CRENÇAS E ATITUDES

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Crenças e atitudes

Mára

 

               Quase sempre quem tem uma crença nos Deuses utiliza esta fé para balisar sua conduta na vida, seu comportamento. Há uma crença de que se deve agradas a estes seres poderosos para obter seus favores , suas bênçãos ou ao menos não incorrer em sua ira.

               Em XWP vemos esta busca em diversos episódios e é sobre isso que ocorreu refletir.

URNA DE APOLO

vá e faça o bem…

         

    O episódio sobre a urna de Apolo fala sobre os sacerdotes e um objeto que catalisa culpas, tendo a propriedade de conceder o perdão dos pecados passados ,uma nova chance na vida. Foi roubada por pessoas que desconsideraram a importância que ele tem para toda uma comunidade. Nossas amigas se lançaram para salvar algo que para aquelas pessoas era fundamental, um alívio para a consciência, uma chance de recomeço e esperança de redenção.  [  Tiveram que aguentar a Tara, mas são os ossos do ofício.]

               Neste caso Xena e Gabrielle atuaram no mesmo sentido da crença alheia, não apenas respeitando-a, mas lutando por ela num gesto de  esforço, respeito, compreensão e reconhecimento da importância.

           

 

 

 

 

PAX

UMA ESTÁTUA QUE VALE UMA IDEIA

   

 

             Sobre a Pax também vemos esta busca por um objeto simbolizando uma crença, desta vez mais no âmbito político do que religioso. A estátua era a concretização física de desejos de união e paz e no episódio The Royal Couple  of Thieves, não apenas lutaram para  impedir uma poderosa arma de cair nas mãos erradas, mas como disse o patriarca para Autolicos era algo que os definia como povo e tudo que se é.

               Novamente é o respeito ao que é importante para outros que move nossas heroínas, lutando para apoiar a fé alheia.

              

 

TABUAS DA VERDADE

 

 

                 Quando Tara novamente aparece, onde é impedida a dança, vemos a crença sendo usada para dominar o comportamento de toda uma povoação e Xena e Gabrielle agindo sobre esta crença e buscando modificar a força e poder que a mesma tem na vida das pessoas, levando a população a agir mais em concordância com aquilo que ambas achavam importante. 

                A Evil Xena, junto às amazonas do norte comete assassinatos em território sagrado e em Higushi , buscando honrar o pedido de Akemi, desconsidera a crença de uma comunidade inteira quando obteve o bilhete só de ida para o reino dos mortos que usaria mais tarde em AFIN. [ não esquecendo Dahak que era o MAL, Calígula CRUEL e Najara PIRADA – mas ainda assim crença de alguém que eu não imagino porque diabus gostava da ideia deles agindo soltos por aí

               Vemos esta ação de ir contra o fluxo da crença alheia também no episódio do capacete de Hermes, no Estados Alterados e na índia quando impedem  ritos para salvar um garoto e uma mulher. Nossas heroínas desconsideram a fé e a crença alheias, seguindo suas próprias convicções  e agindo no sentido inverso  do fluxo do respeito ao outro.

               É interessante perceber que muitas vezes em nome de uma liberdade (nossa) não respeitamos a liberdade do outro e não é raro buscarmos que o outro veja e aja conforme nossas convicções, como acontece no episódio da discussão entre os seguidores de Eli e Ares onde um dos primeiros desfazia e tentava modificar a crença dos segundos que resistiam. ARES OU ELI

             Penso que  a raiz do preconceito e da discriminação é este desejar coordenar o comportamento alheio e pode ir da forma de vestir, uso de tatuagens, comprimento do cabelo até religiosidade ou sexualidade. Alguns apenas isolam quem não lhes segue os pensamentos, outros buscam modificar e outros ainda agridem e a justificativa para tal interferência vai desde “desejar o bem do outro” ( a queima de bruxas , a inquisição, a inserção no mercado de trabalho…) até pura e simplesmente medo de que a forma de agir e ser daquele que condenam se torne aceita, comum ou o pior…  dominante, engolindo então sua maneira “correta” de agir.

           Muitas vezes, hipersuperextramegaultrabemintencionados nós também temos esta atitude que condenamos nos outros, então, é importante estarmos em alertas .

           Você lembra de outros momentos da série em que acontece algo assim? [MatarDeusesNumConta hehehehe].

              

              

 

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Uma kombatente com bumerangues e bastão…

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…uma mistura de Xena e Gabrielle no Mortal Kombat?

 

Por Alessandro Chmiel

E-mail: [email protected]

Twitter: @AleXenite

 

Março de 2013

 

imagem1Dedicado a Diovanne Ouriques, meu enfadonho controlador dessa “biscate” (como eu carinhosamente a chamo) nos nossos kombates épicos. Amigão, esse é pra ti!

 

            Ela não é irmã nem prima da Kitana ou da Mileena (ambas já tendo aparecido aqui na RX, no Girl Power e no Bitch Power, respectivamente). A moral é que esse universo de Mortal Kombat nos dava pouca informação sobre qualquer um dos guerreiros até os jogos se atualizarem, e Jade, em especial, nunca foi um livro aberto. Mas é pra isso que a coluna GP existe: pra mostrar algumas páginas essenciais das heroínas deste mundo e dos outros.

            A guerreira Jade surgiu em Mortal Kombat II, de 1993. Não sendo uma personagem selecionável, o jogador passava um certo trabalho para enfrentá-la: uma ladainha de vencer uma rodada só com chutes baixos e você era levado às masmorras de Goro, enfrentando essa guerreira que era uma mera cópia verde de Kitana, com leques e tudo, e ligeiramente mais rápida que os guerreiros normais. Ah, sim, e imune a projéteis. Mas isso era tudo que se via dela, além de ser possível notá-la espionando atrás das árvores no cenário da Floresta Viva.

            Foi em 1995 que Jade virou uma personagem selecionável, e com história pra contar.

            Membro de uma família valorosa em Edenia, um dos mundos dominados pelo imperador Shao Kahn, Jade foi entregue ao vilão quando criança, como um tributo por seu domínio sobre as terras edenianas. Assim sendo, Shao Kahn a criou para ser uma grande guerreira, forjada em artes marciais ao lado de sua filha adotiva, Kitana, o que acabou por torná-las grandes amigas. Ao virarem adultas e capazes de cuidarem de si mesmas, Jade foi escolhida pelo imperador para ser a guarda-costas particular de Kitana, o que mesclava um serviço ao mesmo tempo de segurança e espionagem. O que o imperador não contava era a capacidade sentimental dessa mulher guerreira, e o jogo do me-engana-que-eu-gosto teve início.

            Quando Kitana decide ajudar os guerreiros da Terra a impedirem Shao Kahn de invadirem seu mundo, é dada a Jade a missão de trazer a princesa de volta, e convencê-la de que seu lugar era ao lado dele, seu “pai” – que a criou como filha por ter assassinado seu verdadeiro progenitor na tomada de Edenia, o Rei Jarod, marido da Rainha Sindel, na invasão, milhares de anos antes. Jade, assim, encontra-se no maior impasse de sua vida: respeitar as ordens de seu imperador, como sempre fazia, ou fazer valer sua amizade com Kitana e ajudá-la a fazer justiça, podendo custar a vida dela e sua própria?

imagem 3

            Como a peça do cavalo em um tabuleiro de xadrez, Jade moveu-se cautelosa e habilmente entre os mundos e lutadores do torneio para realizar a justiça de Kitana: derrubar o imperador e, mais do que tudo, trazer a mãe de Kitana, Sindel, de volta à realidade, de olhos abertos para a verdadeira situação em que Shao Kahn havia imposto nela e em todos os universos. Destemida e um tanto arrogante – inclusive entoando “Isso vai ser fácil” toda vez em que enfrenta um inimigo –, Jade possui as qualidades necessárias para derrubar seus obstáculos, mas sua vitalidade é posta a toda prova ao mudar de lado e lutar no time do bem. Porque por mais que a união faça a força nessa guerra, tem vilão pra KARAMBA nessa história. O cheque-mate é missão complexa – e aparentemente infindável.

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Lutadora hábil com seu bastão retrátil, eu sempre imaginava lutas mirabolantes entre ela e Gabrielle. Nos meus tempos de adolescência, eu costumava realizar meus “torneios imaginários”, nos quais Xena e Gabrielle lutavam contra toda uma trupe específica (Street Fighter, Mortal Kombat, por exemplo…), e Jade estava numa das minhas “viagens”. Lembro-me muito bem de imaginar seu bumerangue brigando no ar contra o chakram, e voltando só no final da batalha, aos pedaços, sobre o corpo inerte de Jade – a Xena sempre ganhava de todo mundo, é claro, E fazia fatalities. Não parava por aí, pois Jade acabava retornando no seu trio de ninjas femininas pra combater Xena, Gabrielle e… Ares (sim, eu tinha muito tempo livre, aparentemente uma certa criatividade e brincava de lutinhas sozinho – coisas de guri). Porém, momento confessionário pra trás, Jade foi como que “reinventada” na minha cabeça ao descobrir sua história ano após ano – uma mulher que era uma assassina por natureza e teve a oportunidade de mudar, lutando por ideais ao invés de saciar uma sede de sangue. Parece familiar?

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Sou aquele tipo de fã de MK que, assim como Xenite, sabe que esse universo é mais rico do que parece ser ao olho distante. Jade, para mim, é uma das maiores guerreiras que já conheci na literatura gamer. Exemplo de coragem, força, amizade. Como não amar?

Ah, eu não falei da personagem no filme Aniquilação? Bom, pra começar, a atriz era asiática, e sua participação foi lamentável. Não fica pra uma próxima!

            Mês que vem, a Girl Power vem mais apimentada do que nunca. Um super projeto vem por aí, que remonta às origens do próprio termo GIRL POWER. Até lá, e obrigado desde já pela atenção e pelos comentários.

 

 

Mais informações: http://mortalkombat.wikia.com/wiki/Jade

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Fevereiro tá aí!

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Caros amigos xenites!

Chega mais uma edição pra vocês conferirem :)

Espero que gostem, e ressalto, tirem alguns minutinhos pra comentarem após ler um artigo, esse é o único combustível para a existência da RX.

É isso aí, um ótimo fevereiro à todos!

 

Amazona, treine ela! – Lucas Lorenzo

Vamos fazer um acordo? Eu lhes dou um Bad Boy e vocês me dão um comentário, dearies…Mary Anne

As Fases do Herói – Chapo

Que a sorte esteja sempre com ela – Alessandro Chmiel

Manoella e Angelis: Primeiro Casal gay da Fazenda Verão – Ruanna

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Amazona, treine ela!

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AMAZONA, TREINE ELA !

Lucas Lorenzo

 

 

               Melosa deu ordem para que Ephiny treinasse Gabrielle, objetivando aproximar a nova princesa das amazonas trácias dos usos e costumes de seu povo. É interessante lembrarmos que foi Ephiny e não Terreis a levantar a questão de ser necessária autorização da rainha para as invasoras atravessarem os campos de caça e terras amazonas. Terreis concordou plenamente, mas acalmou nossas amigas e segue caminhando ao lado desta camponesa um tanto inocente, explicando a ela como é o mundo e o mundo amazona. Ephiny segue ao lado de Xena, sem dizer nada a não ser responder a questão sobre haver algo que achasse interessante e nossa amiga morena deixa claro que deveria parar de encara-la ou teria seus olhos arrancados fora. Ephiny não se intimida, é uma guerreira.

FILOSOFA

MUNDO AMAZONA

 

               Observando atentamente percebemos que ambas, Terreis e Ephiny, são os dois lados da mesma moeda amazona: a filósofa e a guerreira.

               Ao cair da árvore, Terreis tem seu corpo protegido por Gabrielle, que usa a si mesma como um escudo humano e percebendo que Celesta estava próxima, passa a ela seu direito de casta sendo questionada por Ephiny num misto de surpresa e discordância tácita.

DIREITO DE CASTA

A MORTE E O NASCIMENTO DE UMA PRINCESA

 

SURPRESA E DISCORDANCIA

SURPRESA E 

DISCORDÂNCIA

          Levam Terreis à Melosa e novamente Ephiny tem destaque como guerreira rastreando e capturando Phantes em terras amazonas e quando a rainha Melosa vai explicar à Gabrielle sobre no que consistia o direito de casta, a indignação na expressão de Ephiny deixa claro não ter levado bem a decisão de sua amiga Terreis, recebendo de Melosa a missão de assegurar-se que Gabrielle fosse ensinada.

              treine ela

               Enquanto Gabrielle é vestida, ouve um pouco mais sobre Terreis e sua filosofia.

               Ephiny usa a fala seca e curta dos guerreiros para chamar Gabrielle : Venha, agora!

               Toda sua expressão e tom de voz deixam claro não estar gostando nada da situação, quase numa raiva contida e sendo repreendida por Gabrielle corrige a fala, mas não consegue ultrapassar a barreira da indignação. Apresenta as armas à princesa e tendo ela escolhido o cajado de batalha, lança-o para que Éponin demonstrasse seu uso. Gabrielle fica encantada.

DIVERTIDO

USAR UMA ARMA NÃO É UM JOGO

               Um pouco antes de ver Phantes para interroga-lo, Ephiny passa por Eponin e Gabrielle indagando sobre os progressos da princesa com o cajado de luta, ficando indignada ao ouvir de Gabrielle que  “até era divertido”. Aquilo não era uma brincadeira, nem um jogo e ela deixaria isso muito claro,  demonstrando em um cavalo como utiliza-lo para ensinar como matar um centauro imediatamente, se ele tivesse sorte.

               Quando descobrem que Phantes não é culpado, a rainha não quer ouvir e Xena usa como recurso o desafio real que deveria ser feito por Gabrielle. Ela faz o desafio e não podendo voltar atrás, Ephiny ensina que poderia ter uma campeã e  também explica como Melosa luta , sendo questionada por Gabrielle que afirma ter visto Xena lutar várias vezes, pergunta para Xena como ela aguenta Gabrielle. Melosa combate com Xena, Ephiny  também é condenada a morte se Xena perdesse, mas promete que tirará Gabrielle dali.

como ela guenta

INCOMPATIBILIDADES

Xena vence, faz a paz com os centauros  e elas vão à guerra contra os homens na mesma biga, Gabrielle consegue se defender bem e até ajudar Ephiny quando um inimigo a atacava pelas costas. Ao final, Ephiny entrega seu cajado de lutas, que tinha ganhado de sua mãe, para Gabrielle  como um presente, afirmando que uma princesa amazona nunca recusa um presente de uma amazona. Era o RECONHECIMENTO.

UM PRESENTE

SELANDO UMA AMIZADE

      Tenho grandes suspeitas que havia entre Terreis e Ephiny muito mais do que camaradagem, pois Ephiny  tinha muita liberdade com sua princesa ou como ela definiu para Phantes, sua amiga.

   Quantas vezes isso acontece em nossa vida e não percebemos? Quantas vezes encontramos pessoas irritantes e em situações nas quais entramos indignados e talvez chateados ou magoados e desconsideramos alguém que mais tarde se revela uma grande pessoa e não raro se torna nosso amigo, grande amigo?

   Muitas vezes acontece de pararmos na superficialidade de avaliações rápidas de primeira impressão ou da situação adversa e não damos chance para que possamos descobrir o quanto as pessoas são maravilhosas.

   É na convivência que vamos construindo as amizades e percebendo, nos acordos e desacordos a força dos relacionamentos.

   Gabrielle  construiu com Ephiny uma sólida amizade, terminando por encerrar em si ambos os lados da moeda amazona , tornando-se  a mais lendária das rainhas e cada um de nós também pode construir em bases sólidas se ultrapassarmos as aparências superficiais e dermos chances para conhecer realmente as pessoas.

   Você já descobriu além da aparência?.

 

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Vamos fazer um acordo? Eu lhes dou um Bad Boy e vocês me dão um comentário, dearies

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(um beijo pra quem entendeu a piadinha do título)

 

Já escrevi sobre personagens de Once Upon a Time aqui anteriormente, onde coloquei Emma e Regina, respectivamente como Girl Power e Bitch Power algumas edições atrás.

Mas o problema é que a série é tão boa, e cheia de personagens tão interessantes, que é impossível não voltar aqui trazendo mais um a ser analisado, dessa vez, um Bad Boy: Mr. Gold, também conhecido na identidade mágica como Rumplestiltskin (me orgulho de saber escrever sem colar).

Como o próprio nome sugere, Mr Gold é um homem muito rico que possui grande parte da cidade de Storybrook, vivendo da coleta de aluguéis, bem como de uma loja de antiguidades. Com sua lábia de negociante, ele frequentemente quebra um galho ou outro para os mais desesperados, e desse modo, através de tratos e acordos, coleciona favores que lhe são devidos.

Mas como tudo em Storybrook é incerto e envolto em mistério, é realmente estranho pensarmos como um homem de aparência relativamente frágil (ele ostenta uma bengala, e seu porte é normal) consegue ser alguém detentor de tanto poder e influência.

A resposta disso está na identidade de Mr. Gold na realidade mágica da série, na qual ele é Rumplestiltskin.

Rumplestiltskin, Rumpelstiltskin ou Rumpelstichen (saúde!), é um antagonista de contos de fada que teve origem na Alemanha. Tentando resumir, sua história é a seguinte:

Para impressionar o Rei , com o objetivo de fazer o príncipe casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que ela é capaz de fiar palha e transforma-la em ouro. O Rei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que transforme a palha em ouro até de manhã, durante três noites, ou será executada. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz.

O Rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para reclamar o seu pagamento: “Agora dá-me o que me prometeste”. A Rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência, mas cria outra: se a Rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende a saltar à volta de uma fogueira e a cantar.

Amanhã eu frito, amanhã eu cozinho!
Depois de amanhã será meu o filho da rainha!
Coisa boa é ninguém saber
Que meu nome é Rumpelstiltskin!

Quando o duende foi ter com a Rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e ele perde o seu negócio.”

É claro que do mesmo modo que Robert Tapert modificou muitos mitos originais para adaptá-los à Xena, a produção de Once Upon a Time tomou a liberdade poética para adaptar a história de Rumple. Afinal, uma das coisas que a mitologia tem em comum com os contos de fada, é o fato de serem uma “terra de ninguém”. Existem grandes nomes, é verdade, como Homero, Hesíodo, Irmãos Grimm, entre outros, mas em sua essência, os mitos e os contos são tradições orais, que apenas foram catalogadas por alguns “autores”.

Desse modo, um dos personagens que na sua realidade mágica, poderia ser visto como o maior vilão da história, teve uma origem bem humana.

Ele fora uma vez um viúvo tecelão de aparência frágil, cujo maior tesouro era seu filho Baelfire. Em algum ponto após o nascimento do filho, ele fugiu da guerra para não se separar dele, e foi rotulado como um covarde por toda sua aldeia.

Humilhado pela sua própria mulher, pelas cavaleiros do reino e por todo o resto de sua comunidade, ele e Bael fogem da guerra, e enquanto numa floresta, ele é abordado por um misterioso velho que lhe oferece ajuda. O velho lhe conta uma história sobre uma adaga, que lhe daria poder sobre o “Dark One“, uma entidade cheia de poder, e lhe convence a roubar essa adaga de um Duque, para passar a comandar essa entidade e usá-la para o bem, protegendo o filho desse modo.

Eventualmente ele consegue a adaga, mas é zombado pela entidade e então o apunhala, para em seguida descobrir que se tratava do velho, o qual o enganou para ser assassinado e deste modo se livrar do fardo de sua mágica, o qual foi passado para Rumple, mas não sem antes o avisar que “Mágica sempre vem com um preço”.

Embriagado com o poder que inicialmente seria usado para o bem, Rumplestilskin se vinga daqueles que um dia lhe humilharam, mas perde o controle e inicia um reino de terror, sempre em busca de mais poder e riquezas, o que faz Baelfire temê-lo. O filho lhe faz prometer abrir mão dos poderes se eles acharem um meio, promessa que a alma corrompida de Rumple falha em cumprir e é assolada de arrependimento de imediato, quando seu filho parte para uma terra sem mágica através de um portal.

Arrasado, Rumple cansou de borrar a maquiagem dourada e se encheu de ódio no coração, resolvendo tocar o terror fazendo “acordos” com todo o reino, alimentando cada vez mais seu poder, como um modo de tentar suprir a falta do filho, e fica tão corrompido que se lava de todos os sentimentos.

O único ser que consegue alcançar os sentimentos dele, no fundo de sua alma, é Belle, uma jovem que se sacrifica pela sua aldeia, virando criada de Rumple e com sua jovialidade e simplicidade, acaba ganhando a simpatia, e depois o coração dessa “Fera”. Desse modo, aqui se forma o paralelo para outro conto, a Bela e a Fera (ainda que eu, pessoalmente, quisesse que a FERA da Belle fosse outra personagem da série).

Enfim, o que torna Rumple um personagem tão interessante – além da atuação magnífica de Robert Carlyle – é o fato de ele não ser o puro mal simplesmente por sê-lo, mas ser mais um exemplo da queda de um ser humano, cheio de sentimentos HUMANOS que lhe fizeram tomar atitudes desacertadas e lhe transformaram nesse vilão. E por mais que uma grande porcentagem dos problemas de todos os demais personagens se deva à atitudes do vilão, é impossível não sentir simpatia por ele em determinados momentos, afinal, mesmo corrompido por toda sua magia negra, ele ainda assim afirma que o amor verdadeiro é a magia mais poderosa de todas.

Então vamos fazer um trato? Vocês vão lá, e dão uma chance pra série. E depois de se encantarem com essa história cheia de nuances, podem pagar sua dívida me agradecer comentando nesse Bad Boy. O que acham dearies? 😉

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As Fases do Herói

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“Ninguém tem maior amor do que este de alguém dar a própria vida em favor dos seus amigos” João (15,13)

 

Essa passagem bíblica me remete à tragédia de FIN, quando Xena tem de permanecer morta.
Sei que ela não salvou amigos ali somente e que, principalmente, ela fora movida pelo sentimento de culpa. Mas se analizarmos toda evolução da personagem veremos que o final não poderia ter sido diferente se olharmos para Xena como uma heroína, ao invés de alguém que simplesmente amamos admirar.
Joseph Campebell defende a teoria de que todos os heróis fazem uma jornada cíclica que envolver três fases principais:

  • A Partida
  • A iniciação
  • O retorno

A Partida consiste em o indivíduo deixar o isolamento de sua casa, a rotina, a mesmice do dia a dia. Ele “recebe um chamado” em que um mundo limiar lhe parece irresistível, irrecusável e ,talvez, inevitável.  É um impulso que o puxa para fora de tal isolamento existencial.

 

Xena quando se viu sem saída mediante o ataque do warlord Cortese e uniu membros da cidade em que morava para contra-atacar. Tomou gosto pela guerra e seguiu/descobriu tal caminho.

 

Gabrielle em situação semelhante viu em Xena tudo aquilo que a puxava para longe do que queriam que ela fosse. Descobriu em Xena o mundo que queria viver.

A iniciação acontece após diversas provações para o bem, para o mal e seus entremeios.  Seu corpo, mente e espírito é lapidado pelas navalhas da experiência.

-Poderia citar toda a série como exemplo. Evil Xena, good Xena. Gabrielle inocente, Matando Meridian, deixando Crassus morrer. Xena deixando Talassa morrer. Ambas se arrepedendo e aprendendo a conviver com seus erros, com sua humanidade e suas limitações.

 

Por fim temos a fase do retorno aonde o status de herói já se faz digno pois o indivíduo transcendeu a dualidade das coisas. Ele passa a entender o sacrificio… o FIN…

Não posso deixar de observar a similaridade com que a análise dessas fases podem encaixar perfeitamente para Xena e também para Gabrielle. Que afinal não tinha de ser uma heróina na série que não leva seu nome.

Penso também que há uma enorme possibilidade de , caso AFIN pedisse o sacrifício de Gabrielle, de que Xena já estivesse pronta ,como estava em Adventures in the sin trade,para compreender como Gabrielle compreendeu a dualidade do sacrifício.

Claro, também é possível ver por outro ângulo: Morrer para Xena foi fácil, foi até um alívio se considerar que Gabrielle sacrificou aquilo que a moveu para fora do isolamento em função de uma causa que para nós aparentemente é injusta e por pessoas que sequer ouvimos falar antes. Acho que a idéia de nos colocar na pele de Gabrielle, que vivia pisando em ovos, foi muito bem alaborada e nos deixou sentindo exatamente o que Gabby sentiu a série inteira. Tivemos que entender, engolir e seguir em frente.

Mas no final tudo isso não se trata de justiça, de certo ou de errado. Mas do que devia ser feito! E somente um herói compreende o sacrifício.  Por isso talvez nenhum de nós expectadores chegaremos a compreender e aceitar as cinzas não derramadas ou permanecer morta para salvar almas.

Seja como for, se a tese de Campbell se faz correta então um herói não se forja, ele simplesmente nasce…

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Que a sorte esteja sempre com ela…

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…uma criança que não brinca no jogo da morte.

 

Por Alessandro Chmiel

[email protected]

Twitter: @AleXenite

 

Fevereiro de 2013

 

 

Dedicado a Elaine Cristina, a Xenite que é fã voraz dessa série literária! 

 

Vamos lembrar daquele famoso tópico na popular comunidade do Orkut, “Eu confesso”? Bem, eu confesso que quando vi o primeiro livro de Jogos Vorazes nas prateleiras, pensei “ah, lá vem mais uma Bella Swan” (àqueles que esperam um artigo da mais nova senhora Cullen, sentem-se ali do ladinho da Cláudia, pois aqui é espaço de Girl Powers). Acontece que Katniss deve ter, no máximo, a mesma cor de cabelo. A guerreira desta história tem sede de vida, e fome de vitória para preencher o vazio da injustiça.

Katniss tem 16 anos e vive no Distrito 12, um dos 12 Distritos pertencentes a Panem, um distópico mundo em algum lugar do futuro. Conta-se que há um pouco menos de 100 anos, os Distritos se uniram contra a inescrupulosa Capital, que comandava todos os Distritos e retirava de cada um deles todo o necessário para uma vida de deuses e ambrosias no café da manhã – imaginem os estados brasileiros se rebelando contra o Distrito Federal para derrubar a marginália toda. A derrota dos Distritos não foi surpresa para a Capital, tamanho poder que constituíam. A revolução gerou muitas mortes e destruição, especialmente nos Distritos, ainda mais pobres depois da devastação. Como o severo Zeus penitenciando os mortais, a Capital decide castigar os Distritos de modo a agradar seu “traumatizado” povo da Capital: é criado os Jogos Vorazes.

Os Jogos, uma espécie de reality show à la Mortal Kombat, envolvem 24 competidores, um menino e uma menina de cada Distrito para se digladiarem em arenas distintas, até que reste apenas um – ou uma – respirando. E não é como o BBBaixaria para o qual é necessário no mínimo 18 anos para mostrar que ainda se é infantilóide: os participantes são sorteados entre pessoas de 12 a 18 anos, sem chance de negarem a entrada na carnificina a não ser que alguém se voluntarie em seu lugar. A ideia dos JV é relembrar as gerações dos Distritos do que ocorreu, lembrando-os de quem realmente está no poder, punindo os filhos da nação de Panem, obrigando a população a assistir, ao vivo, o massacre de seus jovens e pequenos.

Após sete décadas de Jogos, a 75ª edição convoca um menino, Peeta Mellark, e uma pequena menina, Primrose Everdeen, para competirem pelo Distrito 12. Acontece que esta menina é ninguém menos que a irmã mais nova de Katniss Everdeen, que se voluntaria para ir no lugar da irmã. Uma bravura de cortar o coração. Mas por que Katniss teria mais chances de sobrevivência na arena do que sua irmãzinha?

Katniss desde cedo sabia da lamentável situação de sua família e de seu Distrito, e volta e meia invadia os terrenos proibidos ao redor da área 12 para caçar, ao lado de seu amigo Gale Hawthorne. Para tanto, a menina aprendeu táticas de sobrevivência na mata, assim como mover-se sorrateiramente e caçar com seu arco e flechas – herança de seu pai falecido num acidente nas minas do Distrito. Mesmo sem grandes expectativas, Katniss não cairia sem lutar.

As habilidades dessa Girl Power não impressionam apenas os julgadores dos Jogos, mas especialmente ao leitor pela ousadia. Suzanne Collins, a autora norte-americana dos três livros da série, consegue habilmente nos envolver na narrativa de Katniss, abismar-se pela grandiosidade esmagadora daquela realidade sem escapatória, onde qualquer deslize é uma sentença de morte.

O torneio é uma situação sem honra – não há glória matando iguais, jovens tão vítimas como você de uma tragédia há tanto tempo ocorrida, mas todos os anos forçosamente lembrada. Mesmo sendo enaltecida pela sua fantasia de chamas vivas no evento de apresentação, dentro do coliseu virtual Katniss é apenas mais uma mortal enfrentando a fome, as dores, o frio, e as ameaças naturais ou dos outros competidores, e principalmente, daqueles que controlam o jogo.

 

É claro que um Xenite já quer logo saber o que há de tão especial nessa guerreira. Com Xena, Katniss é tão dura na queda quanto ela, e mostra ao longo dos livros que estratégia pode ser muito mais letal do que braços fortes e armas pesadas. E como toda Xena que se preze, a guerreira do Distrito 12 possui aliados dentro e fora da arena, o que torna a personagem engrandecida e mostra bastante de seu nobre coração. Já com Gabrielle, além da crença de que o mundo pode, sim, se transformar num lugar mais pacífico, seu estilo de combate amazona é a maior referência à nossa barda guerreira – ainda que Gabrielle pouco use de um arco, ela sempre será uma Rainha Amazona.

 

Katniss Everdeen vai além de uma sobrevivente: ela carrega o símbolo de todos os oprimidos, das incontáveis famílias sem voz que, pouco a pouco, perdem sua humanidade em reverência ao absolutismo e onipotência de poucos claramente deslavados de compaixão. Não é por menos que seu símbolo é o tordo, o pássaro que faz reverberar sua voz para ser ouvida e repetida por todos. Assim, Katniss, por si só, é símbolo de bravura, de fogo na alma, de esperança… de revolução. Ela é o espelho de quem deseja alcançar mais do que a vida nos oferece a princípio.

Os livros (Jogos Vorazes; Em Chamas; A Esperança) são claras críticas à mídia violenta e sensacionalista, debochando na cara da aniquilação humana. Assim como XWP, num primeiro momento pode-se achar que é entretenimento infantil (!), mas logo se percebe que, para ser vitorioso num jogo da morte, a fruta precisa amadurecer antes da hora – e fazer de tudo para não ser devorada.

A tradução das versões brasileiras ficaram a cargo de Alexandre D’Elia (confira uma entrevista com ele sobre a experiência de traduzir as obras AQUI). A adaptação cinematográfica é maravilhosa, porém não muito rica em detalhes narrativos. Só mesmo lendo o livro para compreender todo o desenlace da trama. O filme de 2012 conta com a direção de Gary Ross e adaptação de roteiro da própria Suzanne Collins. A atriz Jennifer Lawrence dá vida a Girl Power Katniss, numa atuação digna da personagem brilhante. O segundo filme tem previsão de lançamento ainda este ano.

Estou feliz de estar em casa outra vez. Grande abraço de gigante em vocês!

 

 

 

 

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Manoella e Angelis: Primeiro casal gay – Fazenda de Verão

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Quando a nossa amada Rede Record resolveu investir em reality show para competir com sua eterna rival – Globo  –  inovou de forma  ‘’autêntica’’ colocando famosos em uma casa, mais precisamente em uma fazenda. O programa A Fazenda,  visto por poucos, não conseguia bons índices de audiência, mas aos poucos foi cativando um público ‘fiel’ à programação.

Depois de cinco temporadas, decidiram investir no mesmo modelo do BBB, onde pessoas desconhecidas iriam para uma casa.  Contudo, não esperavam a grande repercussão que essa Fazenda de Verão estava tomando. Ao todo 22 participantes passaram pela casa, e alguns participantes desistiram de disputar o grande prêmio. Regada a muita baixaria, brigas e assuntos polêmicos, a Record encontrava-se em uma saia justa.

Confesso que não acompanhei os primeiros meses da Fazenda de Verão, no entanto, uma coisa curiosa chamou minha atenção e de todos aqueles que não davam nada para o reality. Duas mulheres se rederam ao amor.

Pela primeira vez na televisão brasileira e dentro de um reality show nasceu um amor verdadeiro, mesmo envolvido com tantas brigas e ciúmes.

O bispo Edir Macedo, dono da emissora e evangélico, não esperava por essa, duas mulheres envolvidas amorosamente no programa. O que fazer? Como de praxe, nós xenites sabemos bem o que a Record é capaz de fazer, meteu logo a tesoura em muita coisa, tentavam esconder o relacionamento das duas, evitavam mostrá-las, os beijos e abraços, no mesmo estilo em que Xena foi censurada. Diante de um impasse a Record mostrava pequenos pedaços do relacionamento das duas, sem saber o que fazer. Aos poucos resolveram mostrar a verdade: A mineira Angelis Borges  e a curitibana Manoella Stoltz formavam um casal.

Angelis Borges (à esquerda) e Manoella Stoltz (à direita).

A saída de um dos participantes trouxe à casa a mais nova participante, Manoella Stoltz. Uma mulher bonita, elegante, discreta e sensual. Os outros participantes não gostaram da ideia de uma nova integrante. Entretanto, Angelis foi a que mais gostou disso, como foi completamente rejeitada pelos outros integrantes da casa depois de arranjar tanta confusão, tratou logo de colar na sua mais nova amiga. Nascia ali uma das belas histórias da Fazenda de Verão.

 Tudo começou depois de que Manoella ficou uma tarde inteira tomando sol, torrou até os miolos e, com um gesto de caridade, Angelis cuidou muito bem da curitibana, dali já surgia um química, logo depois, o beijo na festa cubana. E a Record  com medo do que pudesse acontecer resolveu censurar! Só que, em nota, afirmaram que não omitiram o beijo entre as participantes.

Festa cubana.

Todavia, percebia-se que ali surgia uma paixão avassaladora. De um lado a tranquilidade e simplicidade de Manoella, do outro, a explosiva e ciumenta Angelis.  Incontáveis brigas aconteciam, e o motivo era o ciúme imenso que Angelis sentia de sua namorada.

Carinhosa como sempre, Manoella sempre fazia os desejos de sua amada, e muitos participantes viam isso como uma forma de jogar da curitibana. No entanto, percebia-se que Stoltz estava apaixonada, mesmo ter afirmado nunca ter se envolvido com uma  mulher antes, certa vez disse que Angelis era uma experiência inédita em sua vida.

Dividindo a mesma cama, Angelis demonstrava seu medo quanto o relacionamento, mas se sentia segura com a confiança que Manoella transmitia:

 

 

Na íntegra o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=HU1omJIGG-A

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De fato, Manoella sempre deixou claro que estava disposta a seguir e se envolver com a mineira:

http://www.youtube.com/watch?v=6sA7-tg2fQk

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Mais ligadas do que nunca, as meninas não queriam ir para roça, Angelis não conseguia imaginar dentro da casa sem sua amada, só que, dito e feito, as duas disputavam a roça.

Na semana de eliminação  uma conversa na casa da árvore foi estopim da pior briga. A conversa seguia tranquila, a situação ficou complicada depois que Angelis resolveu fazer uma brincadeira, que Manoella não gostou muito, sendo motivo para terminarem por um dia.

A briga foi tão intensa que não conseguiam olhar uma para cara da outra.

Angelis chorou baldes, piscinas, lagos e mares por Manoella, que estava bastante chateada com sua amada. Nem se olhavam. Angelis chegou a dizer que Manoella foi um grande erro. Depois de horas sem se falar a mineira não aguentava mais o climão, acabou cedendo e pediu desculpas. 

Por fim, se reconciliaram. E Manoella ao ser eliminada disse ao Rodrigo Faro que esperava por Angelis.

Após receber duras criticas a respeito da censura contra as meninas, finalmente a Record resolveu mostrar o relacionamento entre as duas e a reconciliação:  >>> http://zip.net/bgjkmR

Cumpre ressaltar que dentro da casa havia um gay, o que não descartaria a possibilidade de que isso pudesse acontecer.

Depois da saída de sua fiel ”amiga” (era assim que o R7 as definiam), Angelis chorou um oceano e não parava de falar de Manoella, fazendo até planos para o futuro junto de sua amada.

O alvoroço de fãs de Angelis e Manoella (#ManoGelis) já estava montado aguardando a grande final e os possíveis cortes que a Record ia fazer, no entanto, surpreendeu a todos, a emissora assumiu o romance entre elas. Rodrigo Faro foi até além, disse que Angelis tinha encontrado sua alma gêmea.

O site da UOL fez questão de conversar com o diretor do programa para esclarecer alguns pontos: ”Convidado a comentar as críticas que “Fazenda de Verão” recebeu por ter adotado uma edição conservadora das cenas de Angelis e Manoella juntas, Carelli admitiu que não deixou que detalhes da intimidade das duas fossem ao ar, mas ressaltou que a opção de não explorar o romance explicitamente não prejudicou a narrativa do programa.

“A gente deixou muito claro que era um casal, não escondeu a história das duas“, disse, garantindo que não houve diferenciação em comparação a outros pares românticos formados no confinamento como Flávia e Dan ou Natalia e Victor. “Nada do que a gente não mostrou interferiu na percepção do telespectador, mostramos só o que era necessário“, continuou. 

Questionado se houve alguma recomendação da Record sobre como tratar a relação de Angelis e Manoella, Carelli afirmou que seguiu “a linha editorial da TV aberta“. “Existe um limite para tudo, não só para mostrar casais homossexuais, como para os heterossexuais, sexo, nudez, e outras coisas“, afirmou.”

De fato, as meninas conquistaram o público com seu romance intenso e verdadeiro, reatando o namoro fora do confinamento:

@ANGELIS_ ”Eu e Manuzinhaa…Sim estamos namorando…Yeah.”

http://www.youtube.com/watch?v=horKRXVM5ls

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A pergunta que não quer calar: o que tem haver com Xena?  Acredito que o amor das duas tem uma ligação com o que vimos em XWP, bem como a relação que a Record teve com esse assunto.

Achei interessante compartilhar com vocês uma história diferente.

Ah, só para matar qualquer um(a), o banho mais polêmico dessa edição, sobrou até punição por causa da demora no chuveiro:

 

Até mais, caros amigos.

PS: Sei que muitos xenites não são fãs de BBB e afins. 😛

  

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Janeiro de 2013

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E o mundo não acabou! E por isso, estamos aqui em mais uma edição da Revista Xenite, que embora não seja exatamente a mais recheada, não falhou em sair! Provavelmente o povo tá de férias ou se recuperando das enfiadas de pé na jaca resultantes das bebedeiras de fim de ano (um beijo pra Déh Sousa #corre).

Então, corram lá e leiam e comentem porque sempre que vocês lêem um artigo e não comentam a Alti mata um gatinho. Salvem os gatinhos.

Lista de menções do passado de Xena – Chapo

A Vida Docemente Amarga – Chapo

Porque Ares e Xena são socialmente errados como casal – Mary Anne

Subtexto: o antes e o depois – Mary Anne

A mulher mais importante em toda a criação – Mary Anne

A Sétima Arte, Colorida (9) – Mary e Ary

Os Sinos – Lorenzo

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A vida docemente amarga

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A princípio fiquei meio sem entender algumas coisas. Sempre vendo episódios que mais gosto, perdi um pouco da noção da seqüência de acontecimentos. Acredito que todos nós em algum momento perdemos. E então recobrei algumas lembranças da terceira temporada, que reluto em assistir porque acho que se trata ser a escuridão que precede a luz (4ª temporada e o Caminho). E então entendi essas coisas, ou não.

A terceira temporada é digna! Tem Esperança sendo abandonada, tem Solan voltando e sendo assassinado, Esperança sendo morta pela mãe que quase engoliu veneno também, briga entre Xena e Gabrielle, Bitter Suíte, Gabby quase morrendo por flechada e meu Deus! Quase se perde o fôlego!

Então seguindo a sequencia, fui ver forget me not aonde Gabrielle ainda sente uma dor dilacerante. Tamanha é esta dor que ela deseja simplesmente esquecer tudo. Apagar de sua memória todos seus erros, Solan, Esperança, Lao Ma. Ela quer simplesmente ser um pote vazio.

E Gabrielle devia estar muito desesperada mesmo pra recorrer a uma Titanide, Mnemosine.

Penso que, antes de tudo, Mnemosine era também um pouco sádica. Não é possível que tenha sido coincidência aquela garota parecidíssima com a mulher que Gabrielle matou sair do templo bem na hora ela ia entrando. Até o penteado parecia. Embora Meridian seja mais bonita, em minha humilde opinião.

 

Gabrielle passa pelo rio dos tormentos e as lembranças vêm: Gabrielle matando pela primeira vez, o cavaleiro que Esperança bebê matou enforcado, Crassos morrendo por decisão dela.

Em seguida o rio do infortúnio que traz os grandes fracassos de Gabrielle, a começar por trair Xena e confiar no dragão verde (quem não se lembra do tapa na cara que Gabrielle dá em Xena?). Todos seus pecados, erros e faltas vindas como uma grande onda, mas em água parada.
Ares era uma personificação do que jamais queria ser. Má por natureza, por diversão, mas talvez acima de tudo, alguém que usa Xena e suas fraquezas. Mesmo a amando acima de qualquer coisa.

 

Vale a pena tanta dor em busca das respostas?

E perceberam como não importa qual lado você siga? Seja Gabrielle, seja uma Callisto, o peso do destino e de nossas escolhas tende a nos derrubar. Não adianta soberba, orgulho, não adianta olhar para o lado e fingir que nada acontece ou que amanhã será resolvido. Tanto Callisto no final da terceira temporada quanto Gabrielle nesse ponto da trama tinham exatamente o mesmo desejo. Ser um pote vazio, ser esquecida, ganhar o sumiço.

Curiosamente era o que Eli precisava que fosse atingido para chegar ao estado de amor que ele chegou. O equilíbrio por vezes é mais confuso que a queda.

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