Feliz Natal… Mitológico

Por:

Por Cristiane Penoni

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Peço espaço para fugir completamente (ou não) da mitologia nessa edição. Tenho um bom motivo, e, pelo título, é bem óbvio qual seja ele.
Dia 25 é, para todos a maioria dos cristãos, o dia do nascimento de Jesus Cristo. Inspirada nisso, eu pego os últimos dias do mês de novembro para ler algum material que fala dessa data…e, er…,  para fazer meu artigo (de última hora) para a RX. Aqui está o resultado da minha pesquisa instantânea:

* Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal. (Alguém aí já ouviu falar em algo parecido com isso? Onde mesmo que foi que eu vi algo assim?)
* O Natal é uma festa associada à festa do Ano Novo, além de ser muito ligada à tradição familiar romana.
* A piedade popular é movida pela ternura dos motivos infantis, que são enfatizados nessa data.
* Uma das manifestações mais típicas são as canções ao Menino Jesus, acompanhadas por instrumentos musicais tradicionais. Um exemplo dessa tradição, são os Sternsiger (Cantores da Estrela) alemães. Eles lembram os Três Reis Magos que viram a estrela que os guiou até Belém, onde encontraram o Menino Jesus. Esses Sternsinger batem de porta em porta, recolhendo doações para crianças de países pobres.
* Apesar de, em 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiar a celebração do nascimento de Jesus “como se fosse ele um faraó”, o Natal já era incluído nas festividades cristãs no ano de 336, segundo o almanaque romano. 
*Na Roma do Oriente, tanto o Natal como o dia de batismo de Jesus eram comemorados em 6 de janeiro. No século IV as igrejas orientais adotaram o dia 25 como o Natal, e o dia 6 de janeiro passou a ser o dia da Epifania (“Manifestação”). No Ocidente, 6 de janeiro é o dia dos Reis Magos.
* A festa do Natal foi oficialmente instituída em 354, pelo bispo romano Libério. O dia 25 não se trata realmente da data de nascimento  de Cristo, mas sim, à substituição de festas pagãs por motivos cristãos. 
* Alusões dos padres a Cristo como “sol de justiça” (Malaquias 4:2) e “luz do mundo” (João 8:12) e as primeiras celebrações da festa natalina na colina vaticana revelam um sincretismo da comemoração com as festas pagãs. Isso vem do fato dessa colina ter sido o lugar onde os pagãos prestavam tributos às divindades do Oriente. Além disso, era nessa época celebrada a festa do solstício de inverno. Como 21 de dezembro é a noite mais longa do ano no hemisfério norte, os antigos pagãos faziam festas nessa data, pedindo a volta do sol. Isso sugerem que a possível razão para a escolha da data de 25 de dezembro como o dia do Natal era que os primeiros cristãos buscavam que a data coincidisse com a festa romana dedicada “ao nascimento do sol inconquistado”, que comemorava o solstício de inverno.
* No mundo romano, a Saturnália era comemorada em 17 de dezembro, e era uma data de troca de presentes e de alegria. Além disso, em 25 de dezembro, era tido como a data de nascimento do deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. 
* No ano novo romano, comemorado em 1º de janeiro, era comum decorar as casas com folhagens, e dar presentes aos pobres e às crianças. 
* Dionísio, o Pequeno, um monge que vivia em Roma, fixou, erroneamente, a data de nascimento de Jesus. Jesus não nasceu no ano 0 (que, na verdade, nunca existiu), nem no ano 1, mas provavelmente entre 7 e 4 anos antes. Se não fosse assim, Ele não haveria nascido no reinado de Herodes, já que o rei morreu em 4 a.C.
*Keppler propôs que a Estrela de Belém era, na verdade, a extraordinária conjunção de Júpiter e Saturno, no ano 7 a. C., que aconteceu não apenas uma, mas três vezes em questão de meses. Essa conjunção possui uma interpretação astrológica e mitológica interessante:  Júpiter (Zeus para os gregos, Marduk para os babilônios) era o planeta (e deus) dos reis, enquanto Saturno, planeta dos judeus e do sabá. Isso poderia ser considerado o anúncio do nascimento de um deus e rei dos judeus.

Alguns símbolos do Natal (suas histórias ou significados):

* Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa.
* O costume dos pinheiros enfeitados difundiu-se durante o século XIX.
* No século XIII são Francisco de Assis iniciou o costume de representar o nascimento de Jesus com figuras em torno do presépio de Belém.
* As procissões representam a adoração dos Reis Magos.
* A crença popular acreditava que os sinos espantavam os maus espíritos. 
* As guirlandas, feitas de azevinho, simbolizam a vida durante o inverno.

Espero que tenham gostado da matéria dessa edição.

FELIZ SOLSTÍCIO DE INVERNO, FELIZ NATAL, FELIZ ANO NOVO XENITE PARA VOCÊS!  

(Fontes de pesquisa: Enciclopédia Barsa; Seleções do Reader’s Digest –  dezembro de 2006; Revista Witch – ed. nº 10 – dezembro de 2002)

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