Ser ou não ser

Por:


                                                              Por Tainara Nogueira

O que fazemos quando olhamos para todos os lados e a confusão é a única que está perto?
Podemos agarrá-la e às vezes fugimos criando uma capa protetora, mundos isolados, ideia já formada, medos… 
Então… Se você fosse Xena, a Princesa Guerreira que tinha acabado de ver o irmão ser assassinado e tomada por todos aqueles sentimentos estranhos, parecendo que vão explodir e de repente já não se pensa mais, não se vê mais… E a única coisa que sente são impulsos de raiva. Começa então aquela fase de traçar um novo caminho, aquilo que era certo… Transforma-se em fundamentos banais. Quer-se guerra, quer poder…


Isso é errado?
Mas, poxa… Ela perdeu o irmão, ninguém tem o direito de ir lá e tirar a vida dele. Vira então fruto da própria árvore. 
Sim, EU POSSO fazer com que o outro se sinta mal, com que o outro perca sua vida… Só eu posso. E por quê? Ah, porque fizeram o mesmo comigo.
Existe certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a nossa sociedade. Acabamos armazenando tudo o que foi reprimido, todas as nossas necessidades insatisfeitas.
Aquela vontade de gritar de Xena, aquela vontade de ser herói de Joxer, aquela vontade de ajudar de Gabrielle, aquela vontade de ter Xena de Ares…
Infelizmente não é todo mundo que encontra alguém que possa lapidar nosso caráter e nos mostrar que motivo é o que leva e a vontade o que nos chama.
E quando entra valores é como se pesasse. 
Ser ou não ser, como querem que eu seja?
Ser ou não ser, como a vontade me chama?
Ser ou não ser, como o motivo que me leva?
E pensamos… Alguém espera por nós e esse alguém espera de nós.
Gabrielle, por exemplo, fico pensando se ela não pensava:
“Essa é à hora de correr, de pular, de cantar, de falar… O que Xena espera que eu faça?”
Na última escolha, somos o que acreditamos que somos. Aquela voz que sopra nos nossos ouvidos dizendo:
– É só você ser aquilo que dizem ser você mesmo.
Sou ou não sou, eis a questão?
Liberte-se!
Conquiste você mesmo… E aprende o caminho. Mais ou menos como dizia Lao Ma.
A sua vida é sim digna de ser vivida. 
Ser ou não ser?
Eis a situação, eis o coração… Eis muito mais que a questão.

                                                                                                               Tainara Nogueira de Souza

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