Encontro Xenite 2012 na Ótica do Bardo Gaúcho

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Saí da cama na manhã do dia 27 de Julho de 2012 para me deparar com um quarto extremamente frio e silencioso, mas eu já me encontrava sorrindo, porque eu sabia que dentro de poucas horas eu estaria longe daquele Inverno com atmosfera de sepulcro, em meio à muito calor e à muito barulho. Não um calor de temperatura terrestre, não um barulho de cidade metropolitana. Falo de calor humano, de risadas humanas, fermentadas pela saudade de amigos de quem me despedi há um ano atrás…

 

Tomar banho, depois o café-da-manhã. Revisar as malas. Ligar para o táxi. Desembarcar na rodoviária. Apanhar o ônibus para Porto Alegre. Tudo isso das 6h00 até às 8h00 AM. Lá pelas 10h30 AM eu chego no Aeroporto Internacional Salgado Filho, e começo a procurar o Alessandro Chmiel em meio à multidão (missão para qualquer escoteiro amador, já que localizar o Alê é muito fácil, mesmo numa floresta de ipês). Lá estava ele na fila da Gol, para fazermos o check-in. Após o abraço de cumprimento sempre cheio de frescor, nos encaminhamos para despachar as malas. Almoçamos lanchinhos que tinham o preço de um manjar do Olimpo, coisa muito típica de aeroportos, que arrancam montanhas de dinares de estômagos necessitados. Feito o forra-pança, estávamos prontos para embarcarmos no avião que nos levaria até Guarulhos, onde Chapo nos daria carona até o hostel.

 

 

 

Após um vôo tranquilo, onde Alê e eu colocamos em dia boa parte dos assuntos que durante um ano não conversamos nem mesmo pela Internet, descemos em SP e nos dirigimos àquele local que, para mim, é o pior momento de uma viagem: a esteira das bagagens, onde tu esperas uma eternidade ao cubo e nada de avistar a sua querida mala voltando pra você.

 

Pouco depois das 14h, Alessandro e eu passeamos pela calçada, com nosso carrinho de malas. O ar estava quente, eu diria que fazia uns 16°, e sorri pensando na cama gelada que eu recém havia deixado para trás. Nesse meu momento de devaneio, uma voz disse alta: “Vocês não vão mesmo olhar pra mim?”. Era Chapo, dando risada, encostada em seu carro, por onde Alê e eu tínhamos passado reto sem perceber! Mais um ótimo abraço da guria do olho brilhante, e seguimos para o hostel.

 

Chegando na Pousada dos Franceses, tocamos a campainha e Déh apareceu do outro lado do portão, já bastante afoita, de bermudões e de boné cobrindo sua cabeça raspada. Os abraços que a Déh dá na gente deixam tons arroxeados mais exóticos a cada ano que passa, mas dizem que o amor dói, né? Marisa logo apareceu para nos cumprimentar também, irradiando, como sempre, aquela aura de mãezona carinhosa que ela tem. Entramos para encontrar Yannara e Jasson. Yannara e Jasson… YANNARA E JASSON, entenderam?! Era o primeiro Encontro Xenite de ambos, e finalmente pude conhecer a duende Yan, tão delicada e meiga, tão parecida com minha melhor amiga de infância, como sempre digo para ela! E o Jasson, o Anjo Xenite! Com sua barba de galanteador, parecia demais com o meu melhor amigo! Xenites, se não fosse pela ajuda do Jacboy (Orkut feelings), eu não teria hoje em casa a maioria dos meus itens xenites e buffynites, porque ao longo de 7 anos ele sempre se propôs a auxiliar na realização de sonhos consumistas não somente meus, mas de tantos outros xenites! Tão bom conhecer mais dois membros de nossa família!

 

 

Alê e eu só precisávamos providenciar o check-in para nosso quarto, já que nossas diárias já estavam pagas e, portanto, reservadas há meses. Fomos apresentados às xenites Leila, Mara e Aline, que vieram para reforçar o time feminino de xenites. Leila é uma mulher tão serena, tão receptiva, que você simpatiza com ela logo de cara. A Mara não faz cerimônia para nada: já chega se apresentando em alto e bom tom. E a Aline parece estar no fandom errado, à primeira vista, por conta de sua camiseta de Star Wars, mas é definitivamente uma de nós!

 

No hall do hostel, de repente sinto um volume enorme sendo jogado contra o meu peito, sem que antes eu pudesse sequer identificá-lo em meu campo de visão: era Thalita, que vinha a galope para se lançar nos meus braços. O abraço mais forte que eu já recebera até então! E ela pegava no meu rosto e me dizia, sem parar: “Você está lindo! Nossa, como você tá lindo!” Como se eu não ouvisse isso todo dia, haha (brincadeira!). Thalita sempre foi, ainda é. e não tenho dúvidas de que sempre será uma de minhas melhores amigas xenites, porque por mais que ela tenha optado por não ter mais Orkut nem Facebook, nós dois continuamos a nos comunicar por e-mails toda semana, falando sobre tudo e sobre nada, filosofia, religião, política, economia, sexualidade (principalmente sexualidade!).

 

A Déh nos fez sentar e começou a distribuir presentes! Ganhei um cantil da Calvin Klein, revestido de couro preto! Quer coisa mais xenite que isso?? Na mesma hora lembrei do cantilzinho que a Xena usa pra cuspir álcool contra uma tocha em Mortal Beloved para incendiar uma harpia que queria pegar o Marcus! Ganhei também um suporte de parede pra chaves, com a Xeninha e a Gabyzinha de Lúcia Nobrega desenhadas dentro de um chakram. Aí eu já tava sem palavras! E veio da Leila mais um bloquinho com estampa em marca d’água sobre o EX 2012. A Déh me deu uma camiseta Culture para que eu entregasse ao Fernando, meu namorado! E o Alessandro foi distribuindo ao longo dos 3 dias de EX um marca páginas lindo de Xena e Gabrielle clássicas.

 

Foi então que Chapo teve de nos deixar, pois tinha compromisso com o trabalho. Nesse entremeio, chegou a Déh Ruiz para ficar conosco. Ao entardecer, começamos a assistir Sins of the Past no telão do hostel, e preparamos pipocas “de laranja”, segundo a Thalita (a embalagem alaranjada era pra simbolizar o cheddar!). Mais tarde, já acompanhando A Necessary Evil, pedimos tele-entrega de pizzas, muitas pizzas!

 

 

 

Mara tinha mandado uma gráfica imprimir 300 cartinhas com temática XWP para jogarmos Uno. Eram fotos lindérrimas, provenientes de um link que Mary Anne lhe passou. Só dava xenite babando em cima do baralho, loucos para “escorregar” para dentro do bolso alguma daquelas belezinhas! Depois de uma vitória da Marisa e outra minha, a Mara deixou que escolhêssemos algumas para levarmos para casa.

 

À noite, Jasson, Alessandro, Thalita e eu fomos para a Tunnel, uma baladinha próxima do hostel. Ficamos pouco lá dentro, em função de todas as Skols que tínhamos tomado durante o dia, isso sem falar no cansaço de viagens longas de ônibus e avião. Fomos para casa e dormimos um pouco.

 

Sábado. Muito legal acordar num quarto cheio de beliches ocupados por xenites! Café da manhã cedinho na mesa xenite, e já começaram as discussões sobre o que comeríamos de almoço. Mara era a mais apressada, sem dúvida alguma. Optamos por assar um churrasco, então fizemos um pergaminho bem comprido com a relação dos ingredientes necessários para a comilança. Fomos ao hipermercado Extra, e peregrinamos por diversos setores, a fim de arrecadar 14kg de carne, batatas para a maionese, cervejas, refrigerantes, pão de alho e carvão.

 

 

De volta ao hostel, encontramos o xenite Rodrigo, “desaparecido” desde o EX de 2010, pronto para nos ajudar com o preparo do almoço. Ele e Alê se atracaram em passar sal grosso na carne e colocá-la para assar sobre umas brasas tímidas, logo atiçadas pelo secador de cabelos da proprietária da pousada.

 

 

Passamos a tarde comendo, comendo e comendo carne na farofa. Apesar da preocupação do Alê (“Será que vai ficar bom esse churrasco? E se não ficar?”), todos ficaram muito satisfeitos com a delícia de almoço com tempero xenite. Somavam-se a nós agora a Xeila, xenite carioca famosa pela tatuagem bastante popular em busca de “tattoo xena” no Google Imagens, e a queridona Maryana Herz, nossa musa do rock! Kéka também chegava, cumprindo sua promessa do ano passado de passar mais tempo com a gente esse ano. O Wladimir de Brasília, veterano do fandom, também havia chegado.

 

No fim de tarde, após assistirmos ao episódio Chakram, as xenites “arcanjas” Suhayla e Angelina, mais Adriéli, Juliana e Elaine, juntaram-se ao nosso grupo no hostel. Tornava-se impossível enumerar por exato quantos xenites haviam lá, talvez porque ninguém ficasse parado! Era muito papo pra ser posto em dia!

 

A Kéka, a Herz, o Wlad, o Alê e a Yan estavam na roda de violão no sofá, e cheguei junto para cantar Fucking Perfect da P!nk, Wonderwall do Oasis e Nobody’s Home da Avril Lavigne. Mais tarde, a galera resolveu sair para beber fora, e eu fiquei com o Alê, a Xeila, o Jasson, a Mara, a Déh e a Marisa no hostel para assistirmos o AFIN. Sonho xenite realizado! Depois do comovente episódio duplo, saímos para encontrar Diéli e a turma num barzinho de calçada, onde ficamos até de madrugada debatendo sobre a série.

 

 

Dormimos um pouco e já era manhãzinha de domingo, ou seja, IBIRAPUERA nos aguardava! Passamos no Extra para compramos mantimentos para o nosso piquenique (pãezinhos, frios, mostrada, biscoitos e sucos). Chapo voltou a se juntar a nós, após seu final de semana puxado no trabalho, e zarpamos de ônibus para o parque.

 

Chegando ao Ibira, fomos direto à procura de um gramado com sombra fresquinha, e nos pusemos a comer. Conforme iam terminando de comer, os xenites iam se levantando para praticar arremesso de chakram de sucata, aquele mesmo chakram que eu fiz ano passado e que a Chapo trouxe da casa dela. Preciso dizer que nos divertimos pra caramba? Não, né? Cada xenite arremessava e apanhava o chakram das maneiras mais engraçadas, e iam se aperfeiçoando a cada tentativa.

 

O xenite Pow já chegou girando seus sais bem na hora em que uma rápida partida de futebol xenite era organizada. De um lado, Alessandro, Suhayla, Cecília e eu, contra Adriéli, Thalita, Chapo e Ju. Qual time venceu? O meu, é claro, num placar de 2×0, um gol marcado pela Su e outro pela Ceci!

 

 

Depois de uma tarde de domingo bastante “suarenta”, voltamos para o hostel, onde a Vodka da Diéli nos impeliu a jogar “Eu Nunca”, numa roda onde todo mundo estava muito disposto a extrair os pecados do passado dos colegas xenites! Resolvemos alongar a noite e voltamos ao barzinho de calçada da noite anterior, onde ficamos conversando até depois da meia-noite, planejando novos reencontros!

 

Bom, pessoas, meu relato até aqui pode ter soado um tanto quanto “técnico demais”, porque só vim narrando o que nós fizemos em SP durante estes 3 dias. Mas é que eu já me conformei de que é impossível colocar (ou ao menos tentar) em palavras a emoção que é estar entre pessoas das mais diversas idades e culturas, todas irmanadas (palavra que a Déh adoooora usar!) por esse sentimento de amor à série Xena – a Princesa Guerreira. É emoção demais! Não me arrisco mais a dizer que o Encontro X foi melhor que o Encontro Y, ou que o Encontro Z será mais bacana do que esse Encontro do qual acabo de retornar. Parece que a cada ano que passa tudo se soma, então sinto como se os três Encontros aos quais já compareci formassem uma série única, e é claro que eu torço para que sempre seja renovada ao término de cada temporada!

 

Como a Mara mesma disse, existem “xenites fãs de xenites”, porque SIM!, nós somos criaturas fabulosas dignas de admiração, tanto quanto LL, ROC e cia! Sustentamos um legado que já poderia ter se perdido no tempo, mas NÃO! A gente luta para preservar a alma de Xena e Gabrielle de virarem piada contada em rodas de machistas por esse mundão afora. Encontro Xenite é celebração, não é apenas tirar fotos com chakrams genéricos fazendo pose de grego guerreiro. Trata-se de se sentir confortado com outros amantes da sua mesma paixão, aquele gosto pessoal que 90% das pessoas que vivem em nossa cidade desconhece e despreza.

 

Engraçado: quando parti para participar desse Encontro Xenite 2012, eu sabia que não estava deixando para trás a minha família. Dentro de mim, eu sinto que existe uma coisa muito mais importante do que os laços de sangue. A minha definição de LAR é essa certeza de que pertencemos a algo maior, a uma coisa mais sublime, e é isso que ser xenite significa para mim: minha IDENTIDADE.

 

Rob

 

 

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Só uma dos muitos objetos de vingança de Emily Thorne

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A bitch do mês possui características bem semelhantes às de qualquer vilã que se prese, porém, como de praste, é necessário que se inicie contextualizando sua personalidade e papel na trama.

Victoria é uma personagem da série Revenge, a matriarca da família Grayson, cujas atribuições são, como de toda chefe de família, manter a família a salvo e unida, destruindo quem quer que seja para que isso se torne possível. A verdadeira definição do uso do instinto materno usado para objetivos diabólicos e completamente egoístas, o que a torna uma vilã bastante perigosa e uma oponente notória aos planos da protagonista, Emily Thorne.

Mãe superprotetora de Daniel e Charlotte, Victoria se tornou adúltera quando se apaixonou pelo pai da personagem principal, David Clarke. Uma análise dessa relação ainda não foi feita de forma profunda durante a série, mas é provável que com o passar de novas temporadas, tudo fique mais claro.

Se seu papel se restringisse apenas ao de uma esposa infiel, talvez não teríamos uma vilã à altura da nossa anti-heroína, Emily Thorne. Acontece que Victoria teve um papel fundamental para que o pai de Emily fosse injustamente acusado de um crime que não cometeu, se tornando um alvo óbvio desta, por sua traição imperdoável.

Qualquer segredo que esteja à disposição dela é capaz de ser usado como arma, porém, nem tudo se torna triunfo nas mãos dessa bitch. Ela vê sua família desmoronar quando vem à tona o fato de que sua filha mais nova, Charlotte, não é fruto de seu casamento, e sim de suas aventuras românticas com David Clarke, pai de Emily.

A obsessão de Victoria por proteger os filhos – em especial o primogênito, Daniel – é tão grande, que, em determinado momento de crise, quando Daniel é acusado de um assassinato e vai para a cadeia, a mãe contrata bandidos para darem uma surra nele para evitar que ele passe mais noites na prisão e lhe seja concedida a condicional.

Quem interpreta a personagem é a atriz Madeleine Stowe, veterana do cinema que possui, no currículo, filmes como 12 Macacos e Fomos Heróis.

Embora só haja maldade estampada em suas ações, há quem diga que Victoria só foi fruto de uma vingança por estar na situação errada, no local errado. A série nos apresenta a possibilidade de que ela tenha feito o que fez – trair seu grande amor – por coação do restante envolvido na história, e não por intenção própria. Isso só será descoberto quando tivermos mais fontes para fundamentar esse tipo de especulação.

O interessante é que a maldade da personagem é fundamental para manter um equilíbrio na série, e ela acaba caindo nas graças do público por ser um destaque em relação aos outros vilões da série. Desde sua expressão facial, até o modo como mede de forma previamente estudada cada palavra que vá proferir, como se temesse o resultado delas, faz com que ela seja uma bitch única, que faz jus ao direito de estampar o top 10 das vilãs mais marcantes (recentemente inventado por mim).

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O único homem capaz de quebrar o Homem-Morcego

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Uma das coisas mais fascinantes dos super-heróis é saber que, como nós, eles estão absolutamente suscetíveis a apanhar, tanto da vida, quanto dos vilões, ou super vilões. Isso que os tornam atraentes, mas, acima de tudo, humanos. Isso nunca foi diferente na vida de Xena, ou de Gabrielle, e nem seria na de Batman, já que o Bad Boy desse mês é conhecido por ter destruído e humilhado o Homem-Morcego tanto no combate corpo a corpo, quanto psicologicamente.

Bane é para Batman quase o que César foi para Xena, um personagem caracterizado pelo simples fato de infligir mal nos seus inimigos, quem quer sejam eles, bastando apenas constituir um óbice a seus objetivos para que esteja na mira de um ser totalmente desvinculado de emoções humanas como amor, compaixão, misericórdia e discernimento entre o bem e o mal. E por oportuno, incluo aqui um paralelo óbvio entre Batman e Xena: os dois encontraram a sua maior queda da mesma maneira, uma lesão muito grave na coluna que os impossibilitou, temporariamente, de continuar, até que ambos fossem beneficiados pelo “Deux ex machina”¹ para voltar à ativa.

Criado em uma prisão muito distante de Gotham, o vilão criou diversas habilidades no mencionado combate corpo a corpo. Habilidades que vieram a ser usadas para causar o mal.

Em decorrência de uma rebelião na prisão, o personagem teve ferimentos irreparáveis no corpo, a ponto de ter a saúde sustentada por uma máscara e por um experimento de laboratório para criar um super soldado (‘venom’ = veneno) que lhe dá força sobre-humana e músculos, muitos músculos, não somente para manter uma postura altamente intimidadora, mas também para sobreviver. De forma que a sua vulnerabilidade jaz nos tubos que alimentam seu corpo.

Sua primeira aparição no universo da DC foi em 1993, “Batman: A Vingança de Bane” e, logo depois em “A Queda do Morcego”. Neste episódio das histórias em quadrinhos, o personagem empreendeu fulga de todos os grandes vilões de Batman aprisionados no Asilo Arkham, para deixar o herói cansado e, finalmente, destruí-lo. Quando Batman chega exausto e completamente desgastado de tanto trabalho para recapturar a maioria dos fugitivos, Bane o surpreende e, sendo vitorioso, aplica um golpe de misericórdia, quebrando a coluna do morcego, deixando-o paraplégico.

Os planos do vilão, tanto nas HQs, quanto no cinema, no mais recente Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, incluem a dominação de Gotham. Só que neste último, ele quer destruir a cidade, cumprindo os planos da Liga das Sombras, apresentado em Begins, primeiro filme da franquia. O vilão já foi apresentado duas vezes no cinema, uma no pavoroso Batman & Robin (reduzido a um mero capanga de Era Venenosa, interpertada por Uma Thurman), de 1997, e outra mais recente, em 2012, no encerramento da trilogia do diretor Christopher Nolan.

Na conclusão da trilogia de Nolan para o Cavaleiro das Trevas, muito bem interpretado pelo ator britânico Tom Hardy, o personagem surge ameaçador e perigoso já nos primeiros minutos da projeção. O destaque fica por conta de sua voz, que reflete uma pessoa fria e calculista, que faz com que o espectador tema a cada aparição do vilão na tela. Figurino pesado e frases de efeito ditas em uma voz arrastada, seguida de uma respiração completamente audível, refletem as intenções por trás da máscara, onde até nisso o seu interprete acerta, visto a impossibilidade de demonstrar expressões faciais em decorrência da máscara (que no filme se restringe a um gás analgésico), tão importantes na composição de um personagem. A fotografia e a direção também contribuem bastante para a composição ameaçadora anteriormente mencionada, já que constantemente o herói é visto em posição de vulnerabilidade em relação ao vilão (o jogo de câmeras faz com que Bane pareça sempre mais alto do que Batman, para mostrar, em outras palavras, ‘quem está no comando’ da situação), o que contribui para que fiquemos tensos e com medo do que acontece a seguir.

Como todo bom vilão, Bane acaba sendo destruído por sua única fraqueza: sua máscara. Por subestimar o fato de que ninguém nunca vá ousar a fazer o óbvio, que é destruir o tubo que o sustenta, ele acaba encontrando sua derrota.

¹Deux ex machina: termo originado do teatro grego, se refere a um conteúdo ou personagem incluído na trama para solucionar uma situação que foi bastante embaraçada, ou que, aparentemente, acabou sem explicação.  Caracteriza uma solução inesperada, improvável ou até irreal para um conflito.

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5 fatos que nem todos os xenites sabem.

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PAN, O ACROBATA DA FLORESTA

Talvez alguns xenites já tenham ouvido falar a respeito das primeiras idéias para a série, as quais NÃO INCLUIAM Gabrielle como a companheira de viagens de Xena! Dá pra imaginar um cenário assim? Horrível, certamente! Mas foi o que foi inicialmente divulgado:

Xena viajaria ao lado de PAN, o Acrobata Ginasta da Floresta, um surdo-mudo com jeitão de tarzan, e os dois lutariam contra o vilão recorrente: O Grande Khan.

Esse absurdo foi inicialmente anunciado em 5 de maio de 1995, na Revista Newswire…poucos meses antes de Xena ir ao ar oficialmente, revista essa que dizia que Xena viria como uma “alma gêmea para Hércules”.

Mas afinal, de onde saiu essa idéia de jerico? Da cabeça do Tapert?

Exatamente, meus caros leitores! Mas ele se justifica…Numa entrevista presentes nos extras do box Xena 10th Anniversary, Tapert fala sobre alguns aspectos iniciais da série. Como sabemos, Xena foi levada ao ar por um sistema de sindicação pela Tribune Media Services, a qual é responsável por achar empresas patrocinadoras para a s série, ou seja, aquelas que terão seus produtos anunciados entre um intervalo e outro e com isso, enfiarão grana no bolso da Tribune/Universal/MCA/etc.

Ao saber das primeiras idéias para Xena, uma mulher forte, independente, que viajaria sozinha com uma garota contadora de histórias, a Tribuna e a Universal tiveram um chilique e falaram que em hipótese alguma a produção de Xena poderia levar a história pro lado da homossexualidade, ou, não haveria quem patrocinasse.

Na cabeça de Robert Tapert e seus amigos, nem tinha cruzado a palavra “subtexto” naquela época, mas achando a suposição um absurdo e não querendo perder a chance de ter a série financiada, jurou de pés juntos para os “big guys” da indústria que sumiria com Gabrielle nos primeiros episódios e a substituiria, por ninguém mais ninguém menos que: PAN, O ACROBATA GINASTA DA FLORESTA. E não é que eles engoliram esse papo furado? Alegremente deram o aval para a produção da série, sem saber que Tapert faria algumas “mudanças sutis” no que havia proposto. Provavelmente quando se deram por si, viram que já era tarde e Xena tava rendendo um ibope danado.

Mas o fato é que questionamentos sobre essa mudança de plano de fato surgiram! Afinal, o que havia acontecido com Pan e porque Khan o Grande nunca apareceu? Nossos espertos produtores deram outro jeitinho de fugir do aperto justificando o seguinte: KHAN não havia sido excluído, havia apenas mudado de nome, agora se chamava Draco! E Pan? Ah, assim de última hora, resolveram que era melhor transformar ele numa mulher, e botar o nome de Ephiny…afinal, amazonas são acrobatas da floresta, não?

E como a preocupação da indústria com a questão da sexualidade ainda existia, resolveram prometer que Ephiny se juntaria à Xena e Gabrielle e assim seriam um trio viajante(um threesome nem passava pela cabeça deles)…Promessa essa que evidentemente não cumpriram.

 

QUALIDADE DE FILMAGEM

Quando Xena foi lançada e seu corpo de produção foi definido, uma das preocupações de muitos envolvidos era que, Hercules, sendo a série “original” e a queridinha da Universal na época, ganharia tudo do melhor, no que dizia respeito a aspectos técnicos, e as sobras ficariam com Xena. E nesse caso nem se tratavam de sobras materiais, mas sim de EQUIPE mesmo. Felizmente não foi o que ocorreu no que diz respeito a EQUIPE, mas nos aspectos materiais, Xena sofreu um pouco de início.

Como é muito citado, Xena começou com “sobras” de cenário de Hércules, e com uma qualidade de filmagem bem inferior.
Hércules era filmado em filme de 35mm, enquanto Xena começou com 16mm, formato que já estava quase em desuso na época. Isso explica o aspecto granulado dos episódios, que se estende até o meio da segunda temporada mais ou menos.

Diferença da imagem : Na primeira imagem, um screencap de Xena soprando fogo em Cradle of Hope, na primeira temporada. No segundo, Xena em One Agains an Army, na terceira.

 

A qualidade menor, no entanto, não foi apenas uma desvantagem, ela teve seu lado positivo. Como as câmeras eram consideravelmente menores e mais leves, foi possível adaptá-las para cenas mais dinâmicas (pendurá-las em arames) o que o estilo acrobático das lutas de Xena exigia.

E quanto a preocupação de Xena ficar com as sobras de equipe? Parece que as coisas saíram exatamente ao contrário, pois até hoje senhor Kevin Sorbo choraminga que Xena tirou tudo dele e deixou ele com o pior. Que dó. Que dó.

 

ÚLTIMA TENTATIVA

Que Xena a princípio era para ter sido interpretada por outra atriz, Vanessa Angel, praticamente todo xenite sabe. O que muitos não sabem é a verdadeira odisséia que foi para que as coisas saíssem do jeito que sairam e hoje tenhamos a digníssima Lucy Lawless interpretando nossa heroína.

Tudo isso começou lá por volta de 1993, quando Lucy Lawless fez um teste para o papel de Hipólita, a rainha das amazonas, que seria personagem do filme Hercules and the Amazon Women. O fato de ela ter feito um teste impressionante e ter chamado atenção dos produtores, não conseguiu vencer o preconceito que o estúdio tinha em escalar uma atriz não-americana para o papel, e devido a isso, quem acabou faturando foi Roma Downey.

Apesar disso, a sua postura em cena fez com que ela ganhasse um papel menor, como a amazona Lysia, uma das subordinadas da Rainha Hipólita, que segundo eles “fazia o chão tremer” por onde passava, dada sua postura de poder. Isso fez com quem eles a chamassem novamente para interpretar Lyla – a manipuladora namorada de um centauro – no episódio As the Darkness Falls, do começo da primeira temporada de Hercules.

Na foto superior, a amazona Lysia. Na inferior, Lyla

Nesse meio tempo, as primeiras idéias para a Princesa Guerreira, que atormentaria o juízo de Hercules e Iolaus durante um arco de três episódios estavam sendo feitos, e mais do que isso, a Universal cogitava tirar Vanishing Son, série que ia ao ar antes de Hércules do ar, e devido a isso botava pressão nos produtores pra quem arranjassem um substituto. Foi aí que Tapert sugeriu que em vez de matar Xena, no terceiro episódio do arco dela em HTLJ, fosse criado um spin-off e David Eick por sua vez, um dos produtores, sugeriu que Lucy Lawless poderia ser uma boa Xena.

Mas escalar uma atriz Neo-Zelandesa para interpretar uma personagem daquelas? Deus me livre! Ela não tinha popularidade nenhuma, e a Universal EXIGIA alguém que fosse um rosto conhecido, ou seja, Vanessa Angel (ironicamente de quem muita gente nunca ouviu falar).

Angel já tinha sido cogitada para interpretar Hipólita e até mesmo Deianeira em Hércules, mas deu um pé na bunda  da Ren Pictures (companhia de Tapert e Raimi) e foi trabalhar numa série chamada Weird Science. Agora, após duas tentativas fracassadas, os diretores da Universal enfiaram na cabeça de que queriam ela como Xena, não se importando com o fato de ela não ter exatamente um porte de guerreira.

Só que havia um problema…como era fixa em Weird Science, ela não poderia fazer parte de um spin-off de Xena, teria que fazer apenas três episódios e acabar ali. A Universal não viu problema nesse fato, afinal, eles também produziam Weird Science, e ter uma atriz dessa série fazendo uma ponta em Hércules, alavancaria a série do oleoso herói grego. Que o spin-off fosse descartado, eles queriam Vanessa Angel e fim de papo.

Como resultado, enfiaram Vanessa Angel num treinamento de artes marciais para que ela ao menos parecesse convincente nos três episódios que participaria, mas tudo desandou quando ela decidiu visitar a família na Inglaterra, no Natal de 1994 e logo em seguida pegou uma gripe das brabas e não pode voltar para filmar na Nova Zelândia, no começo de janeiro.

Robert Tapert e John Scullian já arrancando os cabelos por causa do imprevisto, entraram em contato com Roma Downey, que havia anteriormente feito teste para interpretar o papel, mas ela recusou. Havia também Melinda Clarke (sim, a VELASCA), mas ela tinha acabado de pegar um papel em um filme e não achou que seria uma boa idéia largar.

“Ela poderia ser a Princesa Guerreira” , sugeriu Tapert se referindo à Lucy enquanto olhava as edições do episódio As Darkness Falls, e John Schullian concordou fortemente. Mas um outro produtor achou que seria uma péssima idéia, porque além do fato de ela ser Neo-Zelandesa, eles tinham acabado de usá-la em cena, três semanas antes.

Ainda assim, não se dando por vencido, Rob prometeu que faria ela ter uma aparência diferente, de modo que não fosse notada a reciclagem, e relutante, o produtor em questão, concordou. Tudo parece um final feliz, não?

Que nada!  Eles ligaram para Lucy, mas como era o período entre final de Dezembro e começo de Janeiro,  ela tinha saído para um longo passeio com o marido e a filha (em parte numa tentativa de salvar o casamento ) que incluía acampamento e visita a casa de vários parentes.

Foi aí que a resolução de Ano Novo de Robert se tornou achar alguém pro papel de Xena.  Desesperados com a perspectiva de tudo desandar de vez, eles ligaram para mais 3 ou 4 atrizes que haviam sido cogitadas, mas todas recusaram. Voltando à idéia de usar Lucy, eles ligaram para o agente, mas ele disse que ela apenas tinha sumido, sem dizer pra onde ia. Numa terceira tentativa, ligaram para os pais, mas eles também não sabiam para onde a filha havia ido ou como contactá-la. 

Com o desespero chegando a 100%, numa última tentativa e à espera de um milagre, ligaram novamente para a casa dela na Nova Zelândia, e o irmão de Lucy que tinha dado uma passada de CINCO MINUTOS para recolher a correspondência, atendeu à ligação. Depois de alguns minutos, ele encontrou o número de alguns parentes do marido de Lucy e o deu para Tapert. Ele ligou já quase sem esperança e finalmente conseguiu contato com ela, que na manhã seguinte pegou um ônibus para se dirigir à reunião com os produtores e desandou em lágrimas, achando que não estava pronta pra assumir algo tão grande. Dentro de dois dias, ela estava com o cabelo sendo tingido e experimentando as roupas, que tiveram de ser refeitas, pois tinham o tamanho e Vanessa Angel. E como Lucy, diferente de Angel, tinha disponibilidade pra filmar bem mais do que três episódios, os planos de Tapert para o spin-off se tornaram possíveis e o resto é história.

Mas epa, espera aí? E escalar a Gabrielle, foi fácil, rápido e certeiro? Não extamente.

Como todo mundo tinha dado a sorte grande de ter conseguido Lucy, que esbanjava beleza e sensualidade para interpretar Xena, foi consenso geral entre Robert e seus colegas de que a atriz que interpretaria Gabrielle não precisaria ter exatamente destaque por beleza, mas sim por talento.  É válido citar aqui, que de início RJ Stewart e Steven Sears, como roteiristas, estavam receosos pela lista não tão extensa de trabalhos de Lucy, e resolveram escrever histórias que dessem mais ação do que falas para ela, até se certificarem que ela se garantiria mesmo pra atuar (Que blasfêmia! Mas a gente te perdoa, Steve). Por esse motivo, eles precisavam de alguém com mais experiência e segurança em atuação para interpretar Gabrielle, afinal seria ela quem “contaria” a história de Xena.

A diretora de elenco, Beth Hymson-Ayer, viu centenas de garotas que achava que poderiam se sair bem no papel, fazendo com elas uma pré-leitura. Dessas centenas, 50 foram mandadas para falar com os produtores, e entre seis e sete delas tiveram a chance de fazer o teste, entre elas, Renée O’Connor e Sunny Doench.

Renée O’Connor, tendo feito o teste, rapidamente se destacou entre as demais, devido a seu currículo considerável, de Texas à Hollywood, e já ser conhecida deles da época em que trabalhou num dos filmes de Hercules  e também Darkman. Robert Tapert lembrava dela porque no teste para o papel de Deianeira (personagem do filme Hercules and The Lost Kingdom, e não a esposa de Hercules ), Renée caiu da cadeira onde estava sentada e achou que por isso tinha perdido o papel. Beth Hymson admirou o senso se humor, inteligência e jovialidade dela e considerando a aura de inteligência crucial para a personagem Gabrielle, todos acharam que ela seria uma ótima escolha. Eles não estavam procurando por uma garota estilo “Baywatch“, porque já tinham Lucy Lawless pra acrescentar o fator “beleza e sensualidade”, então o foco era achar uma atriz que soubesse atuar, já que estavam inseguros com Lucy até então.

Renée como Deianeira no filme Hercules and The Lost Kingdom

 

Tudo parecia perfeito, exceto que  ninguém ainda havia informado das decisões para a Universal (ah, sempre ela!). Acontece que os “big guys” do estúdio bateram o pé. Segundo eles Renée não era “bonitinha” o suficiente para a série (mereciam que Zeus lhes jogasse um raio na bunda por essa blasfêmia), e a preferência deles, era alguém, que segundo eles era mais atraente: Sunny Doench.

Sunny Doench em 2011 – convenhamos, bonitinha ela é,  mas… Quem supera Renée O’Connor?

Contrariados como Argo num campo sem maçãs, Robert e seus colegas acataram a ordem dos superiores e entraram em contato com Doench, mas para surpresa de todos, ela acabou recusando o papel, porque não queria se mudar para Nova Zelândia e deixar o namorado no Reino Unido (obrigada Afrodite). Sem outra opção viável (e pulando de alegria) eles escalaram Renée O’Connor. Ironicamente para a Universal que não considerava Renée bonitinha o bastante, foi a roupa dela que foi encurtada temporada após temporada, mostrando cada vez mais corpo.

Então, como vocês podem ver, e como Liz Friedman citou numa das convenções precisou de muitas coincidências para que Xena Warrior Princess acontecesse e desse certo. Com certeza, era destino!

 

CURIOSIDADES SOBRE TESTES PARA OUTROS PAPÉIS

Adrienne Wilkinson:

Quando Adrienne fez o teste para o papel de Livia, ela em nenhum momento soube de antemão que a personagem seria a filha de Xena. O enredo com os 25 anos de congelamento era um segredo, então basicamente os produtores lhe informaram que ela seria um tipo de imperatriz, e seria um nemesis para Xena.
Ela se mostrou bastante pessimista com suas chances, por se achar fisicamente semelhante à Lucy, o que na sua opinião lhe tiraria as chances. “Eu tinha certeza que eu não conseguiria o emprego porque eu achava que eu tinha semelhanças (físicas) com Lucy. Eu achei que eles iriam querer uma ruiva, ou alguém completamente diferente”.

Ted Raimi:

Após terminar SeaQuest da NBC, Ted ficou meses e meses sem trabalho. Ele admite ter sido irresponsável com seu dinheiro na época, o que o fez ficar com dificuldades até mesmo para pagar o aluguel. Para piorar, o momento tenso fazia com que ele não tivesse concentração em seus testes para outras produções, fazendo com que todos fossem um fracasso.
Num determinado dia quando ele saia da Universal após mais um teste fracassado, imaginando se o carro teria combustível o suficiente pra chegar em casa, ele recebeu um telefonema de Robert Tapert que o convidava para trabalhar em Xena.

Hudson Leick:

Ao chegar no escritório onde ocorria os testes e ver um ambiente lotado de candidatas e completamente impessoal, Hudson teve uma reação inusitada.
Abordou cada uma das inúmeras mulheres que esperavam lá, apertando-lhe as mãos e fazendo um contato visual bastante direto ao se apresentar.
Os produtores brincam que quando chegou a vez dela de entrar para fazer o teste, eles já estavam com medo dela por causa da atitude anterior. E então eles pensaram “Se ela nos faz ficar com medo, ela é pessoa certa pra interpretar Callisto”.

 

POLÍTICA DA NÃO VIOLÊNCIA

 

Durante os primeiros anos do Xenaverse/Hercaverse, os produtores tinham uma política de não violência.
Uma das maiores preocupações gerais na época – seja dos produtores, da crítica ou do público – era o fato de Xena ser uma guerreira com passado sangrento que semanalmente lutava com os mais variados vilões e diferente de Hércules, MATAVA.
Isso logo gerou preocupação, porque o público majoritário de Hércules eram crianças com menos de 10 anos, e era suposto que grande parte do público de Xena também fosse dessa faixa etária.

Até o começo da segunda temporada de Xena, Tapert e companhia diziam que não havia motivo para preocupação. As cenas de Xena era feitas para não serem chocantes. Não eram “acreditáveis”, porque não havia sangue, hematomas ou gente aparentando sofrer realmente, ou seja, nada muito diferente do que as crianças viam nos desenhos da época. Até então considerava-se o episódio mais “pesado”, Gauntlet, onde Xena é espancada pelos seus ex-soldados, o que levou a cortarem boa parte da cena, que segundo eles era muito mais chocante.

Dito isso, é interessante notarmos como houve uma mudança de foco no decorrer do desenvolvimento de Xena. …Há quem diga que Xena é uma série falsa, por não mostrar sangue ou machucados, mas vejamos o que se seguiu quando já na terceira temporada, os produtores resolveram jogar ao Tártaro sua visão de “série politicamente correta”:

 

Gabrielle sendo arrastada por meia Grécia em The Bitter Suite, Xena matando geral em Once Against an army, Xena sendo espancada por Najara em Crusader, Xena levando uma chakrada no pescoço em Between the Lines, perdendo os membros em The Way, sendo pregada na cruz em Ides of March, Gabrielle quase perdendo o escalpo em Motherhood, mãos sendo comidas por vermes em The Hauting of Amphipolis, Xena sendo espancada ao último em Who’s Gurkhan, e…levando centenas de flechadas e por fim decapitada em A Friend In Need.

Um pouco demais para a abordagem da não violência, não?


Encerro o artigo esperando que tenha entretido alguns xenites com um pouco de informações interessantes.

Já sabem né? Comentários são obrigatórios bem vindos!

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[Tutorial] Como adicionar imagens na Galeria

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Passo 1:

Acesse http://revistaxenite.com/galeria/ e clique em REGISTRO, preencha o formulário e depois confira seu e-mail para pegar o link de ativação da conta. 

Passo 2:

Me notifique do seu registro para que eu possa alterar seu nível para Administrador.

Passo 3: 

Uma vez logado como administrador, você verá no menu superior o link ENVIAR ARQUIVO, clique nele.

Após clicar no link, a seguinte janela aparecerá:

Ali vocês podem 3 categorias (Fotos Oficiais, Fotos Promocionais, Fotos Raras), e dentro de cada uma, a relação de álbums existentes. Caso vocês não encontrem o álbum do personagem que desejam upar as fotos, me notifiquem que eu o criarei. Vocês mesmos podem criá-lo, caso desejem se aventurar pelo painel, mas isso eu explicarei depois. Na dúvida, apenas me avisem que eu mesma crio.

Passo 4: 

Após escolher a categoria e o álbum, cliquem em BROWSE e selecionem as fotos que pretendem upar. É possível selecionar várias ao mesmo tempo. Após o upload se completar, cliquem em CONTINUAR.

Na página seguinte que abrirá, não há necessidade de alterar nada, a menos que vocês queiram.

 

 COMO CRIAR UM ÁLBUM

Passo 1:

Clique em Matrícula > Albuns

Passo 2:

Na tela que abrir em seguida siga os seguintes passos:

1) Escolha a categoria

2) Clique em Novo album

3) Dê um nome ao álbum (o campo do nome só aparecerá após clicar em Novo album)

O album escolhido automaticamente aparecerá na lista de albuns da categoria.

 

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Tirinhas

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Com a volta do Artwork, nada melhor do que curtir umas tirinhas super divertidas. Confiram:

 

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Nova promoção no ar!

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Devido ao fato de absolutamente TUDO ser motivo de guerrilha nesse fandom que me mata de vergonha às vezes, os comentários do post da promoção foram desativados. Qualquer dúvida sobre a promoção pode ser tirada n via contato com a RX  no link

Contato

Ninguém tá sendo obrigado a participar da promoção ou sequer a participar da RX, portanto, para aqueles que acharem que as coisas não estão boas , botão de fechar é a serventia do site. BEIJOS.

—————–

Atenção fandom brasileiro!

Tem promoção nova no ar!
E dessa vez, uma promoção que visa aumentar a participação e o feedback nos artigos!

Com o apoio da Ary Mello que patrocinou nossa promoção, faremos uma espécie de “rifa”.
A diferença é que nessa rifa, vocês não precisam COMPRAR o bilhete, existe um outro modo mais interessante para conseguí-lo!

E esse modo é…COMENTAR!

Sim, basta deixar na Revista um comentário de conteúdo em pelo menos 6 dos 10 artigos publicados nessa edição. Mas atenção, quando mencionamos comentário de conteúdo, nos referimos à um comentário com uma real opinião sobre o assunto ou sobre o artigo. Nada de “Hehehe gostei!”, “Achei bem legal e vocês?”!
Seja crítico, elogie, dê sugestões, o que preferir!

Todo xenite que comentar em pelo menos SEIS artigos, ganhará um “bilhete” de participação (um número enviado por e-mail). Para isso, precisamos obviamente que o campo EMAIL na caixa de comentários seja preenchido.

Esse “bilhete” virtual, lhe dará direito de concorrer no sorteio de uma CAMISETA XENITE, da Vitrine Pix.

O sorteio será realizado no começo de agosto, sendo o nome do ganhador divulgado na próxima edição.
E EVIDENTEMENTE, cada xenite só pode participar com seu nome real e ganhar UM bilhete. Nada de criar fakes! Qualquer suspeita de fraude será punida com desclassificação do número.

Então como tá todo mundo curtindo as férias, na maior folga, vamos aproveitar o tempo útil e ler e RX e comentar 😀

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Julho inicia o segundo semestre cheio de novidades em 2012

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cof cof Welcome, welcome, a mais uma edição da Revista Xenite.

Na edição deste mês, iniciamos o segundo tempo do fim do mundo semestre de 2012 com muita coisa de deixar os Xenites de coraçao batendo mais forte.

Para começar, é de rigor que agradeçamos aos Xenites que comentaram nos nossos artigos e, claro, pedir que continuem dando o feedback, que é extremamente importante.

Este mês, temos relatos emocionantes de fãs que tiveram a oportunidade de stalkear conversar, abraçar, pedir autógrafo da Lucy Lawless, durante as conferências da Rio + 20. Não percam.

Além do mais, temos artigos muito interessantes, como: E se Xena não existisse na década de 90?; temos outros de assunto nunca tratados por Xenites: a vestimenta da princesa guerreira na quinta temporada; uma heroína bastante colorida das histórias em quadrinhos; e uma vilã bastante conhecida por todos os fãs, ou não, de novelas mexicanas. Tudo isso e muito mais na nossa edição de julho. Vai perder?

Os 10 mandamentos Xenísticos! – por Aryane Mello

Uma heroína da cor do arco-íris, literalmente – por Cristiane Penoni ‘A Barda’

I Will Survive! – por Aryane Mello

Segundo ela, sempre há testemunhas de nossas maldades – por Pedro Henrique

E se Xena não existisse na década de 90? – por Mary Anne M.W

O encontro Xenite que teve a presença de Lucy Lawless! – por Pow Padovini

O dia em que 25 minutos levaram o tumblr à loucura! – por Mary Anne M.W

A roupa de grávida de Xena – luxo ou lixo? – por Robson

A sétima arte colorida (3) – por Mary Anne M.W, Titus e Aryane Mello

O charme de flechas em XWP – por Robson

 

 


 E Atenção fandom brasileiro! 

Tem promoção nova no ar! E dessa vez, uma promoção que visa aumentar a participação e o feedback nos artigos! Com o apoio da Ary Mello que patrocinou nossa promoção, faremos uma espécie de “rifa”.

A diferença é que nessa rifa, vocês não precisam COMPRAR o bilhete, existe um outro modo mais interessante para conseguí-lo! E esse modo é…COMENTAR!

Sim, basta deixar na Revista um comentário de conteúdo em pelo menos 6 dos 10 artigos publicados nessa edição. Mas atenção, quando mencionamos comentário de conteúdo, nos referimos à um comentário com uma real opinião sobre o assunto ou sobre o artigo. Nada de “Hehehe gostei!”, “Achei bem legal e vocês?”!

Seja crítico, elogie, dê sugestões, o que preferir! Todo xenite que comentar em pelo menos SEIS artigos, ganhará um “bilhete” de participação (um número enviado por e-mail). Para isso, precisamos obviamente que o campo EMAIL na caixa de comentários seja preenchido. Esse “bilhete” virtual, lhe dará direito de concorrer no sorteio de uma CAMISETA XENITE, da Vitrine Pix.

O sorteio será realizado no começo de agosto, sendo o nome do ganhador divulgado na próxima edição. E EVIDENTEMENTE, cada xenite só pode participar com seu nome real e ganhar UM bilhete. Nada de criar fakes! Qualquer suspeita de fraude será punida com desclassificação do número. Então como tá todo mundo curtindo as férias, na maior folga, vamos aproveitar o tempo útil e ler e RX e comentar 😀

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I will survive!

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Chegamos em Julho!  E este já é o terceiro mês da nossa Coluna “I will survive”.  Já falamos como será o andamento da coluna e sobre descobrir-se gay/lésbica.

Se você ainda não sabe do que se trata este artigo e tá perdidão aí, aqui vai um resumo básico:

Todo mês abordaremos algum assunto delicado em relação a homossexualidade. Algo que muitas vezes nos faz pensar em desistir da vida, em parar de lutar… Algo que nos faz acreditar que não iremos sobreviver. E essa coluna serve para provar o contrário!

Mês passado a nossa amiga Chapo escreveu um artigo muito interessante: “Sair do Armário está na Moda!”. E não é que está mesmo? Temos vários exemplos de pessoas famosas que arrebentaram a porta do armário com um mega chute e foram corajosos o suficiente para encarar o mundo fora dele. E é disso que “sair do armário” se trata: CORAGEM.

Já da pra saber qual é o tema desse mês, não é? Vamos começar então!

Sair do armário é uma expressão que descreve o anúncio público da orientação sexual ou identidade de género de alguém. Estar fora do armário significa que alguém, cuja orientação é geralmente, lésbicahomossexualtransgénero ou queer, não oculta a sua orientação sexual. (Wikipedia)

Pois é, meu bem, sair do armário quer dizer, vulgarmente, que todo mundo vai saber da sua viadagem ou da sua sapatice. Seus pais, amigos próximos, colegas de trabalho e toda a cidade. Porque é sempre assim, uma vez assumido, assumido para o mundo todo. O fuxico corre igual rastilho de pólvora. Afinal, a sociedade adora um babado. E tem mais babado do que o filho da fulana que apareceu com o namorado em casa? Ou aquela menina esquisita que foi na loja e pediu um sapato tamanho 45?

Agora, deixando as brincadeiras de lado, precisamos deixar explícito o quão difícil é tomar a decisão de se assumir como homossexual. Não é de um dia para outro. Algumas pessoas permanecem no armário para o resto de suas vidas e acham até melhor assim. Afinal, ninguém é obrigado a dar satisfações da vida amorosa pra todo mundo. Ou seja, manter o segredo de ser gay é fácil para alguns, é menos dor de cabeça, menos preocupação com a mãe tendo um possível ataque do coração ou com o pai, que provavelmente expulsará o indivíduo afeminado de casa. Então, desvencilhando-se das coisas que entregam como “gay”, a pessoa consegue sim seguir a vida de forma amena e pode sim, ser feliz.

Porém, há aquelas situações complicadas, onde a pessoa se sente presa dentro de si mesma, mantendo um segredo pesado à sete chaves, como se fosse a coisa mais errada do mundo. E esconder a sua sexualidade pode te render vários problemas, como passar a noite chorando por ter uma vida dúbia, por não conseguir ser si mesmo, por ter que ocultar o fato de estar apaixonado e ter um namorado lindo e loiro que te trata como um príncipe…

Não é fácil, as vezes, a família nem imagina que o filho ou a filha são, de fato, homossexuais. Existem apenas desconfianças ou as vezes, nem isso. Então a surpresa é maior, mais assustadora. E isso aflinge absurdamente os moradores do armário: a tristeza que causará no outro.

Sim, o problema maior não é com o preconceito, com aquela tia fofoqueira que vai ficar de mexerico com a vizinha sobre sua vida sexual. Isso se passa por cima, absorve-se, supera-se… O grande e nebuloso problema é a reação que as pessoas em que amamos irão ter ao ouvirem “Eu sou gay”.

“Sempre soube que era gay, mas só fui me assumir mesmo com 15 anos, quando me apaixonei por um hétero e fiquei tão mal que tive que conversar com a minha família. No começo não foi muito fácil, pois não recebi apoio de praticamente nenhum deles, mas alguns meses depois tudo foi mudando e começaram a entender melhor como eu era. Namorei algumas pessoas a partir dos 17 anos e todos íam para minha casa e conheciam a minha família. Porém nenhum deles era ainda a pessoa certa e depois de algum tempo o relacionamento chegava ao fim. Enquanto o tempo passava eu ía me assumindo gradualmente na escola, no trabalho, no bairro, etc., até conseguir ficar completamente livre aos 20 anos, quando então me tornei 100% assumido para qualquer pessoa. Aos 25 anos conheci meu companheiro com quem vivo até hoje. Estamos pensando em nos casar e até montar uma família. Hoje recebemos o apoio dos nossos parentes e amigos e nosso relacionamento é completamente transparente. Sei que nem sempre foi tudo tão fácil assim, mas só depois que eu parei de me esconder e interpretar para as outras pessoas é que encontrei a felicidade. – Marcelo

 

Se você está dentro do armário há séculos, ou prefere ficar assim, isso quer dizer que existe em você uma grande preocupação para com aqueles que são importantes na sua vida. Não é covardia ou vergonha, muito pelo contrário, há em você uma deficiência de egoísmo, o que te torna uma pessoa digna de respeito. Então, antes de dizer “Ai, fulano não sai do armário porque não tem coragem, se acomodou”, pense que pra essa pessoa, as coisas não são tão simples assim e pode ter muita coisa pesando para que ela permaneça em segredo.

“Muitas pessoas me disseram que o mundo não estaria disposto a aceitar a minha verdade. Por todos os conselhos que eu recebi dessas pessoas, decidi seguir em frente com a minha vida e não compartilhar a minha verdade. Fui seduzido pelo medo e insegurança, eu me auto-sabotei” – Ricky Martin

Agora, nós sabemos muito bem que é difícil passar por toda a fase de descoberta e permanecer em silêncio sobre a sexualidade. Sempre temos que contar para terceiros, pra aliviar um pouco do tormento acumulado em nossa mente. É nessa hora que os boatos começam a aparecem, a pessoa passa a ser alvo de brincadeiras nada agradáveis que podem marcar para sempre. Desta forma, é sempre bom tomar cuidado pra quem você conta e de que maneira conta. Pois as pessoas podem pensar que “ser gay” é apenas uma fase e que logo passará quando você conhecer meninas bonitas. Não confie em todo mundo logo de primeira. Se quer desabafar, escolha alguém de confiança. Depois, quando estiver certo de que realmente quer se assumir, poderá aos poucos compartilhar seus sentimentos com pessoas mais próximas, até chegar aos seus pais, que são as pessoas mais importantes da história.

A reação deles pode ser boa ou ruim. Eles podem dizer que é uma fase, como foi dito anteriormente; te colocar em uma terapia, provavelmente pensando em uma cura; cortar suas amizades que, para eles, te levam para o “mau caminho”; proibir o uso da internet; não deixa-lo sair de casa com facilidade, entre outras coisas chatas.

Entretanto, eu aprendi com experiência própria, que toda essa situação que parece sem fim, nada mais é do que um processo de aceitação, que vai da descoberta assustadora ao possível respeito à sexualidade do filho. Claro que nem todos os casos seguem essa regra, alguns pais aceitam logo na primeira conversa, na revelação, outros demoram anos, se distanciam dos filhos e alguns nunca aceitarão. Contudo, eu nunca vi um pai ou mãe que deixou de falar com seu filho ou filha por causa da homossexualidade. Eles podem se distanciar, podem ficar um bom tempo sem se comunicar, mas algum dia, o amor fala mais alto e eles sempre ligam, ou decidem visitar o filho no natal… Essa é a pior das hipóteses. E nem é tão ruim, não acham?

Pode parecer o fim do mundo se assumir, mas na realidade, pode ser a sua libertação! Nada como poder ser si mesmo, todo o tempo e com aqueles que amam.

Mês que vem falaremos do tão famoso Bullying, mas com foco na homossexualidade. Muitos garotos e garotas se suicidam depois de sofrer violência física ou moral na escola. E isso é um assunto importantíssimo a retratar, principalmente na comunidade Xenite.

Até Agosto!

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A roupa de grávida de Xena – luxo ou lixo?

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Poucos xenites comentam sobre a roupa de Xena do início da 5a temporada. Quase ninguém se pronuncia sobre o traje que Lucy foi obrigada a usar por conta de sua barriga em princípio de gestação, fator que trazia complicações para o roteiro da série, uma vez que Xena não fazia sexo, não com homens, pelo menos, já que somente com um ela seria capaz de fazer brotar aquela pança. Mas vamos analisar melhor esse detalhe do traje da Xena Season Five raramente trazido para rodas de conversas xenites.

Lucy usou essa roupa durante 11 episódios da 5a temporada, sendo que sua primeira aparição aconteceu em 5×03 – Succession. Detalhe: neste episódio, nem nós, nem Xena – nem Gabrielle, principalmente – tínhamos ainda conhecimento de que se formava um bebê na barriga da Princesa Guerreira. No Season Premiere da 5a temporada, Xena aparece somente como anjo/arcanjo, então um belo par de asas compõe seu figurino. No episódio seguinte, “Chakram”, ela entra em cena usando um leve vestido vermelho escolhido por Gabrielle numa feira, já que ela precisava de roupas após ser retirada da cruz, onde fora pregada usando apenas uma túnica branca – romanos devem ter guardado a clássica armadura de Xena como um troféu. A roupa nova de Xena tem sua estreia no terceiro episódio, quando ela chega no pátio do templo de Ares para enfrentar Mavican.

 

Para os xenites mais conservadores, Lucy parecia horrenda ostentando aquele visual tão poluído. Nossa velha e tão bem conhecida armadura de couro de tom ora preto ora marrom não estava mais lá. Em seu lugar, agora se apresentava uma vestimenta de couro azul-marinho, com tiras compridas descendo tanto pela frente quanto pelas costas do busto de aço. E por falar em busto, os desenhos em nada lembravam o tradicional “top” que Xena usou desde “Sins of the Past”. Os braceletes de Xena possuíam um desenho similar ao naipe de copas, e os protetores de antebraço exibiam um babadinho de couro preto, num estilo que combinou bastante com a temática country do episódio seguinte, “Animal Attraction”.  E pinos, muitos pinos onde pudessem ser cravados pinos.

Usando calças bem coladinhas enfiadas dentro de botas bem menos artesanais do que as das quatro primeiras temporadas, Lucy por vezes parecia desajeitada em cena, devido à dificuldade de se locomover tão característica das gestantes. Como vários dos episódios dessa temporada se passam em terras frias, Lucy trajava também um sobretudo de veludo azulão, com reforço de lã nos ombros para melhor aquecer. As tiras azuis da barriga no início eram cobertas por uma meia-capa também de couro, com amarras no meio, para encobrir o volume da barriga. Depois que o quarto episódio revelou a misteriosa gravidez, Xena aparecia com apenas um tecido de algodão com detalhes que muito lembram folhas indo até a metade das coxas.

 

Os roteiristas demonstraram piedade por Lucy, e pouparam-na da fadiga de modo que Xena fosse colocada fora de cena em várias ocasiões. Acompanhe quais foram os malabarismos de improviso que tiraram LL de filmagens que pudessem lhe causar demasiado cansaço:

 

5×03 – Succession – Ares manda Xena e Gabrielle para uma dimensão onde durante o dia Xena ficava numa selva, enquanto Gabrielle permanecia presa num salão escuro onde tudo que se podia fazer era assistir as tentativas da amiga para derrotar Mavican. Quando anoitecia, era a vez de Gabrielle ir para o matagal e Xena virar espectadora de sua barda. Em alguns momentos deste episódio, em especial os do salão escuro, fica muito na cara que é Zoe Bell quem está em cena, de costas, por causa da silhueta magrinha e do cabelo menos volumoso. E eu sempre achei engraçado que LL não tenha filmado estas cenas tão simples, que não necessitavam de qualquer esforço físico da parte dela. E o episódio já começa com uma luta em OFF: uma imagem qualquer de um local vazio e nós apenas escutamos sons de luta, gritos de homens apanhando e voando longe, e Xena e Gabrielle discutindo para decidirem quem batia em mais caras e quem batia em menos, ou seja, não estava havendo ação NENHUMA para além das câmeras, porque LL não podia se esforçar e Zoe devia ter ido tomar um suco ou beijar alguma menina, então fizeram esse improviso cretino pra ilustrar o que o roteirista escreveu.

5×04 – Animal Attraction – Talia, a velha amiga de Xena, exige que a Princesa Guerreira deixe o “bang bang” por conta dela. É claro que Xena não consegue ficar totalmente de fora da pancadaria, e põe o chakram para voar.

5×05 – Them Bones, Them Bones – Tá certo que quando se trata de Alti, pensamos em lutas no Plano Espiritual, onde não se usa golpes de carne e osso, mas na luta mais risível de toda a série, Xena e Alti lutam em forma de… OSSOS! É isso mesmo: para salvar a alma de seu bebê, que Alti engoliu, Xena enfrenta sua maior inimiga do passado na forma de esqueleto! O extremo da criatividade bizarra dos roteiristas para darem um descanso para a Lucy!

5×06 – Purity e 5×07 – Back in the Bottle – Xena, Gabrielle e Joxer estão na China, então esta é a oportunidade perfeita para Lucy abraçar a moda local, com seda beeem largona e confortável. Se Xena luta nestes dois episódios? Olha, o chakram faz boa parte do serviço, e Xena, que finalmente conseguira “tocar” a quietude interior da qual falava Lao Ma, administra perfeitamente poderes mentais para enfrentar a vilã Pao Ssu em duelos no melhor estilo Dragon Ball Z. Assim sendo, Xena só usa as mãos para expelir energia, nada muito cansativo para a atriz.

5×08 – Little Problems – Afrodite tenta ajudar mais uma vez e, sem querer, coloca a energia vital de Xena no corpo de Daphne, uma menininha que, por razões desconhecidas, não acorda de jeito nenhum. Então Xena desfila pelo episódio no corpo de uma aparentemente garota indefesa. Desse modo, até Zoe ganhou uma folga, porque toda a pancadaria fica por conta da criança.

5×09 – Seeds of Faith – Xena luta numa ponte neste episódio e dá uns sopapos em Ares, com golpes de coreografia mais moderada. A carga de drama desse episódio exigiu mais de Lucy do que qualquer exercício físico poderia tê-lo feito.

5×10 – Lyre, Lyre, Hearts on Fire – Terapêutico para uma grávida dançar e cantar! Xena arrasa neste musical comemorativo!

5×11 – Punch Lines – Xena tem que estar em mais lutas, já que os fãs estão reclamando? Então coloquemos a Princesa Guerreira numa guerra de tortas na cara!

5×12 – God Fearing Child – Xena está quase em trabalho de parto, mas segue lutando contra os Proxídacas, os soldados de Zeus.

5×13 – Eternal Bonds – Xena já anda com Eva em seus braços, mas ainda usa a roupa azulada enquanto enfrenta “três reis magos” fajutos e três exércitos divinos.

Depois dessa saga toda, Xena retorna com seu uniforme famoso em “Amphipolis Under Siege”, numa entrada triunfal. Como ela recuperou seu figurino antigo? Somente teorias, porque jamais saberemos se Eli, Amarice e Joxer deram um jeito de roubá-lo de Roma, mas, se assim tivesse mesmo sido, por que não o entregaram à Xena antes? Porque ela estava acima do peso e não caberia na cintura daquele couro? É, ressuscitar dos mortos deve somar uns quilinhos…

E a opinião de vocês sobre a roupa de Xena? Tosca ou digna?

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