O morto, o vivo e a guerreira

Por:

por “Di” Fiori

O universo da ficção sempre foi povoado por seres sobrenaturais, sabemos. Anjos e vampiros não é tão novidade em livros, filmes, séries. Opa! Séries? Aí mexeu com a xenite!

Mas… Voltando ao tema… Os vampiros nós já conhecemos: Drácula e Nosteratu são os clássicos, o segundo é a cópia feia do segundo e assim vai.

Nos anos 80 vieram os vampiros do filme “Lost Boys”: com “marra” de roqueiros, bonitões… E, um pouquinho depois viera vieram os que mesclavam o ar clássico dos antigos com todo o charme dos novos: Lestat, Louis e Armand fazem parte do time. “Entrevista com o Vampiro”, que nasceu livro, de Anne Rice, fez muito sucesso como filme. O que fez os livros que davam continuação a saga venderem bastante.

Na mesma onda do sucesso de caninos pontudos veio a série “Buffy: a caça vampiros” de Joss Whedon (ele mesmo, o que escreveu “Toy Story”!), que nasceu filme impopular para virar série cult. Tinha até um crossover com o seriado de outro personagem, Angel (Anjo não: Vampiro). Essa história de crossover a gente entende: geralmente acontece quando um personagem secundário tem uma história bem mais interessante que o personagem principal, sendo promovido a ter sua própria série, como quando Xena roubou a cena no seriado do Kevin Sorbo. Olha eu saindo do tema de novo…

Voltando… Teve os filmes do Blade que virou série, mas esse foi um fiasco e Nei passou do décimo segundo episódio… Então vieram os vampiros que brilham no escuro que fizeram o maior sucesso com as adolescentes: eram bons moços em idade escolar e românticos. A saga Crepúsculo ainda faz muito sucesso. Nessa onde vieram as séries: Diário de um Vampiro e True Blood..

Na temática “anjos e afins” vou mencionar só os principais. Temos o filme “Anjos Rebeldes” mostrando anjos bonitos, bons e maus, mas modernosos como os vampiros em voga. Na série “Touched by a Angel” acompanhamos a anjo Mônica (Roma Downey, a “Hipolita” de “Hercules and the Amazon Woman”) resolvendo os mais variados problemas humanos por ai, acompanhado de uma barda loira supervisora e guia, a veterana Tess.

Atualmente temos a série Fallen (da ABC family) que conta a história de um adolescente que descobre que é meio anjo, meio humano e se vê no meio de uma guerra entre anjos.

Na literatura temos a série Fallen, de Lauren Kate, que não tem nada a ver com a série de televisão, sendo que já tem os seus diretos comprados pela Disney e logo virará filme. Na literatura nacional temos o “A Batalha do Apocalipse”, de Eduardo Spohr, que, tirando o fato de ser de uma narração meio arrastada e detalhista demais, o que não dá espaço para o leitor imaginar nada do seu jeito, poderia até virar um bom épico. (desde que façam um bom resumo!)

Mas, porque esses filmes, livros e seriados dessa temática fazem tanto sucesso? Eu arrisco uma resposta: Sendo anjos ou vampiros são lindos, na maioria das vezes são imortais ou mais resistentes que os seres humanos, eles tem “muitas habilidades”: super força, ou super rapidez, ou mudam de forma, ou voam… Mas eles são psicologicamente humanos, com decisões cruciais a tomar: serem bons, lutarem pelo “Bem Maior”, se sacrificarem por causas justas ou se deixarem levar pelo orgulho, pela mesquinhez ou pela sede de poder.

O que faz o herói nos conquistar tem muito mais a ver suas fraquezas que seus dons e super poderes e, às vezes os dois são a mesma coisa.

Xena tem força de dez homens, habilidades inigualáveis em lutas (Zoë Bell, dublê de Lucy Lawless que o diga!), armas, estratégias, mas ela teve que abandonar seu lado “anjo mau”, de “Flagelo das Nações”. Xena teve que abandonar seu instinto por sangue para ser alguém melhor. Assim como um anjo luta para fazer o certo em uma guerra que, às vezes fica meio confusa em você não consegue saber ao certo quem está do lado de quem, Xena esteve por várias vezes em situações delicadas. O certo parecia errado e o errado era o que dava certo, às vezes. Muitas vezes ela errou, mesmo tentando acertar. Sorte que ela tinha um “anjo puro”, Gabrielle, ao seu lado, mostrando o caminho, em contrapartida de Ares (que parecia um capeta, lindo, mas muito “bad”! Kevin Smith, descanse em paz…) que só aconselhava morte e sangue.

Mas, sabe qual era o melhor disso tudo? Além de termos um episódio cheio de vampiras gregas (bacantes) ainda temos outros com todas as hostes celestiais e ainda: Xena não precisava ser um alguém de outro mundo ou sobrenatural para ser irresistível. Sua humanidade é em si o atrativo e o seu diferencial em um universo dominado por deuses “Fúteis e Cruéis”.

 Fico por aqui, espero que tenham gostado da matéria, e um abraço a Nação Xenite!

 

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7 Responses to “O morto, o vivo e a guerreira”

  1. Alê Chmiel disse:

    Matéria interessantíssima!
    É incrível como as coisas que parecem novidades para a maiores já são muito familiares aos xenites, pois XWP sempre foi um banho de literatura (em todos os sentidos que a palavra abrange). Quero mais artigos teus!

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  2. Chapo disse:

    tava meio boiando na relação Xena-Vampiro. Aí vc me vem com essa de que ela por si só é um atrativo natural, não precisava ser de outro mundo. E aí tudo fez sentido.

    Não tem como concordar mais!!

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  3. Aryane Mello disse:

    Opa! Adoro True Blood e Buffy, aqui na RX mesmo temos várias matérias sobre BTVS! E sim, anjos provocam curiosidade, assim como os demônios, vampiros e criaturas misteriosas…
    Ótimo ideia de artigo!

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  4. Robson disse:

    parabéns pelo artigo, Ary!

    tu esqueceu de citar a série True Blood, que envolve vampiros, metamorfos, fadas e lobisomens!

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  5. Aryane Mello disse:

    Rob, o Artigo é da Di Fiori. HAUAHAUAHAUAHA Doidinho.

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  6. Di Fiori disse:

    Obrigada a todos! Realmente esqueci de True Blood, Robson! É que eu tentei não estender muito. Enviarei algo novo logo, Alê. Estou com dificuldade de tempo, tendo em vista que estou me desdobrando entre trabalho, a Dança do Ventre, meus desenhos e o livro que estou escrevendo. Livro que, advinha, tem um herói que possui muito de Xena! (e não é anjo, nem vampiro!) Devo muito do que sou a XWP, e indiretamente a Lucy e a Renee, pois aprendi com Xena que o ser humano quando limitado não é inteiro, e que não há limites para nossa ascensão como ser humano, a não ser o limite imposto por nós mesmos, por meio do medo, do ódio, da ira… Obrigada a todos! E vamos batalhando nossas batalhas!

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  7. Denise Di Fiori disse:

    Obrigada a todos! Realmente esqueci de True Blood, Robson! É que eu tentei não estender muito. Enviarei algo novo logo, Alê. Estou com dificuldade de tempo, tendo em vista que estou me desdobrando entre trabalho, a Dança do Ventre, meus desenhos e o livro que estou escrevendo. Livro que, advinha, tem um herói que possui muito de Xena! (e não é anjo, nem vampiro!) Devo muito do que sou a XWP, e indiretamente a Lucy e a Renee, pois aprendi com Xena que o ser humano quando limitado não é inteiro, e que não há limites para nossa ascensão como ser humano, a não ser o limite imposto por nós mesmos, por meio do medo, do ódio, da ira… Obrigada a todos! E vamos batalhando nossas batalhas, OK?

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