Roma e sua Religião e Trio Parada dura

Por:


Por Chapo

 

Roma e sua Religião

A religião romana é basicamente uma fusão entre as religiões itálica, etrusca e grega.
Na compreensão romana, toda a vida se encontra sob a proteção divina. Não havia área alguma cujas crenças em Deuses não influenciassem. A adoração e veneração para com essas deidades se davam através de orações, oferendas ou presentes votivos e seguiam regras restritas. Regras estas vigiadas atentamente por uma classe social privilegiada.
No entanto, diferente dos Gregos, os romanos não mantinham um relacionamento íntimo com os celestiais, pois eles faziam um papel colateral na historia da humanidade. 
A religião romana tem um cunho rústico por volta dos séculos X-VI a.C.
Os pagãos itálicos acreditavam nas forças da natureza e cultuavam as matas, cavernas, nascentes, grotas e clareiras. Somente com a influência etrusca, e seu círculo cultural grego no século VI a.C. os romanos incorporam os Deuses personificados e a religião se torna estatal, assumidas então por sacerdotes para organizar e definir um padrão de adoração e aglutinação dos deuses. 
No ano de 217 a.C. a apropriação dos deuses gregos, etruscos e itálicos toma uma definição singular possuindo um sistema de doze deuses principais naturalizados romanos. Com destaque para Júpiter, Minerva e Juno por serem os deuses mais elevados do estado (¹) e um penhor de lealdade para cada cidadão romano.
O estado ainda, curiosamente, endeusava deidades abstratas que regiam as interações interpessoais estado/cidadão como a justiça (Justita), a concórdia (Concordia), a fidelidade (Fides) e a virtude (Virtus).

 

Trio Parada dura

 Pompeu

 

Cneu Pompeu Magno cresceu em meio a acampamentos militares, batalhas sangrentas e política, aos poucos foi conseguindo seu lugar ao sol diante da república de Roma.
O apogeu de suas campanhas militares foi em parceria com Crassos para derrotar Espártaco e seu exército de escravos da Trácia (lugarzinho que nasce guerreiros bons não acham?) e bárbaros de diversas origens, por volta de 71 a.C. Com a vitória, Pompeu conquistou um lugar cônsul cativo e, não obstante, o ódio de Crassos que buscava uma glória egoísta.
Pompeu era como um pai para Julio César. O ajudou e guiou em questões políticas e militares. Era casado com Julia, filha legítima de Julio César dada a ele como parte do acordo do Triunvirato (²), e de fato a amava.
Após a morte de Crassos e a conquista da Gália, Julio César foi considerado traidor de Roma por conquistar ilegalmente terras sem a permissão do senado (trocando em miúdos, sem dividir nada com ninguém) e Pompeu, por possuir um enorme e fortemente armado exército, foi pressionado a caçar Julio César. Pompeu recusou e Julio César viu nisso uma oportunidade para avançar com seu exercito de volta à Roma. 
O fato é que o exército de Pompeu era grande, mas estava disperso no enorme império e levaria dias até q se reagrupassem. Sendo assim, a estratégia adotada era abandonar Roma.
Fora de Roma e com seu exército reagrupado, perde para Julio César apesar de sua vantagem numerosa considerável e refugia-se no Egito onde é assassinado a mando de Ptolomeu XIII, irmão e marido de Cleópatra.

Na História, quando houve a guerra entre Pompeu e Julio César, Brutus era aliado de Pompeu em conjunto com toda a república. E como Brutus era como um filho para Julio César, ele obteve seu perdão por essa traição.
O episódio EndGame deve se passar nessa época, pois uma das coisas que me intrigava era o fato de Brutus estar trabalhando com Pompeu e contra César e ao final do episódio César não questionar isso,  apesar de subentender-se que fora tudo um plano de César.
É impressionante Pompeu não esconder a atração dele por Xena, nem mesmo quando ela, pra variar, se meteu na guerra e enfraqueceu sua condição financeira e seu exército.
Ele alega dar equilíbrio a ela, pois sua morte traria poder absoluto a César e ele se tornaria um tirano incontrolável com um exército imensurável, dinheiro e uma ganância do tamanho do Egito.
Mas se, para Xena, não se tratava mais de equilíbrio, tratava-se de que?
Justiça, vingança ou só um novo corte de cabelo?
O fato é que tudo culminou na perda da fé de Brutus para com César. A decepção é clara quando César queima o tratado de paz.
Brutus era fiel à César porque, para ele,César era a República, a esperança para restabelecer a ordem e prosperidade em Roma.
Brutus era fiel à um Mito que trouxe não somente a morte de Pompeu, Ephiny, Xena, Gabrielle e tantos outros bárbaros(³), mas a morte da própria República que encontrou sua resposta na ponta de várias adagas.

 

1. Esse conjunto de Deuses era conhecido como tríade capitolina.
2. Na edição anterior Trio parada dura refere-se ao Triunvirato romano formado por Crassos, Pompeu e Julio César
3. Para os romanos, todo aquele que não possuía cidadania romana, era bárbaro.

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