A Mãe de todo o Destino.
Por: Shion
GIRL POWER – n. 24
O que se dá de presente para uma mamãe Girl Power?
Texto: Shion Malfoy
Título e imagens: Alessandro Chmiel
Para falar a verdade, eu nem sabia direito quem era Sarah Connor e o que ela representava na saga de Exterminador do Futuro. Eu só tinha assistido a trilogia cinematográfica sem prestar muita atenção e nem me dizia fã. Porém um amigo meu, abençoado pelos deuses, me falou da série lançada em 2008, que levava o nome da personagem no titulo. Quando procurei imagens para saber do que se tratava encontrei um pôster promocional que me chamou muito a atenção. Uma mulher em posição de defesa, com uma arma perigosa nas mãos, seu filho de costas para ela e uma frase: “A mãe de todo o destino”.
Isso me soou tão XWP na hora que foi o estopim para começar a assistir a série. A Sarah Connor de Terminator: The Sarah Connor Chronicles, interpretada pela lindíssima Lena Headey, é a mãe mais perigosa do mundo – claro, depois da minha e da Xena né!
Bonita, corajosa, determinada, forte. Muitos adjetivos para uma girlpower que tem uma missão muito grande (mas muito mesmo): salvar seu filho, que futuramente será líder da última resistência humana contra a Skynet, uma rede de computadores que declara guerra contra a humanidade, destruindo o dominando o mundo. E não só seu filho: pois nos filmes, e principalmente na série, Sarah tenta proteger seu filho dos robôs enviados do futuro e ainda assim tentar impedir que a Skynet seja criada, para que esse futuro apocalíptico não se concretize.
Ela acaba sendo responsável não só pela vida de John Connor, mas também da vida de todo o mundo. Na série (que curti bem mais que os filmes interpretada por Linda Hamilton), Sarah assume uma posição mais central na história. Suas crônicas divagam sobre muitos aspectos, desde conceitos de guerra até relações familiares, espíritos e passagens bíblicas, tudo adequado à situação do episódio. Como bom xenite que sou, associei mais uma vez a XWP, já que nos tempos antigos, XG & cia passam por situações tão diversas e perigosas quanto Sarah. John e a exterminadora que os acompanha.
Sarah não possui nenhum poder especial, só sua força de vontade para lutar pelo que acredita, muitas vezes prezando pela vida dos outros antes da sua; ou fazendo sacrifícios necessários, que pode ser até antiético, mas que será fundamental para a sobrevivência humana.
Essa frieza faz dela uma personagem comparável com nossa Princesa Guerreira. No primeiro filme, mostra como sua vida foi completamente mudada e um destino incerto imposto para ela. Ela teve que se converter em uma combatente, aceitar esse destino, lutar pela sua sobrevivência. Da mesma forma que Xena, teve que pegar em armas e se corromper sempre que preciso. Apenas com uma causa diferente da nossa heroína de couro.
A Sarah Connor da série precisa se chocar com as decisões do filho adolescente, que apesar de ser o futuro líder da humanidade, é ainda um jovem que quer viver normalmente, e fazer coisas de jovens da sua idade. Isso faz Sarah passar por cima da vida do filho sempre que possível, protegendo-o mesmo quando ele não precisa ou não quer. Essa relação é bem parecida com Xena/Eve, sempre a mãe se interpondo nos problemas que o filho deve resolver. Mãe é mãe em qualquer lugar ou época!
Vocês iriam gostar desta Princesa Guerreira dos tempos modernos (e porque não futuros?) pronta para apertar o gatilho no menor perigo, assumir identidades falsas, fugir de explosões, viajar no tempo, enfrentar exterminadores robôs ultraperigosos e sofrer toda a dor mental e corporal de todos os humanos em situações como essa.
É como Atena falou uma vez: “A pior coisa do mundo é uma mãe protegendo seu filho”. Ainda mais quando disso depende o destino do mundo.