Disney em XWP
Por: Robson Mechlowicz
Por rOB
Quando eu era guri, eu tinha fixação pela safra de desenhos animados do selo Walt Disney. Aladdin e O Rei Leão eram aqueles que meu pai sempre alugava em VHS pra mim, porque eu assistia 10 vezes sem enjoar. E mesmo hoje em dia eu continuo apreciando as obras de Disney, ainda que de uma maneira mais analítica, mas minha devoção permanece a mesma. Isso porque estes filmes deram brilho à infância de muitos de nós, contos de fadas com personagens tão humanizados, gente como a gente, com sonhos e força, representados numa delicadeza de traços que fazem deles mitos quase de carne e osso, carismáticos e inesquecíveis, que seguem jovens de uma geração para a outra. Falemos um pouco do responsável por isso:
Walter Elias Disney nasceu em Chicago, no dia 5 de dezembro de 1901. Ele foi muita coisa: produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, filantropo… (ufa!). Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, por seus personagens de desenho animado, como o Camundongo Mickey e o Pato Donald. Ele também foi o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos, chamado Disneylândia, além de ser o fundador da corporação de entretenimento, conhecida como a Walt Disney Company. Veio a falecer a 15 de dezembro de 1966, em Los Angeles, de câncer.
Elementos de Disney nos episódios de XWP
1- ALADDIN (1992) + 4×16 – The Way:
O demônio Indrajit em cima daquele tapete voador lembra muito o simpático ladrão Aladdin das ruas de Agrabah.
2- A PEQUENA SEREIA (1989) + 2×19 – Ulysses:
O trio de sereias convocadas por Poseidon para atrapalhar a viagem de Ulysses de volta à Ítaca não possui caudas, mas, claro, elas nos lembram Ariel, a doce filha do rei Tritão, fascinada pelos costumes dos bípedes da terra firme. Vemos também sereias em 5×15 – Married With Fishticks, onde Crustácea, Crabella e Sturgina dão um bronze às suas caudas na piscina.
3- A ESPADA ERA A LEI (1963) + 3×05 – Gabrielle’s Hope:
A lenda medieval do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda recebe um toque de Xena, que realiza uma proeza que ninguém nunca conseguira antes: puxar a Excalibur da rocha onde estivera cravada há séculos! E ela realiza esse feito com a maior facilidade!
4- A BELA ADORMECIDA (1959) + 6×09 – Return of the Valkyrie:
Gabrielle, adormecida e protegida pela barreira de fogo de Brunhilda, é uma bela referência ao sono da Princesa Aurora, que aguardava o beijo de um amor verdadeiro para poder despertar da maldição. E Xena fez bem o papel de Príncipe Felipe!
5 e 6- CINDERELA (1950) + 4×12 – If the Shoe Fits…:
Xena e Gabrielle, na imaginaç
ão da menina Alesia, assumem a forma de Fadas Madrinhas, com direito à varinha de condão e asinhas. Em outra parte da estória, Gabrielle é a própria Gata Borralheira, indo ao baile dançar com o Príncipe.
7- MULAN (1998) + 3×06/07 – The Debt /II:
Lao Ma pertencia à realeza chinesa, assim como a princesinha Mulan, que decidiu se travestir de homem para lutar por seu povo na época das guerras da China Imperial (450 d.C.).
8- O CORCUNDA DE NOTRE DAME (1996) + 3×20 – Vanishing Act:
Autolycus aparece disfarçado com uma enorme corcunda. Como não lembrar do sineiro Quasímodo da famosa Catedral parisiense?
9- TARZAN (1999) + 3×18 – Fins, Femmes and Gems:
Enfeitiçado por Afrodite, Joxer assume a personalidade de Attis, o Homem-Macaco. E ele vai atrás de Gabrielle para fazer dela a sua esposa. Alguém aí pensou em Tarzan, o rapaz das florestas, e a especialista em safáris Jane?
10- HÉRCULES (1997) + 1×08 – Prometheus:
O roteiro do Hércules de Walt Disney diz que ele é filho de Zeus e Hera (numa clara intenção de deixar o fator adultério de fora da produção infantil). Nas séries HTLJ/XWP, a coisa está de acordo com a Mitologia Grega: ele é filho de Zeus com a mortal Alcmena. Ambos possuem a mesma força, sensibilidade e humor.
11- ROBIN HOOD (1973) + 1×17 – The Royal Couple of Thieves:
Robin tirava dos ricos para dar aos pobres. A política de Autolycus não era bem essa: ele roubava para benefício próprio. Mesmo assim, os dois personagens se parecem bastante, na agilidade física e na destreza de raciocínio. Eram mestres dos disfarces e estavam sempre de alto astral. Vale citar que o Robin em questão aqui é uma raposa, uma das ideias mais infelizes dos Estúdios Disney, que perdeu a chance de colocar o moço de Sherwood numa bela adaptação com personagens humanos.
12 – A PEQUENA SEREIA (1989) + 4×01/02 – Adventures in the Sin Trade I/II:
Alti é uma Úrsula, sem dúvida. Ambas seduziam suas presas com promessas de grandeza, e “pediam” coisas “pequenas” em troca. Para se tornar a Conquistadora de Nações, Xena tinha de oferecer sangue de amazonas à Alti, e Ariel, a Pequena Sereia, teve de abrir mão de sua própria voz para que a Bruxa do Mar então lhe desse o par de pernas que ela tanto desejava.
Vou ficando por aqui. Dedico este artigo aos xenites Giselle e Pow que, assim como eu, são autênticos Peter Pan’s quando o lance se trata mergulhar na magia de Walt Disney.