Caminho das Índias: O Bhagavad Gita
Por Cris “Barda” Penoni
Desde que a novela “Caminho das Índias” estreou no horário nobre da Rede Globo eu tenho considerado a possibilidade de escrever um artigo sobre a religiosidade hindu. E finalmente chegou o mês de fazer isso!
Mas, ao contrário do que se possa esperar, eu não vou recontar alguma história religiosa hindu, nem explicarei as castas, nem nada disso. O artigo desse mês é apenas um convite.
O hinduísmo (assim como outras religiões) possui um conjunto de livros considerados sagrados. Um dos mais importantes é o Mahabharata, onde está o Bhagavad Gita (A Sublime Canção), escrito por Krishna (sim, a divindade azul que ajudou Xena em “The way”). Ele é um poema místico-filosófico que traz as ideias de espiritualidade do hinduísmo. Nele, Krishna e Arjuna, filho de Indra, dialogam, e Krishna ensina a filosofia bramânica, falando sobre os deveres próprios dos membros de cada casta e os meios de se libertar do karma e do ciclo de reencarnações.
A editora Martin Claret, em sua coleção “A Obra-Prima de Cada Autor”, lançou o “Bhagavad Gita”, traduzido e comentado pelo filósofo e educador Huberto Rohden. Nas notas explicativas, há comparações com falas da Bíblia e de grandes pensadores da Antiguidade, como Platão e Aristóteles.
Há alguns dias comecei a ler, e é incrível! Muitas das coisas que li até agora (o que não é muito, ainda estou no capítulo 3) fazem sentido, e algumas vezes, remetem o pensamento a XWP. Por exemplo, no capítulo 3, há a seguinte frase:
“Melhor é morrer no cumprimento do dever do que viver com temor, á mercê dos instintos inferiores.”
Isso lembra muito a fala de Lyceus em Segunda Chance (Remember Nothing, 02X02):
“Pode ser que seja uma batalha perdida, mas eu prefiro morrer lutando do que viver sem ter tentado!”
Mesmo que seja uma cultura religiosa completamente diferente, vale a pena ler o Bhagavad Gita. Esse é o meu convite para vocês! Espero que gostem!
Até mês que vem!