Outros Deuses

Por:

Por Cris “Barda” Penoni

 

Olá, Xenites! Bem vindos a mais um artigo de mitologia!

Em XWP nós estamos muito acostumados com a mitologia greco-romana e um pouquinho de mitologia nórdica. E assim tem sido a Mitologia aqui na RX. Estava pensando: que tal falar sobre alguma coisa um pouquinho diferente desta vez? Então, Xenites, subbers, shippers, bitexers ou horsetexters, Lawlers ou ROCkers, eu convido todos vocês para conhecer um pouquinho da…

Mitologia Egípcia

Uma das características mais marcantes da mitologia egípcia é o antropozoomorfismo, ou seja, as divindades, na maior parte das vezes são representadas simultaneamente com partes humanas e animais. É bem provável que alguns mitos gregos tenham origem nos egípcios, e, assim como aconteceu entre a mitologia grega e a latina, há uma identificação entre as divindades do Egito Antigo e as da Grécia.

Estas são algumas das divindades do panteão egípcio.

Rá: Era a divindade suprema da mitologia egípcia. Deus do Sol e senhor da criação. Segundo a lenda, Rá foi o primeiro rei do Egito, mas deixou a Terra por causa da mesquinhez humana. Era o deus oficial dos faraós, e muitas vezes eles eram considerados, ao mesmo tempo, filhos e a própria reencarnação de Rá. No médio império, Rá perdeu a sua importância para Osíris, e no novo império, os faraós tebanos impuseram a todo Egito o culto a Amon-Rá, sincretismo entre Rá e o deus Amon.

Como deus do sol, Rá cruzava o céu durante o dia, em sua barca solar. De noite, ele viajava em outra barca, no mundo subterrâneo. Antes do nascer do novo dia, Rá deveria derrotar a maléfica serpente Apepi.

Rá era representado como um homem com cabeça de falcão, sobre a qual havia o disco do Sol, emergindo do caos para diferenciar a si mesmo e criar outros deuses.

Osíris: Deus dos mortos; é um dos deuses mais importantes do politeísmo do Egito Antigo. Ele simboliza o poder criativo da natureza, começando pelo renascer da vegetação até as cheias anuais do Nilo. Está ligado à fertilidade e era a personificação do faraó morto.

Era casado com Ísis e, por gozar de grande prestígio no mundo, despertou a inveja de Seth, o espírito do mal. Seth esquartejou Osíris em 14 pedaços e os espalhou pelo mundo. Ísis conseguiu encontrar e enterrar treze deles, exceto o pênis, e com isso Osíris ganhou vida nova como senhor do mundo subterrâneo.

A partir de 2000 a.C. surgiu a crença de que todo homem morto identificava-se com Osíris. Isso não significava ressurreição (ou reencarnação), já que Osíris permanecia no mundo dos mortos. Porém há a ideia de imortalidade.

Este deus era representado em forma de múmia, e festivais em sua honra eram celebrados todos os anos. A crença de que a imortalidade seria alcançada pelo culto ao deus foi mantida mesmo depois da decadência da civilização egípcia. Na Grécia se conservaram as invocações dos mistérios de Osíris, e havia muita identificação entre ele e Dionísio.

Ísis: Grande feiticeira e deusa da fertilidade das lavouras, era mulher de Osíris e mãe de Hórus. Era símbolo da maternidade e, também, a principal divindade nos ritos funerários. Ísis usava seus dotes de feiticeira para curar os doentes e ressuscitar os mortos.

Pelos cuidados dispensados a seu filho, Hórus, Ísis recebe o caráter de deusa protetora, mas sua característica mais marcante é o grande poder mágico, superior aos das outras divindades. Era invocada para auxiliar os doentes, por ser superior a Anúbis, deus da morte.

Anúbis: Antes que Osíris fosse o deus do mundo dos mortos, Anúbis o era. E mesmo após perder seu lugar, esse deus permaneceu sendo invocado em ritos funerários – ele era o encarregado do embalsamamento dos corpos. Também era seu dever guiar as almas até a presença de Osíris. Segundo a mitologia, Anúbis era filho de Néftis e de Osíris, mas algumas versões dizem que os deuses são irmãos.

Apelidado como “guia dos caminhos”, por sua função de conduzir as almas, Anúbis perdurou no panteão egípcio por muitos séculos, e depois da conquista do Egito por Alexandre Magno, o deus foi integrado à religião grega.

Amon: Inicialmente um deus de Tebas, seu culto foi difundido no Egito a partir do século XVI a.C. Foi provavelmente o deus mais adorado em todo o Egito Antigo. Seu nome significa “O Oculto”.

O faraó Amenhotep IV (Akenaton) tentou substituir o culto de Amon pelo do deus Aton, mas assim que esse faraó morreu, o antigo culto reconquistou suas forças.Com a invasão de Alexandre, o Grande, o culto de Amon chegou até a Grécia e Roma, sendo identificado com Zeus/Júpiter.

Amon é representado por um homem com cabeça de carneiro.

Ah, só uma coisa que preciso esclarecer: no mundo antigo, existiam duas Tebas: a Tebas egípcia, que deu origem ao culto de Amon, e a Tebas grega, conhecida por ter abrigado vários personagens mitológicos, como Hércules e o desventurado Édipo. Talvez essa seja uma informação que vocês já saibam. Mas eu demorei um certo tempo para entender que eram cidades diferentes…

É isso aí, Xenites! Eu sei que é pouca coisa, mas perdoem essa barda por seu limitado conhecimento em mitologia egípcia. Espero que tenham gostado! Comentem, deixem sugestões (via comentário, scrap, twitter…) e até a próxima!

Bibliografia: O livro de ouro da mitologia – Thomas Bulfinch
Enciclopédia Barsa 

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