[Poesia]Mamãe De Xenite
Por: Robson Mechlowicz
Robson Cardoso dos Santos
“Para Sempre”
“Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.”
Carlos Drummond de Andrade
Quisera eu ter o poder de convencer a Deus
do meu imenso agradecimento a Ele
por ter me dado uma mãe como a minha.
Mãe, o maior tesouro da minha vida
que acariciou o barrigão durante 9 meses,
que escolheu meu nome,
que sofreu para me dar à luz,
que balançava meu bercinho,
que cantava baixinho canções de ninar,
que perdeu noites por causa do meu choro,
que me dava de mamar de madrugada,
que se emocionou ao ouvir minha primeira palavra,
que orgulhosa guiou meus primeiros passinhos.
Mãe, que dizia: “Estudou pra prova?
Cadê o boletim?
Quero ver esse prato limpinho!
Leva um agasalho!
Já pra cama!
Não chegue muito tarde!”
Que não dormia enquanto eu não chegava…
Mãe,
que sempre dá conselhos,
que compreende meus erros,
minha melhor amiga,
que sempre esteve comigo,
e que nunca permitirá que eu deixe de ser seu pequenino!
Deus não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo,
por isso Ele criou as mães.
Seja mãe biológica,
seja mãe de criação,
não importa:
o que interessa é que existe
uma mulher que é tudo na vida da gente.
– 10 de Maio de 2009 –
dia daquela mulher que,
assim como Xena,
é mãe e é guerreira.
Mamãe Claudete,
obrigado por tudo.
Te amo pra sempre.
Teu – só teu e de mais ninguém! – filho Robson.