para futuros seriados que abordassem fatos sobrenaturais, e foi, de fato, a pioneira nesse sentido, além de abordar a adolescência e a vida da maneira como realmente são. Sem dúvidas, Xena e Buffy foram as duas maiores heroínas dos anos 90 e, uma opinião que eu sempre guardo comigo, e acredito que o Rob e qualquer outro que já viu as duas séries inteiras concordarão comigo, é que elas não são só as maiores heroínas dos anos 90, e sim as maiores heroínas. Embora todas as outras que vieram antes ou depois tenham seu mérito, eu acho que elas estão sempre no topo e, atualmente, as mulheres que vêm conquistando esse posto, eu diria que são Cara e Kahlan, mas isso é apenas eu rasgando seda para os criadores de Xena e Gabrielle.

9- Você acha que precisaria de uma pessoa como Xena ou como Gabrielle na sua vida? Para quê?
Alguém que penetrasse tão profundamente em nossa alma que descobriria algo que valesse a pena morrer? Se for nesse sentido, sim. Acredito que é, de fato, o que todos nós buscamos e sem isso, somos quartos úmidos e vazios. Sem isso, estaríamos mortos.
No sentido de nos proteger, acho que todos precisam. Na verdade, todos temos aquela pessoa que nos faz sentir seguro e sem elas, não podemos seguir. Pode ser um pai, uma mãe, uma tia. Toda forma de amor é válido para se sentir seguro, para ter um herói.

10- Como conciliar a paixão por XWP com uma pessoa que você namora e que detesta a série?
Simples: precisamos estabelecer limites e, antes de tudo, tem que haver respeito. A pessoa que eu namoro não tem a obrigação de gostar das mesmas coisas que eu, mas tem a obrigação de respeitar e também, tem que estar disposta a compartilhar comigo, da mesma forma que eu compartilharia algo que eu não goste com ela. Em suma, temos que superar as diferenças para estar em pé de igualdade.

11- Dentre as crenças espirituais da série, qual é a mais forte para você?
O fato delas serem alma-gêmea, com certeza. Tem algo mais bonito do que saber que alguém está destinado a você, em todas as vidas passadas e futuras? E que você SEMPRE vai percorrer caminhos com ela? Se tem algo mais lindo do que isso, me conte, pois eu não sei. Talvez seja a maior demonstração de amor que o ser humano é capaz de receber.

12- Qual personagem você acha que teria merecido maior abordagem? Por quê?
Velasca, rainha das amazonas. Sempre me perguntei por que Tapert e Cia não exploraram melhor uma Nemesis da Gabrielle. Seria no mínimo interessante conhecer o passado da personagem e como ela lidaria com sua inimizade com a Gabrielle no futuro.

13- Com quais xenites você entraria numa sauna amazona para uma tarde de bate-papo?
Bom, eu realmente não gosto muito de sauna. Aquele ar quente me dá uma agonia do Hades. Mas eu tenho que ser educado e responder, porque estou falando no microfone do Robson (sem subtexto). Risos.
Bom, eu chamaria todo o fandom masculino para uma suruba discussão. Estou brincando, certo? Mas a ideia geral é essa. Todos os homens do fandom masculino.

14- Quais xenites você conhece pessoalmente? Como é a sensação de estar junto deles?
Andressa, Ruanna, Marina, Yannara, os amigos que converti, minha tia e só. Que eu me lembre agora e, em breve, conhecerei a Mary Stocks. A sensação é indescritível, é a mais positiva possível. Estar no meio de pessoas que te entendem, que gostam das mesmas coisas que você e que estão sempre dispostas a discutir sobre a série.

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15- Se XWP ainda estivesse ativa em 2010, você acha que o fandom seria maior ou a série teria seu público seleto das antigas?
Seria maior, com certeza. O mundo hoje em dia é do cinema e das séries. As pessoas cada vez mais estão ligadas em séries, então, acredito que o fandom seria maior hoje em dia.

16- Você trocaria sua vida urbana e moderna por uma rotina como a de Xena e Gabrielle? Por quê?
Trocaria, com certeza. Especialmente se eu tivesse a minha alma-gêmea ao lado. Viajar pelo mundo na maior tranqüilidade, conhecer lugares. Eu trocaria, principalmente, porque embora a vida urbana seja ótima, ela é muito estressante. É um sentimento de que todos estão competindo o tempo todo, lobos contra lobos, então, acho que seria mais interessante sair disso tudo e viver “em paz” com a pessoa que você ama.

17- Você tem uma katana, certo? Adquiriu-a apenas por causa de AFIN ou por admiração à arma?
Tenho, sim! Acho que pelos motivos. Primeiro porque Xena é uma série tão rica em todos os seus aspectos, que até nisso podemos aprender e conhecer mais um pouco. Durante 6 anos a série nos apresentou diversas armas e a Katana foi uma delas. Embora de origem japonesa, eu a conheci num seriado onde a protagonista era grega, então, foi pelos dois motivos. Acho as Katanas instrumentos lindíssimos e desde que vi o último episódio de Xena no USA, tive vontade de ter uma. E não pretendo parar por aí. Gostaria de ter sais e os dois Chakrans, vamos ver aonde isso vai me levar.

18- Podemos ver uma face roqueira em Xena em Lyre, Lyre, Hearts On Fire. De quais bandas você acha que ela seria fã atualmente?
Xena com certeza curtiria Metallica, Scorpions, Iron Maiden, talvez até Motorhead. Aquele couro preto nunca me enganou. hahahahaha

19- Se você perdesse um filho teu por negligência de sua alma-gêmea, como você reagiria?
Eu sentiria ódio. Mas com o tempo, me conhecendo, talvez eu pudesse perdoar porque no fundo eu sentiria que não foi de propósito. Mas isso é o que eu acho, apenas. Não tenho como dizer como reagiria.

20- Você encontrou Xena, ou Xena encontrou você? Explique.
Encontrei ela em 1996, no SBT, às 22h30 da noite nas quartas-feiras, inicialmente e posteriormente de segunda à sexta às 19h00 no USA, na Rua 13. Ambos exibiam a primeira temporada da série.
Minha história começou assim: eu sempre tive muita afinidade com a moça que trabalhava aqui em casa e, um belo dia, quando meu pai e minha mãe não estavam (isso foi numa quarta-feira à noite, apos “Alô, Cristina!”), ela me deixou ficar acordado até mais tarde e comecei a assistir Xena. Sins of the Past. Eu logo me encantei pela série e fui acompanhando. Não tanto porque minha mãe não gostava que eu dormisse tarde, considerando a minha idade à época, 6 anos. Até hoje ela detesta que eu durma tarde, mas tenho autonomia quanto a isso atualmente. Os movimentos, as armas, as atuações me fisgaram de primeira. Foi aí que eu me apaixonei pela série. Quando penso que não, uns dois meses depois, cheguei da escola e desci para brincar com os amigos e minha mãe me dá um grito “Pedro Henrique, suba aqui agora!” e eu falei comigo “Puts, to ferrado!”. Quando eu subi eu perguntei: “O que houve?” E ela tava vendo Hooves and Harlots, a cena que a Xena estava tentando convencer a Rainha Melosa a não fazer a guerra contra os centauros. A partir deste dia, eu passei a esquecer que tinha amigos e nesse horário, só Xena passava na televisão. Meu pai teve que pôr um ponto adicional para que nossos programas não conflitassem. Foi assim que meu amor foi só crescendo pela Princesa Guerreira.

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RX interviews…Renée O’Connor! [ENGLISH]

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Note from the editor: A special thanks to Desyrée Girão and Alessadro Chmiel! You made it possible guys!

 

 

Revista Xenite: One of the things that fans see as most admirable in you, Renée, is how much attention you offered and still does to the Xenaverse; how attentive you show yourself to the fans and the consideration to all your admirers, of the actress Renée and the “Gabrielle Renée”. After all these years, what does Xena – Warrior Princess mean to you and how much of Gabrielle remains on you?

Renée O’Connor: Xena was an incredible opportunity for me to see how powerful storytelling can unfold, from the concept, to the characters, to the love from the fans. I realize I was in the perfect place to see my own life story unfolding in getting the role that I needed at the time to mature personally and professionally. 

RX: Is there any possibility of your fans seeing you again in the fantasy gender, in a future role at Robert Tapert and Sam Raimi’s series, Spartacus and Legend of the Seeker? Is there any acting area or a kind of character you still want to explore?

ROC: I have not plans for visiting either show. I have been highly focused on developing my own projects. The acting projects I am interested in usually have complex characters who drive the story forward.

RX:In the promo of your new series, Ark, you have been shown in a lot of action scenes. We know that back in those “Xena days”, you used to practice kickboxing. And for playing Connie, did you make any sort of special preparation, like practicing any sort of martial art?

 ROC: I was practicing Tae Kwon Do at the time Ark was filmed. I have taken about a year off from training, as I spend more time on my projects right now.

RX: What is you major day-by-day inspiration? Even to compose a character, or to make a painting, whatever, what does stimulate Renée O’Connor?

 ROC: I live in the moment, follow my heart, and resist compromising my dreams. 

RX:You must know how important you are in our lives, how we think of you everyday as someone we would like to be. We, fans from Brazil, became mostly happy with your coming to our country. What did you think about Brazil and about the event with your fans? Do you have plans to visit Brazil any other times?

 ROC: Brazil is a beautiful country, in the scenery and the graciousness of its people. I do look forward to a return one day.

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RX interviews…Renée O’Connor!

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English Version

Olá, Xenites!

Quando Renée esteve no Brasil em Abril desse ano, eu pedi para a Desyrée que ela tentasse conseguir essa entrevista falando com a Michelle (agente da Renée). Tenho aqui milhares de agradecimentos a deixar para a Desy, por todo empenho e paciência! 

Meu segundo agradecimento aqui vai para o Alessandro Chmiel, que está sempre pronto pra traduzir toda entrevista internacional que aparece.

E por fim, deixo vocês com algumas palavras diretamente de Renée O’Connor para a Revista Xenite!

 

 

Revista Xenite: Uma das coisas que os fãs mais admiram em você, Renée, é quanta atenção que você ofereceu e ainda oferece ao Xenaverse; o quão atenciosa você mostra ser aos fãs e a consideração a todos os seus admiradores, da atriz Renée e da “Gabrielle Renée”. Depois de todos esses anos, o que Xena, a Princesa Guerreira significa para você e o quanto da Gabrielle permanece em você?

Renée O’Connor: Xena foi uma oportunidade incrível para mim, ver o quanto uma narrativa pode revelar-se com tamanho poder, desde a concepção da ideia, até os personagens, ao amor que vem dos fãs. Eu posso constatar que estava no lugar perfeito para ver minha própria história de vida se revelando ao conquistar o papel que eu precisava na época para amadurecer pessoalmente e profissionalmente.

RX: Existe alguma possibilidade de seus fãs conferirem você novamente em um gênero de fantasia, em um papel futuro nas séries de Robert Tapert e Sam Raimi, Spartacus Legend of the Seeker? Existe alguma área de atuação que você ainda deseja explorar?

ROC: Não tenho planos de visitar nenhum dos seriados. Tenho estado primordialmente focada em desenvolver meus próprios projetos. Os projetos de atuação que sou interessada normalmente contêm personagens complexas que movem a história para a frente.

RX:Na promo da sua nova série, Ark, você é mostrada em várias cenas de ação. Nós sabemos que, nos “tempos xenites”, você costumava praticar kickboxing. E para personificar Connie, você teve algum tipo de preparação especial, como praticar algum tipo de arte marcial?

ROC: Eu estava praticando Tae Kwon Do na época que Ark foi filmada. Estou cerca de um ano longe dos treinos, devido ao tempo que dispenso em meus projetos atualmente.

RX: Qual é a sua maior inspiração no dia-a-dia? Mesmo para compor uma personagem, ou pintar um quadro, seja o que for, o que estimula Renée O’Connor?

ROC: Eu vivo o momento, sigo meu coração, e resisto a abrir concessões aos meus sonhos.

RX: Você deve saber o quanto é importante nas nossas vidas, o quanto pensamos em você todos os dias como alguém que gostaríamos de ser. Nós, fãs do Brasil, ficamos muitíssimo felizes com a sua vinda ao nosso país. O que você achou do Brasil e do evento com seus fãs? Você tem planos de visitar o Brasil outra vez?

ROC: O Brasil é um país lindo, na vista e na benevolência das pessoas. Eu anseio por retornar um dia.

Obrigada!
Renée.

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O Advogado do Diabo está sendo interrogado!

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Olá, Xenites!
Andei um pouco sumida, né? Abandonei um pouco a RX e quero muito pedir desculpas a todos por isso. Neste mês, consegui uma entrevista com o nosso novo colunista que chegou a pouco tempo com sua coluna que já dá o que falar. Ele é o José Shion Nicholas, mais conhecido como Shion Malfoy, que escreve todo mês para a coluna 
Advogado do Diabo. Vamos conferir um pouco do seu universo Xenite!

L: Então Shion, como tudo começou? Como você conheceu Xena?

S: Bom, a primeira vez que vi alguma coisa relacionada à Xena eu ainda era pivetinho. Minha mãe assistia religiosamente à série, e certo dia eu parei na frente da TV na hora que Esperança saía do casulo, toda suja daquele grude. E aquilo ficou na minha cabeça. Mas não assisti mais, até quando voltou a passar na Record em 2006, quando me tornei fã de verdade.

 

 L: Sua mãe assistiu. Você acha que ela te influenciou de alguma forma a se tornar Xenite ?

 S: Não! Com certeza que não. Minha mãe nem lembra direito o nome dos personagens. Minha mãe não é mais tão assídua no quesito séries. Mas sempre que boto no DVD para rodar algum episódio, ela senta para assistir comigo…. Apesar de ela ter falado Escapelle, no lugar de Gabrielle!!!

L: O que te chamou a atenção no seriado?

S: Ah, adorei! Eu gosto de tudo nele. O conjunto de todos os elementos é que faz de XWP um seriado quase único. Ele reúne 
amor, paixão, ação, lutas, mortes, tristezas, mundo antigo. Eu adoro tudo isso, e acho que foi isso que mais me chamou a atenção: a união de todas as coisas em uma só.

 

L: E o seriado já te influenciou de alguma maneira?

S: Sim. O modo como ver a vida. Saber que posso pensar nos outros, e não só em mim. Saber que existe o amor. E aceitar as diferenças. Acho que se não fosse Xenite, eu seria bem diferente.

 

L:Como você se imagina, então, não sendo Xenite?

S: Muito idiota e descerebrado. Mas não muito, porque conheço pessoas que não são Xenites, mas são bem legais. Acho que teria uma cabeça mais limitada, não entenderia conceitos como o de amizade e amor.

 

L: No seu dia-a-dia, você lembra de Xena em alguma situação?

S: Quando eu olho para alguém que não gosto eu lembro e MUITO dela! Mas não só nisso. Lembro dela quando olho para meus amigos, e o que poderia fazer para vê-los felizes, para nos vermos amigos, pois faria qualquer coisa por eles. E também quando olho para minha melhor amiga, Thaysa, que também é Xenite!

 

L: Você já “converteu” alguém ao “Xenitismo”?

S: (risos) Não! Mais um dia eu consigo!!! Thaysa se tornou 
Xenite comigo, na mesma época, e acho que no mesmo dia até! 
Então não vale.

L: Então, você visita comunidades de Xena sempre ?

S: Não tinha esse costume, mas depois que conheci a comu de 
Xena – A Princesa Guerreira com hífen eu tenho me dedicado a participar mais.

L: Você já discutiu alguma vez por causa de Xena? Já fez alguma loucura pra ver o seriado ou por causa do seriado?

S: Ok! Discutir é uma prática que faço direto com a Thaysa!!! Não
chegamos a brigar, pelo menos não lembro de brigas. Mas sempre discordamos em alguma coisa na série. Eu sou muito crítico, e sempre procuro ver todos os ângulos. Por isso que em casos como da Akemi, se ela é culpada ou não, sempre estamos conversando e discordando.
Mas nunca cheguei a xingar alguém diretamente, ou bater por causa da Xena. A maioria não sabe que eu gosto de Xena até ver minhas comunidades do Orkut, mas ninguém chegou para mim ainda denegrindo ela. Mas minha reação seria de defender a Princesa Guerreira com unhas e dentes!
Agora, alguma loucura por causa do seriado… Poxa… acho que nenhuma. Quando passava na Record e ficava mudando de horário constantemente, eu saia como um louco da escola, doido para chegar logo em casa. Gastava meu dinheiro pagando passagem, podendo ir de carro com meu pai mais tarde, para chegar cedo e ainda assistir Xena. Acho que nunca fiz nenhuma loucura maior que essa!

 

L: Como você conheceu a RX?

 

S: Conheci através da comunidade do hífen. Tinha um tópico com 
um texto que a Ary tinha feito sobre “Como transformar alguém em Xenite”, ou alguma coisa assim. Aí entrei e adorei o texto. Depois 
vasculhei a revista todinha e achei a ideia muito legal. Nem acreditei 
que ela existia há quase um ano e eu estava alheio a isso tudo.
E foi quando senti vontade de escrever um texto relacionado a Xena e perguntei ao Rob e à Mary se podia ser colocado na RX e eles deixaram!

 

L: Qual texto?

S: Se chamava ‘Deixando saudades’.
Era uma crônica sobre como o fim do ensino médio e, consequentemente, da escola, tinha algo a ver com Xena. Consegui relacionar alguns personagens com alguns elementos que vai deixar muitas saudades para mim que estou passando por isso agora.
(L: link < http://revistaxenite.vndv.com/cronica21.html > )

 

L: Você conseguiu associar uma situação do seu dia-a-dia com 
XWP. Isso acontece sempre?

S: Sim. Acho que a todo momento eu vejo Xena! E eu não sou esquizofrênico, tá? (risos)

 

L: Você pode dar alguns exemplos?Além do assunto que você já tratou no seu texto?

S: Exemplo: minha mãe me educou bastante, sabe, e ela diz direto 
Que, quando chegar a hora de ir embora, cada um vai seguir seu 
caminho. Mas eu sei que ela está muito presa ainda aos filhos. 
Quando meus amigos roqueiros se juntam para sair, ela reclama, e eu 
sei que ela não gosta, por achar que eles vão fazer coisa errada, 
sendo que o máximo que vamos fazer é tomar um pouco de álcool. Isso me lembra os pais de Gabby totalmente contra a escolha da 
loirinha de correr o mundo com Xena. Para qualquer camponês que conheceu a história da Princesa Guerreira, não iria querer que sua filha saísse por aí com ela, mas Xena é tudo menos péssima influência. E meus amigos também não são. Entendeu?

 

L: Como surgiu a ideia de abrir uma coluna da RX?

S: Eu tinha acabado de baixar DestinyThe Quest e A Necessary 
Evil, da segunda temporada. Eu estava tão inspirado e tão crítico 
no momento que eu pensei: “Poxa! A Velasca não é tão má assim 
não, tem seus motivos e precisa de uma defesa”.

 

L: E, o que significa ser colunista da RX pra você? É importante?

S: É muito importante sim, para mim. Eu adoro fazer textos, escrever é 
uma paixão. E escrever sobre o que eu gosto é melhor ainda.

 

L:Você se indentifica com algum personagem do seriado?

S: Hum… deixa eu ver…. tenho um pouco das características de alguns personagens. Mas não sou inteiramente um ou outro.

 

L:Você gostaria de se parecer mais com algum personagem?
Tipo, um exemplo, ter a coragem de Xena ou a inspiração de Gabrielle?

S: Eu tenho os dois. A coragem de enfrentar o mundo, e a inspiração de escrever sobre ele. Mas não acho que seja completamente um ou outro. Eu não sou tão forte como a Xena, e nem tão “puro” como a Gabrielle. Muito menos tão idiota como o Joxer!

 

L: Você é um pouco de cada um então?

S: É! Podemos dizer que sim.

 

L: Você tem algum sonho Xenite? Por exemplo: Ir a uma con, ou conhecer alguém da série, ganhar algum presente da série?

S: Que sonho, meus deuses!!! Ir ao Xenacon, conhecer a LL, a ROC, conhecer o Karl Urban e a Claire (Stansfield). Se eu pudesse pelo menos chegar perto de algum deles, seria uma maravilha. Mas algum dia ainda se realiza.

 

L: Pode definir XENA em uma palavra?

S: WONDERFUL!!!

 

L:Você já realizou algum sonho Xenite que você já teve?

S:Nenhum!!! Inveja do Doug por aquele beijo que ele deu na ROC!!!

 

L: Que tipo de relacionamento você acha que mantinham X&G?

S: De amor, não é?!? Elas se amavam, isso é indiscutível.

 

L: Você é subber?

S: Não me considero. Acho que me encaixo mais como bitexter. Pois acredito que elas se amavam sim, que uma completava a outra, eram soulmates e tudo o mais. Isso é ser subber, né?

L: Acho que sim !

S: (risos) Tá! Então eu sou subber! Mas subber não é para quem acha que elas tinham relações, tipo de namorados?

L: Eu não sei.

S: (risos)

L: É complicado!

S: Com certeza.

L: Vamos deixar algum leitor responder!

S: É! Iniciar uma campanha: O Shion é ou não é? (risos)

 

L: (risos) Você tem alguma amizade virtual Xenite?

S: Com certeza. Depois que entrei para aquela comunidade, tenho conhecido pessoas bem legais. A Luana, que mora aqui também, a Nanda, a Thays que gosto demais, a Xeila… e até um amor apareceu, viu!

L: Sério? Você pode contar pra RX sobre isso?
S: Com certeza! Eu conheci ela na comunidade e confesso que amo ela de muiNtão mesmo. Assim mesmo: muiNtão! A Paloma me conquistou de um jeito que não consigo explicar. E mesmo a distância sendo grande, vamos tentar dar certo. Bom… eu espero que dê certo, com ajuda dos Deuses!!! EU TE AMO, PALOMA! Pronto falei!

L: Onw, q lindim!

S: (risos)

L: Muito tempo isso?

S: Não… Deve ter alguns meses.

L: Xena também foi seu cupido, né?

S: Para você ver! Se não fosse por Xena eu não iria conhecê-la! Ou pelo menos não desse jeito.

L: Xena te deu amigos e paixões, né?

S: E como me deu amigos. Não tem como não falar da Thaysa. Nós nos conhecemos por causa de Xena, no começo era tudo relacionado a ela. E a série ainda deu possibilidades para eu conhecer o íntimo dela, e hoje somos muito amigos mesmo. Além dos já citados, né: como a Thaysa, com quem ela já contou comigo nas horas ruins e tal.
E as paixões também. Adorei conhecer Paloma e, mais uma vez, 
realmente espero que dê certo!!!

 

L: Gostaria de mandar algum recado pra RX pros Xenites do mundo?

S: Posso?

L: Claro!
S: Xenites do meu Brasil e do mundo inteiro que lêem essa coluna agora: preservem o mundo e a paixão por essa série que arde dentro de vocês. Ela nunca vai acabar enquanto não acabar dentro de nós. E não percam a fé: um dia o filme chega!!!

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Alessandro, o escritor por trás do GP e do BP!

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Olá Xenites, 
Depois de dois meses sem entrevista, eu voltei! 
Este mês trago aqui a entrevista com nosso Xenite Alessandro, que recentemente escreveu uma monografia sobre Xena em sua faculdade. Ele conta um pouco sobre essa experiência e responde a perguntas sobre o xenaverse em geral.

 

 

Lucy: Olá Alessandro! Primeiramente vou começar lhe fazendo perguntas básicas. Como foi que você conheceu Xena?

Alessandro: Foi em meados de 2000. Já devo ter falado dessa experiência em uma crônica, mas posso contar outra vez sem problemas. Na época eu tinha 10 anos, e só conhecia XWP de uma época remota do SBT – quando eu não gostava do programa, por ela “sempre estar em lugares marrons” – e através do jogo de Playstation 1, que gostei muito. Meu pai tava zapeando os canais da SKY quando ele passa pelo canal mosaico, e as imagens de Xena movendo sua espada passavam na tela. Meu pai pulou o canal e eu berrei um “volta lá!” e pude ouvir “Xena, no USA”. Quando assisti pela primeira vez – por coincidência o episódio SINS OF THE PAST – me apaixonei na hora. Nascia a maior heroína da minha vida.

L:Acho que muitos de nós Xenites vimos que você apresentou um trabalho sobre XWP na faculdade…

A:Sim, sim, na verdade eu não apresentei, mas escrevi uma monografia envolvendo 
 tradução e XWP.
Recentemente eu encaminhei o trabalho para publicação, que deve estar impresso até o   final do ano.

L:Como surgiu essa ideia de fazer uma monografia de XWP?

A: A monografia era uma tarefa de avaliação final exigida para a cadeira de Tradução: Teoria e Técnica do curso de Letras – Bacharelado aqui da UFRGS, que forma tradutores e revisores. Escolhendo o tópico sobre intertextualidade – basicamente, a noção de que todo texto está sempre ligado a outro(s) texto(s) -, eu não havia escolhido trabalhar com XWP de primeira. Estava com a cabeça no filme A LIGA EXTRAORDINÁRIA, onde havia 8 personagens das literaturas britânica e americana na trama, e seria legal focar o diálogo e suas adaptações dos livros para o filme, dando conta do intertexto. O fato é que após ler 6 livros e meio para o projeto, quando reassisti o filme, não havia NADA com que eu pudesse trabalhar.
Faltava apenas uma semana, e o desespero bateu. Até que minha colega e amiga Vânia jogou essa: “Ah, Alê, faz sobre a Xena”. Eu ri, dizendo “Ah sim, claro, fazer sobre a Xena, imagina…”. O fato é que no dia seguinte, indo para a faculdade de ônibus e mais desesperado do que nunca, finalmente me dei conta de que a sugestão não era uma piada, e tinha MUITA coisa com que eu poderia trabalhar e um fator essencial ao mísero tempo que eu tinha nas mãos: eu não precisaria de uma pesquisa muito forte, porque eu já havia estudado por anos, afinal de contas! Após uma semana de trabalho árduo, com a ajuda de alguns Xenites – em especial a Mary Anne – eu consegui terminar.

L:Como você procurou Xena nesse trabalho?

A:Bom,tentei manter ao máximo o fator acadêmico – a seriedade do trabalho, centrando a pesquisa e os seus objetivos,  não dando ênfase à  grandiosidade do seriado -, mas o lado Xenite gritava mais forte aqui e ali. Eu precisei estudar as legendas amadoras e os trechos onde o seriado fazia alusões a obras exteriores, ou seja, incontáveis referências! 
Num primeiro momento, eu deveria criar uma parte introdutória para aqueles que não conhecessem a série, então dediquei um bom espaço do trabalho na apresentação da série e do quanto ela foi importante na cultura americana e mundial, inclusive.

L:De que forma a Mary te ajudou?

A: A ajuda da Mary Anne foi imprescindível, não somente nas dúvidas de última hora como na parte da pesquisa, na escolha dos trechos mais curiosos do roteiro, nas fontes, na   Enciclopédia Xenítica que eu nem sabia que existia, enfim, até mesmo tendo o nome  
dela online no meu MSN já me dava forças para fazer um trabalho digno de XENA.Acho que nunca disse isso pra ela, mas eu AMO TU, viu Mary Anne? Obrigado sempre.

L:Você teve que mostrar pontos negativos da série?

A:Ah sim, eu não deixei de falar nas restrições financeiras da Universal nem dos   “defeitos” especiais, mas eu tratei isso como mais um fator que contribuiu para toda  essa grandiosidade, uma vez que XENA vive até hoje mesmo não sendo a melhor obra  em termos de tecnologia etc.

L: Seu trabalho deve ter ficado ótimo. O que seus professores e colegas acharam dele?

A: Meu trabalho foi selecionado entre os 12 melhores, e isso me deixou muito contente. Dos meus colegas eu só recebi elogios, e alguns ficaram encantados com a conquista disso para mim e para a série como um todo. Eu nem me dei conta, no começo, de como isso poderia afetar de modo positivo o fandom brasileiro. Minha professora que orientou o trabalho, Patrícia Reuillard, deu todo o apoio para o projeto, mesmo quando precisei mudar o tópico de última hora. Lembro de ela perguntar se eu conseguiria arranjar tudo a tempo. Na hora eu devo ter dito algo como “Deixa comigo”, mas queria muito ter dito “Eu tenho muitas habilidades”, como todo Xenite que se preze.

L: Você deve ter ficado muito orgulhoso, com uma sensação de vitória por conseguir trazer pra dentro de sua faculdade uma paixão muitas vezes discriminada por pessoas que não conhecem a série. E você pelo que parece mostrou a importância e o que Xena representou na vida de muita gente…

A: Na verdade o trabalho foi feito individualmente e entregue à professora responsável por dar a nota final. Este trabalho só chegará às mãos dos outros colegas através da publicação, então não deu para “se gabar” muito. Mas eu jamais faria algo do tipo, tenho certeza que meu trabalho poderia ter sido ainda melhor e de que há trabalhos com tamanha ou maior qualidade. Assim que tiver publicado, será um prazer disponibilizá-lo para os Xenites brasileiros.
Quanto à sensação de vitória, logicamente foi gratificante ter alcançado uma boa nota  através de XENA, sem dúvida. Xena me salvou outra vez, é realmente minha eterna heroína.

L: Durante a vida, enquanto Xenite, você costuma ouvir comentários desagradáveis a respeito do seu gosto pela série?
A: E qual Xenite nunca ouviu? Eu cansei de brigar sério com amigos meus na escola, discutir com meu irmão e com estranhos a respeito do valor da série. Algo que acredito que quem gosta de verdade já teve de passar. Até pretendo, em breve, escrever uma crônica sobre sentir vergonha de gostar da série. Acho que os principais fatores que geram certo preconceito é a qualidade da série em termos de efeitos especiais como já dito, o tempo que a série foi produzida que faz muita gente dizer que XENA é uma série velha, e exponencialmente o fator de Xena & Gabrielle possuírem esse “algo a mais” na relação. Desse tipo de preconceito meus ouvidos já estão gastos, mas eu jamais vou baixar a cabeça para quem venha criticar XENA e qualquer um desses aspectos. Tudo e todos têm defeitos no fim das contas, e a maioria nunca assistiu XENA de verdade.

L:Que conselho você daria a outros Xenites que convivem com esse tipo de preconceito e costumam ouvir comentários maldosos em relação a série?

A: Não sei se sou bom em conselhos, mas sempre gosto de dar minha opinião. Acho que o Xenite que sofre algum tipo de comentário abusivo – assim como qualquer pessoa que goste de alguma coisa – deve buscar a verdade dentro de si, o que XENA representa para ele/ela no seu íntimo e no seu mundo. A melhor forma de defendermos XENA é mostrarmos nosso amor pela série sem medo de sofrer críticas. Eu sofri muito enquanto tive vergonha de admitir que XENA fosse a série da minha vida, mas a partir do momento em que confessei para mim mesmo a importância inigualável de XENA para mim, as pessoas ao meu redor começaram a tentar me compreender, a ouvir sobre XENA e a me admirar como fã, como Xenite. Adoro aquela comunidade do Orkut ASSUMA SEU AMOR POR XENA (< http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=21610116 >), eo título diz muito por si só.

L:O que mais te chama atenção na série?

A:Pergunta difícil e perigosa! Hum… Acredito que seja essa “coisa” (porque não sei definir exatamente o que é) que transcende a série como um programa de TV ou como um seriado de que a gente gosta. É essa “coisa” de ir além de uma história de aventura de uma guerreira em busca de redenção e sua amiga fiel. É algo que mexe lá dentro e que dá uma reviravolta na alma toda vez que o nome XENA aparece na minha cabeça. Talvez por isso seja tão difícil explicar o porquê gosto tanto de XENA para quem nunca viu. É algo intrínseco a quem assiste e reconhece os traços de valor no seriado, e que antes de conhecer o pessoal da comunidade jamais pensei que outra pessoa pudesse sentir. Pode ser que a melhor definição, entre as hipóteses, seja a capacidade que XWP tem de produzir esse arrepio desde 2000 até hoje. E quanta gente já me disse que isso era passageiro…

L:Você tem muitas coisas de Xena em casa?

A: Bom, eu tenho um quadro de Xena na parede do meu quarto, e os DVDs da primeira temporada lá na sala, bem como aquela edição de episódios de XENA e HÉRCULES da Universal. Eu tenho também uma caixa de XENA, onde guardo desde episódios em CD até revistas em quadrinhos, notícias, reportagens em outras revistas, imagens… Se o assunto for software, eu tenho uma pasta de muitos gigas contendo imagens, músicas e afins que nunca saem do meu PC.

L:Como é seu relacionamento familiar em relação a Xena?

A:A maioria realmente não dá bola, acha que é só mais uma das bobagens que eu gosto. Nos últimos tempos meu pai, minha madrasta e minha tia vem prestando mais atenção quando o assunto é XENA, mas é um longo processo.

L:Em que Xena mais marcou sua vida?

A:Uma das coisas que mais me marcou foi o fator identificação. Ao longo dos anos eu cada vez mais me enxergo através de Xena e Gabrielle, e esse reflexo permeia a minha vida como um todo. XENA moldou muito das minhas   atitudes e pensamentos, e não raro eu penso nelas como pessoas a se espelhar na hora de agir e tomar decisões. Se sou o que sou hoje, devo grande parte a Xena. E a Gabrielle, claro.

L: Então, pode-se dizer que Xena mudou sua vida! Certamente há um Alessandro antes e depois de Xena…

A:SEM DÚVIDA! Posso dizer com certeza mais que absoluta: eu não faço ideia de  quem seria hoje sem XENA.
Olha, o processo todo eu não vou contar porque está tudo na crônica que saiu na RX nº03, de agosto de 2008 (< http://revistaxenite.vndv.com/cronica5.html >). Mas respondendo objetivamente, acredito que eu sempre estive em busca de alguém em quem me espelhar, alguém completo como Xena foi para mim. Eu admirava muito quem lutava, sempre gostei especialmente de heroínas, pelo fato de serem mulheres que não se rebaixavam aos homens e podiam lidar de igual para igual com eles. Sempre me fascinei por esse lado Davi contra Golias, e quando criança – e mesmo hoje em certos momentos ainda – me sentia muito como Davi. Fiz a comparação agora, mas acho que posso me colocar no lugar do menino triste do episódio piloto, o qual Xena causou-lhe danos de início – quem leu a crônica entende – mas depois lhe leu de comer e alguma esperança nos trotes sobre Argo que se seguiram. Como Xena, tive todo um processo de Fênix, ou seja, um renascimento antes, durante e pós XENA. O melhor de tudo é que essa influência nunca terminou e volta e meia me surpreendo com alguma coisa da série.

L:Você sempre gostou de Xena na mesma intensidade? Desde 2000 até hoje?

A:XENA sempre foi forte em mim, sem dúvida, mas a intensidade varia como qualquer amor na vida. Hoje eu consigo viver plenamente uma época muito feliz com meu lado Xenite, em especial pela existência da RX, ideia DOS DEUSES que a Maryana Raposo teve. Preenche minha vida e prova que Xena VIVE.

L: “Hoje consigo viver vive plenamente uma época muito feliz…” Antes não vivia?

A:Quis dizer que hoje, depois de tanto tempo e tanto caminho andado junto de XENA, tenho outra percepção sobre o que ser Xenite significa. Ter orgulho, prezar o 
Bem Maior, lutar por um mundo mais justo, tudo que a série nos transmite.

 

L: Qual seu maior sonho em relação a Xena?

A:Conhecer Lucy Lawless e Renée O’Connor, claro! Também gostaria de conhecer  Robert Tapert e agradecê-los imensamente por terem mudado a minha vida e transformado-a em algo muito melhor.

L:O que você mais admira no fandom xenite?

A:O respeito, a união e a amizade que existe. Sinceramente, PRECISO falar mais 
alguma coisa sobre os Xenites?

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RX e CXG entrevistam… MaryD, a cabeça por trás do Ausxip

Comentários

Ok, pessoal, antes de começar essa entrevista há algumas coisas a serem explicadas. Ela é um pouco diferente das demais, porque se trata de uma parceria entre a Revista Xenite e o Canberra Xena Gang.

O CXG é um site, que assim como a RX, foi criado por fãs como uma maneira de manter vivo esse amor por Xena.

Alguns meses atrás, uma das responsáveis pelo site, a Leila, entrou em contato comigo nos parabenizando pela RX, e lançando uma proposta à mesa. Nós tínhamos acabado de levar ao ar uma entrevista com Lucia Nobrega, e eles haviam conseguido essa entrevista com a MaryD, as duas sendo figuras super famosas no fandom internacional e nacional.

Ocorreu, que resolvemos trocar figurinhas, fazendo um “empréstimo” de entrevistas.Vocês observarão abaixo que algumas perguntas abaixo foram feitas pela RX, as quais a Leila gentilmente levou até MaryD para que ela respondesse, e as demais, foram feitas pelo CXG, sendo traduzidas pela Leila para que pudéssemos publicá-las aqui.E o mesmo aconteceu com a nossa entrevista com a Lucia, fazendo com que fãs de fora do Brasil também pudessem apreciá-la.

Então é isso xenites, apreciem a entrevista e não deixem de prestigiar o website do Canberra Xena Gang, que assim como o nosso, é feita por xenites de grande responsabilidade, forjadas no calor da batalha e prontas para continuar batalhando com o objetivo de manter Xena viva no coração dos xenites!

—-

 

RX- Depois que Xena chegou ao fim, o que você fez ou faz para compensar a falta que ela faz? Assiste alguma outra série? Assiste reprises freqüentemente?
MaryD – Apenas continuei com o que eu já vinha fazendo há cinco anos (comecei a ver a série na metade da segunda temporada), isto é, montando o meu site e me aprofundando na série, e seguindo as carreiras da Lucy e da Renee. 
Infelizmente não tenho tempo para assistir os DVD’s do jeito que eu gostaria.  De vez em quando assisto um episódio na TV a cabo, pelo puro prazer de assistir Xena.J   Às vezes até parece um episódio novo, de tanto tempo que passou desde a última vez que vi.  É muito divertido!

RX- Você está acompanhando a produção mais recente de Tapert e Raimi – Legend of the Seeker. Acha que a série tem potencial pra  atingir o mesmo sucesso que Xena Warrior Princess atingiu?
MD – A série tem potencial.  Não sei se vai conseguir atingir o sucesso de XWP.  XWP foi uma série única, dessas que só aparecem a cada geração.  Tinha todos os elementos. Os planetas se alinharam e eles (os produtores) conseguiram os dois ingredientes que fizeram com que a série desse certo: Lucy e Renee.  Só o tempo dirá se LotS tem os mesmos ingredientes.  Parece ser boa.  Bridget Regan e Craig Horner são bons atores, mas temos que aguardar para ver.

RX- Em sua opinião, qual foi a “era de ouro” de Xena?  Em que  temporada a série teve o maior destaque e brilhou mais?
MD – Eu acho que todas as temporadas foram boas, exceto a quinta, que não deu muito certo, porque não se pode ter uma Princesa Guerreira grávida.  Minhas temporadas favoritas são a segunda, a primeira, a quarta, a terceira e a sexta, nesta ordem.  A quinta tem alguns bons episódios, geralmente os do início e os do fim são melhores do que os do meio.

RX-Quais seus sentimentos em relação ao “FIN”?
MD – “FIN”? O quê que é isso? Durante alguns anos após o término da série eu me recusei a assistir “FIN” pela segunda vez.  Tendo visto uma vez já era o suficiente.  Mas então decidi tentar novamente, quando a decepção pelo fim da série e pela forma com que ela terminou diminuiu um pouco.  Olhando objetivamente, eu diria que é uma boa história (exceto os últimos 10 minutos da segunda parte), embora tenha falhas enormes no enredo.  Mas é pura Xena.  É a história da Xena.  Não é o episódio de que menos gosto, nem o meu favorito. 

RX-Supondo que um milagre acontecesse, e um “Xena Movie” fosse lançado em breve, com o elenco original. Você iria preferir um filme que daria sequência ao final da série, ou uma história não ligada aos eventos de “A Friend in Need”.
MD – Eu preferiria um filme que consertasse “FIN”.  Ou seria melhor ainda se refizessem “FIN” e mudassem os 10 minutos finais.  Eu não creio que um filme da Xena com o elenco original venha a ser feito; esse navio já deixou o porto.  Será que vai haver um filme algum dia? Acho que sim, mas para mim não vai ser Xena.  Xena, para mim, é Lucy Lawless como Xena e Renee O’Connor como Gabrielle.

 

RX- Que episódio de Xena que menos gosta e episódio de Xena que mais gosta.
MD – Favoritos:  “When Fates Collide”/ “Destiny”/ “The Debt” (não tenho apenas um favorito, mas esses são excepcionais).  Os que eu menos gosto: “Purity” / “Back in the Bottle”.

RX- MaryD, todo o fandom brasileiro lhe parabeniza enormemente pelo trabalho e sucesso do Ausxip!
MD – Muito obrigada pelo seu interesse!

CXG – Quando e por que você resolveu criar um website da Xena? Quanto tempo passou desde que você teve a idéia e efetivamente criou o site e o colocou online?

MaryD –  Foi depois de assistir “Sins of the Past” na tv Australiana pela primeira vez.  Eu havia anteriormente assistido alguns episódios que me haviam sido enviados em vídeo.  Xero estava tentando fazer com que eu assistisse a série, então, quando eu concordei, ela me mandou “The Prodigal” e “The Titans”.  Eu detestei os dois.  Mas ela não desistiu e pediu-me para gravar “Sins” para ela.  Então, no dia 14 de dezembro de 1996, eu me sentei à frente da TV para garantir que estava gravando o programa certo e, após os primeiros 15 minutos, não consegui mais parar de ver.

Lugar certo, hora certa, personagem feminino forte.

Pesquisei na internet, achei alguns sites e tive a idéia de criar um site dedicado à Xena para “Aussies” e um local onde eu poderia colocar as minhas montagens/ “wallpapers”.  Na época eu estava fazendo montagens e “artwork” para o meu show favorito “Star Trek Deep Space Nine”.  Depois de assistir “Sins”, achei que seria muito legal fazer montagens para os episódios da série.  Eu trabalhei a idéia do site na minha cabeça durante um dia e, no dia seguinte, coloquei mãos à obra.  Em 15 de dezembro de 1996 nasceu o AUSXIP.

Daí, encontrei o “mailing list” do Xenaverse e alguns outros e juntei-me ao “fandom”.

http://www.ausxip.com/flashback/1996/index.html  )

Comentário da MaryD: Não é a primeiríssima página, mas algo como janeiro ou fevereiro de 1997. J   Era bem simples mesmo.

CXG – Já havia muitos sites da Xena na mesma época em que o AUSXIP foi criado?

MaryD – Na época, eu encontrei três sites muito bons:

Tom’s site – www.xenafan.com

Whoosh – www.whoosh.org

Logamanency – não tenho certeza do novo endereço.

CXG – A série estava passando na tv Australiana na época em que você criou o site?  Se não estava, como você soube de sua existência?

MaryD – Tecnicamente, não.  Vi os dois primeiros episódios em vídeo, e só quando assisti “Sins” na TV foi que comecei a gostar.  Vocês podem culpar minha amiga Xero por ter-me falado a respeito da série e ter sido persistente o bastante para fazer com que eu me interessasse por ela.

CXG – O AUSXIP teve sucesso instantâneo?  Algum dia você imaginou que o site teria o sucesso que tem hoje?

MaryD – Nada tem sucesso instantâneo. Mas também depende de como você avalia o sucesso.

Teve sucesso para mim porque eu estava sendo criativa.  Trabalhar com montagens e “artwork” me relaxa e permite que eu dirija a minha atenção para o que estou fazendo, em vez de ficar pensando no fato de que tive um dia ruim ou no idiota que me cortou no trânsito ou no que quer que tenha me chateado naquele dia.

Eu só queria fazer parte do fã-clube, trabalhar com a minha arte e me divertir.

Acho que nem pensei se o site estava tendo sucesso ou se algum dia seria muito conhecido.

CXG – Quão rápido foi o crescimento do AUSXIP?  Permita-nos fazer uma analogia: na primeira vez em que vemos a Gabrielle, ela era uma menina jovem e inocente, que sabia estar destinada a grandes empreendimentos, embora não soubesse exatamente que empreendimentos seriam esses.  Em suas viagens com a Xena ela floresceu, tornando-se a grande Barda Guerreira de Potedia.   Nós vemos o AUSXIP como a Barda Guerreira das páginas sobre a Xena na internet.  Então, será que você poderia nos dar uma idéia do que era o AUSXIP em sua fase de “jovem menina inocente” ?   Como eram as coisas no início?  O que havia no site?  Como você conseguia as informações?  

MaryD – É… essa é uma boa analogia. 

Bom, no início eram só as minhas montagens (a primeira que fiz foi a do episódio “A Solstice Carol”), novidades sobre a série na Austrália, alguns dados biográficos da Lucy e da Renee, algumas curiosidades sobre a série, algumas fotos e links para os melhores sites do Xenaverse.

Com o passar do tempo, foram sendo incluídas “fanfiction”, notícias sobre a série em geral, trabalhos de outros artistas, “screen-captures”, comentários sobre os episódios, etc.  O site evoluiu e ainda continua evoluindo.  
(  http://www.ausxip.com/flashback/  )
Comentário da MaryD –  Se vocês derem uma olhada nesta parte do site, vocês podem ver a sua progressão.

CXG – Quantas horas por dia você passa trabalhando no site?
MaryD – Normalmente de duas a 3 horas.  Às vezes, mais.

CXG – Como você faz para dividir suas horas entre o site, seu trabalho, sua família e assim por diante?  Qual a sua profissão?  Você tem algum animal doméstico? Se tem, ele é tão treinado quanto o cão de “Old Ares”? 
MaryD – Eu trabalho como administradora de rede, faço desenho gráfico e webdesign.  Eu tenho uma gata e ela não é treinada .   Você não consegue treinar gatos, eles é que te treinam.  Ela me treinou bem para que eu pare o que quer que esteja fazendo e dê a ela o que ela quer.  Funciona direitinho.

CXG – Você conta com a ajuda de muitos amigos para lidar com os diversos setores do website, ou a maior parte é você mesma que faz?
MaryD – A maior parte sou eu que faço, normalmente. CindyT me ajuda na parte de desenhos e montagens de outros artistas.  E a Mesh cuida de tudo, quando eu saio de férias ou quando tenho que me ausentar por outro motivo qualquer.  A Mesh cuida dos downloads e temas para a página da Renee (ela redesenhou o site totalmente e ele está absolutamente magnífico).  Acho que é isso aí, no que concerne o staff do AUSXIP.
As pessoas que contribuem regularmente são fantásticas, porque eles me mandam artigos, scans, vídeos, “screen-captures”, notícias.  Eles são a espinha dorsal do AUSXIP, porque sem eles o site não seria o mesmo.

CXG – Você viveu o sonho de muitos Xenitas.  Conte-nos, então, como você se sentiu ao ser apresentada à Lucy e à Renee?  Como era o clima?  Fale-nos sobre suas “auras”.  
MaryD – Foi algo muito especial e pessoal para mim; e dizer isso não chega nem aos pés do que eu senti.  Vocês já tiveram aquela sensação de estar tão incrivelmente  feliz que seu coração parece querer pular do seu peito e sair dançando?  Pois é.  isso chega só um pouquinho perto do que eu estava sentindo.


CXG – Como você se envolveu com a “Subtext Virtual Seasons”?  Quem teve a idéia original?

MaryD – Judi Mair e Carol Stephens perguntaram se eu não queria fazer parte do pessoal de editoração . Depois me pediram para fazer as montagens para os títulos dos episódios juntamente com Calli e Judi.
Acho que Sue Beck (Swordnquil) foi quem teve a idéia de fazer a “Subtext Virtual Season”.


CXG – Se por acaso houvesse mais quatro temporadas de Xena, você acha que as histórias seriam parecidas com as das “Virtual Seasons”?  Você vai participar dos filmes que o pessoal das “Virtual Seasons” estão criando?

MaryD – Sim e sim. Missy Good é parte do nosso time de escritores e ela disse que teria sido parecido. Sim, eu vou participar dos filmes.

CXG – Você é tão criativa… Por que você não faz “music videos”?  Você já fez algum?
MaryD – Eu não tenho tempo.   Prefiro relaxar e curtir os vídeos feitos por esses incríveis artistas.  Existem artistas extremamente talentosos neste fandom e é realmente muito gratificante ver todos esses trabalhos de arte fantásticos serem criados. 

CXG – As pessoas fazem doações ao AUSXIP para mantê-lo funcionando?  Obviamente o site é muito popular e deve usar um bocado de bandwidth.  Você tem algum tipo de ajuda para custear isso?
MaryD – Não.  Sai do meu bolso.  E é mesmo; o site é um mega consumidor de bandwidth.  Gera por volta de 300-400Gb por mês.

CXG – Você lê fanfic? Qual é o seu gênero favorito?
MaryD – Não tanto quanto eu lia há uns tempos.  Meu gênero favorito é o clássico.  Também gosto de Ubers, mas têm que ser verdadeiros Ubers.

CXG – Quando que você teve a idéia de escrever “In the Blood of the Greeks”?  Como conseguiu que fosse publicado?  Você já teve algum outro livro publicado anteriormente?   Gostaria de continuar com a carreira de escritora?
MaryD –  Em fevereiro de 2000 a musa reapareceu e me atacou!  Eva e Zoe nasceram e o livro “In the Blood of the Greeks” foi terminado por volta de março/abril de 2000.  Fui contatada a respeito da publicação da história.  E aí pensei, que legal, seria muito legal, então segui em frente e o livro foi publicado.  
Eu já tive 10 histórias fanfic publicadas em uma fanzine (impressa) chamada “Eridani”, antes de entrar para o Xenaverse.  
Também publiquei um conto em uma revista aqui de Sydney nos anos 80.  E tive vários artigos (não-ficção) publicados por jornais locais.  
Eu escrevo desde os oito anos de idade, então um dos meus objetivos era publicar um livro.  Até agora tive três livros publicados da série Eva e Zoe, e mais dois ou três estão a caminho.

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RX interviews Adrienne Wilkinson

Comentários

 

Hello there, dear readers!

Before I let you check it out, I would like to pay my gratitude to Desyrée Girão, who intermediated this interview. Without her it would not be possible…This warrior will be always remembered by our staff, by her will-power in fighting for the xenites Brazilian ideals.

A second thanks I left to Alessandro Chmiel, the warrior translator which is always ready to hold the weapons – the dictionary – and come in to the battle. Alê, I know I almost killed you to pull it out on the schedule this month, but make sure that whenever I almost make you work to death, is for the greater good! Everything for the cause! Haha.

I have also to pay my thanks to the xenites that helped me to make this questions’ selection Adrianne gently answered, specially to her two big fans, Vivianni and Luna.

And finally, but not less important – much on the contrary – we thank to the such friendly Adrienne for her patience and care to us fans.

The fun follows below!

 

—-

1 – How did you start the acting career?

I had always been a dancer. When I was 17 I joined a theater group. My first week with the theater group I met a casting director who offered me a job on a soap opera in New York. While I didn’t take that job…the experience confirmed the fact that I loved acting and could realistically pursue acting as a career. A year later I moved to Los Angeles to pursue acting full time. 

2 – Your career is really diversified: dance, theater, cinema, TV and now video-games. What comes next? What is Adriane Wilkinson planning to her future?

Much more! I hope that you will see me in future film, television series, and many more projects. There are tons of new characters I would like to explore, many additional projects and so many new adventures I would like to have in my career. 

3 – You already worked dubbing in a lot of jobs as Star Wars: The Force Unleashed. What is best: working with dubbing or with acting as it is properly? 

Adrienne no jogo Star Wars: The Force Unleashed como Maris Brood

I’ve never done dubbing. (this is re-voicing a previously recorded role). In Star Wars: The Force Unleashed I was the full performance. I was one of 5 lead actors who’s work was recorded entirely in motion capture, on film and with voice recording. So in the game, I am Maris Brood – it is my voice, but also the character is actually me – physically and in the performance. Its an entirely new kind of technology we used. 

But yes, I have also voiced about 40 additional animated characters in other videogames and additional project. The great part about voice work is that you can play characters that you wouldn’t otherwise be able to on screen – any age, any ethnicity, any type. 

I love to do voice work – but working on screen is my favorite. 

4 – How was the invitation to participate on Xena, Warrior Princess? You were involved with another project, so how Xena came up in your life? 

I was involved in another project when Xena came along. It was a normal audition that landed me the job. At first I was able to do both jobs…but eventually Xena took up so much of my time that I had to choose. Acting is my first love, so I chose to continue my role on Xena. It was one of the best experiences of my life. 

5 – In the moment you would interpret Livia/Eve, you did know it was a great role, after all, it was the daughter of Xena. However, did you have any idea of the grandiosity of the role and about the series repercussion? How did your opinion regarding Xena change, I mean, how it was before, during and after the filming, how your own look of the show has been changed?

I knew very little about the role when I was hired. Production had intentionally mislead people on the details. It was only after I was hired and arrived in New Zealand that I was told I was playing the daughter of Xena. Also I was originally hired for only 3 episodes, but once they liked my performance, my role was expanded. 

I wasn’t very familiar with the show when I was hired. Working on it was one of my favorite experiences. And I look back on it fondly. 

6 – I believe it is a consensus among Xenites that you were wonderful playing Livia, and she was a greater character in fact. And regarding Eve there have been scenes such in “Coming Home”, with that delicious speaking (“You don’t want to make me angry”) and others that demonstrated a little of the old Livia inside her. How much of the warrior Livia was still in Eve exactly? Do you think it existed the possibility of, someday, Eve regress to fight as a warrior, but this time for the good? 

Livia was a great character, and it was wonderful to have such good feedback. I’ve always felt that he strength of Livia was still lurking inside of Eve, and that given enough time and discipline, she would have learned how to use all parts of her personality to fight for good. I always hated that she had become so meek, but I think she had to as she was so new to the transitions within her. 

8 – Did you feel comfortable about working with Lucy Lawless, Renée O’Connor and all those “veterans” when you first arrived in the set?

It was a wonderful cast to work with. Lucy and Renee are both spectacular. Love them so much. They taught me a ton and were great examples to follow. 

9 – The transformation of Livia-Eve must have been pretty difficult for you, as an actress. They were both the same person, and on the other hand with completely different personalities. How was your Eve’s construction, from the portrait you already had of Livia? There was some challenge regarding these such distinct emotions each part of this character had to cross through? Which was the part you liked the most to interpret?

I was hired to play Livia with no idea that ‘Eve’ existed. It was definitely difficult for me to switch personalities. I had so much fun playing Livia – and Eve was far more reserved. It was a great challenge to do justice to such a variety of characters.

10 – Another point of this transformation is that Livia was such a strong, determinate, fearless character, to summarize, an independent woman. But then the transformation happens and Eve is so emotional dependent, destitute. Did you want to put this in the character to make a difference between Eve and Livia, or do you think is was how Eve really was feeling after 25 years without a mother?

I think the answer is that it was a combination. Livia was fearless, but she also was never given the chance to show her vulnerability. I think the transformation back to Eve left her destitute and empty in many ways. She was re-experiencing a childhood she missed out on, and was slowly figuring out who she was, who she was becoming and just rebuilding her life. So yes, there had to be a major difference between the two characters to showcase the diversity of her life and experience. 

11 – There are three scenes that lights up a lot of doubts among XWP fans, I mean, there are more than that; but three in particular about the “involvement” that happens between Livia/Eve and Varia (Tsianina Joelson). The first one is that magnificent scene of Varia’s memory about Livia killing her sister in “Path of Vengeance”. You two were just amazing. But inside of Livia’s character’s perspective, do you have any explanation about why Livia did not kill Varia, neither made her a slave as with the other amazons? This is really a big curiosity.

I think that as as evil as Livia could be, she still had moments of humanity that appeared when she least expected. I also think she admired Varia. And I honestly don’t even think that Livia understands at that moment why she lets Varia go. In fact, she probably regrets it soon afterward. But I think that moment shows a spark of grace and reserve that you see fully realized when she becomes Eve. 

12 – The second scene is in “Coming Home”. In the beginning of the episode, it turns obvious that Varia had not knowledge Eve was actually Livia, but how about in Eve’s concern? Did you interpret as if she knew it or she was truly absent-minded about that amazon in particular?

I imagine Varia never expected to see Livia again, so seeing her out of context and in such an unexpected way probabaly didn’t register with her immediately. That or she may have just blocked it out for a while, as it was such a terrible memory for her. 

I also truly think that Livia has killed so many people that she doesn’t even remember the people she has hurt in her past. It is only when her memory is sparked that she puts the pieces together again. As opposed to absent minded, I just think her focus at that point in the story is so far from her past, that it takes more to connect the dots in her memory. 

13 – Another scene, also in “Coming Home”, was the scene in the cabin in which Varia and Eve show off to each other. What do you think they were trying to demonstrate? It was warrior’s proud, it was something sexual, what do you think it was?

While it was a bit sexy, the scene was all about showing off. It was about proving strength and superiority. It was bragging and topping the others accomplishments. I think anyone who shows confidence is sexy – so that scene shows off both characters and makes them appealing. 

114 – Just a few more words about “Path of Vengeance”. It was the second episode with you and Tsiana Joelson, it was her again, it was the amazons again, it was Eve having to confront against her past another time. Did she resolve her problems with Varia? Making a summary of you two in the episode, in a few words, it was: face slap – judgment – sentence – forgiven – hugging – and abandonment. Why was that?

Like many episodes I was part of, we filmed so much that ended up on the cutting room floor. Sadly there is so much great material, so many juicy scenes that were lost so that they would fit the time frame of an episode. Because of those edits, a lot of story has to be filtered down into just a few moments. I hated how much had to be cut out of Path of Vengeance. I wish we could see all of what was filmed. I agree that it seemed very hurried. Originally there was additional material that supported those story points, so they originally made more sense. 

15 – There was any other actor that, just as you did, made part of the cast only in the last two seasons of XWP which you identified to the most? Who would be that person and why this proximity?

In terms of actors who worked on the show in only the last two years….I would have to say Gregg Lee and I were hired at the same time, so we definitely bonded as we went through the experience of joining the cast together. Also Tsianina and I got along really well, and I loved working with her. 

16 – In another interview you said it was great to work with Tsianina Joelson and you had a lot of fun in the set. But you were playing characters with a very heavy history, a heavy emotional burden. Did you talk about that? I mean, what did you talk about, in the shooting breaks?

We absolutely talked in depth about our characters histories and how they would interact because of their past. But also on set we were working such long hours, that we loved just getting to know each other and hanging out with everyone on set between scenes. 

17 – Some fans will not forgive me if this question may not be made. Everyone in the series: you, Lucy Lawless, Renée O’Connor, Tsianina Joelson, Kevin Smith, and so on, all of you have a huge number of fans here in Brazil. Could you comment a little bit about working with them? Is that something you learned from them?

Sure, I learned something from every actor I worked with on the show. It was a lovely group full of such beautiful people. Lucy taught me about discipline on set – she was a great leader and always gave 100% and always had a great time too. Renee is incredibly generous as an actor – she is wonderful to work opposite of and she was a great example when learning fight scenes, Tsianina is a really joyful person who was so fun to work with- and also an amazing fighter. Kevin was one of the funniest people I’ve worked with. I worked with him a lot in my first couple of days, and he always made me comfortable, even when I was nervous. Ted was also so funny to be around, and he always told great stories. 

18 – One of the most interesting scenes was the one inside the temple in “Eve”, in the conversion from Livia to Eve. It is pretty dramatic, but did not end without being a little comic, in my opinion. We make jokes here, once in a while, that people need to “see the light”. Because you were Livia in a moment with the strength, the passion for power, blood thirst and fury, and the next second she (Livia) says: “What have I done?”. I mean, it is SUCH a dramatic transformation and it happened just with a light shine. When you read how the scene would be, how did you react? And how was your preparation to it?

You never know what a scene will look like with the special effects incorporated. But I knew it had the potential to be a really moving scene. While the transition could seem easy from the outside, the truth is that the light was just the beginning. The actual change came because of what the light showed to her. The history…her past, her heritage and what brought her into being. I think it allowed her to be vulnerable, or just reached places that she never allowed herself to examine. Seeing the truth so plainly is what allowed her to have a change of heart and to rediscover ‘Eve’. While from the outside it was just a moment…in the light it was her whole lifetime, and even before – her entire creation and history.

19 – Livia’s fashion plate was truly very beautiful: it was the cape, the armor that was very well elaborated and, of course, the helmet. Was it uncomfortable to acting in fight scenes dressing so many clothes? Were they a trouble in any scene?

I LOVED Livia’s wardrobe, but yes it was a pain. It took more than a 1/2 and hour just to get dressed because it was such a complicated costume. It also weighed about 15 pounds which made it harder to fight in. The cape was always in the way, but I always wanted to wear it because it was so dynamic on screen. 

20 – You did not like to see yourself on the screen. It remains until today, or it had change?

Its not that I don’t like it…its just a very strange experience. I never like to see something for the first time with an audience. I always prefer to see it by myself if possible. And I rarely watch anything multiple times. While I’m always proud of the work, I judge it harshly always looking for things I feel would make a performance even better. I’m a bit of a perfectionist. 

21 – Adrienne, what was your reaction when you first read the script of “You Are There”, with Eve showing a side of hers a little “unlike”?

I laughed out loud. I love that episode, and I was so excited to get to give Eve a bit of a backbone again. It was so much fun to film. 

22 – Livia called Gabrielle by “auntie Gabrielle”, but how do you believe Eve felt about Gabrielle? After all the time of acquaintance and episodes such as “Who is Gurkan”, “Haunted Amphipolis” and “Path of Vengeance”?

I wish the relationship between Eve and Gabrielle could have been explored more. I think it was a very complicated range of emotions they both felt. And I think they changed as time went on. I think at moments Eve loved Gabrielle, I think at moments she was jealous and at moments they were just trying to learn about and understand each other. 

23 – Even being a crucial character to the series, some XWP fans say that Eve just appeared in the show to spoil the Xena & Gabrielle’s relationship. What is your opinion about it?

I find it sad whenever anyone says that, because it means they missed a major theme of the show. The entire reason for Eve’s existence was that it was forcing Xena to relive her past again. It was in parallel with the major theme of the show…redemption. No matter how much Xena tried to be good, she had a past of evil that she was trying to overcome and reconcile. Watching her daughter relive her same history was a major lesson for Xena. I thought it was a beautifully crafted part of the show that allowed Xena to examine her life and how it effects all of those around her. The fact that she also dealt with daughter and relationship issues along the way just added another level to the show. 

24 – What’s your opinion about the so-called subtext in Xena Warrior Princess?

Some people see it plainly, and some people don’t see it at all. I think its all about perspective and what different audiences are examining more closely. I love that so many different types of people have such a connection to the show. So many people get different experiences and different emotional journeys while watching the same story. 

25 – What do you think of New Zealand? Do you miss it?

New Zealand is a wonderful country. I recommend that anyone who gets the chance to go – goes immediately. The people are so lovely and so nice to be around. And the country is one of the most beautiful places I’ve ever seen or ever been to. You can see so much in such a short amount of time. Beaches – white and black sand-, forests, cities, farms, caves, mountains…just about everything you could want to see is in this tiny little country. 

26 – How is your relationship with the fans when the subject is Livia/Eve? Not only XWP fans, but your own fans too, do they use to comment about this character? And about YOUR relation with the character, is there some aspect of her which you feel identification?

I think in general most fans of XWP loved Livia and liked Eve. And most fans of mine are also familiar with my work on XWP and love how different it is from anything else I’ve done. It was such a wonderful experience and I think that everyone can see how much joy it gave me, and what a diverse experience I had with the cast, crew, stunts and just learning to sink my teeth into such characters and events. 

27 – We just want to say how we appreciate the opportunity of interviewing you, how much we enjoyed your participation in XWP, and how kind you are to answer all of our questions. We, Xenites, wish only the best for you. So what are your future projects? Will you appear in another series, maybe movies, what do you have to tell us?

Of course, you’re welcome. Thank you for your interest, and thank you so much for continuing to follow my career. I have so many things that I hope to do in the future, and I am so lucky to have so many amazing fans, that keep up with me, and will hopefully follow me to new projects. 

I have a few new things in the works, but the most current one is Alpha Protocol a videogame that will be released this spring. I play Mina Tang the lead female. The game is similar to the Bourne Identity movies – international spys and poitical espionage etc. 

I will post more informaton on my other projects when I can. You can always visit www. adriennewilkinson. com and www. myspace. com/adriennewilkinson for the latest updates. I also want to mention that every year I host a charity auction where I donate all of my entertainment memorabilia to raise funds for families dealing with medical emergencies. I hope everyone will participate in those. Also, all merchandise sales from my website, go to support charity as well. My next auction will be in conjunction with ausxip. com in just a few weeks. I hope everyone will check it out and participate!

28 – When do you think you are going to attend another Xena Con? If there was a Xena Convention in Brazil, would you come to visit us?

Of course, I would love to attend an event in Brazil! I would jump at the chance. There are so many amazing fans from Brazil that I would love to meet in person. Xena conventions are so much fun, and the fans and cast always love them. I hope to see you all at one in the future!

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RX entrevista…. Adrienne Wilkinson

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English Version

Olá queridos leitores!

Mais uma vez estamos aqui trazendo pra vocês uma personalidade xenite internacional! Mês passado foi o queridíssimo Steven Sears, e agora em Abril trazemos para vocês algumas palavras de Adrienne Wilkinson, a eterna Livia/ Eve!

Antes de deixar vocês conferirem, eu gostaria aqui de prestar meus agradecimentos à Desyrée Girão, que intermediou essa entrevista. Sem ela isso não seria possível… Essa guerreira será sempre lembrada pela nossa equipe por suas força de vontade ao lutar pelos ideais xeníticos brasileiros.

Um segundo agradecimento eu deixo pro Alessandro Chmiel, o tradutor guerreiro que está sempre pronto pra empunhar as armas – o dicionário – e entrar na batalha. Alê, eu sei que esse mês eu quase te matei pra conseguir isso no prazo, mas saiba que sempre que eu quase te mato de trabalhar é pelo bem maior! Tudo pela causa! Haha.

Também tenho que agradecer aos xenites que me ajudaram a fazer essa seleção de perguntas que a Adrienne gentilmente respondeu, em especial às duas fãzonas dela, a Vivianni e a Luna.

E por último, mas não menos importante – muito pelo contrário – agradecemos a simpatissíssima Adrienne por sua paciência e atenção para com nós fãs.

 

Abaixo, segue a diversão!

—-

1 – Como você começou sua carreira de atriz?

Eu sempre fui uma dançarina. Quando tinha 17 anos eu entrei em um grupo de teatro. Em minha primeira semana com o grupo de teatro eu conheci um diretor de elenco que me ofereceu um trabalho em uma novela em Nova Iorque. Mesmo não tendo aceito esse trabalho… a experiência confirmou o fato de que eu adorava atuar e poderia realmente perseguir a carreira de atriz. Um ano mais tarde eu me mudei para Los Angeles para perseguir a carreira de atriz por tempo integral.

2 – Sua carreira é bastante diversificada: dança, teatro, cinema, TV e agora videogames. O que vem a seguir? O que Adrianne Wilkinson está planejando para seu futuro?

Muito mais! Eu espero que vocês me vejam em futuros filmes, séries de televisão e mais outros projetos. Há uma grande quantidade de novos personagens que eu gostaria de explorar, vários projetos adicionais e inúmeras novas aventuras que gostaria de ter em minha carreira. 

3 – Você já trabalhou como dubladora em muitos trabalhos, como “Star Wars: The Force Unleashed”. O que é melhor: trabalhar com dublagem ou com atuação propriamente dita?

Adrienne no jogo Star Wars: The Force Unleashed como Maris Brood

Eu nunca fiz dublagem. (Isso é pôr a voz sobre uma encenação previamente gravada). Em “Star Wars: The Force Unleashed”, eu fiz a performance total. Eu era uma dentre os 5 atores principais cujo trabalho era gravado inteiramente em Motion Capture(*também conhecido como Performance Animation – N.T.), na película e com gravação de voz. No jogo, eu sou Maris Brood – é a minha voz, mas a personagem também sou eu, na verdade – fisicamente e na performance. É um novo tipo de tecnologia inteiramente novo que usamos.

Mas sim, eu já dei voz também a cerca de 40 personagens adicionais de animação em outros videogames e projetos adicionais. O grande lance quanto ao trabalho de voz é que você pode interpretar personagens que não poderia, de outra maneira, ser capaz no cinema – qualquer idade, qualquer etnia, qualquer tipo.

Eu adoro fazer trabalhos de voz – mas trabalhar nas telas é meu ofício favorito.

4 – Como foi o convite para participar de “Xena, a Princesa Guerreira”? Você estava envolvida com outro projeto, então como “Xena” surgiu na sua vida?

Eu estava envolvida em outro projeto quando Xena surgiu. Foi um teste normal que me deu o trabalho. Num primeiro momento eu podia ter os dois trabalhos… mas logo Xena tomou tanto do meu tempo que eu tive que escolher. Atuar é meu primeiro amor, então escolhi continuar meu papel em Xena. Foi uma das melhores experiências da minha vida.

5 – No momento que você iria interpretar a Lívia/Eva, você sabia que seria um grande papel, até porque era a filha de Xena. Contudo, você tinha alguma idéia da grandiosidade do papel e da repercussão da série? Como sua opinião em relação a Xena mudou, quero dizer, como era antes, durante e depois das filmagens, como seu olhar pessoal sobre a série foi mudado?

Eu sabia muito pouco sobre o papel quando fui contratada. A produção deixava o pessoal intencionalmente às escuras quanto aos detalhes. Foi somente depois de ter sido contratada e chegado na Nova Zelândia que fui informada que faria o papel da filha de Xena. Também havia o fato de que eu fui originalmente contratada para apenas 3 episódios, mas uma vez que eles gostaram da minha performance, meu papel foi prolongado.

Eu não estava familiarizada com a série quando fui contratada. Trabalhar nela foi uma das minhas experiências favoritas. Eu olho para trás e enxergo tudo com carinho.

6 – Eu acredito que é um consenso entre os Xenites que você estava maravilhosa interpretando Lívia e que ela era, de fato, uma grande personagem. Em relação a Eva, houve cenas como em “Coming Home”, com aquela fala deliciosa (“Você não quer me deixar irritada”) e outras que demonstraram um pouco da velha Lívia dentro dela. Quanto exatamente da guerreira Lívia ainda estava dentro da Eva? Você acha que existia a possibilidade de, algum dia, Eva voltar a lutar como uma guerreira, mas desta vez pelo bem?

Lívia foi uma ótima personagem, e era maravilhoso ter tanto retorno positivo. Eu sempre senti que a força de Lívia ainda estava à espreita no íntimo de Eva, e dados tempo e disciplina suficientes, ela teria aprendido como usar todas as partes de sua personalidade para lutar pelo bem. Eu sempre odiei ela ter se tornado tão mansinha, mas eu acho que ela deveria sim, já que ela era tão nova perante as transições dentro dela.

8 – Você se sentiu confortável trabalhando com Lucy Lawless, Renée O’Connor e todos aqueles “veteranos” quando você recém chegou ao set de filmagem?

Foi um elenco maravilhoso de se ter trabalhado. Ambas Lucy e Renée são espetaculares. Eu as amo demais. Elas me ensinaram uma tonelada de coisas e foram grandes exemplos a ser seguidos.

9 – A transformação de Lívia-Eva deve ter sido bem difícil para você, como atriz. Elas eram a mesma pessoa, e por outro lado com personalidades completamente diferentes. Como foi sua construção da Eva, a partir do quadro que você já tinha de Lívia? Houve algum desafio em relação às emoções tão distintas que cada parte dessa personagem tinha que passar? Qual foi a parte que você mais gostou de interpretar?

Eu fui contratada para interpretar Lívia sem ideia alguma de que “Eva” existia. Foi definitivamente difícil mudar de personalidade para mim. Eu me divertia muito interpretando Lívia – e Eva era bem mais reservada. Foi um grande desafio fazer justiça a tamanha variação de personagens.

10 – Outro ponto dessa transformação é que Lívia era uma personagem tão forte, determinada, destemida, enfim, uma mulher independente. Mas aí ocorre a transformação e a Eva é tão dependente emocionalmente, carente. Você quis colocar isso na personagem para diferenciar a Eva da Lívia, ou você acha que era como a Eva realmente se sentia depois de 25 anos sem mãe?

Eu acho que a resposta é que isso foi uma combinação. Lívia era destemida, mas também ela nunca teve a chance de mostrar sua vulnerabilidade. Acho que a transformação de volta a Eva a deixou destituída e vazia em muitas maneiras. Ela estava revivendo uma infância que omitia, e lentamente se dando conta de quem ela era, de quem estava se tornando e apenas reconstruindo sua vida. Então sim, haveria de ter uma diferença maior entre as duas personagens para mostrar a diversidade da sua vida e experiência.

11 – Há três cenas que despertam muitas dúvidas nos fãs de XWP, quer dizer, há várias; mas três em especial sobre o “envolvimento” que ocorre entre a Lívia/Eva e a Vária (Tsianina Joelson). A primeira é aquela magnífica cena da lembrança da Vária sobre Lívia matar a irmã dela em “Path of Vengeance”. Vocês duas estavam ótimas. Mas dentro da perspectiva da personagem Lívia, você tem alguma explicação do porquê Lívia não matou a Vária, nem a fez de escrava como as outras amazonas?  Esta é realmente uma grande dúvida.

Eu acho que por mais malvada que a Lívia pudesse ser, ela ainda tinha momentos de humanidade que apareciam quando ela menos esperava. Eu penso também que ela admirava a Vária. E, honestamente, eu nem chego a pensar que Lívia entendesse, naquele momento, por quê deixou a Vária partir. Na verdade, ela provavelmente se arrependeu disso logo depois. Mas eu acho que aquele momento mostra uma centelha de circunspeção e graça divina que você vê totalmente concretizada quando ela se torna Eva.

12 – A segunda cena está em “Coming Home”. No começo do episódio, ficou óbvio que a Varia não tinha consciência de que a Eva era realmente a Lívia, mas e a Eva?  Você a interpretou como se ela soubesse ou ela estava realmente esquecida sobre aquela amazona em especial?

Eu imagino que a Vária nunca esperou ver a Lívia outra vez, então, vê-la fora de contexto e numa forma tão inesperada provavelmente não resgatou aquelas memórias imediatamente.  Ou foi isso, ou ela pode ter apenas bloqueado essa idéia por um momento, já que era uma memória bastante terrível para ela.

Eu também penso firmemente que a Lívia havia matado tanta gente que ela nem mesmo lembrava das pessoas que ela machucara no seu passado. É somente quando sua memória é acesa que ela junta as peças outra vez. Ao contrário de estar esquecida, eu apenas penso que a sua concentração naquele ponto da história estava tão distante de seu passado, que foi preciso mais para conectar os pontos na sua memória. 

13 – Outra cena, também de “Coming Home”, era a cena na cabana em que Vária e Eva se exibem uma para a outra. O que você acha que elas estavam tentando demonstrar? Era orgulho de guerreiras, era algo sensual, o que você acha que era?

Mesmo sendo um tanto sensual, a cena era acima de tudo sobre se exibirem. Era sobre provar força e superioridade. Era sobre se gabar e se elevar às habilidades da outra. Eu acho que qualquer um que mostra confiança é sexy – então essa exibiu ambas as personagens e as fez atraentes.

14 – Mais algumas palavras sobre “Path of Vengeance”. Foi o segundo episódio com você e a Tsianina Joelson, novamente ela, novamente as amazonas, novamente Eva tendo de se confrontar com seu passado.  Ela resolveu seus problemas com a Vária? Fazendo um resumo de vocês duas nele, em poucas palavras, foi: tapa na cara – julgamento – sentença – perdão – abraço – e abandono. Por quê?

Como muitos episódios de que fiz parte, nós filmamos tanto que acabou no andar da sala de cortes. É triste que haja tanto material de qualidade, tantas cenas interessantes que foram perdidas para que pudessem ajustar na estrutura do tempo de um episódio.  Por causa dessas edições, muito da história teve de ser filtrada em uns poucos momentos apenas. Eu odiei o quanto teve de ser cortado de Path of Vengeance. Eu queria que pudéssemos ver tudo o que foi filmado. Eu concordo que parecia muito apressado. No original, havia material adicional que sustentava esses pontos da história, então originalmente eles faziam mais sentido.

15 – Houve algum outro ator que, assim como você, integrou apenas o elenco das duas últimas temporadas de XWP com quem você mais se identificou? Quem seria e por quê dessa proximidade?

Em termos de atores que trabalharam na série só nos últimos dois anos… Eu diria que o Gregg Lee e eu fomos contratados no mesmo momento, então nós definitivamente criamos laços enquanto passávamos pela experiência de entrarmos juntos no elenco. Tsianina e eu nos demos muito bem também, e eu adorei trabalhar com ela.

16 – Em outra entrevista você disse que foi ótimo trabalhar com Tsianina Joelson e que vocês se divertiam muito nos sets. Mas vocês estavam interpretando personagens com uma história muito pesada, com uma carga emocional pesada. Vocês conversavam sobre isso? Digo, sobre o que vocês

conversavam, nos intervalos de filmagem?

Nós com certeza conversávamos a fundo sobre as histórias das nossas personagens e como elas iriam interagir por causa dos seus passados. Mas, também, nós trabalhávamos por tantas e longas horas no set, que adorávamos apenas conhecer uma a outra e nos divertir como todo mundo no set entre as cenas. 

17 – Alguns fãs não vão perdoar se essa pergunta não for feita. Todos da série: você, Lucy Lawless, Renée O’Connor, Tsianina Joelson, Kevin Smith, enfim, todos vocês tem inúmeros fãs aqui no Brasil. Será que você podia comentar um pouco sobre como foi trabalhar com eles? Teve algo que você aprendeu?

Claro, eu aprendi alguma coisa de cada ator com que contracenei na série. Era um grupo adorável cheio de pessoas tão bonitas. Lucy me ensinou sobre disciplina no set – ela era uma grande líder e sempre dava 100% de si, e sempre se divertia também. Renée é incrivelmente generosa como atriz – ela é maravilhosa de se trabalhar como antagonista e foi um grande exemplo ao aprender sobre as cenas de luta; Tsianina é uma pessoa muito alegre que era tão divertido de se trabalhar – e também era uma lutadora estupenda. Kevin foi uma das pessoas mais engraçadas com quem já trabalhei. Eu trabalhei bastante com ele nos meus primeiros dias, e ele sempre me deixava confortável, mesmo quando eu estava nervosa. O Ted também era tão engraçado de se estar perto, e ele sempre contava grandes histórias.

18 – Uma das cenas mais interessantes foi a do templo em “Eve”, na conversão de Lívia para Eva. Ela é bem dramática, mas não deixou de ser um pouco cômica, na minha opinião. Nós brincamos aqui que, de vez em quando, as pessoas precisam “ver a luz”. Porque você num instante era Lívia com a força, paixão pelo poder, sede de sangue e a fúria, e no outro ela (Lívia) diz: “What have I done?” (“O que foi que eu fiz?”). Quer dizer, é uma transformação TÃO dramática e aconteceu apenas com um raio de luz. Quando você leu como seria a cena, como você reagiu? E como foi sua preparação pra ela?

Você nunca sabe como uma cena vai parecer com os efeitos especiais incorporados. Mas eu sabia que tinha o potencial de ser uma cena comovente de verdade. Embora a transição pudesse parecer fácil do lado de fora, a verdade é que a luz era só o começo. A mudança real aconteceu pelo que a luz mostrou a ela.  A história… seu passado, sua herança e o que a levou a se tornar quem era. Eu acho que isso deu permissão para que ela ficasse vulnerável, ou que apenas alcançasse lugares que ela nunca permitira a si mesma a examinar. Enxergar a verdade tão claramente é o que permitiu que ela tivesse uma mudança no coração e redescobrisse a “Eva”. Enquanto do lado de fora isso foi apenas um momento… na luz aquilo foi, para ela, uma vida inteira, e ainda mais – toda sua criação e sua história.

19 – O figurino de Lívia era realmente muito lindo: tinha a capa, a armadura que era muito bem elaborada e, é claro, o capacete. Era desconfortável atuar as cenas de luta vestindo tantas roupas? Elas atrapalharam em alguma cena?

Eu ADORAVA o guarda-roupa da Lívia, mas sim, era um sofrimento. Levava mais de meia hora só para me vestir porque era um traje bastante complicado. Também pesava cerca de 7 quilos, o que tornava mais difícil de se lutar.  A capa sempre estava no caminho, mas eu sempre queria vesti-la porque ficava tão dinâmica na tela.

20 – Você não gostava de ver a si mesma na tela. Isso permanece assim, ou mudou?

Não é que eu não goste… foi apenas uma experiência muito estranha. Eu nunca gostei de ver alguma coisa pela primeira vez junto ao público. Eu sempre prefiro ver sozinha, se possível. E eu raramente assisto algo por várias vezes. Embora eu sempre fique orgulhosa quanto ao trabalho, eu o julgo com severidade sempre procurando por coisas que sinto que tornariam uma performance ainda melhor. Eu sou mesmo uma perfeccionista.

21 – Adrienne, qual a sua reação quando leu pela primeira vez o roteiro de “You Are There”, com Eva mostrando um lado um pouco “diferente”?

Eu ri pra caramba. Eu adoro aquele episódio, e estava tão empolgada em dar a Eva um pouco de sua espinha dorsal outra vez. Foi muito divertido de gravar.

22 – Lívia chamava Gabrielle de “auntie Gabrielle” (“tia Gabrielle”), mas como você acreditava que a Eva se sentia em relação a Gabrielle? Depois de todo aquele tempo de convivência e de episódios como “Who is Gurkhan”, “Haunted Amphipolis” e “Path of Vengeance”?

Eu queria que a relação entre Eva e Gabrielle pudesse ter sido mais explorada. Eu acho que era uma junção de emoções muito complicada que ambas sentiam. E eu acho que elas mudaram a medida que o tempo se passou. Acho que em alguns momentos Eva amava Gabrielle, acho que em alguns momentos ela tinha ciúmes e em outros momentos elas estavam apenas tentando aprender uma sobre a outra e entenderem uma a outra.

23 – Mesmo sendo uma personagem crucial para a série, alguns fãs de XWP afirmam que Eva apenas apareceu na série para estragar a relação Xena & Gabrielle. Qual sua opinião sobre isso?

Eu acho triste quando alguém diz isso, porque significa que eles perderam um tema fundamental da série. A razão absoluta para a existência de Eva era que isso forçaria Xena a reviver seu passado novamente. Era um paralelo com a principal temática do programa… redenção. Não importava o quanto Xena tentasse ser boa, ela tinha um passado de maldade que estava tentando superar e resignar-se dele. Assistir à sua filha reviver a mesma história que a sua foi uma imensa lição para Xena. Eu acho que foi uma parte lindamente elaborada da série que permitiu que Xena examinasse sua vida e como ela trouxe efeitos a todos ao seu redor. O fato de ela também lidar com sua filha e com as questões de relacionamento ao longo do percurso só adicionaram um outro nível à série.

24 – Qual sua opinião sobre o tão discutido subtexto em Xena – Princesa Guerreira?

Algumas pessoas enxergam isso com clareza, e outras não veem mesmo. Acho que é tudo questão de perspectiva e o que os diferentes públicos estão examinando mais de perto. Eu adoro que tantos tipos de pessoas tenham tanta ligação com o programa. Tantas pessoas tomam experiências diferentes e jornadas emocionais diferentes embora assistam a mesma história.

25 – O que você acha da Nova Zelândia? Você sente falta de lá?

Nova Zelândia é um país maravilhoso. Eu recomendo que qualquer um que tenha a chance de ir – vá imediatamente. As pessoas são tão adoráveis e tão legais de se estar junto. E o país é um dos lugares mais lindos que já vi ou já estive. Você pode ver tanto em tão pouco tempo. Praias – areias brancas e negras -, florestas, cidades, fazendas, cavernas, montanhas… quase como tudo o que você pudesse querer ver está nesse país pequenininho.

26 – Como é a sua relação com os fãs quando o assunto é Lívia/Eva? Não apenas os fãs de XWP, mas os seus próprios fãs também, eles comentam sobre essa sua personagem? E a SUA relação com a personagem, tem algum aspecto dela com o qual você se identifique?

Eu acho que, no geral, a maioria dos fãs de XWP amaram a Lívia e gostaram da Eva. E a maioria dos meus fãs também são familiarizados com meu trabalho em XWP e adoram o quão diferente ele é de tudo o que já fiz. Foi uma experiência tão maravilhosa e acho que todo mundo consegue ver quanta alegria ela me deu, e que tipo de experiência diversificada eu tive com o elenco, funcionários, dublês e aprendendo a me aprofundar em tais personagens e acontecimentos.

27 – Nós só queremos dizer o quanto estamos gratos pela oportunidade de lhe entrevistar, o quanto apreciamos sua participação em XWP, e quanta gentileza sua em responder todas as nossas perguntas. Nós, Xenites, desejamos apenas o melhor para você. Então, quais seus projetos futuros? Você aparecerá em outra série, talvez em filmes, o que você tem a nos dizer?

É claro, disponham sempre. Obrigada a vocês pelo interesse, e muito obrigada por continuarem a acompanhar minha carreira. Tenho tantas coisas que espero fazer no futuro, e tenho tanta sorte em ter tantos fãs maravilhosos, que estão juntos comigo, e que com esperança me acompanharão em novos projetos.

Eu tenho algumas coisas novas em andamento, mas o mais corrente é o Alpha Protocol, um videogame que será lançado nesta primavera (*Nosso outono – N.T.). Eu interpreto Mina Tang, a protagonista feminina. O jogo é similar aos filmes da sagaIdentidade Bourne – espiões internacionais e espionagem política etc.

Eu postarei mais informações sobre meus outros projetos quando puder. Vocês podem sempre visitar owww.adriennewilkinson.com e o www.myspace.com/adriennewilkinson para as atualizações mais recentes. Eu também gostaria de mencionar que todo ano eu organizo um leilão de caridade onde doo todas as minhas recordações de entretenimento para arrecadar fundos às famílias que lidam com emergências médicas. Espero que todos participem nesses leilões. Igualmente, todas as vendas de merchandising do meu website vão para dar assistência à caridade. Meu próximo leilão será em conjunto com a auxip.com dentro de poucas semanas. Espero que todos confiram e participem!

28 – Quando você acha que participará de outra Xena Con? Se houvesse uma Convenção de Xena no Brasil, você viria nos visitar?

É claro, eu adoraria estar presente em um evento no Brasil! Eu pegaria a chance avidamente. Há tantos fãs maravilhosos do Brasil que eu adoraria conhecer pessoalmente. As Convenções de Xena são tão divertidas, e os fãs e o elenco sempre adoram. Espero ver todos vocês em uma Convenção no futuro!


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RX interviews…. STEVEN L. SEARS!

Comentários

Mary: I would like to thanks Mr. Sears a lot for being so attentive and considerate with our questions! 

Steven: First, let me thank you for the opportunity to answer your questions. I apologize for how long it’s taken me to get through them, but I’ve been pretty busy for a while. Not to mention that we had yet another Xena convention here in L.A. and that takes a lot out of me!

I haven’t had a chance to go through and correct typos and such, so I apologize for the ones that are there (and I know they are!).  I also know that you will most likely be translating into Portuguese or Spanish, so hopefully the meaning or any English idioms will survive the translations.

With that, here are my answers: “

 

1 – One thing every fan have realized about you Steven, is how much you care about the show, how much you remember about the show after all these years. You are probably the biggest “xenite” among the XENA writers. So let me ask you, what does “Xena Warrior Princess” mean to you after all these years, not just writing stories for the show, but attending Xena Conventions and being part of Xenaverse?

I’ve worked on many different shows.  Some people think that my career began with Xena, but it didn’t.  I’d been working as a writer in Television for over ten years when Xena came along.  And every series is different. 

But the biggest thing about Xena, the thing that separates it from all the other series I’ve worked on, is the fans.  And though other series have had fans, I’ve never worked on a series that had such a devoted fan base as Xena. 

Xena fans appreciate the series; they appreciate the writing, the acting, the directing, the production and they recognize that there are actual people who brought that all about.  Most fans just pay attention to the actors and think the series begins and ends with them.   There is no way Xena would have been anywhere near the success it was without Lucy and Renee, but Xena fans understand it wouldn’t have been a success without everyone else working behind the scenes.  Those of use who produced the show appreciate the fact that WE are appreciated.

I enjoy the fans, I enjoy hanging out with them, I enjoy listening to them.  The vast majority of our fans are interesting, intelligent people who share a passion.  They come from all walks of life; all ages, all races; and you can find them worldwide.  I just enjoy their company! 

 

2 – A general impression we fans have – at least here in Brazil -, is that one of the characters you most care about is Gabrielle. What do you think about the character and her evolution through the show?

 

Early on, I attached myself to Gabrielle as I thought she was more than a side-kick.  Instead of her standing on the sidelines, I thought she should be her own character with equal participation in the series.  Yes, it was called Xena and it would always revolve around her, but Gabrielle, in my mind, was the most important component to Xena’s journey.  Just before Xena actually saw Gabrielle, she was ready to give it all up.  Xena was burying her weapons which, considering how many people wanted her dead, was her way of giving up on life.  But when she saw Gabrielle, and saw how Gabrielle was standing up to Draco’s men, something sparked in her and brought out that part of her that had long since been buried.  The part that could make a difference for good instead of evil.

I’m happy that I was an important part of Gabrielle’s evolution.  For me, Gabrielle’s journey was the heroic journey.  She voluntarily chose to walk from the light (her safe and secure home) into the dark (the evil of Xena’s world).  At first, it was because she was attracted to Xena and awed by her.  But, later, it was because she knew she was on a path to something.  She had to explore it.  She was part of a Greater Good and realized she had to play it out.

Up to the point that I left the show (midway through the fifth season) I was very happy with Gabrielle’s growth.  She had gone from simple peasant girl to somewhat of a warrior herself, but a warrior with a sense of right and wrong.  After I left, well, I can’t say too much about that because I truly haven’t seen any episodes since I left the series.

 

3 – What are your impressions about the new TV show, “Legend of the Seeker”? Do you think it will reach the same success as Xena had?

It’s still too early to say, but I don’t think it will reach the success of Xena.  And that doesn’t mean that it will fail.  Understand, very VERY few series have the kind of success Xena had.  The odds are just too much against it.  Xena has become a part of our pop culture.  Anytime you hear anything referenced as “Warrior Princess” or some variation, that was a result of Xena.

Seeker is a different story and told differently.  When we did Xena, we were very careful to correct people when they called us a “Sword and Sorcery” series.  We were sword, but definitely not sorcery (we had gods, but not magic).  However, Seeker is a true Sword and Sorcery series.  It doesn’t have the sense of humor Xena had, it’s much much more dramatic, and it has a different tone.  And, one thing other that Xena had was that it touched an empowerment chord among so many people.  Seeker has yet to do that.  And, in fact, Seeker may not be the kind of series that CAN do that.

Still, it has a great look.  I wish it success because I know so many people associate with it.

 

4 – The years have passed by and the hope (no pun intended) for a Xena Movie are not so strong anymore. If the studio decided to make a movie in 2009 and you were the chosen one to write it’s script, would you choose to write a story with Xena coming back to life or another story not connected with the AFIN events?

 

First, let me say that I’ve never been approached by anyone in regards to a Xena movie.  Not as a writer, producer or participant.  I’m not complaining, I’m just clarifying that I know just as little as anyone else about it. 

IF I was asked to write a script for a Xena movie, it would really depend on who was producing it and what they wanted.  But if it was left to me, I would pick up after AFIN and continue the mythology.  It’s not like we haven’t brought Xena back from the dead before, you know.  I have not seen AFIN so I can only go on what fans have told me.  But, according to what I have heard, there are still many unanswered questions and hanging threads.  If that’s true, then there is an opportunity to find yet another story to tell.

 

5 – What’s your favorite season of XENA and why?

Okay, best to understand that I don’t answer “favorite” questions.  It’s not that I have anything against them, I’m just not wired to think of things as “favorite”.  It really depends on my mood at any moment and what you mean by favorite.  People have asked me what my favorite episode is and I can’t answer that.  They all are my favorites depending on what you want to focus in on.  And even then.  So I could say first season because we were still exploring.  I could say third season because we took it in a direction most series wouldn’t dare touch.  But let’s just say I enjoyed all the seasons for different reasons.

 

 “…what Xena and Gabrielle were to each other isn’t just exclusive to fiction.”

6 – There’s all this thing about ubers and reincarnations of Xena and Gabrielle. Well, let’s suppose a couple in other series, books or movies, characters that are the reincarnations of Xena and Gabrielle. Which ones do you think they would be? (ex. Romeo and Juliet, Mulder and Scully, Will and Grace etc.).

It’s a good question.  All of those are good examples but none of them are perfect in my mind.  So I’ll go more philosophical and say that it’s Marilyn and Amanda.  Or George and Thomas.  Or Julie and Daniel.  It’s the regular person.  It’s not fictional people, it’s the day to day people I see who find a friend that is more than a friend.  It could be you and your best friend.  And that best friend could be your lover.  I’d like to think of it that way; that what Xena and Gabrielle were to each other isn’t just exclusive to fiction.

 

7 – And now, something all Brazilian fandom wants to know: would you attend a Xena Con in Brazil?

Well…..yeah.  I’d love to!  I’ve always wanted to visit Brazil and I ALWAYS like to meet fans and friends.  One thing I’ve always said about Xena is that wherever I travel in the world, as long as there is a television set in the country, I’ll have a friend there.  Brazil would be wonderful.  Anyone willing to take me around and show me the sights?

 

8 – What did you mean about “Them Bones, Them Bones” from Fifth Season? Does it have anything to do with Alice in Chains’ song?

The source of the title precedes Alice in Chains by many many years.  First, let me say that the final version of the episode “Them Bones” was a rewrite of my story.  I was already on my way off to my new series, so I wrote the story and it was taken by the Xena staff and, as was usual, rewritten for the series.  If I had been actively working on staff at that time (as I had been from the first season till then) I would have done all my own rewrites.  But I was already gone, so others handled it.  I’ve not seen the episode and I only read the rewritten script when it was sent to me.  So all I can respond to is the title.  The title came from the old old folksong called “Dem Bones” which described how the various bones connected to each other.  As a skeleton was going to be significant in the episode, the title seemed like a good one.  Although, to be honest, I can’t remember if I came up with the title or someone else on the staff did.

9 – We, Xenites to the bones, know deep in our hearts how we feel about the show, that is not a simple one, it’s an inside universe of our own. Can you explain if you felt or still feel about XENA this same strange and amazing way, the special emotion we got watching and living Xena’s adventures? How can you explain that?

I can state without any qualifications that I don’t feel the same way that the fans do toward the show.  Neither does anyone else who was connected with making the show.  It just has to do with the fact that we are so close to the show, so close to the making of it, that we can’t possibly feel the same way you do.

Put it this way: Let’s say you went to a magic show and the magician was so incredibly good that you were just completely blown away with his performance.  It affected you.  However, now consider the magician’s point of view.  Or that of his assistant.  They know how the illusions were made.  They also know all the OTHER choices they COULD have made to perform their magic.  They can’t be blown away or affected by it.  Their point of view and their reason for attachment to the magic show is different from the audience.

HOWEVER… what the magician is affected by is the response of the audience.  Same with me and the rest of us on the show.  The fan’s response gives us a sense of awe, satisfaction, appreciation, and thrill that you, the fan, will never understand.   Filmmakers, no matter who they are, try to put something of themselves in their work.  And something of their philosophies in their work.  The fact that Xena fans saw that and appreciated it was thrilling to us.  Still is.  We made you laugh, we made you cry, we made you feel and, more importantly, we made you feel connected to our series.  I can’t possibly describe how fulfilling that is. 

Every time I get a letter from someone describing how Xena has affected their lives for the better, I can’t help but feel that all over again.

 

10 – Did any of the actors oppose to their character’s storyline throughout the show?

Hmmm….. not that I really remember.  I mean there were comments here and there, but no one actually said that they had a huge problem with something.  I remember giving Danielle the choice of whether Ephiny died or was seriously wounded in Endgame, and she decided to go with the death because she didn’t feel her character had potential to grow (and, from her perspective, she wasn’t wrong in that thought).  But other than that, no.  Probably a better question for Rob Tapert since he got more of their response than I did.

 

11 – How did you use to get inspired while writing the scripts down?

Not sure what you mean.  Do you mean where did I get the ideas for stories or what did I use to keep me going during the writing process?  For the first question, I got my ideas from everywhere.  Life, news, notions, it’s just my way of looking at the world.  I can’t see things without asking a question about what I take for granted.  And, sometimes, it was Rob asking me to come up with a story about a specific thing.  For example, I had an idea I’d wanted to write about an orphaned child whose mother comes back to claim him even though she promised never to do that.  One day Rob said he’d played with the idea of Xena having a lost son.  I grabbed it and merged the ideas, creating “Orphan of War”.

Now as to being inspired WHILE writing the script, well, I’m a writer, so it’s what I do.  I don’t need to keep my inspiration going, it’s always there.  I do like to listen to music when I write.  In fact, Joe LoDuca’s music is a great background to my writing, even now.

 

12 – There’s any XENA’s episode you wrote which you dislike the most? Could you name one you were really proud of?

Again, this is like a “favorite” question.  I’m proud of all of them for various reasons.  And I have problems with all of them for various reasons.  Truly, the answer is that I am most proud of the ones that affected you the most in a positive way.

 

13 – Would you go on and try out more “taboo” issues if you were writing XENA in the present moment?

Sure.  One thing that Rob always impressed upon us was risk-taking.  No matter how bizarre the idea was, we’d explore it as a possible episode.  Some didn’t make it, most of them did.

 

14 – In the episode “Between the Lines”, we had Gabrielle’s style changing drastically, the whole path choice approach and the pre-confirmation of their death. Were you preparing the way for an impending Big Finale or spicing things up for a probable 5th season?

 

In “BTL”, I was exploring where I thought the characters would go in future incarnations of their characters.  The idea of reincarnation is that you have many lifetimes to reach ultimate fulfillment.  If you improve in one lifetime, you progress in the next one.  If you don’t, you fall back in the next one.  I wanted to show where Xena and Gabrielle would be assuming they were both progressing toward their fulfillment.  But, more importantly, I wanted to show that these two souls were intertwined for eternity.  No matter who they were in progressive lives, they were always connected and coming together.  Gabrielle’s progression was as a truly charismatic, kind and strong ruler.  Xena’s was as a pacifistic, realistic peacemaker.  Alti, on the other hand, had not progressed in her many incarnations and was just as evil as she had been generations ago.
The Finale and the fifth season weren’t really thoughts during my creation of the story.  But they both had to include elements I had created in BTL.

 

15 – Can you tell us about a tough experience or a ticklish situation back in those days?

Hmmm… not sure what you mean.  Nothing that really stands out.  I mean, it was a long stretch of time, with many experiences, but I can’t say there was any time when there was a particularly remarkable situation to deal with.  As I’ve said, I had dealt with TV production for eleven years before Xena.  There was little I hadn’t seen or dealt with already.

There was a situation dealing with a fan-run convention, though.  This convention was not licensed by Universal Studios, but it managed to get a lot of us to appear (Kevin Smith and Karl Urban’s first U.S. appearances, for example).  Up until that time, Universal had looked the other way when Fans wanted to have Xenafests (which was when several Xena fans got together at a restaurant, for example, and watched videos).  This was important because other studios, at that time, were sending cease and desist letters, threatening legal action if fans did anything like that.  But Universal was allowing it to happen for Xena fans.  However, this particular convention wanted to make a presentation of Xena items to the local Planet Hollywood restaurant (a restaurant with a TV/Film theme and museum).  Some of the guest actors would be the ones actually making the presentations.  Suddenly, Universal lawyers were getting involved threatening legal action. 

I was caught in the middle because I was a producer working for Universal but I was also a guest.  So, I contacted the studio lawyers and they explained to me that they didn’t want to shut down the convention; in fact they wanted it to go on.  What the problem was was that the presentation would, in fact, give the impression that Universal was involved in this convention and supported it.  That would create problems for the Studio.  Now, Universal had every legal right to shut down the convention completely, but that’s not what they wanted to do.  I give them full credit for being smart enough to realize it would only hurt the fans.  They just didn’t want the presentation to be made to Planet Hollywood.  I agreed with them and talked to the convention organizers.  One of them wasn’t happy with it and wanted to fight it, but in the end, the presentation was canceled and the convention when on as scheduled.  Again, I have to say that Universal handled themselves in a very good and considerate manner.

16 – If the other producers would get reunited to make some extra episodes of the show, would you collaborate?

Sure.  When do we start?

17 – Which aspect in the show calls your attention the most?

I’m not sure what you mean, so I can’t really answer that one.

 

18 – In your opinion, what is the main reason that XWP still makes so much success among people, bringing fans each day?

I think that many people are still attracted to the action, that’s a given. There are those who are also attracted to the sexuality of the leads and characters, that’s normal.  However, I think the long term reason these people become real fans is because the series was, at it’s core, about the relationship between two characters and the human stories they became involved with.  Character stories are timeless, people connect with them.  When we see action heroes, we tend to fantasize that we are like them.  But when we see stories about real people relating to each other with the joys and difficulties that we all experience, we connect to them.

And there’s also the fact that, I think, many can see the fun we actually had in making the episodes.  I mean, we’d do one episode dealing with very serious issues, then do a complete comedy where we just wanted to throw logic to the winds and have fun.  I think the audience appreciated that.  They still do. 

 

19– If you could rewrite AFIN, how would it be?

I’ve been asked this many times.  First, let me say that I was not there when it was discussed or plotted.  Also, I have not seen the episode, I’ve only heard fans talking about it.  I can’t question or second guess anything in the episode.  At the end of the day, Rob did what he felt was best for the series and, since without him there wouldn’t have been a Xena series, it’s hard to criticize him for his choices. 

The way I had always envisioned the ending was with a huge coming together of the armies of the world.  We had often referenced a battle of Corinth where the world changed; the Centaur and Amazon nations were fragmented, for example.  When Xena truly became the Destroyer of Nations.  So I had envisioned another such battle except this time for the future of the world.  At the heart of it, Xena would realize that the world need a Light to take them into the new world of peace and goodness. And that light was Gabrielle.  Therefore Xena would still have died, but would have died giving her last breath to insure that Gabrielle would take her place on the throne as the new Light.  In the final scene, I had always pictured Gabrielle literally on a Throne as the leaders of the nations bowed before her.  But, behind her, in a ghostly image, you would see Xena, her hand resting on Gabrielle’s shoulder, letting us know that her spirit would always be there for her.

That’s how I would have approached it.  So I, also, would have had Xena die.  But the reasons around it would have been different.

Is my idea better?  No.  It wasn’t done.  In fact, I never spoke to anyone about it while I was there.  AFIN is what Rob and RJ chose to do and I stand by that ending as the legitimate ending of the series, no matter what I would have done.

20 – Do you believe that a Seventh Season with other actresses in the main cast would be accepted by the fans?

Yes and no.  It would be, but understand that Xena has taken on a certain mystique because of the time between now and when it ended.  In many ways, it would be very difficult to live up to the old Xena series.  Keep in mind that much of Xena was NOT accepted by many of the fans even when we were on the air.  The series made a lot of changes and many fans left the show because they didn’t like the choices.  I will say that we would certainly get a lot of people to tune in for the first few episodes.  After that, no one knows.

21 – There is an eternal dispute among subtexters and non-subtexters about Xena and Gabrielle’s relationship, where there is no really strong arguments that can confirm one or another version. It is possible to, someday, establish a common sense about this relationship?

No.  Subtext and non-Subtext are not reconcilable.  The reason we have those two camps right now is because we walked a careful line between the two concepts without committing to one or the other.  Their relationship really does reflect what the individual fan wants to believe.  Now if you’re asking whether the question will every definitively be answered, not as long as there is no movie or continuing series.  Everyone has their interpretation and that’s a good thing.

22 – Which episode, in your opinion, represents in a general field, everything that XENA wanted to pass to the fans?

All of them.  (See? I told you I can’t answer those questions).  Just look at the entire series as being everything we wanted to pass on to the fans.

23 – If you could change something in some episode, which episode would it be and what would you change?

*sigh* See, these are the kinds of questions that I can’t really answer.  The process of turning a story into an episode involves so much change in the first place that I could go through each episode and tell you all the choices that weren’t made, all the compromises that had to be made, all the things that I wanted that were discarded, it’s just a natural part of the process.  I didn’t always get my way, neither did RJ or Rob.  Or any of us.  So, yes, I would change something in every episode.  But the audience never sees those choices, you only see the result of our choices.

 

 

24 – If you would synthesize XWP and the whole fandom in a sentence, what would it be?

A dysfunctional yet devoted family.

 

25 – Your point of view about the show, about the characters, surely changed a lot. In a certain way because they evolved a lot. Could you say in what manners this have changed for you? What was the way you saw the Xena and the Gabrielle on the First Season and how you become to see them as time was going forward? In what aspects it influenced you on your writing?

 

The characters were allowed to progress and change significantly from the first season.  I mean, the Gabrielle of Dreamworker is a far cry from the Gabrielle in Fallen Angel.  Now that doesn’t seem like that big a deal but you have to understand that until Xena came along, TV series were not allowed to significantly change their characters.  Yes, there was always a small character arc, but no where as drastic as what happened to Xena and Gabrielle.  The Networks didn’t want it because they wanted to be able to re-air the episodes in any order they wanted.  Well, that was hard to do with Xena because the characters showed such remarkable growth.

 

I’ve always been a fan of doing this and have been frustrated by the restrictions for most of my career (most people forget I had a very successful career even before Xena).  So I can’t say it affected my writing, but the change in attitude within the TV industry has allowed me to write the way I always wanted to.  To create characters who will change and evolve as time goes on.  To actually serialize a series (meaning that the series has to be viewed in a linear fashion, from beginning to end, just like reading a novel).

 

26 – You have always written episodes giving much eminence to Gabrielle’s character and how she was important to Xena’s character. What have called your attention the most in this character? Do you identifies yourself with her in some aspect? Why to always give eminence to her?

I love the psychology involved with Gabrielle’s awakening to the world around her.  There is something very childlike about her beginnings, and her growth reflects much of the growth we are all faced with in one way or another.  When we are children, we are told fantasy tales where choices are easy, good and bad are obvious, and happy endings are inevitable.  As we grow older, we are slapped in the face with reality.  Different people handle it differently.  But that is normal in the growth from childhood to adult.  Gabrielle was an adult when she left her village.  But her expectations about the world still relied on the fantasy stories she heard and told.   How she dealt with that made her the true hero in my mind.  She could have run back home at the first sign of danger, but she didn’t.  Look at the song “War/Peace” in The Bitter Suite.  What Gabrielle goes through at the beginning of that song describes the fantasy safety of staying at home.  Everything is perfect, every day, every day, if a bit boring.  That was where she came from.  But she chose not to stay there.  I wanted to chart her course into the real world.

 

 27 – Nowadays, do you regret writing some of the episodes? Is there any you definitely would delete from the series? If there is a yes, which one? Why? And what episode you liked the most to have written and why?

Another of those questions.  Can’t answer it.  Again, not because I won’t, but because I just can’t.  The series is what it is and I think it worked pretty well as it came out.  There are fans who, I’m sure, can answer that question and I’m sure their answers are absolutely correct… for them.

As for which episode I would have liked to have written most, I would say all of them.  And, since I did have a hand in all of them, I’m satisfied and proud with what the other writers did.

 

28 – What was the best thing that happened to you in the time you were working at the show?

 So many things.  Heck, financially it was great.  Creatively it was great.  But the best thing long term to have come out of it is that I have friends all over the world.  So the best thing that happened to me?  You.  The fans.

 

29 – How it was working with Lucy Lawless and Renée O’Connor? How often did they make their suggestions about the script?

 Lucy and Renee are great (did you expect any other answer? They are).  They come from different styles of acting, but the chemistry was right there for all to see.  It helped that they were also good friends from day one.

As far as how often they made suggestions to the scripts, not often at all.  They seemed to like the material we were giving them and we enjoyed seeing what they would do with it.  It was an upward spiral where we all tried to do better because we saw the quality of what we all brought to it.  So the suggestions they had weren’t that common and the ones they did make were almost always non-critical.  Just suggestion on how to make things better from their point of view.  We’d take their suggestions into consideration, just as we did from everyone involved in the show, and if they were good ones, we used them.

I do remember one time, during the filming of The Price, when Lucy called me from the set and had a question about the Horde warriors calling out for kaltaka (water).  She said “We’re filming next to a lake, there’s water all over the place!”  I laughed and told her that the Horde that were crying out had gut-wounds, which meant they were losing blood and fluids.  There have been many cases in history of wounded crying out for water during thunderstorms. It had little to do with just being thirsty.  When I explained that, she said “Ah, gotcha!” and that was that.

Again, that might be a good question for Rob as he was mostly working directly with Lucy and Renee.

 

30 – What was the moment you felt more emotional involved as a spectator?

Many times, but the one moment that always stays with me was in the Greater Good when Gabrielle takes her anger, frustration and grief by battering he staff against the tree.  I wrote that scene and many in the office didn’t like it, they said the audience wouldn’t get it.  I remember saying “Renee will get it and that’s what counts.”  She did and the result was wonderful.

 

 31 – Have you and the other producers any idea how you have influenced people around the world with the show?

Yes and no.  We understand it just by the fact that we have so many fans who tell us how they have been influenced and their lives have changed.  But, again like the magician, we can’t feel it like you can.  It’s a bit overwhelming for me, to be honest.  I’ve had so many people write me or come up to me and talk about how it’s changed their lives and I’m embarrassed and proud at the same time.

 

Pictures from: www.pondalee.com ( Pondalee Productions)

 

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RX entrevista…. STEVEN L. SEARS!

Comentários

 English version

SIM! Isso mesmo xenites do meu Brasil, a entrevista desse mês é com o nosso roteirista mais Gab-Cêntrico do xenaverse : Steven Sears!

Meus sinceros agradecimentos a esse grande homem, que embora seja uma pessoa super ocupada, tirou algumas horas para responder nossas perguntas numa entrevista exclusiva para os fãs brasileiros, sempre com uma simpatia e consideração rara!

Obrigada também aos xenites que ficaram sabendo da surpresa um pouco antes para que pudessem me ajudar, formulando perguntas!

E não menos importante, meu agradecimento ao Alessandro Chmiel que prestou seus serviços de tradutor!

——

Palavras do Alessandro:

Foi indescritível o prazer e a honra que senti ao traduzir as palavras do Sr. Sears. Espero ter feito o melhor que pude com a colaboração indispensável da Mary Anne. Para quem quiser conferir ou mesmo preferir a versão original, a entrevista em inglês encontra-se NESSE LINK.

—–

E agora, finalmente, com a palavra…Steven Sears:

“Primeiramente, permitam-me agradecê-los pela oportunidade de responder suas questões. Peço desculpas pela demora que levou até eu respondê-las, mas estive bastante ocupado por um tempo. Sem falar que nós tivemos outra Convenção de Xena aqui em L. A. e que exigiu muito de mim!
Eu não tive a chance de ir atrás e corrigir a digitação e coisas assim, então peço desculpas para aqueles que aí estão (e eu sei que estão!). Também sei que vocês certamente estarão traduzindo para português ou espanhol, então espero que os significados de quaisquer expressões do inglês sobrevivam às traduções.
Com isso, aqui vão minhas respostas”

1 – Uma coisa que cada fã pensa sobre você, Steven, é o quanto você importa-se com a série , o quanto você se lembra dela depois de todos esses anos. Você é provavelmente o maior “xenite” dentre os escritores de XENA. Então permita-me perguntar, o que “Xena Warrior Princess” representa para você depois de todos esses anos, não apenas escrevendo histórias para a série, mas comparecendo nas Convenções de Xena e fazendo parte do Xenaverse?

Eu trabalhei em muitos programas diferentes. Algumas pessoas pensam que minha carreira começou com Xena, mas não foi. Estive trabalhando como escritor na televisão por durante dez anos quando Xena surgiu. E cada seriado é diferente.
Mas a maior coisa sobre Xena, a coisa que a separa de todas as outras séries em que trabalhei, são os fãs. E ainda que outras séries tenham tido fãs, eu nunca trabalhei numa série que tenha uma base de fãs tão devota quanto Xena.
Os fãs de Xena estimam a série; eles estimam a escrita, a atuação, a direção, a produção e eles reconhecem que são pessoas reais que trouxeram isso tudo. A maior parte dos fãs apenas prestam atenção aos atores e pensam que a série começa e termina com eles. Não há possibilidade de Xena ter chegado a qualquer lugar perto do sucesso que chegou sem Lucy e Renée, mas os fãs de Xena entendem que não seria um sucesso sem todos os outros trabalhando por trás das câmeras. Aqueles de nós que produziram o programa estimam o fato de que NÓS somos estimados.
Eu gosto dos fãs, gosto de sair com eles, gosto de escutá-los.
A vasta maioria dos nossos fãs são pessoas interessantes, inteligentes, que dividem uma paixão. Eles vêm de todos os caminhos da vida; todas as idades, todas as raças; e você pode encontrá-los em todo o mundo. Eu simplesmente gosto da companhia deles!

2 – Uma impressão geral que nós, fãs, temos – ao menos aqui no Brasil -, é que um dos personagens que você mais se importa é Gabrielle. O que você pensa sobre a personagem e sua evolução ao longo do programa?

Desde cedo, eu me apeguei a Gabrielle quando pensei nela como sendo mais que uma ajudante. Ao invés de colocá-la em uma linha secundária, eu pensei que ela poderia ser sua própria personagem com igual participação na série. Sim, a série chamava-se Xena e giraria sempre ao redor dela, mas Gabrielle, na minha mente, era o componente mais importante na jornada de Xena. Justo antes de Xena ver Gabrielle de fato, ela estava pronta para jogar tudo para cima. Xena estava enterrando suas armas, o que, considerando quantas pessoas a queriam morta, era o seu modo de desistir da vida. Mas quando ela vê Gabrielle, e vê como Gabrielle estava resistindo aos homens de Draco, alguma coisa se acendeu dentro de Xena e trouxe para fora essa parte dela que há muito tempo havia sido enterrada.
Essa parte poderia fazer a diferença para o bem ao invés do mal.
Eu fico feliz de ter sido uma parte importante na evolução de Gabrielle. Para mim, a jornada de Gabrielle era a jornada heróica. Ela voluntariamente escolheu caminhar da luz (seu lar seguro e a salvo) para as trevas (a maldade do mundo de Xena). A princípio, foi porque ela era atraída por Xena e atemorizada por ela. Mas, depois, era porque ela sabia que estava no caminho de algo. Ela tinha que explorá-lo. Ela fazia parte de um Bem Maior e deu-se conta que deveria cumprir seu papel.
Naquele ponto em que deixei o programa (a meio do caminho durante a quinta temporada) eu estava muito feliz com o crescimento de Gabrielle. Ela foi de uma simples menina camponesa a algo como uma guerreira por si só, mas uma guerreira com senso de certo e errado. Depois que eu saí, bem, não posso dizer muita coisa porque eu realmente não assisti nenhum episódio desde que deixei a série.

3 – Quais suas impressões sobre o novo programa de TV, “Legend of the Seeker”? Você acha que alcançará o mesmo sucesso que Xena obteve?

Ainda é muito cedo para dizer, mas eu não acho que alcançará o sucesso de Xena. E isso não quer dizer que vai fracassar. Entendam, muito, MUITO poucas séries têm o tipo de sucesso que Xena teve. As chances são simplesmente grandes contra isso. Xena tornou-se uma parte da nossa cultura popular. Toda hora você ouve alguma coisa referenciada como “Warrior Princess” ou uma variação, isso foi um resultado de Xena.
Seeker é uma história diferente e contada de um jeito diferente. Quando fazíamos Xena, nós éramos muito cuidadosos para corrigir as pessoas quando nos chamavam de um seriado “Espada e Magia”. Nós éramos “espada”, mas definitivamente não éramos “magia” (nós tínhamos deuses, mas não magia). Entretanto, Seeker é uma verdadeira série de Espada e Magia. Não tem o senso de humor que Xena tinha, é muito, muito mais dramática, e tem um tom diferente. E, uma outra coisa que Xena tinha era que a série tocou e deu poder de voz entre tantas pessoas.
Seeker ainda tem que fazer isso. E, para dizer a verdade, Seeker pode não ser o tipo de série que POSSA fazer isso.
Ainda assim, a série tem um ótimo visual. Eu desejo que tenha sucesso porque conheço tanta gente associada a ela.

4 – Os anos se passaram e a esperança (nenhum trocadilho intencionado) para um Filme de Xena não é mais tão forte.  Se o estúdio decidisse fazer um filme em 2009 e você fosse o escolhido para escrever o roteiro, você escolheria escrever uma história com Xena voltando à vida ou outra história sem conexão com os eventos de AFIN?

Primeiro, permitam-me dizer que eu nunca fui abordado por ninguém em relação a um filme de Xena. Não como escritor, produtor ou participante. Não estou reclamando, estou apenas esclarecendo que eu sei tão pouco quanto qualquer um sabe sobre isso.
SE eu fosse solicitado a escrever um script para um filme de Xena, dependeria muito de quem estivesse produzindo e do que quisessem fazer. Mas se fosse deixado nas minhas mãos, eu pegaria depois de AFIN e continuaria a mitologia. Não é que já não tivéssemos trazido Xena de volta dos mortos antes, vocês sabem. Eu não assisti AFIN, então só posso seguir com o que os fãs disseram a mim. Mas, de acordo com o que ouvi, ainda há muitas perguntas não respondidas e linhas soltas. Se isso for verdade, então há uma oportunidade de encontrar uma outra história para contar.

5 – Qual sua temporada favorita de XENA e por que?

Ok, melhor entender que eu não respondo questões de “favoritos”. Não é que eu tenha qualquer coisa contra elas, apenas não sou ligado a pensar em coisas como “favoritas”. Isso depende mesmo do meu humor no momento e do que você se refere por favorito. As pessoas me perguntam qual é meu episódio favorito e eu não consigo responder. Eles todos são meus favoritos dependendo em quê você quer focar. E mesmo assim. Então eu diria a primeira temporada porque estávamos explorando ainda. Poderia dizer a terceira temporada porque a tomamos numa direção que a maior parte das séries não ousaria seguir. Mas vamos dizer apenas que eu gostei de todas as temporadas por diferentes razões.

6 – Há toda essa coisa sobre ubers e reencarnações de Xena e Gabrielle. Bem, vamos supor um casal em outros seriados, livros ou filmes, personagens que são reencarnações de Xena e Gabrielle. Qual deles você pensa que seria? (ex. Romeu e Julieta, Mulder e Scully, Will e Grace etc.).

É uma boa pergunta. Todos esses são bons exemplos, mas nenhum deles é perfeito em minha mente. Então eu iria para um lado mais filosófico e dizer que é Marilyn e Amanda. Ou George e Thomas. Ou Julie e Daniel. É a pessoa comum. Não são as pessoas ficcionais, são as pessoas que vejo do dia-a-dia que encontram um amigo que é mais que um amigo. Poderia ser você e seu melhor amigo. E esse melhor amigo poderia ser seu amante. Eu gosto de pensar nisso desse modo; que o que Xena e Gabrielle eram uma para a outra não é só exclusivo à ficção.

 

7 – E agora, uma coisa que todo fandom brasileiro quer saber: você participaria de uma Xena Con no Brasil?

Bom… sim. Eu adoraria! Eu sempre quis visitar o Brasil e eu SEMPRE gosto de encontrar fãs e amigos. Uma coisa que eu sempre disse sobre Xena é que para onde quer que eu viaje no mundo, desde que haja televisão estabelecida naquele país, eu encontrarei um amigo lá. O Brasil seria maravilhoso. Alguém deseja me levar para um passeio e me mostrar as paisagens?

8 – O que você quis dizer com “Them Bones, Them Bones” da quinta temporada? Tem algo a ver com a canção “Alice in Chains”?

A fonte do título precede Alice in Chains por muitos, muitos anos.
Primeiro, deixem-me dizer que a versão final do episódio “Them Bones” foi uma reescrita da minha história. Eu já estava no caminho de saída para minha nova série, então eu escrevi a história e ela foi tomada pelo pessoal de Xena e, como de praxe, reescrita para a série. Se eu estivesse trabalhando ativamente no grupo naquele tempo (como estive da primeira temporada até então) eu teria feito todas as minhas próprias reescritas. Mas eu já estava fora, então outros tomaram conta disso. Eu não assisti o episódio e somente li o script reescrito quando foi enviado a mim. Então tudo que posso responder é quanto ao título. O título veio de uma canção folclórica bem antiga chamada “Dem Bones” que descrevia como os vários ossos conectam-se uns aos outros. Como um esqueleto ia ser significativo no episódio, o título me pareceu um bom nome. Contudo, para ser honesto, não consigo lembrar se fui eu que sugeri o título ou outra pessoa do grupo que deu o nome.

9 – Nós, Xenites até os ossos, sabemos no fundo de nossos corações como nos sentimos em relação ao programa, que não é qualquer um, é um universo nosso e dentro de nós. Você pode explicar se você se sentiu ou ainda se sente dessa maneira estranha e incrível em relação a XENA, a emoção especial que temos assistindo e vivendo as aventuras de Xena? Como você explica isso?

Posso afirmar sem nenhuma qualificação que eu não sinto da mesma maneira que os fãs sentem em respeito ao programa. Nem qualquer um que estivesse conectado com a construção do programa. É que tem a ver com o fato de estarmos tão próximos do programa, tão perto da criação dele, que não há possibilidade de sentirmos do mesmo jeito que vocês.
Coloquemos dessa forma: vamos dizer que vocês foram a um show de mágica e o mágico era tão incrivelmente bom que vocês ficam completamente extasiados com sua performance. Isso afetou vocês. Entretanto, agora considerem o ponto de vista do mágico. Ou do seu assistente. Eles sabem como as ilusões são feitas. Eles também sabem todas as OUTRAS escolhas que PODERIAM ter feito na performance da mágica. Eles não podem ficar extasiados ou ser afetados por isso. O ponto de vista deles e sua razão para o vínculo com o show de mágica é diferente do público.
ENTRETANTO… o que o mágico é afetado é pela resposta do público. O mesmo é comigo e com o resto de nós no programa. A resposta dos fãs nos dá o sentimento de admiração, satisfação, apreço e vibração que vocês, os fãs, nunca entenderão. Cineastas, não importa quem sejam, tentam colocar alguma coisa deles mesmos no seu trabalho. E alguma coisa das suas filosofias em seu trabalho. O fato dos fãs de Xena terem visto nosso trabalho e o valorizaram foi emocionante para nós. Ainda é. Nós os fizemos rir, os fizemos chorar, os fizemos sentir e, mais importante, os fizemos sentir ligados com a nossa série. Não conseguiria descrever o quão satisfatório isso é.
Toda vez que recebo uma carta de alguém descrevendo como Xena afetou suas vidas para melhor, não posso deixar de sentir tudo aquilo de novo.

10 – Algum ator se opôs ao curso da história de seu personagem durante o programa?

Hmmm… não que eu realmente me lembre. Digo, havia comentários aqui e ali, mas nenhum disse de fato que tinham um grande problema com alguma coisa. Eu me lembro de ter dado a Danielle [Cormack] a escolha de Ephiny morrer ou ser seriamente ferida em Endgame, e ela decidiu optar pela morte porque não sentia que sua personagem tinha potencial para crescer (e, da perspectiva dela, ela não estava errada em seu pensamento). Mas além disso, não. Provavelmente é uma pergunta melhor para Rob Tapert, já que ele tinha mais resposta deles do que eu tinha.

11 – O que você usava para se inspirar enquanto escrevia os roteiros no papel?

Não estou certo com o que você quis dizer. Você quer dizer onde eu pegava as idéias para as histórias ou o que eu fiz para me manter progredindo durante o processo de escrita?
Para a primeira pergunta, eu peguei minhas idéias de todos os lugares. Vida, notícias, noções, é apenas minha maneira de enxergar o mundo. Não posso ver as coisas sem fazer uma pergunta sobre o que eu tomo por certo. E, às vezes, era o Rob me pedindo para vir com uma história sobre algo específico.  Por exemplo, eu tinha uma idéia que queria escrever sobre uma criança órfã que a mãe retornasse para reivindicá-lo, ainda que tivesse prometido jamais fazer isso. Um dia o Rob falou que brincou com a idéia de Xena ter um filho perdido. Eu peguei isso e fundi as idéias, criando “Orphan of War”.
Agora, sobre ser inspirado ENQUANTO escrevia os roteiros, bem, sou um escritor, então é o que eu faço. Eu não preciso manter minha inspiração fluindo, está sempre lá. Eu gosto de ouvir música enquanto escrevo. Na verdade, a música de Joe LoDuca é um grande pano de fundo na minha escrita, mesmo hoje.

12 – Há algum episódio de XENA que você escreveu que você menos gosta? Poderia nomear um que você se sente realmente orgulhoso?

De novo, é um tipo de pergunta sobre “favoritos”. Eu tenho orgulho de todos eles por várias razões. E tenho problemas com todos eles por várias razões. Sinceramente, a resposta é que tenho mais orgulho daqueles episódios que os mais afetaram de um jeito positivo.

13 – Você continuaria e tentaria mais assuntos “tabu” se estivesse escrevendo XENA no presente momento?

Claro. Uma coisa que o Rob sempre gravou sobre nós foi o “correr riscos”.
Não importa o quão bizarra fosse a idéia, nós a explorávamos como um possível episódio.
Algumas não chegaram lá, a maioria sim.

14 – No episódio “Between the Lines”, temos uma mudança drástica no estilo de Gabrielle, o caminho escolhido se aproximando e a pré-confirmação de sua morte.  Você estava preparando o caminho para um iminente Gran Finale ou temperando as coisas para uma provável quinta temporada?

Em “BTL”, eu estava explorando aonde eu achava que os personagens iriam em encarnações futuras dos seus personagens. A idéia da reencarnação é que você tem muitas vidas até alcançar a realização. Se você se aperfeiçoar em uma vida, você progressará na próxima. Se não, você anda para trás na próxima vida. Eu queria mostrar onde Xena e Gabrielle estariam supondo que ambas estivessem progredindo em direção a suas realizações. Mas, mais importante, eu queria mostrar que essas duas almas estavam entrelaçadas pela eternidade. Não importa quem elas fossem em vidas futuras, elas estavam sempre conectadas e caminhando juntas. A progressão de Gabrielle foi verdadeiramente carismática, gentil e forte no comando. Xena era como uma pacifista, uma real pacificadora. Alti, por outro lado, não havia progredido em suas inúmeras encarnações e era apenas tão má quanto havia sido em gerações passadas.
O Finale e a quinta temporada não eram, na verdade, preocupações durante minha criação da história. Mas ambos tiveram que incluir elementos que eu criei em “BTL”.

15 – Pode nos contar sobre uma experiência difícil ou uma situação crítica naquela época?

Hmmm… não estou certo do que quer dizer. Nada que tenha, de fato, se sobressaído. Digo, foi um longo período de tempo, com muitas experiências, mas não sei dizer se houve uma época onde havia uma situação particularmente notável para lidar. Como disse, eu tinha lidado com a produção para a TV por onze anos antes de Xena. Havia pouca coisa que eu não tivesse visto ou lidado anteriormente.
Houve uma situação que lidava com uma convenção organizada por fãs, entretanto. Essa convenção não era licenciada pela Universal Studios, mas tinha a intenção de ter vários de nós presentes (as primeiras aparições de Kevin Smith e Karl Urban nos EUA, por exemplo).
Até aquele momento, a Universal tinha olhado para o outro lado quando Fãs queriam ter Xenafests (que era quando vários fãs de Xena se reuniam num restaurante, por exemplo, e assistiam vídeos). Isso foi importante porque outros estúdios, naquele momento, estavam enviando notificações por infração, ameaçando com ações legais se fãs fizessem qualquer coisa do gênero.  Mas a Universal estava permitindo que isso acontecesse aos fãs de Xena. Contudo, essa convenção em particular queria fazer uma amostragem de itens de Xena ao restaurante Planet Hollywood local (um restaurante com tema de TV/Filme e museu). Alguns dos atores convidados seriam os que estariam fazendo de fato as apresentações. De repente, os advogados da Universal estavam se envolvendo ameaçando uma ação legal.
Eu fui apanhado no meio porque eu era um produtor trabalhando para a Universal mas que também era um convidado. Então, eu contatei os advogados do estúdio e eles me explicaram que eles não queriam fechar a convenção; na verdade eles queriam que ela continuasse. O problema foi que a apresentação iria, de fato, dar a impressão de que a Universal estava envolvida nessa convenção e a patrocinando. Isso criaria problemas para o estúdio. Agora, a Universal tinha todo o direito legal de fechar a convenção completamente, mas não era isso que eles queriam. 
Eu os dou crédito total por serem espertos o suficiente para se darem conta que isso só machucaria os fãs. Eles só não queriam que a apresentação fosse feita para o Planet Hollywood. Eu concordei com eles e falei com os organizadores da convenção.
Um deles não estava feliz com isso e queria brigar, mas no final, a apresentação foi cancelada e a convenção seguiu como estava prevista. 
Novamente, eu tenho que dizer que a Universal se comportou de maneira muito boa e com consideração.

16 – Se os outros produtores se reunissem para fazer alguns episódios extras para o programa, você colaboraria?

Claro. Quando começamos?

17 – Qual aspecto no programa lhe chama mais atenção?

Não estou certo com o que você quis dizer, então na verdade não posso responder essa pergunta.

18 – Na sua opinião, qual a razão principal de XWP ainda fazer tanto sucesso entre as pessoas, trazendo fãs a cada dia?

Eu acho que muita gente ainda é atraída pela ação, isso é uma inclinação geral.
Há aqueles que são atraídos pela sexualidade das entrelinhas e dos personagens, isso é normal. Entretanto, acho que a razão de longo termo para que essas pessoas se tornem verdadeiramente fãs é porque a série foi, até o âmago, sobre a relação entre duas personagens e as histórias humanas em que elas acabaram se envolvendo. Histórias de personagens são atemporais, as pessoas associam-se a eles.
Quando vemos heróis de ação, tendemos a fantasiar que somos como eles.
Mas quando vemos histórias sobre pessoas reais se relacionando com as outras, com os prazeres e dificuldades que todos experimentamos, nos associamos a eles.
E também há o fato de que, penso eu, muitos conseguem ver a diversão que de fato tivemos montando os episódios. Quero dizer, nós fazíamos um episódio lidando com problemas muito sérios, e logo fazíamos uma completa comédia onde apenas queríamos jogar a lógica pela janela e nos divertir. Eu acho que o público estimou isso. Eles ainda estimam.

19 – Se você pudesse reescrever AFIN, como seria?

Eu fui questionado sobre isso tantas vezes. Primeiro, deixem-me dizer que eu não estava lá quando isso foi discutido ou esboçado. Além disso, eu não assisti o episódio, somente ouvi os fãs falando sobre ele.  Eu não posso questionar ou mesmo conjeturar nada do episódio. No final do dia, o Rob fez o que sentiu que era o melhor para a série e, uma vez que, sem ele, não haveria uma série Xena, é difícil criticá-lo por suas escolhas.
O jeito que eu sempre visionei o final seria com uma grande união de exércitos do mundo. Nós frequentemente nos referimos à batalha de Corinto como sendo onde o mundo mudara; os Centauros e as Nações Amazonas foram fragmentadas, por exemplo. Quando Xena se tornou, de fato, a Destruidora de Nações. Então eu visionei outra batalha como aquela, exceto que desta vez pelo futuro do mundo. No centro de tudo, Xena perceberia que o mundo precisava de uma Luz para guiá-los em um novo mundo de paz e bondade. E a luz era Gabrielle. Por conseguinte, Xena teria morrido da mesma forma, mas morrido dando seu último suspiro para garantir que Gabrielle tomaria seu lugar no trono como a nova Luz. Na cena final, eu sempre visualizei Gabrielle literalmente num Trono enquanto os líderes das nações curvam-se diante dela. Porém, por trás dela, em uma imagem espectral, você enxergaria Xena, sua mão pousando sobre o ombro de Gabrielle, nos dando o conhecimento de que seu espírito estaria sempre presente para ela.
É assim que eu teria abordado. Então eu, também, teria matado Xena. Mas as razões em torno disso seriam diferentes.
A minha idéia é melhor? Não. Ela não foi feita. Na verdade, eu nunca falei com ninguém sobre isso enquanto estava por lá. AFIN é o que o Rob e o RJ escolheram fazer e eu estabeleci esse final como o final legítimo da série, não importa o que eu teria feito.

20 – Você acredita que uma Sétima Temporada com outras atrizes no elenco principal seria aceita pelos fãs?

Sim e não. Seria sim, mas entendam que Xena tomou um certo misticismo devido ao tempo entre o agora e o quando acabou. De muitas maneiras, seria muito difícil viver à altura da antiga série de Xena.
Mantenham em mente que muito de Xena NÃO era aceito por muitos dos fãs ainda quando estávamos no ar. A série fez uma grande quantidade de mudanças e muitos fãs abandonaram o programa porque não gostavam das escolhas. Eu diria que nós certamente teríamos uma grande número de pessoas sintonizadas para os primeiros episódios. Depois disso, ninguém sabe.

21 – Há uma eterna disputa entre subtexters e non-subtexters sobre a relação de Xena e Gabrielle, onde não há, na verdade, nenhum forte argumento que possa confirmar uma versão ou outra. É possível que, algum dia, se estabeleça um senso comum sobre essa relação?

Não. Subtext e non-Subtext não são reconciliáveis. A razão para termos esses dois campos atualmente é porque trilhamos por uma linha cuidadosa entre dois conceitos sem comprometer-nos a um ou outro. A relação delas realmente reflete o que um fã em individual quer acreditar. 
Agora, se você está perguntando se a questão vai ser definitivamente respondida algum dia, não enquanto não houver um filme ou uma série de continuação.
Todo mundo tem sua interpretação e isso é uma coisa boa.

22-Qual episódio, na sua opinião, representa de um modo geral tudo o que XENA quer passar aos fãs?

Todos eles. (Viram? Eu disse que não posso responder essas perguntas). Apenas olhem para o seriado inteiro como sendo tudo o que quisemos passar para os fãs.

23 – Se você pudesse mudar alguma coisa em algum episódio, qual episódio seria e o que você mudaria?

(Suspirando) Veja, esses são os tipos de perguntas que eu não consigo realmente responder.
Em primeira instância, o processo de tornar uma história em um episódio envolve bastante mudança, e eu poderia discorrer por cada episódio e lhes falar de todas as escolhas que não foram feitas, todos os compromissos que tinham que ser feitos, todas as coisas que eu quis que foram descartadas. É apenas uma parte natural do processo. Eu nem sempre conseguia do meu jeito, nem o RJ ou o Rob. Ou qualquer um de nós. Então, sim, eu mudaria alguma coisa em cada episódio. Mas o público nunca vê essas escolhas, vocês só veem o resultado das nossas escolhas.

24 – Se você fosse resumir XWP e todo o fandom em uma frase, como seria?

Uma família disfuncional, porém devota.

25 – Seu ponto de vista sobre o programa, sobre os personagens, certamente mudou bastante. De certa maneira porque eles evoluíram bastante. Pode dizer de que maneira isso mudou para você? De qual maneira você via a Xena e a Gabrielle na Primeira Temporada e como você passou a vê-las enquanto o tempo passava? Em que aspectos isso influenciou na sua escrita?

Os personagens tiveram permissão de progredir e mudar significativamente da primeira temporada. Digo, a Gabrielle de Dreamworker é um grande contraste com a Gabrielle de Fallen Angel. Hoje não parece como uma grande coisa, mas vocês têm que entender que, até Xena surgir, as séries de TV não tinham permissão para mudar significativamente seus personagens. Sim, sempre tinha uma pequena mudança de um personagem, mas não onde houvesse mudanças tão drásticas quanto o que aconteceu com Xena e Gabrielle. As redes não queriam isso porque queriam poder repassar os episódios em qualquer ordem que quisessem. Bem, isso era difícil de fazer com Xena porque os personagens apresentavam um crescimento notável.
Eu sempre fui fã de fazer isso e fiquei frustrado pelas restrições pela maior parte da minha carreira (a maioria das pessoas esquece que eu tive uma carreira de muito sucesso mesmo antes de Xena). Então não posso dizer que isso afetou minha escrita, mas a mudança de atitude com a indústria da TV me permitiu escrever do jeito que eu sempre quis. Criar personagens que mudariam e evoluiriam ao longo do tempo. Para realmente serializar uma série (significa que uma série deve ser vista com estética linear, do começo ao final, como se lê um romance).

26 – Você sempre escrevia episódios dando bastante eminência à personagem de Gabrielle e como ela era importante para a personagem de Xena. O que mais chamou sua atenção nessa personagem? Você se identifica com ela em algum aspecto? Por que sempre dar eminência a ela?

Eu adoro a psicologia envolvida a Gabrielle despertando para o mundo ao seu redor. Há algo de muito infantil nos seus primeiros passos, e seu crescimento reflete muito do crescimento que todos nós nos encaramos de uma maneira ou de outra. Quando somos crianças, nos são contadas histórias de fantasia onde as escolhas são fáceis, o bem e o mal são óbvios, e finais felizes são inevitáveis. Enquanto ficamos mais velhos, a realidade vai batendo na nossa cara.
Pessoas diferentes lidam com isso de jeitos diferentes. Mas isso é normal no crescimento da infância à fase adulta. Gabrielle era uma adulta quando deixou sua aldeia.
Mas suas expectativas sobre o mundo ainda fiavam-se às histórias de fantasia que ela ouvia e contava. Como ela lidou com isso a tornou a verdadeira heroína na minha mente. Ela poderia ter voltado correndo para casa ao primeiro sinal de perigo, mas ela não o fez. Olhe a canção “War/Peace” em The Bitter Suite. O que Gabrielle passa no início da canção descreve a fantasia da segurança de ficar em casa. Tudo é perfeito, todo dia, todo dia, um tanto chato, até. Era daquele lugar que ela viera. Mas ela escolheu não ficar lá. Eu queria desenhar o seu curso dentro do mundo real.

27 – Hoje em dia, você se arrepende de ter escrito algum dos episódios? Há algum que você definitivamente deletaria da série? Se for um sim, qual deles? Por que? E qual episódio você gostou mais de ter escrito e por que?

Outra daquelas perguntas. Não posso responder. De novo, não porque eu não queira, mas porque eu simplesmente não consigo. A série é o que é e eu acho que trabalhei relativamente bem do modo como foi. Há fãs que, estou certo disso, podem responder essa questão e estou certo de que suas respostas são absolutamente corretas… para eles.
Quanto a qual episódio eu mais teria gostado de ter escrito, eu diria que todos eles. E, desde que eu tive uma mãozinha em todos eles, estou satisfeito e orgulhoso do que os outros escritores fizeram.

28 – Qual foi a melhor coisa que aconteceu a você na época em que estava trabalhando no programa?

Tantas coisas. Nossa, financeiramente foi ótimo. Criativamente foi ótimo.
Mas a melhor coisa a longo prazo que tenha resultado disso é que eu tenho amigos por todo canto do mundo. Então, a melhor coisa que aconteceu a mim? Vocês. Os fãs.

 

 

29 – Como era trabalhar com Lucy Lawless e Renée O’Connor? Com que frequência elas faziam suas sugestões sobre o roteiro?

Lucy e Renée são demais (vocês esperavam qualquer outra resposta? Elas são).
Elas vieram de diferentes estilos de atuação, mas a química estava lá para quem quisesse ver. Ajudou o fato de elas também serem boas amigas desde o primeiro dia.
Com a frequência que elas faziam sugestões aos roteiros, não era algo frequente.
Elas pareciam gostar do material que dávamos a elas e nós curtíamos vendo o que elas fariam com ele. Foi uma mola impulsionadora onde nós tentávamos fazer melhor porque víamos a qualidade do que tínhamos dado a ele.
Então as sugestões que elas davam não eram tão comuns e as que foram dadas quase sempre não eram críticas. Apenas sugestões em como fazer melhor as coisas do ponto de vista delas. Nós levávamos suas sugestões em consideração, assim como fazíamos com todos envolvidos no programa, e se eram sugestões boas, nós as usávamos.
Eu lembro de uma vez, durante a filmagem de The Price, quando Lucy me chamou do cenário e tinha uma pergunta sobre os guerreiros da Horda gritando por kaltaka (água). Ela disse “Estamos filmando próximo de um lago, há água por todo lugar!”. Eu ri e disse a ela que a Horda que estava berrando tinha infecção intestinal, o que significava que estavam perdendo sangue e fluidos. Houve vários casos na história de feridos clamando por água durante tempestades. Tinha pouco a ver com apenas estar com sede. Quando eu expliquei isso, ela disse “Ah, saquei!” e foi isso.
Novamente, poderia ser uma boa pergunta para o Rob já que ele trabalhava mais diretamente com Lucy e Renée.

30 – Qual foi o momento que você se sentiu mais emocionalmente envolvido como espectador?

Muitas vezes, mas o momento que sempre fica comigo foi em Greater Good quando Gabrielle exalta sua fúria, frustração e mágoa batendo com o bastão contra a árvore. Eu escrevi essa cena e muitos no escritório não gostaram dela, disseram que o público não ia entender. Eu lembro de ter dito “Renée vai entender e é isso que conta”. Ela entendeu e o resultado foi maravilhoso.

31-Você e os outros produtores têm alguma idéia de como vocês influenciaram as pessoas ao redor do mundo com o programa?

Sim e não. Nós entendemos isso só pelo fato de que temos tantos fãs que nos dizem como foram influenciados e como tiveram suas vidas mudadas.
Mas novamente como o mágico, não podemos sentir como vocês sentem. É um tanto esmagador para mim, para ser honesto. Houve tanta gente que me escreveu ou veio até mim e falou sobre como isso mudou suas vidas, e eu fico constrangido e orgulhoso ao mesmo tempo.

Steven, muitíssimo obrigado pela sua paciência e atenção!
É por isso que o fandom brasileiro te adora tanto, como mencionado nas respostas, é como uma relação de amizade. Nós nos sentimos como se você fosse um grande amigo nosso.
Todos sabemos o quanto você é ocupado, e saber que você tirou algum tempo para responder nossas perguntas é uma honra que jamais esqueceremos!

 

 

Fotos de: www.pondalee.comPondalee Productions)

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