Nem sempre a Fênix vem para renascer.

Por:

Quando ela aparece, pode ser o fim de toda a existência.

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 08

            Eu já devo tê-los enjoado de tanta mulherada da Marvel, não? Que seja, blasfemem-me nos comentários – menos de filho de uma bacante, que minha mãe não anda sugando sangue até onde eu saiba! Eu nem leio mais os gibis, mas é fato inegável que essa empresa criativa possui um verdadeiro arsenal de personagens, alguns indispensáveis quando o assunto éGirl Power ou, nesse caso, BITCH POWER!
000            Para os mais chegados nas aventuras mutantes, a X-Woman Jean Grey já faz parte do coração. No time mutante desde os primórdios, a Garota Marvel – seu codinome no princípio – é uma das mulheres mais populares dos gibis. Seus poderes fenomenais, como a telecinese(capacidade de mover objetos com a mente) e a telepatia, sempre foram de extremo potencial, obrigando seu mentor Charles Xavier a obstruí-los parcialmente até que ela fosse regularmente treinada e amadurecesse como mutante. Xavier tinha razão em partes, mas era ingênuo quanto ao mal que estava por vir…
Como consequência desses bloqueios psíquicos, Jean Grey desenvolveu uma espécie de personalidade alternativa, denominada Fênix. É extremamente difícil definir a Fênix por completo, já que ela é uma mistura de divindade, poderes além do sobrenatural, magias e intenções desconhecidas. Para ilustrar, recorro a um fato dos próprios gibis, original de Uncanny X-Men 134 – Junho de 1979 – Heroes and Hellfire, que saiu num conjunto da Panini Comics denominado A Saga da Fênix Negra, na coleção Os Maiores Clássicos dos X-Men (Volume 4 – Maio de 2006 – imagem ao lado); na página 112, a Fênix tortura um dos membros do Clube do Inferno, a fim de demonstrar seu poder. A descrição segue assim: “(…) Ao toque de Jean, a mente de Jason Wyngarde se expande à velocidade do pensamento, passando de um extremo da realidade a outro instantaneamente, atravessando todo o espaço-tempo. / Num piscar de olhos, o mestre mental se vê em contato com o universo… e seu cérebro é invadido pela miríade de contraditórias verdades existenciais absolutas. / Ele grita. Incapaz de aceitar, ele corre. Impossibilitado de fugir, ele se afoga. Afinal, Jason é apenas humano… Um homem dotado de consciência limitada, poder limitado, habilidades limitadas… Instantaneamente transformado num deus. / Certas pessoas conseguem sobreviver à experiência. / Outras, não.” Respira fundo que o medo passa.

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            O impressionante da Fênix é que, por ser extremamente complexa, ela é incompreensível, e resta aos herois mutantes apenas impedi-la. Se seus poderes já eram agressivos quando apenas Jean Grey, como Fênix a força de destruição é infinita. Jean Grey é uma mutante Ômega (o ranking mais poderoso – nos filmes, é abordado como Nível 5, assim como Magneto), mas nada se compara aos extremos da força negra que habita sua mente. A Fênix se alimenta de energia, e em um dos seus “passeios atrás de comida” pelo espaço sideral, a Fênix literalmente drena e se alimenta de inúmeras estrelas e planetas – inclusive habitados, onde mata mais de bilhões de seres. E isso foi muito forte, para leitores e produtores. “Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos…”, chegou a dizer um deles no período de produção.
Comparada aos vilões de XENA, o mais próximo dela seria algum deus, senão o próprio Zeus, pelo domínio onipotente que possui. A luta interna de Jean, contudo, assemelha-se à de Xena, logo que ela precisa equilibrar a sua força sobrenatural com o equilíbrio humano, assim como Xena põe na balança o seu lado negro e seu lado bom. Mas isso é coisa da GP…
Nos cinemas, a Fênix tem destaque especial em X-Men: O Confronto Final. As cenas são impressionantes, e a atuação da holandesa Famke Janssen (44) é admirável quando interpreta a bitch, tanto é que recebeu o Prêmio Saturno de melhor atriz coadjuvante pelo filme! Vale – muito – a pena!

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            Para quem perdeu, pois o artigo saiu com atraso na RX nº 14, vocês conferem a GP da Tempestade (> http://revistaxenite.vndv.com/girlpower14.html <), outra das mutantes poderosas – do bem, dessa vez. Prometo ficar longe da Marvel por um tempo, pessoal, e de presente para os twilighters de plantão, mês que vem tem BP em dose dupla e vampiresca! Um grande abraço, VOTEMCOMENTEM e até lá!

 

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One Response to “Nem sempre a Fênix vem para renascer.”

  1. Mára disse:

    Oi Alê… antes tarde do que nunca. O jogo que o mestre mental fez com a Jean fazendo seu lado negro surgir e rompendo os bloqueios colocados pelo Xavier foram muito importantes. Eu gosto quando trazes Marvel. Parece que a DC fica um tanto quanto aquém no quesito Mulher imponente. Continua assim , não se reprima… Parabéns.

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