Xenites e suas influências no mundo externo
Por: Pedro Henrique
por Pedro Henrique
Todo mundo sabe que Xena, apesar das más línguas dizerem o contrário, se tornou uma série bastante conhecida e popular durante os seus primeiros anos de exibição, seja no Brasil, ou nos Estados Unidos. Era difícil conhecer uma pessoa no fim dos anos 90 (noventa) e início de 2000 (dois mil) que não tivesse ouvido aquele grito tão característico, as cenas de luta bem coreografadas (se formos levar em consideração o fato de que a série teve início dos restos de Hercules: The Legendary Journeys e o seu período de produção) e os mortais esdrúxulos da Princesa Guerreira. É claro que eu me refiro a isso da melhor forma possível, vez que não trocaria nenhum dos citados anteriormente por darem à série um clima mais despretensioso e, muitas vezes, mais descontraído (como não abrir um sorriso enorme ao assistir ao salto dado em “Lost Mariner”, da segunda temporada?).
O problema, infelizmente, é que as pessoas (principalmente hoje em dia) têm a mente tão fechada que não suportam a idéia de assistir e conhecer uma série que foi ao ar há 10 anos sem falar mal, porque talvez segundo eles seja mais cool se apaixonar por uma série cheia de efeitos visuais como ‘The Walking Dead’ ou até a arruinada ‘Supernatural’. Sem querer desmerecer o lado positivo de cada uma delas, eu não as trocaria por nenhuma série dos anos noventa. Ah!, o famoso pré-conceito. Foi dessa forma que me surgiu a ideia para este artigo.
Quando você fala que é fã de Xena, a primeira coisa que perguntam é: “E existe fã de Xena?” Daí, se você for tão apaixonado como eu, encherá o peito e se dará o trabalho de explicar detalhe por detalhe o que te fez amar tanto essa série, finalizando em “Esse ano mesmo ocorreu a 17ª convenção da série, com membros da equipe, do elenco principal E milhares de fãs!” – respira porque a barriga esteve muito cheia de orgulho enquanto explicou tudo.
Todos sabem que a figura do pré-conceito é algo realmente lamentável e ainda está muito presente na opinião das pessoas, já que elas possuem uma habilidade muito comum de julgar sem conhecer e, na maioria das vezes, eu o julgamento é negativo. E as pessoas de mente mais aberta, partem do seguinte princípio:
Recentemente me reuni a alguns amigos em janeiro deste ano, mostrei para eles os minhas boxes importadas de Xena. Eles ficaram absolutamente admirados e impressionados com a minha paixão (e com a qualidade do produto).
Com todo respeito, eles me disseram que não sabiam/nunca tinham visto alguém tão apaixonado pela série como eu sou, mas o que mais me deixou encantado, foi o fato de que uma amiga prometeu (e cumpriu) assistir a série toda em minha homenagem. MINHA homenagem! Senti-me a pessoa mais orgulhosa do mundo, mesmo tendo convencido várias pessoas a assistir à série durante meus anos escolares. E o mais interessante disso, é que o pré-conceito de quem assiste a série inteira cai por terra.
As pessoas nunca elogiam a qualidade técnica da série (efeitos visuais, cenários e fotografia), mas o roteiro, a atuação, a trilha sonora, a sonoplastia, entre outros pontos muito importantes, como a complexidade das personagens e o desenvolvimento dos arcos. Já ouvi até elogiarem a interação entre as personagens de Xena e Hércules, com os crossovers.
Minha amiga que prometeu assistir à série em minha homenagem, se encontra completamente louca e querendo ir a uma Xenacon comigo. E eu fico realmente feliz com isso tudo, porque não tem coisa melhor do que recomendar uma paixão a um amigo e ele gostar tanto quanto você.
Conclusão: quem resiste a isso?
E isso?
Olha só, se não sou eu a referida amiga?! Hahahaha… Vim despretensiosamente ler a Revista recem publicada e me deparo com uma referência à minha pessoa! Adorei e fiquei lisonjeada, PH! 😉 E sim, assisti em sua homenagem! =D E, com toda sinceridade, me encantei genuinamente pela série! Entendi o porque do seu fanatismo e, mesmo que seja recente e eu marinheira de primeira viagem, compartilho do seu respeito pela serie! 😉
Fiquei impressionada com o fandom! Ne senti em casa =]
Fico feliz em saber, Catarina! Ia até perguntar essa semana se você se importava em ter seu nome aqui, mas optei por impessoalidade. Muito bom, já que você veio ler “despretensiosamente” gostou e comentou: se denunciou! Agora você é uma Xenite também!
Beijos!
As pessoas morrem de rir quando eu falo que gosto de Xena e logo a identificam como “a série da sapatona”. Mas eu fico imaginando como as lésbicas dos anos 90 não eram DOIDAS com XWP. Pelo simples fato de não existir algo mais homossexual do que Xena, naquela época. Imagina, até li uma vez que as pessoas ficavam reunidas em um bar quando passava cada episódio… E eu queria vivenciar isso, essa época… Eu seria mais uma lésbica tomando cerveja num bar toda feliz, assistindo XWP *—-*
Aliás, me deu até ideia pra outro artigo!
E eu jah convenci pessoas a assistirem Xena, mas não com tanta volúpia como vc, Bro PH. =p
ai gente q coisa linda tudo isso *o*
Realmente existe um preconceito muito grande quando se trata de XWP. Mas isso faz com que seja ainda mais lindo ver fãs que se orgulham, que não tem vergonha de dizer o quanto amam a série.
E azar de quem tem a mente fechada e não da uma chance para a série, eles que estão perdendo.
Que artigo espetacular!! Reforçou ideias que eu já possuía para um artigo semelhante, sobre a “vergonha” de ser Xenite, que deve ser extirpada.
É incrível mesmo a influência que podemos causar em outras pessoas, incentivando-as a assistirem a série. Já fui do início ao fim de XWP com meu melhor amigo, que era um admirador à distância, mas nunca havia parado para assistir aos episódios em ordem. Resultado: um grande Xenite que me admira ainda mais, bem como a todos vocês do fandom. Ótimo trabalho, PH!
Que interessante,adorei tudo que você disse,realmente faz muito sentido,eu nunca me preocupei com o preconceito que as ”pessoas” tem com Xena,acho que porque em meu ciclo,todos sentem uma pré-simpatia com a princesa,claro que sempre há aquele momento em que você é zuado,também há a comparação inevitavel com séries supostamente super melhores.Mas todos sabem,que quando se trata de Xena,Xenites cumprem exatamente seu dever de apresentar a série de um angulo totalmente diferente as pessoas.
Ótimo artigo!
Engraçado ver que uma série pôde influenciar e mudar vidas. É incrível o poder que XWP tem. Não sei bem se alguma série da atualidade que mude, forme opinião e ensine como XWP fez. Talvez eu esteja por fora de séries boas e conceituadas, mas, eu posso dizer, com muito orgulho, que XWP me cativou logo de cara. Como não amar?
Além desse artigo estar muitíssimo bem escrito, trouxe de volta a memória tudo aquilo que me encantou na série desde o 1º ao último episódio. Acho que se hoje eu estou fazendo faculdade de História é por uma sementinha plantada dentro do meu coração por essa série. Impossível não ter a sua vida minimamente influenciada após assistir aos episódios.
Ai que maravilhoso converter alguém do círculo social em xenite. Nunca tive esse gosto, somente virtualmente. Mas eu fui uma das convertidas, pela minha BFF e por essa entre tantas outras coisas, sou grata a ela.
Adorei o artigo Pedro Rahl.