GABRIELLE e o VERDE – a COR da ESPERANÇA
Por: Robson Mechlowicz
Por Robson Bardo
Ao longo de duas temporadas e meia, Gabrielle apareceu usando um top verde, num tom que muito me lembra a cor da erva-mate com que fazemos o chimarrão aqui na minha terra, o Rio Grande do Sul.
Desde pequeno, verde é a minha cor favorita, e é engraçado como eu me identifico com tantas facetas da barda guerreira de Potédia. Talvez inconscientemente Gabrielle usasse o verde porque ele simboliza a ESPERANÇA, e era justamente isso que ela tinha: a fé num mundo onde a violência não mais se faria presente. E quando ela deu à luz uma linda bebê, ela sentiu que ainda havia esperança, e foi exatamente este o nome que ela deu àquela que tornaria-se uma das maiores vilãs do seriado: Hope, a filha de Dahak. E não posso deixar de lembrá-los que verde é a cor dos olhos da Renée O’Connor, então podemos ir muito além com as referências!
O Verde
Há algumas décadas, foram cometidos muitos suicídios em uma ponte vermelho-ferrugem, em Londres. Com o aumento dos casos, em 1980, a ponte Blackfriars foi pintada de verde e o número de suicídios foi reduzido drasticamente.
Sobre uma imensidão de aspectos, o verde é a cor que mais transmite a esperança de que as situações podem melhorar. Ela é cor presente na maioria das bandeiras das nações islâmicas, representando a cor da salvação, do conhecimento, a cor do profeta. Na bandeira do Brasil, o verde simboliza a riqueza de nossas matas.
Wassily Kandinsky, na obra ”Do espiritual na arte”, afirma que a passividade é a característica dominante do verde absoluto, manifestando ainda que tudo fica em repouso quando se está diante dessa cor. O verde tem uma forte afinidade com a natureza e nos conecta com ela, nos faz empatizar com os demais encontrando, de uma forma natural, as palavras justas.
É a cor que procuramos instintivamente quando estamos deprimidos ou acabamos de viver um trauma. O verde nos cria um sentimento de conforto e relaxação, de calma e paz interior, que nos faz sentir equilibrados interiormente. Meditar com a cor verde é como tomar um calmante para as emoções.
Sua neutralidade diante dos acontecimentos a torna fundamental para preencher os espaços hospitalares, já que não interfere no estado emocional do paciente. Em algumas análises é mencionada até como uma cor antibactericida.
A cor verde representa persistência e obstinação. Entre as palavras que a descrevem, estão firmeza, constância, perseverança, segurança e amor próprio.
Verde é uma das cores do semáforo, concedendo a permissão para que os caminhos sejam seguidos. Michel Pastoureau, no “Dicionário das cores do nosso tempo”, o classifica como cor do “deixar passar”, da liberdade e até da autorização. Contudo, segundo a mesma obra, trata-se de noções relativamente recentes, porque na Idade Média o verde era a cor da desordem e da transgressão.
Pessoas que se atraem por essa cor são possivelmente caprichosas, críticas e conservadoras em excesso, tendo opinião forte. Verde é a cor do escaravelho e das esmeraldas do Antigo Egito e, numa razão mais mística, a cor do fogo secreto dos alquimistas.
É a cor do equilíbrio em muitos sentidos. Ela é focalizada perfeitamente na retina e ainda se encontra exatamente no meio no espectro cromático. Outro indicador é o de ser considerada “o ponto ideal de equilíbrio da mistura do azul com o amarelo, cores opostas e diferentes entre si”, que têm o verde em seu caminho.
Igual às outras cores, o verde tem representações dentro das sinestesias. Ao verde é atribuído o sabor natural das comidas light, diet e macrobióticas. Seu aroma pode ser cítrico ou de florais masculinos. Seu som é o de uma orquestra de violinos e seu ritmo é o jazz.
Nos ambientes, reserva aos tetos a sensação de proteção. Nas paredes, traz calma, segurança, relaxa, sendo brilhante e até irritante. Já nos pisos, passa a impressão de naturalidade e relaxamento, dependendo do grau de saturação.
Robson Bardo