Quando os mortos sussurram… essa Girl Power fará de tudo para atendê-los!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 17

0000Olá a todos os prestigiadores da Girl Power, bem-vindos! Mês das bruxas, do submundo, do além… Momento de pensar no sobrenatural aqui na GP.                                                                              Já pensou em estar cercado de espíritos? Pessoas que já morreram e que ainda não encontraram a paz eterna, vagando por este mundo buscando respostas e resoluções para seus problemas terrenos. Espíritos atormentados, exilados em seu desespero particular, nos corredores sem sentido do além-mundo. E se quando a gente morre, não conseguimos fazer a passagem final? Se a luz estiver lá e não conseguimos alcançá-la, ou se a luz nem mesmo surge à nossa frente? No mundo de Ghost Whisperer, os fantasmas têm uma heroína.                                            A série, criada por John Gray, estreou em 2005 nos Estados Unidos.Ghost Whisperer conta a história de Melinda Gordon (Jennifer Love Hewitt – de Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado -, também produtora da série), uma jovem mulher que após o casamento mudou-se para a cidadezinha de Grandview e montou uma loja de antiguidades. Uma vida bem pacata, considerando, apenas, que Melinda pode falar com os mortos.

   Para falar da GP, é preciso considerar a atmosfera do seriado. Seguindo a trilha dramática, Ghost Whisperer tem episódios independentes – no estilo “uma coisa de cada vez” -, mas que aos poucos constroem a costura complexa que o seriado esconde. A série é repleta de simbolismo, misturando suspense, terror e uma choradeira que enriquece o coração aqui e ali, perfeito para aqueles dias de chuva e achocolatado com bolacha. Cada episódio centra um espírito com um problema particular: uma mãe, um avô, um filho… Pessoas normais, falecidas, ainda presas à Terra por negócios inacabados, que podem ser tanto bons quanto ruins. Na maioria das vezes, as intenções do espírito são refletidas em suas feições, amedrontadoras nos fantasmas mal-intencionados. Alguns possuem a habilidade tão fortalecida de drenar energia dos lugares e dos vivos, que são capazes de interagir com o mundo real. Vai que a luz que piscou na sua casa esses dias não era exatamente um problema na fiação elétrica?

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   Ninguém melhor que MELINDA para a dura missão de atravessar os espíritos presos à Terra para a luz. Sem prender-se a religiões – ainda que o Espiritismo seja mais evidente -, Melinda interpreta essa luz como o descanso final, o lugar ideal onde as almas devem dirigir-se, encontrar-se com os entes que já se foram e seguir um novo caminho. Tendo aprendido a lidar com os dois mundos desde pequena com sua falecida avó, Melinda Gordon equilibra o trabalho na Como Nunca Foi – Antiguidades (a loja da qual Melinda é dona e, por conter objetos com grande histórico, é um forte atrativo para espíritos ambulantes) e seu casamento com Jim Clancy (David Conrad, de Penetras Bons de Bico) com sua missão de vida – salvar quem já morreu. Se pensarmos bem, sofrer nessa vida é temporário, mas sofrer para sempre?

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   Melinda Gordon não tem nenhuma habilidade de guerreira como Xena ou Gabrielle, mas suas semelhanças com nossas heroínas encontram-se magnanimamente no coração, na bondade baseada no altruísmo, no desejo de fazer o bem. Eu sempre penso em como seria se Melinda encontrasse o espírito de Xena por aí, imaginando o trabalhão que seria encaminhar um espírito tão atormentado como o da Princesa Guerreira. Mas creio que, após Gabrielle, Xena encontrou a sua luz particular, e nenhum outro caminho seria considerado como digno de percorrer por Xena.

   Melinda Gordon é um anjo na Terra, e sua benevolência é tanta que às vezes confunde quem está ao seu redor. Mesmo que nem todos acreditem em seu dom de ver espíritos, Melinda segue acreditando em si mesma, e só por isso Ghost Whisperer já conta muitos pontos.

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   Para terminar, declaro uma reflexão após tantos episódios vistos (ainda que eu tenha terminado somente a terceira temporada, considerando que a quinta já rola na net!). O que se pode perceber é que Melinda não luta por uma causa perdida. Eu explico: pode parecer que, ao ajudar os mortos, Melinda apenas cerra os olhos do corpo sem vida, cede um conforto que não mais faz sentido neste plano terreno. Pode-nos parecer que, mesmo enviando o espírito para a luz, uma única coisa é definitiva: a morte, e essa não tem volta. O que nos resta é refletir sobre o que fazemos aqui neste mundo em vida, se deixaremos nossos problemas pendentes, se faremos tudo virar de cabeça para baixo a ponto de colocar tudo a perder, e esperar para, quem sabe, encontrar uma Melinda Gordon por aí para resolver todos os nossos problemas depois de morto.

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   Fica aqui a dica para este seriado apaixonante e sensível que é Ghost Whisperer, sem término previsto e com muita história para contar. Até onde eu vi, o submundo fica cada vez mais sub, e Melinda precisará ser cada vez mais forte na guerra entre a luz e as trevas. Mês que vem, em parceria com a Bitch Power na comemoração do Dia das Crianças, vamos relembrar – para quem viu, é inesquecível! – de uma heroína japonesa peculiar que faz parte da infância de muitos! Lembrou de alguma coisa? Aguarde a RX de novembro e confira! Sem mais, peço humildemente que VOTEM e COMENTEM o artigo. É sempre, SEMPRE válido o que vocês, leitores, têm a dizer sobre o nosso trabalho. Obrigado, e até breve!

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