Tem Ginga Brasileira na Arena Xenite!

Por:

GIRL POWER – n. 27

A Arte da Dança e da Luta, no Coração e no Corpo: Aqui Vamos Nós!

Por Alessandro Chmiel

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Dedicado a Diego Kenne, roommate de risadas infinitas e sem propósito, que fica furioso quando eu comemoro por vencê-lo no videogame, mas faz uma força pra compreender minha competitividade – e quem costumava sempre me vencer com o balanço dessa Girl Power.

 

Quem é inteirado do mundo dos videogames já ouviu falar nesse jogo. A série Tekken já está na sua 6ª edição no Playstation 3, e já arrecadou fãs desde seu surgimento. Um jogo um tanto truncado, misturando personagens de famílias conflituosas e assassinos mercenários, onde a vitória pode depender dos seus reflexos como jogador na hora da defesa, ou do golpe certeiro. Quando a tecnologia permitiu, Tekken inovou ao trazer para as arenas… Espera, ainda não é hora dela.

            Eddie Gordo (olha o nome que foram dar para o coitado) foi o estreante em Tekken 3, um negão boa pinta (que de “gordo” não tem nada) que gingava como ninguém – e lutava como ninguém – nas técnicas da capoeira. Brasileiro de nacionalidade, o cara despertou a atenção dos fãs da série que se divertiam com aquela modalidade exótica. Foi no lançamento do quarto volume dessa série que nossa Girl Power teve sua estreia. Seu nome é Christie Monteiro (que ainda me parece um tanto americanizado, só se fosse um apelidinho para Cristina…), e seu surgimento concebeu-se de uma declaração dos produtores de Tekken, ao afirmarem que os movimentos do lutador Eddie seriam melhor aplicados em um corpo feminino. Dito e feito, a moleca conquistou e bombeou os corações (corações, ok?) dos gamemaníacos, principalmente dos brasileiros. São poucas as vezes em que uma lutadora consegue ser forte e feminina ao mesmo tempo.

            E Christie é tão graciosa! Nenhum de seus golpes, incluindo seus agarrões, são truncados como os lutadores de Tekken costumam ser. Mas não a escolhi apenas por sua formosura. Mês passado, dia 26, foi o Dia dos Avós, e a história de Christie é composta principalmente pelo amor que ela tem por seu avô. Em Tekken 4, Christie entra no torneio para descobrir o paradeiro de Eddy que sumiu sem deixar aviso. Após encontrá-lo, surge um problema: a saúde de seu avô. O velho foi quem ensinou a arte da capoeira para o tal Eddie, e o morenaço passou seus ensinamentos a Christie. Subitamente, o vovô brazuca adoeceu, e sua cura era um mistério – a não ser para a Mishima Zaibatsu. Mishima nada mais é do que a empresa que coordena o Iron Fist Tournament (um “Torneio do Punho de Ferro”), o Tekken Tournament. Desse modo, Christie entra novamente no torneio, disposta a faturar o prêmio final e ter dinheiro o suficiente para dar a seu avô o melhor tratamento que o dinheiro pode comprar. Atualmente, em Tekken 6, Christie corre atrás do seu avô e de Eddie, desaparecido outra vez. O que acontece é que Christie fora derrotada no quinto torneio, e voltou ao Brasil desolada. Ao chegar na terrinha, descobre que seu avô está nas mãos da Mishima Zaibatsu, que tem o poder tanto de curá-lo como usá-lo para suas malévolas intenções.

 

 

 

            O filme de Tekken que saiu este ano nas locadoras até empolga, apesar das grandes mudanças na adaptação. Lutas incríveis, vestuários até jeitosos, atuações razoáveis: digno de uma tradução de um jogo para o cinema. Mas Christie foi decepção completa: a atriz é lindíssima, porém nada brasileira. Ela luta, mas longe de ser a capoeira dos games; mesmo com golpes semelhantes, ela deixa a ginga toda para Eddie. Ela age puramente (e de pura ela não tem nada nesse filme…) como a namoradinha das mais vagabas do mocinho bonzinho. A pior parte ainda estava por vir: Christie sai de cena e mostra suas costas fortes, sua cintura sensual e… É, mostra bem além da conta. É como se a moça tivesse um decote na parte de trás das calças! É uma pena que tenham avacalhado uma personagem que poderia ter alcançado a glória num filme que a princípio a destacaria tanto quanto Jin, o protagonista.

 

 

 

            Deixemos esse vexame de lado. De heroína, Christie tem um bom coração e o desejo de fazer o bem àqueles que ama. Isso sempre vai contar nos valores de um ser humano – e de um Xenite de verdade! Para comparação no Xenaverse, o episódio 02×02 – Remember Nothing traz um inimigo que luta de modo muito semelhante à capoeira (quem lembra aí?), e luta bem! Xena apanha um pouco, mas sua técnica guerreira o superou. O que seria de uma luta com as belas em uma realidade ficcional?!

 

 

 

            Para as curiosidades finais, saiba que o corpão da heroína foi inspirado nas curvas da modelo, atriz e apresentadora Tyra Banks. Quem dubla a capoeirista é Lisle Wilkerson, que também dubla a loira assassina Nina Williams da série de jogos. Depois de ler não esqueça: deixa seu comentário! Envie sugestões! Quer escrever pra GP? É só se pronunciar! Fechado? Mês que vem tem mais!

 

 

 

 

 

 

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One Response to “Tem Ginga Brasileira na Arena Xenite!”

  1. Diego Kenne disse:

    Aê Alessandro!!!
    Adorei a dedicatória!!!
    Consegui agora com o texto traçar uma linha de tempo mais nítida sobre a história dela!!
    Notável pesquisa sobre a personagem!!!
    E eu vou ter que assistir novamente esse episódio de Xena pra lembrar!!!
    Abraços!!!
    “Go easy on me!”
    Tinha também outra frase que ela dizia no final, quando vencia…
    Não tô lembrado… =S

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